Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 10
Companheiro.


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI, e aí, como vocês estão? Todo mundo já voltou á estudar? Eu estou correndo atrás de faculdade, e vocês? Provavelmente vai tudo ficar mais difícil porque vem aí carnaval(eu fico na igreja), Faculdade e cursos... Mas eu vou tentar continuar postando aqui, prometo. Enquanto isso, curtam o capítulo.



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NARRAÇÃO: ISABELLA SWAN.

Nos despedimos de Edward depois que eu terminei de arrumar a mesa. Levei-o até a porta, mamãe e papai ainda estavam na sala de jantar, terminando de fazer alguma coisa, eles disseram. Mas eu sabia que estavam apenas me deixando á sós com ele, foi um dia especial. Eu estava constrangida por tudo o que aconteceu, ainda mais pelo que foi falado no jantar, mas quando eu imaginava que teria de contar tudo á mamãe, eu ficava ainda mais constrangida.

— Virei após o almoço, está bem para você?- Ele perguntou, virando-se para me ver. Eu concordei com a cabeça, segurando-me na porta, para manter o equilíbrio. Eu engoli em seco, a vontade de lhe dar mais um beijo me consumiu, mas eu sabia que não seria sensato fazê-lo aqui, as pessoas podiam ver.

— Tenha uma boa noite.- Eu me despedi, ele sorriu para mim e se aproximou, eu prendi a respiração de imediato, pensei que ele fosse me beijar nos lábios, mas ele beijou-me na testa, e eu suspirei aliviada. Ele sorriu mais abertamente ainda, balançando a cabeça.

— Até amanhã.- Ele se virou. Eu o observei indo até o automóvel, dar a partida e ir embora, só então eu entrei em casa. Papai estava subindo as escadas quando me virei, mamãe estava ao lado do corrimão da escada que davam para os quartos, eu suspirei.

— A senhora vai precisar de mim para mais alguma coisa? Eu estou exausta.- Eu disse, fazendo uma pequena careta de cansaço, mas sabia que ela não permitiria que eu dormisse antes de lhe contar absolutamente tudo sobre o que aconteceu no meu dia com Edward, então quando eu subi as escadas, ouvi seus passos atrás de mim e revirei os olhos.

Entrei no quarto e ela veio junto, comecei á trocar de roupa, vestindo minha roupa de dormir. Esperava que ela começasse á falar logo, mas ela esperou eu terminar tudo para finalmente começar á falar.

— Não vou pedir detalhes do seu dia, pois sei que devem ser íntimos, e você não deve espalhar para ninguém as coisas que mais alegram o seu coração, nem mesmo á sua mãe.- Ela disse, sentando-se numa cadeira ao lado da minha cabeceira. Eu suspirei de alívio e surpresa.- Mas quero que me conte tudo o que acreditar ser importante.

— Foi uma bela tarde. Ele me levou á um lago, mas não o lago da cidade, um lago escondido. Ele me disse que seu pai levava sua mãe para lá quando namoravam.- Eu disse, sorrindo, ela ergueu uma sobrancelha, sorrindo também.

— Que pretensioso!- Ela disse, sorrindo, eu concordei com a cabeça.

— Conversamos sobre coisas diversas, comemos bolo, pães e frutas. Foi maravilhoso!- Eu disse, lembrando de tudo. Meu coração bateu acelerado diante da emoção que me tomou, eu estava mais uma vez feliz, dessa vez apenas com a lembrança dos momentos. Não sabia que era possível me sentir tão bem com algo tão relativamente pequeno.

— Deve ter sido mesmo maravilhoso, você está com um sorriso gigante, eu nunca a vi tão feliz, filha!- Mamãe estava sorrindo também, seus olhos estavam brilhando, eu conseguia ver a minha emoção por eu estar feliz, e isso me deixou ainda mais feliz, se é que é possível. Suspirei.

— Eu estou mesmo feliz, eu não sabia que eu podia ficar tão feliz assim só com a presença de alguém na minha vida.- Eu disse, só percebendo tarde demais o quanto isso soou romântico, mas não fiz uma careta, que era a minha reação principal, já que veio do coração. Ela sorriu.

— No meu tempo, dava-se nome para o que você está sentindo, querida.- Ela disse, levantando e vindo até mim, pegando uma escova de cabelos na minha penteadeira e começando á arrumar meu cabelo. Eu revirei os olhos, sabia o que ela ia dizer, mas não queria ouvir desta forma, talvez eu não estivesse preparada para me acostumar com a minha nova realidade de garota apaixonada, afinal, isso nunca serviu para mim.

— Seu tempo já passou, mamãe. Hoje em dia deve existir outro nome para isso.- Eu disse, dando de ombros lentamente, de forma educada. Ela parou de pentear o meu cabelo e ficou de frente para mim, um sorriso divertido brincava em seus lábios. Ela ergueu o meu queixo gentilmente, colocando a outra mão no meu ombro.

— Não importa quanto tempo passe, Isabella, o amor sempre será amor.- Ela disse. E a forma como ela falou não me deu agonia, como costumava me dar. Meu coração se encheu de uma paz imediata, e olhar para seus olhos emocionados por finalmente ver a sua filha cair nesta armadilha que sempre será o amor, eu me permiti ficar feliz por estar apaixonada por Edward Masen.

— Isso é bem...

— Arcaico?- Ela riu, eu balancei a cabeça.

— Bonito.- Eu corrigi. Ela concordou com a cabeça, tirando as mãos de mim e indo até a porta do meu quarto, abrindo-a e virando-se para mim.

— Você terá uma noite maravilhosa, disto eu não tenho dúvidas. Peço á Deus para que todas as suas noites sejam igualmente maravilhosas, filha querida.- Ela disse.

— Você só tem á mim de filha.- Eu disse, crispando os lábios. Ela segurou um riso e balançou a cabeça.

— Oh, é verdade!- Brincou antes de sair. Eu revirei os olhos e me deitei. Eu demorei um pouco para dormir pois pensei em Edward, e adormeci com ele nos meus pensamentos, e apesar de não me lembrar do que sonhei, sei que sonhei com ele, pois nada me faria acordar tão em paz como acordei. Sorrir para os pássaros não era mais uma metáfora, era a minha realidade.

Troquei de roupa sozinha, procurando por um vestido leve, já que fazia muito calor em Chicago e a última coisa que eu queria era suar perto dele, não era muito educado. Prendi meu cabelo num coque alto, trançado, e coloquei sapatos confortáveis. Desci para começar á fazer o café da manhã, pois era tão cedo que mamãe devia despertar agora. E estava certa! Minutos depois, mamãe apareceu na cozinha. Ela sorriu para mim.

— Vejo que acordou de bom humor!- Ela disse, dando-me um beijo na bochecha. Eu suspirei, o cheiro da cozinha era maravilhoso, a cafeína tinha um cheiro bom, e mamãe começaria á fazer seu chá, já que ela não toma café, e eu começaria á fazer meu suco, o que já era natural.

— Não temos pães.- Eu anunciei quando ela começou á separar as ervas para o chá. Ela fez uma careta de desagrado.

— Seu pai vai ficar decepcionado.- Ela disse.

— Perdão mamãe, eu devia ter estado aqui para ajudar-lhe á comprar tudo o que precisássemos.- Eu disse, pois era o meu trabalho ir á feira ou a padaria quando algo nos faltasse. Mas hoje era domingo, as mercearias não abriam nos domingos. Pelo menos a maior parte delas.

— Ora, mas veja! Não se preocupe com isso! Fiz um bolo de milho ontem, ainda deve estar bom para ser servido. E temos torradas que sobraram do café de ontem, também.- Ela disse, sorrindo para mim e trazendo as comidas de que falou. Eu suspirei aliviada, detestava ser irresponsável.- Como acha que me virei quando você estava viajando?

— Sempre me perguntei, mas agora tenho as respostas.- Eu sorri, pegando a cesta de torradas e levando para a mesa de jantar. Em alguns minutos, estávamos prontas para o café e mamãe me disse que chamaria papai, eu fiquei esperando o chá de mamãe ficar pronto enquanto ela o chamava. Alguém bateu na porta e eu fui atender. Um menino de cerca de 9 anos estava á porta, ele era sujo e rabugento, mas segurava um buquê de margaridas e um cartão, eu sorri. Edward.

— Bom dia, senhorita! Um rapaz me pediu que entregasse isso.- Ele disse, sorrindo para mim, exibindo dentes amarelos. Eu sorri, pegando a entrega. Procurei moedas para dar-lhe, mas ele recusou.- Para moças bonitas eu faço de graça. Tenha um bom dia!- E se foi. Mas que garoto danado!

— Mas já?- Mamãe perguntou surpresa quando me viu com o buquê, eu sorri.

— Vou subir, desço o mais rápido possível para ajudá-la. O chá ainda está no fogo.- Eu disse, subindo as escadas sem prestar atenção nos degraus, por sorte não tropecei. Quando entrei no quarto, troquei as margaridas de ontem pelas novas e abri o cartão.

Bom dia, querida. Espero que tenha dormido bem, que tenha sido sonhos doces. Não parei de pensar em você um só segundo, acho que você me enfeitiçou. Que essas flores sejam a coisa mais bonita que você veja no dia, antes de me ver, é claro. Até o almoço, estou aguardando ansiosamente para vê-la novamente. Com amor, E. Masen.

Sorri para o bilhete. Como ele podia me deixar assim mesmo estando distante? Eu estava mesmo em maus lençóis. Como me permiti chegar á esse ponto?

(…)

O tempo passava lentamente, arrumei o andar de cima para passar o tempo, esperando que ele chegasse na hora prometida. Depois, ajudei mamãe á terminar o almoço, mesmo que ela me mandasse ficar quieta e procurar ler um livro, ou sair na rua. Mas eu queria que a primeira vez que eu saísse na rua do dia, fosse com ele. Então eu tive de arrumar o andar de baixo enquanto mamãe fazia o almoço, já que ela não queria que eu a atrapalhasse.

Quando mamãe anunciou que o almoço estava pronto, eu quase chorei de alívio e emoção. Papai viu meu nervosismo, e riu de mim, mas eu ignorei. Ele cochichou algo com mamãe, mas eu ignorei também, mesmo que eles ficassem olhando para mim de canto de olhos enquanto eu e ela colocávamos a mesa. Revirei os olhos quando nos sentamos e papai ficou me encarando.

— Acho que você não quer mais ser livre de qualquer coisa em Chicago, aparentemente você se sente ligeiramente confortável á ideia de ficar presa á Chicago, se for á Edward Masen... Oh, perdão, eu disse ligeiramente? Acho que cometi um equívoco. Eu diria que você está muito confortável com essa ideia.- Papai disse, seu tom era divertido, e mamãe segurou o riso, fingindo que bebia água. Eu engoli em seco, meu rosto estava em chamas.

— É uma tarde cheia de equívocos, em instantes cometeu vários.- Eu disse, tentando parecer confiante, mas qualquer um perceberia que eu estava mentindo, e ele estava certo. Eu mordi o lábio inferior.- Eu e Edward somos apenas amigos.

— Seu pai e eu tivemos muitos “amigos”- mamãe fez aspas no ar- antes de nos conhecermos. Mas nenhum deles nos visitava quase todos os dias, nos mandavam flores ou nos deixavam sorrindo á toa, acho que estamos tão velhos que o conceito de amigos mudou!- Mamãe brincou, papai balançou a cabeça fingindo choque. Eu revirei os olhos, meu rosto nem tinha mais espaço para ficar vermelho.

— Ele só está tentando ser gentil. Foram vocês que insistiram que ele me ajudasse á conhecer Chicago.- Eu disse, engolindo em seco. Papai riu baixinho.

— Bem, alguém tinha que lhe dar um empurrão, certo? Mas não esperava que vocês despencassem de cabeça.- Papai disse, piscando para mim. Esse não é o tipo de atitude que um pai teria, certo? Quero dizer, os pais ficam morrendo de ciúme das filhas e são rudes com os seus pretendentes. Porque o meu pai não podia ser um pai normal, e deixar as conversas constrangedoras para mamãe? Eu suspirei.

— Estão tornando as coisas maiores do que realmente são.- Eu disse, mas era mentira, é claro. Eu e Edward não somos mais amigos, e eles tem total razão. Amigos não tocam beijos e carícias, e muito menos um cartão como aquele! Detestava mentir para os meus pais, mas detestava mais ainda não saber o que dizer á eles. Afinal, eu e Edward éramos o quê?

— Filha, eu estou velha, não louca.- Mamãe disse. Eu não entendo o porquê de ela tornar as coisas mais difíceis para mim, eu já não tinha conversado com ela ontem á noite? O que mais ela queria que eu dissesse? Eu crispei os lábios.

— Não sei o que querem que eu diga para que esse assunto se encerre de uma vez por todas.- Eu suspirei, derrotada. Papai deu de ombros, limpando a boca com um guardanapo de pano.

— Acho que eu quero que você me dê algo concreto, os dois. Pois não vou permitir que você e ele sejam vistos juntos tantas vezes, e responder á todos na rua que vocês são “apenas amigos”- papai fez aspas no ar- pois até mesmo um cego consegue enxergar que é uma mentira sem tamanho. Ou ele assume compromisso com você, ou essa situação vai ter de ter um fim.- Eu olhei para ele chocada, assustada. Ele suspirou quando percebeu a minha reação, minha cara de desespero.

— Mas pai...

— Filha, eu sei que você gosta desse rapaz, e sei que você está feliz por tê-lo em sua vida. Mas ele é um rapaz muito disputado, sabia disso? Vários pais vieram me perguntar se eu vou deixar que você continue prendendo-o á algo que não tem futuro, mas eu acredito que existe futuro para vocês. Existe algo, querida, eu sei que existe. Entendo que você não queira nos contar, mas existindo algo ou não, preciso de comprovações. Pois ele não é o único que está sendo disputado aqui.- Ele disse, olhando para mim com uma sobrancelha erguida. Eu olhei para mamãe e ela desviou o olhar para o prato.

— Como assim?- É claro que eu tinha entendido, mas eu queria que ele explicasse melhor, pois não queria acreditar.

— Bem, você vai fazer 18 anos em alguns meses...

— Ainda faltam 4 meses.- Eu o repreendi, ele revirou os olhos, mamãe me olhou de cara feia por ter interrompido o meu pai, mas eu ignorei, ainda estava chocada.

— Foi o que eu disse... Você fará 18 anos em 4 meses, e já devia estar com algum pretendente em vista. Se não um noivo, ao menos alguém com quem tenha objetivos! Sei que a ideia é repugnante para você, apesar de não entender o motivo, mas aqui nos Estados Unidos você terá de formar uma família, meu bem. E a sua idade é ótima para isso.- Papai disse, eu engoli em seco.

— Pai eu...

— Não estamos arranjando ninguém para você ainda, minha filha, não é disso que estamos falando. Mas alguns rapazes já demonstraram interesse para o seu pai, e apenas não a chamaram para um passeio por causa do garoto Masen, e isso nos preocupa, pois se isso não for para frente, bem... Você terá perdido casamentos valiosos!- Mamãe disse, e percebeu que usou o termo errado assim que fechou a boca.

— Casamento valioso? É isso que vocês querem? Que eu tenha um casamento que tenha um fim lucrativo bom para vocês?- Eu perguntei, chocada e afetada.

Eu detestava a convenção de ter que me casar só porque a sociedade me impôs que, no meu estado de mulher, eu devia ser mãe, esposa e dona de casa exemplar. E foi por isso que eu fui para a Inglaterra estudar, porque eu não me encaixava nisso. Mas eu estava apaixonada por Edward agora, e apesar de ainda não me ver como a garota do “the american way life”, eu estava disposta á aprender o que fosse possível para fazê-lo feliz. Mas apenas ele! Se eu tivesse de me casar com mais alguém, eu rejeitaria de imediato. Não existe a menor possibilidade de eu aceitar isso, muito menos se for para trazer aos meus pais algum retorno lucrativo. Não mesmo!

— Não foi isso que a sua mãe quis dizer.- Papai falou rapidamente, repreendendo mamãe com o olhar. Eu balancei a cabeça.

— Não importa em que sentido ela falou, não vou me casar com ninguém que vocês me arranjarem. E eu não me importo com o que os vizinhos vão falar sobre isso.- Eu disse, voltando á comer, deixando que o silêncio se espalhasse pelo lugar. Uma conversa que começou animada, acabou em desastre, como é tudo na vida.

Quando eles terminaram, eu disse que arrumaria tudo sozinha, queria que eles tivessem um tempo sozinhos para conversar sobre isso, o que eu sabia que fariam. Quando acabei de arrumar a cozinha e a sala, eles estavam sentado no sofá da sala conversando baixinho, quando eu me aproximei, se calaram. Eu me sentei na poltrona que era da minha avó, e comecei á tricotar, uma coisa que a minha avó também me ensinou e que eu, particularmente, amava. Apesar de achar que era coisa de gente antiga e dona de família. Aqui ninguém me via. Mas não fiz isso por muito tempo, pois logo bateram na porta e o meu coração foi na boca.

Levantei num pulo e comecei á me arrumar rapidamente, papai deu uma risadinha e foi até a porta. Antes de abrir, ele assumiu uma expressão séria e dura, a expressão certa que um pai pode ter, e eu revirei os olhos. Mamãe veio para o meu lado e colocou a mão no meu ombro. Papai abriu a porta.

— Edward, bem na hora.- Papai disse, apesar de não ter olhado o relógio.- Entre, rapaz, entre.- Eu engoli em seco.

Ele estava usando uma camisa de botões, branca e um sobretudo marrom, e uma calça num tom claro. Seus sapatos eram o mais moderno, eu vi muitos garotos da Inglaterra usando iguais. Seu cabelo estava despenteado, mas jogado para trás. Segurava uma caixa de bombons na mão, o mais caro que eu já tinha visto, tenho certeza de que foram importados de longe. Eu sorri para ele, e ele sorriu para mim. Aquele sorriso torto, o meu sorriso torto.

— Boa tarde, senhoras!- Ele disse, se aproximando e estendendo a mão para a minha mãe, que ergueu sua mão para que ele beijasse. Ele não olhou para mim, seu olhar foi exatamente para onde ele queria que ele fosse, não sei onde ele aprendeu á ser tão educado, com certeza não foi com o seu pai. Deixei esses pensamentos de lado quando ele se virou para repetir o que fez com mamãe, comigo.

— Boa tarde.- Eu disse baixinho, mas tenho certeza que ele ouviu, pois seu sorriso ficou ainda mais aberto. O toque de seus lábios em minha pele me fez lembrar a tarde que nós tivemos ontem, e eu corei. Ele me entregou os bombons.

— Espero que você goste, eu não sei suas preferências, mas acredito que você goste de chocolate.- Ele disse, parecia apreensivo. Eu abri a caixa e peguei um, colocando na boca. Era maravilhoso! O sabor era... Deus, era incrível! E derretia na boca, sensacional!

— É... Nossa!- Eu estava sem palavras e ele riu, mamãe fez uma careta, com certeza não era muito educada a forma como eu falei. Entreguei a caixa á ela, que sorriu.

— Divirtam-se.- Ela disse. Edward concordou com a cabeça e estendeu o braço para que eu segurasse, papai ainda estava na porta, nos observava de braços cruzados, eu engoli em seco. Edward ficou tenso, provavelmente porque nunca tinha visto papai olhar para ele de forma tão... Paternal. Eu também não tinha.

— Quero que saiba que permiti que ela chegasse em casa tarde ontem pois sei que o lago é distante, mas quero que isso não se repita hoje. Isabella tem que estar em casa antes de escurecer.- Papai disse. Edward concordou com a cabeça.

— Sim senhor, e me perdoe pelo horário ontem, não foi minha intenção deixá-lo preocupado ou irritado.- Edward explicou docemente, de queixo erguido, sem se deixar abater pela voz dura do meu pai, o que eu gostei muito. Eu sorri.

— Não vai se repetir.- Foi o meu pai quem disse e Edward concordou. Então papai me entregou um guarda-sol de pano que mamãe costumava usar quando saía essa hora, para evitar o sol em seu rosto. Eu nunca tinha usado, era muito madame para mim, então eu franzi o cenho.- Está muito quente lá fora.

— Seu pai tem razão.- Edward disse, me incentivando á pegar. Peguei de mau gosto e me despedi com acenos, saindo de casa. Edward e eu caminhamos em silêncio até a esquina, o guarda-sol acabou sendo muito útil, afinal de contas estava mesmo muito quente.- Seu pai não parece mais tão feliz com a minha presença na sua casa, eu fiz algo de errado?

— Ele só está querendo mostrar quem é que manda, não precisa ficar preocupado.- Eu disse, apesar de que, ele precisava sim. Se eu queria ter Edward como meu companheiro até que a morte nos separe, ele precisava agir o quanto antes.

(…)


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