Erza

Depois que às aulas acabaram e eu estava indo para minha casa o Siegran me convidou para tomar um sorvete depois do almoço, eu aceitei, e ele disse que ia me espera na sorveteria Ice Cream, que ficava na praça principal da cidade.

       Cheguei em casa e papai ainda não tinha chegado, tomei banho, vesti um short jeans e uma camiseta do Mago de Oz. Fiz o almoço, e logo o Natsu chegou, eu e o Natsu somos adotados. Dragneel Igneel me adotou quando eu tinha 7 meses, e depois quando eu tinha 5 anos ele adotou o Natsu que tinha 4 anos. Papai nunca se casou, pois ele se dedicava aos filhos e seu emprego, Igneel era um bom pai, eu agradeço por ele ter me adotado, mas tem uma coisa que eu nunca entendi. Um dia eu estava procurando alguma coisa que não me lembro agora, e achei um registro de nascimento com o nome “Scarlet Erza”, eu pensei “ isso não é meu, eu fui abandonada e nenhum parente si quer me procurou” , mas a data de nascimento batia com a minha, mas a parte que tinha o nome dos pais foi rasgada, eu nunca quis pergunta pro Igneel sobre, preferi deixar isso pra lá, o que importa é que Igneel e o Natsu são minha única família. 

        Fui acordada dos meus pensamentos quando o Natsu chegou na cozinha gritando sobre sua fome, claro que eu dei um soco na cabeça dele e depois servi o almoço, eu e o Natsu comemos, eu o perguntei sobre o Gappy, Teppy, sei lá o nome, e ele me respondeu dizendo que o gato foi de um peixe para dar a alguém importante para ele.

       Acabamos o almoço, Natsu disse que ia lavar os pratos, e eu disse que para ele que ia tomar sorvete com o Siegran no centro da cidade, ele concordou, peguei meus headphones coloquei-o para tocar e começou a tocar a bela melodia de Skid Row, Quicksand Jesus, calcei meus chinelos e fui de bike para a Ice Cream.

       Cheguei lá o Siegran estava mesmo me esperando, o que diferenciava Siegran de Jellal era a energia, Siegran era um cara sério, porém extremamente divertido, não tinha quem que dissesse que não gostava dele, além disso ele também era romântico, além de ser bonito e ter um bom físico, Siegran era o cara que toda garota sonhava em namora, pelo menos era assim que eu pensava, mas não era o que acontecia realmente, todas as três namoradas que o Siegran namorou vacilou com ele de alguma forma, isso porquê ele era um cara legal com elas, ai isso fazia elas quererem trair ele. Já faz 3 anos que Siegran está solteiro, ele me havia dito que estava cansado de romance na vida dele e que queria um tempo para pensar em si mesmo. Siegran tem 24 anos, e trabalha na empresa da família para ser o substituto do pai dele, ele preferiu começar do começo, como um simples estagiário, e depois começou a se destacar, Siegran ficou orgulhoso de si próprio quando suas ações. Siegran é meu melhor amigo, nos conhecermos quando éramos pequenos, na sorveteria, um garoto tinha derrubado meu sorvete e apareceu e disse para parar de chorar e depois Siegran me comprou outro. Eu sorri lembrando de tantas coisas que passamos juntos, eu queria me apaixonar pelo Siegran às vezes, porém meu coração era do Jellal, infelizmente.

       Eu coloquei minha bicicleta encostada no poste e depois passei corrente para ninguém rouba-la, desliguei o headphone e sentei na cadeira que Siegran havia puxado para mim, ele estava muito feliz com um sorriso enorme no rosto.

        Erza, eu tenho algo para te contar. – Siegran disse animado, ele fez uma pausa e coçou a bochecha esquerda e continuo. – Mas primeiro vamos pedir um sorvete.

       Mesmo com o dia que tive hoje o Siegran me deixava feliz, aquela energia que saia dele era muito boa.

      Eu pedi um sorvete de morango e Siegran de baunilha, sentamos e começamos a comer o sorvete que estava muito bom aliás. Siegran parecia inquieto, eu conhecia aquilo e muito bem, então resolvi começar a conversa.

     Quem é a garota que você está apaixonado? – Perguntei sem rodeios. Ele se engasgou, eu dei gargalhadas daquilo, ele se recompôs e parecia muito envergonhado.

      É a Juvia. –  Siegran corou ai pronuncia o nome da morena, eu sorri para ele. 

       Eu percebi que havia acontecido algo com você quando você me viu no Colégio e nem se quer me deu um abraço. -  Me fingir está triste e o moreno a minha frente sorriu - Bem, essa foi a primeira vez que a viu e já sabe que a ama?.

       Eu havia me interessado primeiro pela beleza dela quando ela estava dormindo na grama, mas depois, ela é uma garota muito fofa e é diferente das outras garotas que conheci e ainda tem algo nela que eu não sei explicar o que é, que me faz querer ela perto de mim. – Siegran fez uma pausa para termina o sorvete. Eu suspirei e lhe disse.

       Parece que ela ama outro garoto, mas o garoto não parece gosta nem um pouco dela. – Ele ainda sorriu com essa notícia como se fosse uma coisa boa.

       Que sorte, eu posso fazer ela esquece esse cara, eu não desisti dela Erza, eu quero ela para mim. – Os olhos do Siegran brilhavam, queria ter alguém assim para me amar - Juvia é uma garota de sorte.

Magnólia, Dezembro 1997

       Era um manhã feliz para todas as crianças da cidade porque tinha neve caindo do céu. Pela ruas viam-se várias crianças brincado e sorrindo feliz, atirando bolas de neve uns nos outros, ali meio aquelas crianças, havia duas crianças olhando o movimento na rua, um menino e uma menina. Usavam casacos e luvas para se protegerem do frio fazia, mesmo que para o garoto não fizesse diferença alguma. 

      O garoto começou a se afastar da azulada ao seu lado e ia de encontro a outras crianças, ele fez uma bola de neve e acertou bem na cara de um menino ruivo que parentava ter 14 anos, em questões de segundo várias bolas de neve iam na direção dele, ele se desviava e conseguia acerta nas crianças, ele parecia feliz, até ouvir uma voz baixa e tímida próximo a si.

      Gray-sama, Juvia também pode brincar? – A garotinha parecia está apreensiva em relação a resposta do garoto ao seu lado.  Por Gray agora está prestando atenção no Juvia falava, ele foi atingido por uma bola de neve na cara, sua cara tinha expressões de fúria, sua resposta para a menina foi fria, como o coração que tinha.

      Eu não quero você perto de mim, saia daqui sua bastarda! – Os olhos da pequena se encheram de lágrimas, ela mordeu os lábios enquanto ainda repetia na cabeça o que Gray tinha acabado de dizer. Elas deixou as lágrimas caírem e correu o mais rápido que podia para longe da li.

     Às crianças que ali brincavam pararam de brincar e fitaram a pequena menina dos cabelos azuis correr até sumi da visão deles, alguns deles não gostaram nem um pouco da atitude do Fullbuster e pararam de brincar, Gray deu um suspiro e foi a direção que Juvia havia corrido.

      Juvia corria pela cidade chorando tentado encontra um lugar que seus pais e muito menos Gray poderia acha-la. Depois de 10 minutos correndo em direções aleatórias, ela achou um beco, havia lixo ali, algumas escadas de saída de incêndio, ela arranjou uma caixa de papelão e fez um lugar para ela se deitar, e ali ficou chorando, e junto daquele choro também vinha chuva, Juvia não percebeu, mas acima dela havia estalactites que com a chuva que estava caindo derretia as enormes pontas de gelo que estavam presas na escada.

       Enquanto as lágrimas se misturavam com a chuva e suas roupas estavam bastantes pesadas, Juvia olhou para cima, seus olhos se fecharam, e em questões de segundos os estalactites caiam, todos de uma vez. Juvia pensou em tudo na sua vida, tudo que era importante, Mika, Silver e.. Gray. Ela vivia para aquelas 3 pessoas e para um dia, conhecer seus pais. Por um breve momento ela sentiu seu corpo se mistura com a chuva, aquela foi uma das melhores sensações da sua vida, a chuva parou e seu corpo virou água, as estalactites atravessaram seu corpo e depois que abriu seus olhos, ainda na forma de água saiu daquele beco e tornou seu corpo “solido” novamente. Uma nova habilidade, não iria dizer para seus pais e nem ao menos para Gray, aquele era um segredo apenas dela, que ela queria desvenda e conhece mais sobre. 

      Enquanto andava em direção a sua casa sozinha, pensava em mil coisas, e sentiu alguém abraçar seu corpo por trás, seu rosto tornou-se vermelho ao perceber que a abraçava.

      Me desculpe Juvia, nunca mais fuja assim. – Juvia sorriu, pela primeira vez na vida, sentiu que Gray a amava, mesmo que tenha sido apenas naquele dia que ele havia demonstrado isso, mesmo que ele tenha sido grosseiro, ela o amava, e esperaria ele entender o que é amor. Ela se desfez daquele caloroso abraço e sorriu dizendo ao mais velho.

     Juvia desculpa Gray sim. Vamos para casa. – Eles andaram para casa, cada um no canto. Quando chegaram em casa nenhum deles ousou a falar para os pais sobre o acontecido, apenas guardaram na lembrança. Mais tarde naquele dia, Juvia também brincou com as outras crianças da rua, incluindo Gray.

        Gray ainda podia se lembrar de como Juvia sorria naquele dia, o dia que ele se apaixonou pela garota que nunca tomou seu lugar, ele disse que iria cuidar dela, custe o que custa, nunca deixaria ninguém fazer qualquer tipo de mal para ela.

Atualmente

               Gray

      Eu estou com o corpo da Juvia sobre minhas pernas, quando eu vi que ela poderia se machucar por minha causa, eu senti meu coração doer. E examinei ela e não vi nenhum ferimento, em poucos segundos Juvia abria os olhos, ela encarou meus olhos e depois se levantou como se nada tivesse acontecido. Eu olhei para onde estávamos e vi os estilhaços de gelo que foram lançados por mim não tão longe da li no chão 

     Juvia você esta bem? – Eu estava preocupado, ela nem parecia ter me ouvido, o que tinha acontecido? Se algo houvesse ter acontecido com ela, eu não me perdoaria. Eu posso até agir como se eu não me importasse com ela, mas eu me importo!

     Juvia me olhou e sorriu para mim, o tal do Gajeel a abraçou, aquilo me fez sentir estranho, raiva, eu queria socar a cara dele.

      Espero que vocês desculpem a Juvia, Juvia tinha que fazer algo antes que vocês se machucassem seriamente. – Juvia olhou para mim, ela parecia preocupada com a minha opinião, não a culpo, eu sou rude de mais com a baixinha.

      Nunca mais me dê um susto assim maninha. – Maninha? Foi isso que ele disse ? Eu estou por fora de muitas coisas aqui, primeiro Juvia se encontra com esse tal Gajeel, segundo Juvia engana a morte e agora maninha. Eu andei até mais próximo a ela e a abracei.

     Juvia você esta bem mesmo? Se machucou? O que aconteceu aqui? – Eu a enchi de perguntas, ela pareceu surpresa com a minha preocupação, tanto até que deu um sorrisinho sem graça para mim.

     Juvia está bem, eu tenho uma habilidade que nunca contei para você nem para o papai ou para a mamãe. – Ela a cada dia que se passava ela era uma grande surpresa, habilidade de se torna intangível era algo novo para mim, eu queria saber mais sobre aquilo.

     Meu corpo é igual a água, não sofro danos físicos. – Juvia fez uma pausa e mordeu os lábios, olhou nos meus olhos me fazendo ficar preso naquele olhar de quem pensava que havia feito algo errado. – Desculpa por esconder isso de vocês.

     Juvia, está tudo bem, vamos voltar para casa okay? – Gajeel olhou para Juvia com uma cara triste, eu tenho que saber mais sobre o relacionamento desses dois.

     Gajeel-san, pode vir conosco e ai vamos conversa com nossos pais sobre a Juvia. – Gajeel assentiu com a cabeça e Juvia segurou minha mão, pela primeira vez na minha vida, eu deixei.

      Tem certeza que quer eu junto de vocês? – Gajeel sorrindo debochando. – olha cara, fica tranquilo. Meu relacionamento com a Juvia é apenas de irmão.

      Juvia havia apertado minha mão, e entendi o recado, eu acho que não haveria motivo algum para quebrar a cara dele.

      Vamos logo. – Eu disse já começando a andar puxando Juvia comigo, Gajeel ia atrás de nós andando normalmente. Parece que às coisas iriam mudar para minha família, e espero muito que mude para melhor.

       Algumas semanas se passaram desde o ocorrido, Gajeel contou para o papai e a mamãe sobre o passado da Juvia, eles ficaram chocados com tudo aquilo, até ofereçam um quarto para o Gajeel, mas ele recusou e disse que tinha que voltar para casa dele, eu sei que ele deve está escondendo alguma coisa, ele não deve ter contando tudo que sabe.

       Pelo menos sabemos que devemos proteger Juvia mais que tudo agora, bem depois daquele dia eu voltei a ser o mesmo com a Juvia. Mas ela continuava a mesma, não tinha jeito mesmo, doce, meiga e patética.

       Hoje é sábado então combinei com o Natsu, Lyon e o Laxus de sair para o cinema, porém meus pais me obrigaram a leva a Juvia, Juvia chamou Erza, Lucy e a nossa professora, à Levi. Hoje séria um dia tanto cansativo.

        Ainda era 8:13 da manhã, e eu ainda estava deitado na cama, o cinema seria as 5:00 da tarde, eu ainda tinha que fazer algumas coisas antes de ir.

         Eu suspirei e me levantei da cama, escovei os dentes e vesti uma cueca e depois uma bermuda jeans, eu tinha uma mania estranha de ficar seminu quando era mais novo, mas isso tinha diminuído com o tempo, terminei de vesti minha roupa e desci as escadas indo para a cozinha, meus pais estavam quase transando em cima da mesa na cozinha. Eu pensei que eles iam notar minha presença, mas nada, era deprimente ouvir minha mãe gemer, eu tossi tentando chamar a atenção deles. E nada. Minha mãe abriu o zíper da calça do meu pai, e para facilitar ela estava usando um vestido. 

       Por favor, na mesa não gente. – Eu me pronunciei fazendo cara de nojo, minha mãe desceu da mesa que estava sentada e meu pai logo tratou fecha o zíper da calça, minha mãe me olhou com vergonha e depois rebateu.

       Gray, foi desse jeito que você foi feito garoto.- 

       Mãe, não por favor. – Papai foi preparar a mesa para o café da manhã e minha mãe continuo a falar.

       E tem mais, foi em cima dessa mesa que você foi concebido. – Ai  meu Deus, nunca mais vou usar essa mesa.

       Pai! – Pedi a ajudar do meu pai que estava tirando o suco da geladeira e colocando em cima da mesa.

       Mika, pare de assusta o garoto! – Meu pai repreendeu minha mãe e sorriu tentando me confortar – Filho você não foi concebido em cima dessa mesa. Sua mãe está tirando com sua cara. – Mamãe se fingiu de brava e logo após papai deu um beijo na bochecha dela e pediu para ela se acalma.

      Eu não vou mais comer nada mesa para não ter enganos, até porque, se eu não tivesse chegado aqui agora, eles teriam transando em cima da mesa. Peguei umas fatias de bolo coloquei em um prato junto de dois copos e uma caixa de suco de laranja. Fui para a sala e liguei a TV fiquei assistindo Hora de Aventura até a Juvia desce as escadas.

     Bom dia Gray-sama. – Ela murmurou enquanto coçava os olhos. Ela vestia um short de algodão vermelho e uma blusa azul do Super Man.

      Por que está tomando café  da manhã na sala? – Ela me perguntou baixo, ela não tinha acordado ainda na verdade, estava no modo automático.

       Papai e mamãe estavam transando em cima da mesa. – Ela arregalou os olhos e ficou com as bochecha coradas, eu dei um sorriso, ela era uma fofa! - Juvia, se quiser pode tomar seu café comigo, bem aqui não tem café, porém tem suco de laranja e bolo de aipim. – ela sorriu e se sentou do meu lado pegando um pedaço de bolo do prato e o abocanhando.

       Até que a manhã tinha sido tranquilo, nós dois até jogamos um pouco de vídeo game juntos, ela não sabia jogar direito, mas ela era uma companhia... Agradável.

     Eu a Juvia ficamos o dia todo assistindo desenhos, mamãe fez o almoço e jantamos na sala. É sério nunca mais vou comer ali, terminarmos, eu lavei os pratos e Juvia me ajudou enxugando e arrumando.

     Ainda era 13:02, resolvi dormi antes de ir ver o filme, subi e deitei na minha cama, em poucos minutos cai no sono.