Ontem havia feito uma semana que Nádia estava morta, uma semana que eu havia me demitido, uma semana que eu me tranquei no meu apartamento, acabei com todo estoque de bebida que tinha em menos de dois dias, iria sair para comprar mais quando me lembrei dela, chorando por ter cheirando cocaína para proteger Burgess, na primeira vez que a vi sóbria, eu não poderia beber mais, tudo que ela tentou evitar eu estava fazendo para amenizar meu luto, eu estava sóbria há cinco dias, a única pessoa que eu conversava era Severide, quando o meu celular tocou eu achei que era ele, mas era Jay, olhei para a tela do celular, havia outros milhares de mensagens, pressionei meu dedo na foto do Halstead, a foto de perfil dele havia sido tirada por mim, ainda no período que estávamos juntos, ele com um terno e gravata, iríamos para encontro era o nosso aniversário de um mês de namoro na época: ·.

–Erin, preciso falar com você! Me diga que não falou sério sobre a demissão...

–Jay, Hank já me falou tudo semana passada... Fale para ele que não quero ouvir sermão de novo – digitei rápido e fui pegar um copo de água

–Ele não me pediu para falar com você... Eu não me posso me preocupar com você?...Por favor, Erin... -

–No meu apartamento daqui a cinco minutos... Só eu e você, Jay... Como nos velhos tempos- respondi depois de um tempo.

Por que eu convidei Jay para vir?Foi a primeira coisa que pensei, mas então descobri o motivo, eu precisava dele.

Ouvi batidas na porta, e lá ele estava bravo:

"Bom dia, Jay" abri a porta fingindo estar calma.

"Eu soube que você se demitiu!" ele estava muito bravo.

"Jay, eu não tenho nada para falar com você sobre esse assunto!” fechei a porta.

"Então por que me chamou aqui?” ele olhou para mim confuso.

"Porque eu estava a fim de jogar Scrabble” sorri maliciosamente para ele, Jay me olhou confuso, e assim que sorriu eu o beijei.

Eu o beijava ferozmente e Jay nunca foi o bom moço, os lábios dele eram doces como sempre foram:

"Eu preciso de você, Jay” dei uma pausa “Eu" levantei a cabeça dele e o beijei “sou” mais um beijo "um" mordi o lábio inferior dele “desastre”.

"Não fala isso”.

"Jay" olhei nos olhos verdes dele, me lembrei de quando estávamos juntos, e logo me lembrei de Nádia falando comigo sobre nós dois "Eu matei a Nadia, eu..." tentei segurar minhas lágrimas em vão e comecei a chorar.

"Erin..." ele parou de me beijar e me abraçou "Não foi culpa sua" adorava o jeito que ele massageava meus cabelo.

"Jay” olhei para ele nos olhos "Eu...”.

"Erin” ele sorriu, sorria de um jeito puro, mágico, amável "Você fez tudo que podia, não é sua culpa, Erin” derramei uma lágrima, ele passou a mão no meu rosto "Nadia odiaria te ver assim”.

"Ela odiaria nos ver assim, Jay” passei a mão no rosto dele “Ela me disse uma vez para deixar você dirigir o carro e dirigir o meu coração, depois ela riu, porque essa frase era uma merda” comecei a rir.

“É uma péssima frase” ele riu

"Tudo seria tão mais fácil se não sentíssemos nada" encostei a cabeça nele

“Seria” Jay beijou minha testa.

Era por momentos assim que a vida era feita, momentos especiais com pessoas especiais, queria que aquilo durasse para sempre, mas Hank estava procurando Jay, e ele teve que ir. Antes de ir embora ele pediu para que voltasse para a Inteligência, foi diferente do Voight, que me forçou, e da minha mãe que me proibiu de voltar:

"Hank"

"Erin?” ele respondeu "Tudo bem?”.

"Eu posso voltar para a Inteligência?” perguntei.

"O que te fez mudar de ideia?"

"Um amigo” respondi "Ou uma pessoa que é mais que isso” sorri

"Halstead?” ele perguntou.

"Sim" fui sincera "Ele veio aqui, conversamos um pouco e ele me fez perceber que eu estou sendo muito dramática e que eu deveria voltar”.

"Erin, você e o Halstead não pode acontecer, você sabe disso? Vocês não podem ser mais que amigos, você..”

“Foda-se Hank!” desliguei o celular.

–Hank vai querer falar com você sobre nós - assim que desliguei a ligação do Hank, mandei aquela mensagem para o Jay.

–Ele já falou comigo -Ele me respondeu - Nós, Lindsay? Somos um casal?

– Talvez, Halstead... Talvez

–Eu percebi uma coisa... Podíamos ficar juntos, mas você voltou para a Inteligência... Acha mesmo que tem um nós?-

–Vai a merda!!!Jay... Você foi a melhor coisa que eu já tive... Sei lá, com você eu não me sinto um desastre

–Você é o meu desastre-sorri para o celular.

Me sentei no sofá, o mesmo sofá que eu havia desabado em choro e Halstead tinha me consolado, olhei para o relógio, Jay deveria estar na casa dele, tomei um banho, me vesti e fui visitá-lo:

"Erin?” ele abriu a porta e eu o beijei.

Pulei no colo dele, segurei sua cabeça, olhei para os olhos verdes dele e o beijei. Enfiei minha língua na boca dele, e ele estava com a mão na minha bunda, Jay me sentou na mesa da cozinha:

"Senti sua falta” eu disse para ele, tirando a camiseta dele.

"E eu senti a sua” ele tirou minha blusa e começou a beijar meu corpo de leve.

Em questão de segundos estávamos nus por completo, o corpo dele estava colado ao meu, sentia a pulsação dele, e sabia que ele sentia a minha, eu olhava fixamente para ele, segurava as minhas mãos e eu encostava em algo metálico, possivelmente a pia, eu estava deitada na mesa enquanto ele usava o meu corpo de apoio, beijava o meu pescoço freneticamente, depois veio para os meus lábios, beijos suaves mas duradouros, apenas parávamos de nos beijar para respirarmos.

"Posso perguntar uma coisa?” perguntei para ele.

Estávamos na sala,eu vestia a camiseta dele, estávamos jantando pizza, estava encostada no peito nu dele:

"Claro"

"Promete que não vai rir?"

"Prometo” ele riu

"O que você vê em mim?"

"Como assim?" ele olhou para mim.

"Você ou quer morrer ou sente algo por mim, Jay, nós dois sabemos que o Hank não vai fazer nada comigo se souber que quebramos a regra outra vez” segurei a mão dele "Então o que eu tenho de especial?"

"Você é a minha garota” ele beijou a minha mão. "E você é especial, Erin” ele beijou a minha bochecha "E desde a primeira vez que te vi eu descobri que te amo"

"Você me ama?” olhei para ele "Apesar de tudo?"

"Apesar de tudo,Erin” ele me beijou e me deitou no sofá.