And In This Pool Of Blood escrita por gaara do deserto


Capítulo 17
Estranho Pedido...


Notas iniciais do capítulo

Ahahahahahha, boa leitura pra vcs...!



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  - ... não parece ser nada grave, eu só queria ter que ir com você nessa festa - explicava Bert - Ele mora em Newark, não é tão longe assim, mas... não dá pra voltar até a segunda semana de Novembro...

Estavámos no cais de Beleville. Um dia depois da conversa com Way. Devia estar perto das 4 horas da tarde.

- Espero que ele fique bom - disse, interrompendo-o - É sério, Bert. Não estou cobrando nada. O que importa agora é você não se atrasar mais uma vez em seus estudos.

- Com uma professora que nem você, não mesmo - disse ele, rindo - Fique tranquila, prometo que vou tentar recuperar o tempo perdido quando voltar.

- Tentar? - perguntei com um olhar assassino.

- Desculpa - corrigiu-se - Eu vou com certeza recuperar o tempo perdido.

- Agora sim, eu acredito.

Ele riu de novo.

- Bem - continuou ele, passado algum tempo -, tá na minha hora, Natallie...

Suspirei triste. Por vários motivos. Bert me abraçou.

- Cara, parece aquelas cenas de filmes espaciais.

- É, agora você está indo pra Marte e eu vou ter que ficar vendo você partir...

- Não é tão mal assim...

Ele me soltou.

- Depois você me conta como foi a festa.

- Tá. Mas aposto que seria bem melhor se você estivesse lá.

Bert encostou seus lábios nos meus.

- Eu sei.

Ele partiu em poucos segundos, ajeitando a mochila sobre o ombro.

Tive que admitir que pareceu muito aquelas cenas de filme.

Mas agora, só me restava uma coisa a fazer.


- Demorou, Natallie - reclamou minha avó.

- Desculpa vó, é que...

- HAHAHA, FICOU SEM ALMOÇO!

Frankie pulara nas minha costas e eu quase caira no chão. Minha avó ria. Só ela não percebia que um dia desses ele ainda ia partir minha coluna.

Mas, como bem sabemos que eu não consigo ficar zangada com o Frankie, nem se ele se aliar com o Osama Bin Laden, é, vou levar na boa.

- Pigmeu, nem parece que vai fazer 16 anos amanhã!

- Ainda tenho 15 e posso fazer o que quiser - berrou ele no meu ouvido.

"Um dia desses acabo surda..."

Ele desceu das minhas costas.

- Preciso falar com você - sussurrou, com uma cara de pidão que me deu pena.

- É, vamos.

Subimos pro meu quarto. Fiquei imaginando que outra burrada ele teria feito.

"Se bem que eu não me surpreendo com mais nada que ele faça...".


- Então, onde você estava, mocinha? - Frankie exigiu saber, com um ar autoritário.

Sentei na cama, rindo.

- Pensei que era você que ia me contar algo - comentei.

Ele abandonou o ar de mandão.

- É, você sabe como começar uma conversa, hein? - suspirou, sentando-se no chão.

- Se não quiser contar, não conta.

- E você fica sem almoço - disse ele.

- O que isso tem haver? - perguntei espantada - Na verdade, minha avó devia cobrar uma taxa, porque você trata nossa casa como se fosse um hotel.

- Magoou...

De repente, ele ficou mais sério. Abaixou a cabeça e novamente suspirou.

- O que você tem, pigmeu?

- O Gerard já falou com você? - perguntou.

- Já.

- E aí?

- É, ele não deixou muitas opções... mas ainda não respondi nada.

Frankie calou-se de novo. Aquele não parecia ser o assunto que queria conversar comigo.

- Tô perdido - disse roucamente.

- Ainda bem que você sabe - comentei.

Ele me olhou surpreso.

- Do que você tá falando? - perguntou.

- Do que você tá falando, pigmeu, por que eu já não estou entendendo mais nada - respondi, preocupada com a sanidade mental do meu amigo.

*Nossa, tô emocionada com isso...*

Levantei-me e sentei ao seu lado, passando a mão em seus cabelos.

- Fala, o que você fez dessa vez? Sabe que não vou ficar com raiva...

- Tô perdido - repetiu, triste.

- Isso você já disse.

Ele encostou a cabeça no meu ombro.

- O plano dele não vai mais funcionar - sussurou.

Sabia do que ele estava falando.

- Por que? A Jamia terminou com você? - isso não seria muita surpresa, se ela já tivesse descoberto tudo.

- Ao contrário - continuou Frankie - Ela nem desconfia de nada.

- Então por que você tá perdido?

Senti ele tremer ao ouvir minha pergunta. Se ajeitou e me olhou direito.

- Acho... é... - ele parecia não saber como colocar em palavras o que ia em sua mente - Acho...que... eu acabei me apaixonando por ela.

Essa era a última coisa que eu esperava ouvir dele.

- Repete - disse, assombrada - Acho que fiquei surda com seus gritos.

Frankie parecia deveras nervoso.

- Eu... me apaixonei pela Jamia.

Sentia vontade de rir. Bem, não era todo dia que Frankie saia dizendo essas coisas. Mas uma coisa me preocupou de repente.

- E Gerard?

- Que tem ele? - perguntou Frankie, abobado.

- Bem, esse plano não pode seguir adiante. Não agora que você gosta dela.

- É por isso que você precisa me ajudar, Natallie - disse ele, nervoso.

- Então fala. Eu ajudo.

"Não acredito que disse isso..."

- Você precisa me ajudar a não deixar mais o Gerard continuar com o plano dele.

- E que garante que ele vai me ouvir?

Frankie sorriu sem querer. Parecia que tinha se lembrado de algo.

- Bem... ele vai ouvir. Eu sei que vai - respondeu, sem outros comentários.

- Tá, o risco é seu...

Ele me abraçou de repente.

- Não sei o que faria sem você...

- Provavelmente já estaria a uns sete palmos daqui... - disse, abraçando-o também.

Frankie me soltara.

- Muito obrigado pela resposta... amo você também.

Ri com isso. Seu humor voltara.

- Não deixe a Jamia nem ouvir você pensar nisso.

- Pode deixar! Ah... acabei de me lembrar: a festa é a fantasia!

- Nem quero ver a fantasia que você vai escolher, pigmeu...

- Talvez uma que combine com o meu carater, sabe...

- Uma de diabo?

Ele fez cara de choro. Se levantou e saiu correndo porta afora.

- Vó da Natallie, a Natallie me xingou de novo!!!

Só ouvi as risadas da minha avó lá embaixo.

- É, pigmeu, mais uma que você tá me devendo...

Teria que procurar o Way no dia seguinte. Mesma que a contragosto. E era.

Sai atrás do Frankie.


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Notas finais do capítulo

Ohhhhh, no próximo cap. conto o que a Natallie vai fazer...!
Obs: Nada digno de novelas mexicanas...



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