O Acordo Perfeito escrita por Mila Karenina


Capítulo 24
Amor e Maldade


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem com vocês? Espero que sim...
Capítulo curtinho hoje e dessa vez foi proposital :D peço novamente que prestem atenção



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Nossos lábios se juntaram com desespero e logo nossas línguas também. Matt não parecia ter a sua malícia de sempre, ele parecia estranhamente desesperado por aquele beijo que eu acabei por não entender muito bem o que estava acontecendo ali. Os lábios de Matt ainda estavam grudados nos meus e as suas mãos em minha cintura me puxando cada vez mais para si. Meu coração palpitava e uma coisa quente começava a tomar conta de mim naquele momento. Minhas mãos desceram para a blusa de Matt e logo eu pude sentir a textura de sua barriga sarada. Fechei os olhos pela sensação que aquele toque havia me causado e que eu tinha certeza que me causaria outras milhões de vezes que eu o tocasse. Parecia magnetismo.

Eu naquele momento pude ter uma certeza. Eu gostava de Matt e gostava demais para deixá-lo por qualquer motivo. Aquilo era tão insensato e suicida que com toda certeza me traumatizaria para o resto da vida, mas era melhor do que ficar longe dele. Me apaixonar pelo meu inimigo com certeza foi a minha maior idiotice, mesmo assim aquilo parecia tão correto que desisti de lutar contra, me entreguei aos desejos. Parei nosso beijo com um demorado selinho e olhei na imensidão dos olhos azuis de Matt, ele merecia saber sobre o que eu sentia por ele. Eu sabia que ele iria quebrar meu coração em mil e um pedacinhos, mas eu sabia que estaria pronta para consertá-lo assim que ele o fizesse e que a experiência me valheria de muita coisa.

— Eu também gosto de você — afirmei sentindo as minhas bochechas ficarem vermelhas como tomates.

Matt não disse nada, apenas sorriu e em seguida me abraçou forte. Eu geralmente não gostava de abraços e de coisas assim, mas pareceu tão certo no momento que eu apenas fechei os olhos e aproveitei o momento. Eu estava sentindo um calor diferente crescer em mim, mas não era nada relacionado a safadezas, era como se meu coração estivesse cheio no momento e a sensação era com toda certeza uma das melhores de minha vida. Sorri involuntariamente e sem entender, eu estava parecendo uma boba naquele momento. Matt levantou meu queixo e me deu um selinho demorado, em seguida me soltou e deu seu sorriso malicioso. É, acho que o momento fofinho já acabou.

— Eu sei que gosta — ele finalmente respondeu e eu revirei os olhos. Como ele podia ser tão babaca?

— Você é um babaca — afirmei e ele novamente sorriu malicioso.

— E você adora esse babaca — ele falou convencido e depois se aproximou de mim.

O idiota me levantou pelas pernas e correu comigo no colo para fora daquele lugar que não sei dizer qual era. Eu o soquei e tentei o chutar, mas foi em vão, ele era muito mais forte e tentar me desvencilhar dele seria um grande desafio. Quando Matt finalmente parou de correr já estávamos a poucos metros da quadra e já podíamos ser vistos por todos. Seríamos a fofoca da escola na segunda-feira com toda certeza, mas eu não dava mesmo a mínima, só quem sabe de minha vida sou eu mesma e se quiserem falar sobre isso que fiquem à vontade. Katherine me olhou de cima embaixo e revirou os olhos claros. Molly repetiu o gesto e eu mostrei o dedo para as duas que colocaram as mãos em suas bocas e saíram caminhando até a terceira víbora, Sidney. Sidney me olhou, mas não fez nada além de sorrir falsamente e acenar em seguida. Acenei de volta e me virei para Matt que ria da situação.

— O que foi? — perguntei divertida.

— Essas meninas parecem loucas — ele observou e eu tive que concordar.

— Quais ali você já levou para cama? — perguntei já sabendo a resposta e ele pareceu não gostar da pergunta. No entanto, respondeu:

— Todas.

— Era o que eu esperava.

Então eu o vi. Cory agora não mais conversava com a vadia ruiva, ele estava a beijando e na frente de todo mundo. Para quem estava na fossa até que ele se recuperou bem rápido, não? Meu irmão gêmeo sorria entre beijos e se aproximava cada vez mais da ruiva que já tinha os lábios inchados e vermelhos de tanto beijar e eu senti uma raiva me possuindo. Ele era de maior e sabia exatamente o que fazia de sua vida, mas eu não conseguia confiar naquela desconhecida e tinha um terrível pressentimento sobre a mesma e um pior ainda sobre a loira que estava próxima dos dois. Aquilo acabou por me causar uma enorme dor de cabeça e em seguida uma tontura, eu tive que me encostar em Matt para não cair ali mesmo na frente de todos.

— Você está bem Mel? — Matt perguntou parecendo preocupado.

— Estou bem, foi só uma tontura — respondi ainda com uma sensação ruim em mim.

A sensação aumentava cada vez que eu olhava para os olhos da mulher loira que sorria mostrando todos os dentes para mim. Aqueles olhos eram tão familiares e aquele cabelo loiro não me era estranho, eu a conhecia de algum lugar, só não sabia de onde. A ruiva ainda beijava meu irmão sem parar e eu me sentia cada vez pior. Decidi que eu faria algo para aquilo parar. Comecei a caminhar rapidamente e logo eu já estava próximo dos dois. A ruiva arregalou os olhos e a loira me olhou com um olhar gélido. Meu irmão sorriu sem graça, ele sabia que eu não havia gostado de sua conduta e sabia que eu poderia armar um escândalo ali mesmo. Não foi o que fiz.

— Cory, venha cá por favor — pedi e ele logo se levantou e caminhou até mim.

Ele tinha os olhos verdes mais sonolentos que o normal, como se a garota tivesse o causado sono e seu olhar parecia mais perdido que cego em tiroteio.

— Nós vamos para casa — afirmei e ele suspirou. — Agora.

Cory não respondeu nada, apenas se despediu da ruivinha quenga com um beijo e me seguiu. Eu caminhei até Matt que continuava parado, decerto confuso com toda a situação que me encontrava. Me aproximei dele e beijei rapidamente seu rosto. Cory me olhou com seu típico olhar imbecil que eu retribuí com um olhar que me daria medo.

— Eu estou indo embora, tchau — me despedi e puxei Cory pelo braço em direção ao meu carro.

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A palavra irritada me definia naquele momento. Meus pensamentos não saíam dos olhos da mulher loira e cada segundo parecia demorar um século para passar. Eu pelo menos havia me entendido em parte com Matt e isso já era de certa forma bom. Também tinha Mike e o nosso quase beijo interrompido por Vanessa. Eu não sabia o que pensar sobre ele, ora doce, ora selvagem. E quanto ao Cory que não desgrudava da ruiva estranha? Tudo estava uma bagunça e eu ainda não sabia como consertar, mas sabia que aquilo tudo daria trabalho.

Cheguei em casa na hora do almoço e o cheiro já era delicioso. Cory logo saiu do carro com aparente raiva no rosto, fato que eu não dei a mínima já que ele estava mais que errado ao dar um showzinho com uma desconhecida com cara de má na quadra. Acabei por ignorar a presença de Cory ali e seguir para a cozinha. Cheguei ao local já esperando dar de cara com Maria, mas ela não estava lá. Os únicos presentes eram meus pais.

— Onde a Maria foi? — perguntei curiosa.

— A Maria foi ver sua mãe que está na cidade — papai respondeu e eu gelei.

Naquele momento tudo fez muito sentido. A mulher loira era a mãe de Maria e se ela realmente era como haviam me dito e pelos seus olhares, eu havia ganhado mais uma inimiga e uma inimiga sem limites. Diana era o nome dela. Essa mulher é tão cruel que já tentou matar minha mãe. Quem garante que não serei a próxima?


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Notas finais do capítulo

Peço perdão pelos erros e peço desculpa pelo ar de mistério aushaushasua
Vejo vocês nos comentários :D