No Brasil, era o dia do aniversário de Cris. Ela estava completando 14 anos de idade. As meninas resolveram acordá-la de um jeito especial.

– Cris, Cris... - chamava Bia.

Quando a mesma abriu os olhos, as meninas começaram a cantar o Parabéns Pra Você. Cris ficou feliz, suas amigas não haviam esquecido o dia do seu aniversário.

– Obrigada, meninas. - agradeceu ela.

– Hoje é seu dia e você precisa estar diva! - ia falando Vivi - Anda, levanta dessa cama que nós vamos te arrumar!

– Ok, né? - disse Cris rindo da atitude da amiga.

Elas arrumaram Cris, que ficou esbelta. Incrivelmente linda. O dia se passou e a noite chegou. Os amigos de Cris iam chegando para a festa de aniversário da garota (o tema fica pela imaginação de vocês). Foi todo mundo, os vizinhos, os colegas da escola etc. Quando Duda chegou, os olhos de Cris brilharam mais que tudo. Ela não conseguia mais esconder. Mas o sorriso que dominava o semblante dela, se desfez ao ver André chegar.

– Oi Cris, parabéns! - falou André se aproximando e cumprimentando Cris.

– Oi André! Obrigada! - agradeceu.

A festa seguiu normalmente. As garotas conversavam em um canto.

– Tá gostando da festa, Cris? - perguntou Tati.

– Ah, nem tudo é perfeito. Tô sentindo falta de duas pessoas.

– Quem? - Ana perguntou.

– A Carol e o Junior - respondeu Cris completamente triste - Eles são como pais pra mim.

– Tá todo mundo sentindo falta deles. - Mili disse.

– Gente! Vamos cantar os parabéns pra Cris!!! - gritou Chico levando o bolo pra mesa.

– Vamos lá, Cris! - disse Tati pegando Cris pela mão e levando ela até a mesa.

Todos cantaram parabéns e antes de soprar as velas, Cris fez um pedido: "Meu Deus, eu te peço do fundo do meu coração que o André me esqueça e que o Duda passe a gostar de mim! Amém!" e soprou as velas. Antes que todos pudessem comer o bolo, André chamou a atenção de todos.

– Gente, gente! - gritou ele - Atenção aqui! Cris, venha cá, por favor.

Cris foi até André e este ajoelhou-se e pegou uma caixinha com um anel.

– Cris, eu sou completamente apaixonado por você. Aceita namorar comigo?

Ela engoliu em seco. Olhou para Duda que estava arrasado, triste. Olhou para André ajoelhado, esperançoso, esperando que um "sim" saísse da boca dela. Ela não podia recusar.

– Sim! - falou forçando um sorriso.

André se levantou e colocou o anel no dedo de Cris. Eles se beijaram. As crianças gritavam como loucas "AnCris! AnCris!", de menos Bia, Mili e Vivi, que sabiam que Cris não gostava mais de André e sim de Duda. Ao fim do beijo, Cris correu os olhos pelo pátio e não avistou Duda. Ela pediu licença aos convidados e saiu a procura dele. Encontrou-o sentado no jardim do Raio de Luz, com a cabeça entre as mãos. Ele estava ... chorando?!

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Cris aproximou-se de Duda e sentou-se ao seu lado.

– Duda? O que aconteceu? - perguntou ela.

– Você ainda me pergunta? - disse exaltado - Depois de aceitar o pedido de namoro do ridículo do André você ainda me pergunta o que aconteceu?

– Duda, eu não tô entendendo...

– Claro Cris. Você nunca ia entender. O iludido aqui sou eu. - disse se acalmando - Cris, essas últimas semanas nós nos aproximamos mais; fizemos o trabalho de música juntos, cantamos Velha Infância. Eu achei que as palavras da música eram verdade.

– Duda, deixa eu te explicar. - ia falar, quando foi interrompida por ele.

– Não quero explicações! Não quero mais saber de você. Não me procura nunca mais! Eu não quero olhar pra você todo dia e ver que a garota que eu amo tá namorando um babaca.

Sem dar chances, Duda saiu do orfanato de cabeça quente, deixando Cris aos prantos. Era tarde demais, ela já tinha feito a burrada.

– Cris? - ela se virou ao ouvir a voz de André - Você tava chorando?

– Tava. - disse enxugando as lágrimas.

– Posso saber o porquê?

– É... - ela procurou uma desculpa - É que hoje foi um dos melhores dias da minha vida. Sempre sonhei com ele. O dia em que você me pediria em namoro. - mentiu.

– Ah... Então, vamos voltar pra festa?

– Claro.

Eles voltaram pra festa e o tempo foi passando. Quando todos haviam ido embora e apenas as pessoas do orfanato permaneciam lá. Cris agradeceu.

– Obrigada gente... Essa foi uma das pio.. - se corrigiu a tempo - melhores festas da minha vida!

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Todos foram dormir. Mas Cris não conseguiu. Não parava de pensar no quanto tinha machucado Duda. Às 02 da manhã, Cris levantou e foi até a cozinha. Chegando lá, pegou um copo de água e sentou-se na mesa. Chorou mais uma vez.

– Cris? - chamou Bia. - A gente pode entrar? - perguntou se referindo à ela, Mili e Vivi.

– Sim.

– Ai amiga, por que você está assim? - pergunta Mili.

– O Duda. Eu magoei ele. Não devia nunca na minha vida ter aceitado o pedido de namoro. Agora ele acha que eu me aproveitei dele.

– Não fica assim. - falou Vivi abraçando a amiga, juntamente com Bia e Mili.