1989 - Um passado complicado escrita por smwa


Capítulo 4
Capitulo três - Parceiros


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente, acho que vocês ja devem ter percebido, eu mudei o nome da história, e consequentemente, a capa dela.Eu achei que "1989" fosse um nome melhor, pois achava "o resgate" um nome um tanto fraquinho kkk
Enfim, o que vocês acharam da nova capa? Ficou legal? pessima? podem contar nos comentarios :)
~Vocês vão entender o nome e a capa conforme os capitulos vão passando.

Beijos e brigadeiros e curtam o novo capitulo ^^



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~*~

 - Então quer dizer que Lucas esta agindo outra vez? - Fernando sentou-se em sua cadeira segurando o copo com a água que havia acabado de buscar na cozinha.

  A casa onde estavam era velha, literalmente caindo aos pedaços. Tratava-se de uma antiga cabana que pertencia a um velho amigo, a sala era iluminada apenas por uma pequena lâmpada pendurada por um fio de energia já bastante lascado, podendo cair a qualquer momento em cima da mesa de madeira que reunia todos os quatro amigos.

  Duas janelas, uma ao lado da outra, que eram localizadas bem na lateral direita da mesa, forneciam o ar frio da noite que balançavam as cortinas vermelho desbotado e davam a ilustre visão da lua e estrelas do lado de fora, que só em um local rural dessa cidade movimentada poderia fornecer. Mesmo eles estando a menos de dez minutos da área urbana.

— Na verdade, ele nunca parou de agir, só estava com a cabeça no lugar e não se metia com pessoas de poder, mas vejo que perdeu totalmente o juízo agora. – comentou Roberto, que havia acabado de contar a todos os seus companheiros o motivo para fazerem eles se reunirem tão de ultima hora.

—Então o que exatamente iremos fazer? – Gabriel, que ate agora não tinha falado nenhuma palavra, parou de mexer em suas porcas e pregos, e pronunciou-se, começando a prestar atenção ao grupo.

—Antes de tudo, temos que listar as metas principais. – Carlos, o mais sensato do quarteto, aquele que sempre mantem as coisas nos eixos levantou-se da cadeira, apoiando as mãos na mesa para ter mais efeito sob seus companheiros. – Primeiro, vamos fazer de tudo para salvar essa tal de Lana, tipo, tudo mesmo ok? – apontou para todos os presentes, que mexeram a cabeça em concordância – Ela é a prioridade. Quem conseguir pega-la faz de tudo para levar ela para um lugar seguro, mesmo que tenha que deixar os companheiros para trás.

—Certo, já entendemos piloto. Vamos logo para algo que não sabemos.

—Quieto Gabriel, que você é sempre o que foge do script.— resmungou fazendo o mais novo bufar – Em fim, Se conseguirmos fugir com Lana em paz, ai sim daremos um jeito de levar Lucas e faze-lo sofrer como eu sei que você quer Roberto – Olhou diretamente para o moreno, que assentiu deixando escapar um sorrisinho maléfico no rosto rapidamente.

—Então como iremos fazer para encontrar ela? – falou observando a mesma foto de antes, não havia colocado ela na mesa como as outras, deixou-a no bolso, para que na melhor oportunidade de falar com Lana, ela estar a um alcance fácil.

  O cabelo loiro, queimado pelo sol, possuía ondas bastante marcadas. Os olhos de castanho estavam em um tom de mel, ela tem uma beleza única, daquelas que você ver uma vez e a imagem ficam marcada para sempre em sua memoria.

  O ar infantil que a foto emanava era exuberantemente chamativo, a pele num tom dourado, assim como a marca de biquíni a mostra no decote quadrado do vestido, mostrava que passara muito tempo no sol. As bochechas rosadas destacavam-se com as covinhas devido ao enorme sorriso que ela exibia...

—Você não disse que Fábio tinha lhe dado um rastreador? – Fernando levantou a sobrancelha, interrogativo.

 Roberto pareceu acordar de um sono de olhos abertos, abaixou rapidamente as pernas que descansavam em cima da mesa, ajeitando a cadeira, que antes estava sendo sustentada por apenas duas das quatro pernas de madeira. Endireitou a postura guardando a fotografia no bolso novamente. Olhou ao redor e percebeu que a atenção dos três estava em seus movimentos

—Ah! Sim, sim, claro. Aqui está. – tirou do bolso o ‘relógio’ de pulso e o colocou no meio da mesa, onde todos se juntaram para observar o artefato. Mas antes de qualquer um abrir a boca para falar sobre o instrumento, o engraçadinho da turma resolveu se rebelar.

—Ta se apaixonando pela loira, Robertinho?- riu Gabriel, fazendo uma voz fina – Quer completar a coleção? Só faltava loira, já pegou Morena, rui...

—Calado pirralho! Antes que eu mesma cale sua boca com o meu punho nessa sua cara de elfo. – interrompeu Roberto, já recuperado de toda a sensação boa que teve há minutos atrás, levantou-se da cadeira a empurrando para trás com uma força tremenda, e ficando cara a cara com o mais novo do grupo, fazendo-o tremer.

—Relaxa cara. – Fernando pousa a mão no ombro de Roberto, o mantendo no lugar, e impedindo de ir para cima do Gabriel, que agora estava bastante encolhido do outro lado da mesa.

—Você sabe que esse assunto não pode ser tocado com ele idiota – ouviu o sussurrar de Carlos seguido de uma tapa na nuca do pequeno homem, que apenas assentiu de cabeça baixa, se mostrando arrependido, o que o moreno duvidava muito.

— Então, vamos voltar ao nosso estado normal, explique Roberto, o que exatamente você sabe sobre a localização de Lana – Carlos tentou dar fim naquele clima tenso que tinha se impregnado no local. Mas foi em vão.

— Descubram sozinhos, não to’ com cabeça para isso. – Ele deu um soco na mesa e saiu pisando forte no piso de cimento, em direção ao quarto onde iria descansar essa noite.

         Tinha plena certeza que eles conseguiriam se virar sem ele por lá. Se ficasse lá por mais dois minutos era capaz de quebrar a cara de um deles. E isso não podia acontecer.

  Chegou ao quarto e pegou a primeira coisa que viu pela frente jogando diretamente na parede, um abajur, que se espatifou em vários pedacinhos e um barulho estrondoso seguido de um grito de dor e culpa do mercenário. Que se jogou no chão de joelhos, com ambas as mãos no rosto, sentindo seus olhos arderem.

  Sempre era assim, só bastava tocar no assunto que seu sangue fervia seus movimentos não eram calculados, e sempre havia alguém que saia machucado. Mas no final quem mais sofria era ele, pois as lembranças que mais o deixavam deprimido voltavam como uma avalanche para sua mente, fazendo ter a vontade de arrancar sua cabeça, ter como esquece-la para sempre, mesmo algumas vezes se arrependendo em apenas pensar em uma coisa dessas.

  Por mais que o fizesse sofrer, não queria esquece-la, não queria esquecer todas as lembranças de momentos bons que esteve com ela. Nunca.

  A porta do quarto se abriu, o tirando de seus devaneios. Alguém entrou, fechando a porta logo depois, e se aproximou, colocando as mãos nos ombros dele o fazendo levantar a cabeça que ate agora se encontrava baixa, revelando Fernando. Os olhos de Roberto estavam vermelhos, como se fosse chorar, mas nenhuma lagrima caiu. Nenhuma.

— Se controle mais ok? Já passou, não volta mais, você tem que entender isso. Se não aprender a se controlar, vai acabar fazendo algo que se arrependa depois. Você tem a nós, quem precisa de garotas?– sorriu.

—Você, mais do que ninguém, sabe que isso não é fácil cara, sabe o quanto isso é difícil para mim. – suspirou, se pondo de pé, e olhando para o amigo – E eu não sou gay – deu um meio sorriso, tentando entrar na brincadeira.

— Qual é? Vai dizer que eu não sou uma tentação para você? – O mais alto passou a mão no cabelo do modo mais ‘sensual’ que conseguiu, e tentou se aproximar de Roberto, como um sorriso maroto, que logo se apressou em se afastar.

 Fernando gargalhou se jogando na cama, enquanto Roberto ainda continuava em pé, era por isso que ele era seu melhor amigo, sempre conseguia o fazer esquecer seus problemas com poucas palavras, e quando isso não dava certo, o levava para um campo deserto, onde passavam horas atirando em coisas aleatórias.

   -Bom, eu não vim aqui para ser sentimental, vim aqui por que decidimos agir de madrugada, e Carlos quer todos na sala às três horas, e eu já vou indo, por que ainda tenho que ter a localização exata de Lana e investigar como é a planta do local antes de ir dormir. – se levantou rapidamente saindo porta a fora, vendo apenas um aceno do moreno, que logo deitou em sua cama.

Fernando era o mercenário que mais entendia desses meios tecnológicos e de computadores do grupo, entendia tudo sobre hacker, podia acessar informações sigilosas, como a senha do cofre do presidente dos estados unidos, em menos de uma hora, era um profissional.

  Antes que pudesse fechar os olhos e descansar, pegou a foto do bolso de trás da calça e a observou pela milésima vez. Com apenas o claro lunar que a janela fornecia iluminando o papel.

Analisou os olhos cor de mel da garota, que na foto parecia estar em seus dezoito anos de idade. Por fim, guardou a foto no lugar de antes e apenas se permitiu dormir.

~*~

— Eu e Gabriel iremos distrair os guardas, enquanto Fernando e Roberto vão atrás de Lana, vocês sabem onde ela está nos encontre aqui, mas não se esqueçam da meta principal. Se pegarem ela, vão embora e não espere por nós. Tentaremos contato depois.

Estavam a 15 metros de distancia do esconderijo de Lucas, tinham a visão privilegiada da entrada do casarão onde eles estavam.

—Prontos? – Carlos Perguntou.

—Prontos. – Todos destravaram a arma e responderam.

Agora tudo começa.

~*~


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Notas finais do capítulo

Oi Gente, acho que vocês ja devem ter percebido, eu mudei o nome da história, e consequentemente, a capa dela.Eu achei que "1989" fosse um nome melhor, pois achava "o resgate" um nome um tanto fraquinho kkk
Enfim, o que vocês acharam da nova capa? Ficou legal? pessima? podem contar nos comentarios :)
~Vocês vão entender o nome e a capa conforme os capitulos vão passando.

Beijos e brigadeiros e espero que tenham curtido o novo capitulo ^^



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