And In This Pool Of Blood escrita por gaara do deserto


Capítulo 25
Discussão


Notas iniciais do capítulo

Aê.Né que o Nyah voltou???



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/6334/chapter/25

 

Na noite de domingo, eu e minha avó estávamos na cozinha depois do jantar. Enquanto eu enxugava a louça usada na refeição, Elisabeth tagarelava à mesa, expressando sua preocupação de que o Way não dava sinal de vida desde sexta-feira. Tentava fingir-me de surda quanto a esse monologo, mas tava difícil.

-... E acho que ele poderia estar doente, coitado, é um rapaz tão bom..

Dava-lhe as costas ocasionalmente, para rir em silêncio, mas continuei calada, manifestando pouquíssimo interesse de ouvi-la. Permitia-me pensar em Gerard Way restritamente; ele não devia estar doente, disso eu tinha certeza. Mas algo pairava na minha cabeça com insistência: O que ele queria tanto? Sobre o que falara no jardim?

-... Estava até pensando em lhe fazer uma visita e...

Felizmente meu devaneio foi quebrado pelo barulho da campainha. Larguei o pano de prato e corri até a porta. Quando a abri, delirantemente pensei que era Bert; mas não: era Frankie.

- Oi - disse ele simplesmente.

Ele apoiou-se no portal, usando um moletom cinza e um jeans azul-escuro.

- Quero falar com você - acrescentou friamente.

Dei espaço para ele entrar na sala e ao fechar a porta, estranhei o comportamento dele.

- Pode esperar? - pedi - Tô ocupada... - Frankie fez uma cara de que não se importava e sentou-se no sofá.

- Não prefere ir lá pra cozinha? - sugeri - A vó tá lá...

Ele fez que não e cruzou os braços, emudecido. Voltei para a cozinha, surpresa.

- Quem é? - perguntou minha avó.

- Frankie.

- Por que ele não veio pra cá?

- Sei lá...

Retomei meu serviço pela metade, pensativa. Em dez minutos havia terminado.

- Acho que já vou dormir - disse Elisabeth, bocejando.

- Okay. Boa-noite, vó - desejei-lhe, beijando seu rosto.

Quando ela foi-se, demorei um pouco mais na cozinha e ouvi-a dizer um "Olá" para pigmeu e seus passos subirem escada acima. Andei pra sala e assim que Frankie me viu, levantou-se de um salto, sua expressão de frieza inalterada.

- Podemos conversar lá fora? - perguntou ele, indicando a porta.

- Tá - concordei e o segui-o quando ele abriu a porta.

Paramos na soleira e Frankie fechou a porta silenciosamente. Olhei pro tempo, para evitar confronta-lo. Caia neve, lógico, e isso não alterava em nada meu espírito. O bom é que não estava tão frio assim. Esperei ele falar primeiro. Não demorou muito.

- Obrigado por ter resolvido meu problema, Natallie - agradeceu ele, rouco e olhando pro chão.

- Ah... de nada - disse, corando um pouco - Foi por isso que você veio?

Ele levantou o rosto, fixando seus olhos em mim, sério como eu nunca o tinha visto.

- Não.

- E então? - perguntei, impaciente com aquilo.

- Erm... Gerard não se irritou por eu ter desistido - continuou - Na verdade, ele pareceu estar perdidão esses dias... e tem reagido de uma forma que não parece com ele...Nós concordamos também de não falar mais na Jamia.

- Certo - murmurei, cruzando os braços - Bom pra você, né?

- Deve ser - mas parecia que Frankie não estava se contendo - Ah... Preciso perguntar uma coisa pra você, Natallie e... realmente espero que me diga a verdade.

Arregalei os olhos, surpreendida. Não sabia o que ele me perguntaria, mas tive um mau pressentimento de que não seria algo bom. Frankie respirou fundo e disse:

- Eu queria que você me contasse o que fez pro Gerard desistir da armação, Natallie. Como conseguiu convencer ele?

Alguma coisa doeu dentro de mim. O tom de acusação de Frankie me feria completamente, como se eu tivesse feito algo digno de promiscuidade. Não consegui conter a fúria.

- O que você quer dizer com isso, Frankie? O que você acha que eu fiz?

- Me respondi você.

- Fiz o que você pediu. Falei pra que se ele tivesse um pingo de vergonha na cara, deixaria você e a Jamia em paz e que largasse essa ridícula história que vocês inventaram. Defendi você, dizendo que ele não iria te obrigar a nada, porque eu não deixaria.

Aquilo foi como um soco na cara do Frankie. Sua expressão vacilou e por um momento ele pareceu envergonhado de sua atitude. Mas não desistira.

- Ele não faz o tipo de que gosta de ouvir sermão, Natallie. Muito menos de você.

- Que seja, ele me ouviu, quer acredite ou não. E não sei do que está reclamando, Frankie, já que fui eu que resolvi tudo!

Ele calou-se por um instante. Pensei que finalmente colocara um ponto final em suas acusações. Que engano.

- Sabe, Natallie - murmurou ele, retomando a frieza - Você nunca soube mentir.

- O quê? Isso quer dizer que você não acredita em mim?

- Em parte. Mas sei que não me contou tudo.

Eu não diria nada a ele. Não falaria sobre o beijo pra Frankie pensar ainda mais besteira. Não conseguia acreditar no jeito dele. Mas não o deixaria levantar mais nenhuma acusação a meu respeito.

- Que se dane o que você sabe! Eu vou simplesmente fingir que não tô entendendo o que supõe com essa conversa, mas pode acreditar, você tá cavando sua cova.

- Pensei que você fosse minha amiga, Natallie. Por que tá mentindo pra mim?

Senti vontade de gritar e soca-lo. Eu nunca tinha chegado a esse ponto com Frankie.

- Pra mim já chega! VÁ EMBORA! SEI QUE VOCÊ NÃO LIGA MAIS DE JOGAR NOSSA AMIZADE NO LIXO, FRANKIE ANTHONY IERO! NÃO AGORA QUE TEM AMIGUINHOS MELHORES!

Aquilo parecia feri-lo tanto quanto a mim.

- Que seja! - exclamou - Você tá se denunciando com isso! QUE SEJA! É ISSO QUE QUER?!

- Me diz você!

Frankie enraivecia-se ainda mais.

- ÓTIMO!

Ele saiu correndo, indo embora e isso me satisfez. Que fosse embora, eu não ligaria. Entrei em casa, enfurecida tanto quanto ele.

Mas tive de admitir minutos depois, trancada no meu quarto, que fora tão estúpida quanto ele. Aos poucos, não conseguir mais conter as lagrimas que desciam pelo meu rosto. Que bom que minha avó estava dormindo.

Tudo estava dando errado. Levantei-me do chão, onde sentara ao começar a chorar e encaminhei-me até meu armário. Abri-o e ajoelhei-me, pegando uma caixa.

Coloquei-a em cima da cama e remexi-a. Tirando fotos de criança em que estava sempre com Frankie e outras de quando meus pais estavam vivos, encontrei o que procurava. O papel que pegara de Way no dia que o segui. Desdobrei-o e li, lagrimas ainda queimando meu rosto.

Demolition Lovers - uma possível declaração suicida. Para quem quiser ouvir.

Hand in mine, into your icy blues

And then I\'d say to you we could take to the highway

With this trunk of ammunition too

I\'d end my days with you in a hail of bullets

I\'m trying, I\'m trying

To let you know just how much you mean to me

And after all the things we put each other through and

I would drive on to the end with you

A liquor store or two keeps the gas tank full

And I feel like there\'s nothing left to do

But prove myself to you and we\'ll keep it running

But this time, I mean it

I\'ll let you know just how much you mean to me

As snow falls on desert sky

Until the end of everything

I\'m trying, I\'m trying

To let you know how much you mean

As days fade, and nights grow

And we go cold


Until the end, until this pool of blood

Until this, I mean this, I mean this

Until the end of...


I\'m trying, I\'m trying

To let you know how much you mean

As days fade, and nights grow

And we go cold


But this time, we\'ll show them

We\'ll show them all how much we mean

As snow falls on desert sky

Until the end of every...

All we are, all we are

Is bullets I mean this (x4)

As lead rains, pass on through our phantoms

Forever, forever

Like scarecrows that fuel this flame we\'re burning

Forever, and ever know how much I want to show you you\'re the only one

Like a bed of roses there\'s a dozen reasons in this gun

And as we\'re falling down, and in this pool of blood

And as we\'re touching hands, and as we\'re falling down

And in this pool of blood, and as we\'re falling down

I\'ll see your eyes, and in this pool of blood

I\'ll meet your eyes, I mean this forever

Adormeci pouco depois, mas não sem antes arrumar tudo no lugar e esconder bem aquele papel; as lagrimas pararam de descer pelo meu rosto. Eu nunca conseguira entender o que se passava na cabeça dele. Gerard Way... Será que eu ainda o odiava como antes? E por que Frankie estava sendo tão burro?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ana:Arigato por não terem desistido da fic!
*bum!*(som de bala perfurando o ar)
Ana: O.O!
Gee: HEHE!Revenge!*aponta uma espingarda pra Ana*
Frank: Finalmente!Bono ou a Morte!
Mikey: Bem, é melhor aderir...
Ana: pera lá, gente...
Gee: Vai nos pagar ou NÃO?
Ana:ahhh, GENTE, AQUELE NÃO É O BOB DE CUECA?
Os 3: Onde?Onde?
Ana: seus hentais... bem, FUI!
Os 3: Pega CALOTEIRA!
Ana: Socorro!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "And In This Pool Of Blood" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.