Labirinto dos sonhos escrita por AoiB


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu estou numa vibe de escrever, então pensei, por que não começar uma nova história? Eu estava pensando em Cinderela, visão subjetiva, fadas e Bellatrix, que de alguma maneira trouxe a está história. Deve estar bem diferente da original, mas eu imagino que pelo menos deve estar aceitável. Eu nunca vi uma história com uma Cinderela mais cinza e as irmãs como principais , mas acho que não pode ser tão ruim assim. De qualquer maneira, espero que gostem.
Ah, e se puderem, ouçam a música de Nox Arcana, Labyrinth Of Dreams, que inspirou está história e praticamente é a trilha sonora do prólogo.



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Anastácia estava caindo na escuridão.

Seu corpo estava sendo puxado pelos galhos das arvores, despojado das antigas belas vestes e marcado por cortes e sujeira. Com o coração batendo em sua garganta, ela lutava para pedir por socorro, apenas para ouvir o silêncio que se perdia na noite. Ela não podia gritar, não podia lutar, não podia tentar sobreviver.

Suas unhas deixavam vincos na terra, a carne dos dedos rasgada e sangrando. Ela chorava, mas as lágrimas se misturavam com o sangue e não tinham importância. Anastácia não conseguia entender o que estava acontecendo. Ela e a irmã não deviam estar indo ao baile? Não deviam estar seguras dentro das paredes luxuosas do castelo? Por que isso estava acontecendo com ela?

Os galhos das arvores se retorceram de volta para as alturas, largando seu corpo desnudo em uma clareira escura. O silêncio da noite e a escuridão eram opressores . Anastácia queria ter forças para se enrolar, chorar e implorar. Mas ela não conseguia fazer nada a não ser ficar deitada ali, o cabelo vermelho se misturando com a terra escura e seus poucos rastros de sangue. Caminhos de lágrimas marcavam sua bochecha, porém não havia soluços ou novas lágrimas, só havia uma dormência em seu ser enquanto o tempo passava na clareira solitária.

E então, depois do que deviam ser horas, havia passos e luzes. Uma pequena esperança nasceu em Anastácia. Talvez fosse ajuda. Eles estavam aqui para salva-la. Entretanto sua esperança era em vão, quando o que apareceu era muito pior do que a solidão. As lágrimas voltaram e sua garganta finalmente conseguiu gritar. Seu corpo se encheu de medo, enquanto correntes de cristal enrolavam-se em seus pulsos e tornozelos, que eram puxados pelas mãos fantasmagóricas dos belos e infantis seres sobrenaturais que a vieram buscar.

Ela chorou, gritou e rezou, mas nenhuma ajuda veio. No final, enquanto era arrastada para a escuridão, tudo que podia ouvir era o som de risos e sapatinhos de cristal dançando. Havia alguém muito feliz em meio a sua dor.


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