And In This Pool Of Blood escrita por gaara do deserto
Notas iniciais do capítulo
Hum... tive como referência ''I'm Not Okay'', pq amo esse clip. Pareceu-me o mais apropriado para uma história assim...
Ele caminhou na minha direção, e quanto mais se aproximava, mais medo eu sentia. Então, quando a distancia se tornou mínima, ele passou por mim, indo sentar-se numa das ultimas cadeiras perto da janela (geralmente usada por alunos que queriam dormir sem serem notados ou pegos pelos professores).
Ainda continuei meio assustada com a situação, mais voltei ao que estava escrevendo:
"...mesmo que chegue o fim dos tempos,
Lembrarei de seus olhos, entenderei o que você quis dizer com aquele:
Não adeus.
Pois foi naquele instante que minha vida mudou.
A sua também.
Pra sempre, com o soar dos tempos, com as vidas passadas.
Com nossas outras épocas.
Mesmo que eu talvez nunca tenha acreditado nisso.
E o soar dos tempos é o que comanda nossa história.
Como o céu estrelado, o céu celeste,
O céu do inferno.
E com o fim de...".
De repente, senti um ar no meu pescoço. Virei-me assustada e dei de cara com o garoto pálido. Sai imediatamente da carteira e recuei.
Ele meramente me olhou surpreso com o meu espanto. Mas se recompôs quase que instantaneamente.
- Você tá doido? - exclamei para ele.
Ele fez um ar desentendido.
- Não. - respondeu.
- Então porque fez isso?
- Isso o que? - perguntou ele, erguendo uma sobrancelha.
*Isso o que? Isso o que?*
O meu medo dava lugar para raiva.
-Porque você tava atrás de mim?- tentei novamente.
Ele se aproximou. Não consegui me mexer.
- Você escreve bem, Natallie.
* O.o Wow?*
Nosso momento estranho foi interrompido pelo barulho da porta que se abria mais uma vez. Olhei para o recém-chegado: era o garoto de cabelos encaracolados. Ele parou estático na porta, piscando meio abobado para cena, incerto se deveria entrar na sala.
- Ah... Gerard... tava procurando você. Não sabia que já tinha vindo pra sala.
O Gerard pareceu um pouco desconcertado também. Afastou-se de mim para falar com o colega:
- O que você quer Ray? - perguntou Gerard em voz baixa.
Ray respondeu alguma coisa que eu não pude ouvir. Em seguida os dois saíram da sala.
Voltei ao meu lugar, um pouco confusa com o que acabara de acontecer.
Alguns minutos depois a campa tocou, avisando o inicio das aulas. A sala onde eu estava finalmente se encheu com aquelas pessoas que eu não suportava. Gerard e o tal Ray foram uns dos últimos a entrar, com aquele fluxo de gente que era uma mistura de arrogância, futilidade e transgressão.
*Ai, como eu adoro falar difícil!*
Rasguei a folha do poema inacabado e escondi a pagina na mochila. A aula começara. Biologia. Prof. Donnovan.
Após 45 minutos de aula e um trabalho muito chato (pois eu não suportava Biologia, apesar de ser uma das matérias em que me sais melhor - vai entender?), outra aula começara - Álgebra.
*Aff, que chato. *
Blá, blá, blá e um monte de contas.
Historia Americana... (como será que depois de tanto estudar essa matéria no ensino fundamental eles ainda tenham Historia pra contar? É FANTÁSTICO!)... ahhh... Intervalo.
Fiquei na sala por alguns minutos, ouvindo mesmo sem querer comentários das garotas fúteis de sempre:
"Menina, você não sabe o que eu vi ontem no Shopping...".
"Sabe aquele Fulano de Tal de ontem? Ele me ligou...".
"Você vai à festa da Sicrana?"
"Olha, vê se não falta hoje em tal lugar...".
"Clube da Luluzinha...".
"Vão reviver a Ku Klux Klan...".
*ops, o ultimo é MENTIRA. *
Resolvi sair da sala, tanto por não suportar aquelas garotas que eu não me lembrava os nomes, quanto porque tinha que ver o Frankie.
- E aí, Natallie? O cabelo ainda morto? - perguntou uma voz, quando eu chegara à porta.
Virei-me sem querer para a autora de tal comentário.
Minha expressão era indecifrável. Olhava para a garota e não lembrava o nome dela.
- O que foi Natallie? Magoada? - ela caçoava. As outras teleguiadas riam que nem ridículas. Decidi agir.
- Nem um nem outro. O problema é que eu não lembro o seu infeliz nome. - expliquei sorrindo.
A garota congelou. Em geral, não era comum garotas "populares" como ela terem seus nomes esquecidos.
- O que? - perguntou ela com histerismo - Você não sabe meu nome?
- Não - admiti.
- Charlotte. Charlotte Portman - disse ela, com uma raiva entalada na garganta - Não se esqueça.
- Vou tentar - ironizei, dando-lhe as costas e saindo para o corredor.
*^o^ Eu me amo...kkkk!*
Descobri Frankie sentado sozinho no laboratório de Química, dois andares abaixo. Entrei despercebida e cheguei por trás dele. Provavelmente ele estaria de castigo por alguma burrada feita em sala de aula.
- OI FRANKIE!!! - berrei.
Nós dois levamos sustos: ele, por causa do meu grito. Eu, por causa da aparência dele - Frankie usava uma estranha combinação de uniforme: avental de cozinha florido por cima do jaleco de trabalho, luvas daquelas que se usa para não pegar no forno quente e um óculos de mergulhador em lugar dos óculos normais de proteção. Quase morri de rir, depois que me recuperei do susto.
- Porque você fez isso, Natallie? - ele perguntava indignado, respirando fundo.
- Porque você tá assim? - perguntava eu, chorando de tanto rir da aparência dele.
- Ah... surpresa para o Prof. - Ele respondeu, rindo comigo. - Cuidado pra ele não te ver ou você pode se encrencar. A sua imagem de certinha estaria arruinada - concluiu ele dramático.
Isso me lembrou do que possivelmente ele estaria tramando com o tal Gerard & Cia.
Mas resolvi deixar o assunto pra depois. Sabia que ele não ia me contar agora.
- Quer suco, Natallie? - Frankie perguntou, pegando uma garrafa da mochila.
Olhei-o admirada. Suco???
- Ah...
- Vou entender isso como um "sim" - ele comentou pegando um daqueles recipientes em que se depositavam líquidos químicos.
* A gente vai tomar suco aí?*
Ele despejou o que parecia ser a metade da garrafa dentro de um dos recipientes e me empurrou o suco.
- Vitamina C - disse, pegando o seu suco - Saúde!
E virou de um gole só o conteúdo. Depois limpou a boca com a luva de cozinha. Continuei com o meu recipiente nas mãos.
- Você não vai tomar o seu? - ele perguntou animado.
- Acho que depois, Frankie...
Ele puxou o suco das minhas mãos.
- Ótimo. Mais pra mim. - e tomou tudo.
E limpou novamente a boca com as luvas.
- Pra que me ofereceu se você ia beber depois?
- Ah, você fez bem em não tomar - ele respondeu, sério - Esse suco é horrível...
- Sei...
Conversamos um pouco depois disso e não demorou muito e a campa avisava o termino do recreio.
- Que droga. - murmurei.
- O que é isso, Dona Natallie Alice Hill?- ele exclamou surpreso - Isso não combina com a sua imagem.
- Não enche Frankie - disse um pouco exaltada.
Virei-me para ir embora quando ele me puxou pelo braço.
- O que...? - comecei, mas Frankie me calara com um beijo.
Pega de surpresa, não entendi nada quando ele me soltou, sorrindo.
- Você tem que me avisar quando vai fazer isso - censurei-o.
- Se avisasse não ia ter graça - ele replicou, saindo comigo daquele laboratório.
Voltei para minha sala e Frankie para a dele. Sentia-me nas nuvens e esquecera o assunto Gerard & Cia.
E depois... mais aulas!
Blá, blá, blá e etc.
*O que é que eu tô dizendo? Isso é importante!*
E finalmente... hora da saída!
*Que infantil... *
Como é de praxe, tudo sempre é uma correria no fim das aulas. Arrumei minhas coisas devagar, sem pressa nenhuma, porém, pelo canto do olho pude ver o Gerard e aquele outro menino, Ray ou o que seja, saindo o mais depressa possível. Não sei por que, mas isso não poderia significar boa coisa.
Fui uma das ultimas a saírem e andei por todo o lado procurando Frankie. No terceiro andar (que eu sabia que era lá que ficava a sala dele), finalmente encontrei o pigmeu (que maldade!)... conversando com ... Gerard & Cia.
O sangue subiu à minha cabeça e eu fiquei realmente estressada de vê-lo com aqueles imbecis mais uma vez. Parei estática a poucos metros da sala do Frankie, olhando pra ele, esperando o idiota perceber que eu estava ali - e muito irritada com ele.
(In) felizmente, quem acabou por me ver foi o menino de óculos; ele me olhou assustado e depois cutucou Frankie. Este, em questão de nanossegundos, me viu. No seu rosto estava uma expressão de "agora ferrou". Satisfeita com tudo isso, me virei e sai andando.
Não olhei pra trás quando ele me chamou. Meramente continuei andando. Rapidamente, me misturei com o pessoal que ia embora aos montes e desapareci da vista do Frankie.
Em questão de minutos já tinha saído pelos portões.
A rua estava movimentada, mas eu achei que era a única a pé. O resto dos indivíduos ia de carro, porém eu não ligava: era a 1º vez que ficava com raiva do Frankie.
Não olhava pra ninguém. Só queria saber de chegar em casa. De repente, esbarrei em alguém; era um cara da mesma sala que a minha. Não me lembrava seu nome (era alguma coisa parecida com Alan, não, Albert, sei lá). Ele me encarou um pouco aborrecido com o acontecido. Esfregando o braço, disse:
- Olhe por onde anda, Hill - e foi embora, carrancudo.
Nem liguei. Continuava na duvida entre o Alan e o Albert.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O Bert McCracken não é uma pessoa, como posso dizer... esquisita nessa fic. Tbm não sou lá muito fã dele. Mas precisava de alguém... ah, deixa pra depois.
*carregando uma placa* Quero reviews, okay?
Mas não estou pressionando ninguém.