And In This Pool Of Blood escrita por gaara do deserto


Capítulo 22
A Incognita Natallie


Notas iniciais do capítulo

Hauhauahaua... desculpa a demora pessoal, mas tô realmente ocupada no colégio... e bem, eh... eu não preciso dar explicações da minha vida e...
Gee: acho que o publico já entendeu. O que interessa é o CAPITULO, não sua vida.
Te amo, tbm...

—Bem, essa parte é narrada pelo Gerard, espero SINCERAMENTE que gostem.



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Sentia o tempo não passar, porque era geralmente assim que me sentia em relação a isso. Estava deitado na minha cama, muitas horas depois de Frank, Jamia Nestor e os outros terem ido embora. E como só sobrara eu e Mikey na casa, pensamos que não valia o esforço arrumar o estrago que todo mundo havia feito.

Mas isso não me importava. Era natural eu não importar com muitas coisas. Fitava o teto, perdido, mas me sentindo pela primeira vez uma outra pessoa e não o Gerard Way que adorava atormentar os outros.

Olhei para a lua, através das vidraças da minha janela. Ouvia os roncos do meu irmão no outro quarto, mas... não era realmente nisso em que residia os meus pensamentos.


- Flashback On -


"Ainda não acreditava no que estava acontecendo, porém, não demorou muito para ter consciência do que se passava. Dessa vez, não era sonho algum: Natallie Alice Hill havia me beijado.

Segundos atrás, gritara com ela e lhe dissera muita coisa que eu tratava de guardar no fundo da minha cabeça. Sentia-me furioso por meus planos com relação à Nestor não terem funcionado. Mas, sem querer, perdera completamente o controle do que dizia e o máximo que podia esperar dela é que recomeçasse a gritar comigo.

Fora um beijo tão curto e tímido que podia sentir seus lábios tremerem. Quando ela se afastou, com uma expressão indefinida, uma grande sensação de confusão se espalhou por meu corpo. Observei, hipnotizado, pequenos flocos de neve caírem em seus ombros e permaneci calado, pela primeira vez na vida, sem ter idéia do que responder.

- Se acalmou agora, Way? - perguntou ela, tentando sorrir.

Achei minha voz, porque decidira jogar toda a cautela pro alto.

- Acho que não - respondi. Ela fez uma cara desentendida, mas não lhe dei tempo pra nada; puxei-a pela cintura, devolvendo propositalmente seu beijo.

O que surpreendeu-me é que Natallie não se opôs a isso, não resistiu ou me empurrou. Simplesmente colocara uma de suas mãos no meu pescoço, o que provocou-me arrepios.

Era real, dessa vez. Esqueci que ela era namorada do McCracken, que me odiava e todo o resto. Quem ligava se meu plano não havia dado certo se, em troca, tinha a melhor sensação do mundo ali?

Continuaria no mesmo lugar pro resto da vida se, é claro, nosso fôlego não tivesse chegado ao fim. Não tinha intenção alguma em largá-la, mas ela tinha uma expressão de culpa no olhar que me preocupou. Podia sentir o que ela pensava.

- Não era bem assim que eu planejava resolver as coisas - ela murmurou, respirando fundo e se desvencilhando de meus braços.

- Tem certeza de que você é Natallie Alice Hill? - perguntei, indeciso do que fazer.

- Cale-se! - retrucou ela, mais uma vez tentando sorrir.

- Pensei que você me odiasse...

- Chega de ironias, Way. Eu... ãh... não devia...

- Ter feito isso? - completei - Ora, ninguém precisa saber se nós não contarmos.

Natallie considerou a idéia.

- Quebre suas regras uma vez na vida... - continuei.

Ela concordou.

- Agora, voltemos à festa - disse, pegando sua mão - Se derem por nossa falta, vão nos encher de perguntas...

Outro aceno. Mas, quando ela fez menção de andar, lembrei-me de uma coisa e a puxei.

- Way...?

- Que parte de tudo isso você pretende contar ao Frankie? - indaguei, sorrindo.

- Acho que... não isso - respondeu, fazendo uma nova menção de voltar para a casa.

Segui-a, ainda que pudesse ficar ali, na neve, pro resto da vida. Não me sentia um idiota, nem digno de ódio, nem tinha nada contra ninguém. Não me sentia Gerard Way.

McCracken devia ser realmente feliz ao lado dela...

Andando sem pressa alguma, logo voltamos para a festa, mas não percebia as coisas com atenção. Aquele beijo seria nosso segredo e uma convincente prova de que eu ainda não havia perdido a guerra.

Nunca me vira tão determinado a conseguir algo. Eu queria Natallie. Há muito tempo.

Bem no começo, aparentemente quando tinha 10 anos, podia não entender o que me fazia pensar tanto em uma garota que tinha resposta pra tudo.

Apesar de não entender continuei assim, vendo Natallie crescer sempre afastada de mim, tendo Frankie como companhia, e parecia que isso era o suficiente para ela. Não fora como eu: um garoto que sempre teve tudo o que queria, um garoto que se contentava com qualquer presente material para desculpar a continua ausência dos pais, sempre ocupados.

Mas minha avó me explicou o que eu sentia. Helena sempre me explicava a vida. Foi a verdadeira mãe para mim. Não sei o que ela diria agora se soubesse no que o querido neto dela se transformou.

Provavelmente riria.

Durante o período em que ficou doente, permaneci ao lado dela, cuidando de tudo. Até esquecera parcialmente do que sentia por Natallie.

No fim, realmente me culpei por sua morte, furioso por terem tirado-a de mim. Ela era tudo que eu tinha. Preocupava-se comigo enquanto eles trabalhavam e esqueciam dos filhos.

Não sei se Mikey ficou tão abatido como eu, porque ele sempre foi mais fácil de se comprar. Porém, não queria saber mais de presentes, de mimos, de nada. Eu estava sozinho, pois a minha verdadeira mãe havia morrido.

Perguntava-me se ela havia feito isso de propósito para no instante seguinte dizer que "não", pois a culpa era somente minha de ter sido um péssimo exemplo de criança.

Se não fosse Elisabeth aparecer no meu caminho, provavelmente já teria enlouquecido. Ou me suicidado. Ou feito qualquer coisa do gênero.

Incrível como ela se parecia com Helena. Não fisicamente, mas espiritualmente. Parecia que eu havia ganhado de volta minha avó.

Elisabeth se tornou uma grande amiga para mim e apesar da diferença de idade, me compreendia muito bem.

Foi então que eu liguei os pontos: ela era avó de Natallie.

Será que isso significava algo?

No começo não, porque sabia que Natallie me odiava. O que não sabia era que Elisabeth ficava fazendo propaganda minha para ela (o que, obviamente, não ajudou em nada). Nem sequer imaginava que passava uma imagem completamente oposta para ela. Sinceramente, eu nunca fiz o tipo "bonzinho"... e admito, é claro.

Quantos bonzinhos você conhece que se drogam até dizer "chega"?

Admito também que nunca me esforcei para nada nessa vida, não porque não preciso, mas por falta de interesse. Minha família tem uma situação financeira estável, então...

Então que um dia desses eu sumo no mundo para bem longe de tanta comodidade.

E, se possível, levo a Natallie comigo.

Mas, esquece, isso ainda tá longe. Não quer dizer que seja impossível.

- Pensando na morte da bezerra?

Era Mikey.

- Não, não tava pensando em você, magrela. O que você quer?

Ele se sentou no mesmo sofá onde eu estava. Natallie devia estar com Frankie, recebendo olhares fulminantes de Jamia Nestor e evitando qualquer pergunta embaraçosa.

- Olha, Gerard, eu realmente não acredito mais em Papai Noel, sabia?

- Que surpresa... o que você quer? - perguntei de novo.

Mikey deu um meio-sorriso, com uma cara de que sabia mais do que o resto das pessoas.

- Tava com ela, né? - sussurrou, ainda com aquela expressão astuta no rosto, o que me irritava profundamente - Vi quando ela saiu correndo. Fui um dos poucos, na verdade.

Me recostei no sofá, na ligando pra isso.

- E daí?

- Daí que eu não sou burro, dá pra imaginar o que aconteceu, sabe?

Suspirei audivelmente.

- Queria que você fosse um pouco mais burro, magrela.

- O "Fantasma descabelado" e o "Loiro Idiota" querem saber o que aconteceu, porque o Frankie não disse merda nenhuma sobre a Jamia...

- Nem ligo. Não tô com vontade de explicar nada agora - retruquei, olhando para o teto.

- Eu sei do que você tá com vontade, Gerard, pois a mim, você não engana.

Antes que pudesse responder suas insinuações com dúzias dos palavrões mais horríveis, ele foi embora."


- Flashback Off -


Olhei sem me importar para o relógio. Três da manhã...

Sorte que era sábado. Podia dormir até de tarde. Ou quando me desse vontade de acordar.

Mas acho que não conseguirei ter uma noite tranqüila de sono. Isso porque certa garota perturbava meu sono.

Natallie Alice Hill... eu não conseguia entender o que se passava na mente dela. Era um mistério. E eu a quero tanto e não sei como fazer isso.

McCracken é uma das pedras no meu caminho...

Ela é uma verdadeira incógnita, como minha Helena dizia. E as incógnitas só se resolvem com paciência e querer.

Bem, isso tenho de sobra.


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Notas finais do capítulo

*Ainda discutindo com Gee*
—... e quem é que paga seu salário, idiota?
— Bem, vc não deve ser, já que precisa fazer promoção para juntar dinheiro!
— Vá se ferrar!
— Primeiro as damas...
>.< Baka...
— Dama aqui só é vc, Gerard! - grita Frankie, que está debaixo da mesa desde o ultimo ataque terrorista.
— Não vou perder meu tempo com meio-metros...
— Olha, se continuar falando assim com o Frankie, vai ficar sem biscoito! E olha que é Bono!
— Sim, senhora!
hauhauahaua...VENCI.
Ah, galera, deixe reviews se vcs gostam do mcr.
Bob, Ray e Mikey declararam em publico, pela CNN, que não participam dessas tiras pq ainda não cairam de cabeça em uma privada de banheiro de beira de estrada.
Bem, levei em consideração isso...
— Cadê o Bono??? Quero três pacotes e não vou dar nenhum pra vc!
— Seu guloso... quem come e não reparte nada, fica de barriga inchada!
— Nem ligo, eu não assisto chaves msm...
kkkk,bjs!
— E deixe REVIEWS!



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