Trilogia Aventuras 01: FAMS - A Grande Aventura escrita por Renny Gouveia


Capítulo 2
Confronto eminente... Uchiha Madara ataca!


Notas iniciais do capítulo

GENTE, TRAGO HOJE O CAPÍTULO 02 PARA LEITURA. FINALMENTE A PORRADARIA VAI COMEÇAR.
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ESPERO QUE GOSTEM DO CAPÍTULO DE HOJE. BOA LEITURA!



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CAPÍTULO 02
CONFRONTO EMINENTE...
UCHIHA MADARA ATACA!

Os músculos engrossaram repentinamente, a peruca fundiu-se a raiz capilar e as lentes que incomodavam sua visão pareciam ter desaparecido dando lugar a novos olhos. Ele sentia a energia circulando pelas suas entranhas, experimentava uma sensação de poder nunca sentida antes. Luiz havia evoluído!

Mas apesar das virtudes que ele tinha recebido, algumas consequências vieram com a transformação sobrenatural — as sensações de tato e paladar haviam desaparecido. Luiz tinha se tornado um poderoso guerreiro morto-vivo, incapaz de sentir dor, contudo aquilo também estava em seus planos. Tornar-se a versão Edo Tensei de Uchiha Madara era algo valioso, pois agora ele era imortal, e suas funções regenerativas, ilimitadas. Um pequeno preço a se pagar pelo poder.

A sua volta, o garoto percebeu que dúvida, surpresa e medo dominavam as pessoas que presenciavam sua transformação radical, e isso o enchia de satisfação. Luiz agora se sentia uma figura importante, majestosa, digna de ser considerada a própria imagem de Deus. No entanto...

— Aaaahhh! — Gritos! Gritos começaram a vir de pontos específicos do Centro de Convenções, e não eram por causa de Luiz.

Outros cosplayers. Aliás, todos os cosplayers que estavam dentro do Centro de Convenções tinham caído no chão, vapor emanando de seus corpos.

— O quê?! — indagou Luiz, percebendo com surpresa o que estava acontecendo. — Isso não deveria ser possível! Eu deveria ser o único a ser afetado pelo feitiço do ritual enoquiano!

Dominado por um estranho instinto assassino, o garoto percebeu que além das habilidades adquiridas, sua personalidade também sofrera uma leve modificação, tornando-se ainda mais parecido com o vilão que sempre quisera ser na vida real. E, quando atinou à possível ameaça que poderiam se tornar todos aqueles cosplayers superpoderosos, ele agiu: deu um salto surreal do palco na direção de um deles.

— Ninguém vai ficar no meu caminho! — exclamou aquele que agora deveria ser denominado pelo pseudônimo Luiz-Madara, acertando um poderoso chute no peito de Felipe, o garoto que fazia cosplay de Naruto do filme The Last.

Lançado como um míssil contra a estátua do chafariz seco do Centro de Convenções, Felipe sentiu uma onda de dor invadir suas costas quando atingiu a grande coluna de rochas que se despedaçou completamente, jogando estilhaços por todas as partes, inclusive nele mesmo.

Rapidamente, vários seguranças começaram a se mover na direção do agressor, e diversas pessoas corriam, gritando com medo ou se lamentando pela evidente morte de Felipe, já que nenhuma pessoa normal seria capaz de sobreviver a algo assim — nenhuma pessoa normal!

— Ei, você — gritou o segurança, apontando uma arma para Luiz-Madara —, largue sua arma e fique quietinho aí, se não vamos atirar!

Exibindo um sorriso zombeteiro, Luiz-Madara observou a coragem dos guardas... Ou talvez fosse apenas burrice mesmo. Para o garoto, eles não passavam de pessoas comuns e insignificantes.

— E o que vocês pretendem fazer? — provocou o vilão, dando lentos passos na direção deles.

— Ei, fique quieto aí! — ordenou outro guarda de um total de cinco, todos com suas armas em ponto de disparo.

O garoto ignorou o aviso e continuou sua caminhada até eles. Um dos guardas, assustado, por fim disparou, mirando na perna do guerreiro.

“Pow!” O barulho fez todo o ambiente vibrar. O tiro fora preciso, porém...

— Isso é tudo? — questionou o ninja, surgindo por trás do segurança.

— O quê?... — O segurança tentou virar o rosto para encarar seu inimigo que tinha desaparecido num piscar de olhos, desviando do tiro e, repentinamente, reaparecido detrás dele; mas já era tarde demais. Com apenas um toque de sua palma, o ninja arremessou o pobre segurança contra a parede próxima à fonte que funcionava perto do palco do evento. O impacto foi violento, e o segurança morreu na hora.

Por breves instantes, os outros guardas encararam atônitos o aparecimento do sujeito fantasiado atrás do colega e o arremesso da morte que ele dera nele. Porém quando finalmente caíram em si, todos os guardas levantaram suas armas no calor da emoção e descarregaram todo o cartucho de balas no guerreiro, sem pensarem nas pessoas à volta e na possibilidade de balas perdidas.

— Maldito! Morra! — urrava um dos guardas, lágrimas caindo de seus olhos, o revólver disparando incessantemente contra o sujeito que ainda estava de costas, em observação ao homem que acabara de matar.

Quando então a última bala chiou, todos ficaram em silêncio mais uma vez. Em momento algum o inimigo se mexeu ou pareceu ligar para as ferroadas mortais que acertaram seus braços, pernas, costas e cabeça, enchendo-o de pequenos furos. Mas, quando o vilão se virou, encarando os seguranças, revelou uma cena bizarra e impossível: algumas das balas que o atingiram tinham atravessado seu corpo pela testa, peito e coxa, entretanto, ele não demonstrava nenhuma dor ou mesmo se importar com aquilo.

— Boa tentativa — argumentou Luiz-Madara enquanto olhava para si mesmo e via os pequenos buracos desaparecerem; uma mistura de poeira e papel se reorganizando nos locais atingidos, regenerando-o —, porém não é um bastante para me deter.

“Do que esse cara é feito?” pensavam os guardas, chocados.

Como que adivinhando o pensamento dos seguranças, o vilão comentou:

— Sabem... muitos poderiam me questionar por que eu escolheria logo este personagem para ser, quando eu poderia ter escolhido o próprio Madara na versão Eremita dos Seis Caminhos, visto que ele é ainda mais poderoso. A razão é simples: tornando-me o Madara Edo Tensei, eu sou basicamente imortal. Nada, nada pode me matar nesta forma! Eu sou indestrutível.

Sem entender as explicações do garoto, três guardas puxaram cassetetes para afligi-lo enquanto outro tentava recarregar seu revólver.

Entretanto, sem paciência para continuar brincando com aqueles homens, Luiz-Madara ergueu sua gunbai e a moveu uma única vez. O leque produziu uma grande onda de ventania que tragou todos os seguranças, arremessando-os contra a lanchonete ou a parede de uma sala ali perto, matando-os instantaneamente.

— Bom... — Decepcionado com o desafio, o vilão encarou as pessoas a sua volta e percebendo que todos os cosplayers, até então, confusos com os efeitos mágicos que agiam sobre seus corpos, já estavam a observá-lo ali, espantados. Todos pareciam ameaças microscópicas diante de seu poder, então ele resolveu agir. Livrar-se daquelas pragas seria o melhor a se fazer, antes que pudessem lhe causar problemas no futuro. — Um já foi — sussurrou o ninja, referindo-se a Felipe —, hora de dar cabo destes outros.

O ninja lendário sorriu, decidido; então começou a caminhar na direção de Nayalla, uma garota que fazia cosplay de Miss Fortune do game League of Legends.  No entanto, de súbito, algo quente e luminoso segura o vilão pelo braço, impedindo a caminhada.

— Espere aí! Aonde você pensa que vai?

Luiz-Madara só teve tempo de ver um gigantesco braço de energia amarela e laranja prendendo-o, enquanto Felipe — que até então era considerado como morto — surgiu dos entulhos de pedras que o soterravam e, com a metade esquerda de seu corpo envolta em chakra da raposa de nove caudas e um Rasengan formado na mão direita que estava enfaixada, atacou o adversário.

“Vriiiiiuuu...” ressoou a esfera de energia, atingindo o peito do ninja sombrio.

 ☢   ☢   ☢

“Hum... onde estou? Eu morri?” indagava Felipe, boiando sobre a água em um local amplo e mal iluminado.

— Ei, moleque, acorda! Vai ficar aí parado enquanto Uchiha Madara apronta lá fora? — murmurou uma voz grossa e potente.

Felipe tentou se sentar, tirando suas costas dos lençóis de água que, estranhamente, não tinham deixado sua roupa molhada. Ele também reparou que não sentia nenhuma dor. Onde estaria?

— Naruto! — chamou novamente a voz.

Felipe se virou, e quando viu quem o chamava, ficou de pé rapidamente e se afastou com um susto.

— Vo... Você é... a raposa... — Diante de Felipe, um grande portão estava semiaberto e, dentro dele, a Kyuubi estava sentada com o rosto apoiado na mão direita, encarando-o com muita atenção.

— É Kurama, seu idiota! Eu pensei que já tivesse decorado o meu nome!

Seria aquilo um sonho? Como isso podia estar acontecendo com Felipe? Por que Kurama dirigia-se a ele como se o conhecesse tão bem? E por que o chamara de Naruto? Se bem que, ele estava vestido de Naruto mesmo...

— E então — continuou Kurama —, vai ficar aí parado admirando a minha beleza ou vai fazer alguma coisa pra deter o Madara?

— Ein?

— Naruto, seu cabeção! Ainda está sonhando com o Sasuke ou o quê? Acorda!

Finalmente, Felipe começou a entender um pouco do que estava acontecendo ali: um garoto havia subido no palco do evento para pronunciar palavras estranhas, logo depois luzes brilhantes apareceram e ele tinha se transformado no próprio personagem cosplay que vestia — Uchiha Madara; Felipe também tinha sentido uma energia estranha agir sobre si, e quando o garoto vestido de Madara percebeu que algo acontecia com ele, deu um enorme salto do palco e o atacou com um chute violento, e agora... Felipe estava ali, conversando frente a frente com a própria Kyuubi em seus pensamentos.

— E...? — questionou Kurama mais uma vez, impaciente.

— Sim, não podemos ficar parados aqui! Eu não estou entendendo muito bem o que está acontecendo; mas, seja o que for, temos que ajudar de alguma forma, certo?

Kurama assentiu, com um sorriso satisfeito.

Felipe se aproximou um pouco mais da raposa, espantando com o tamanho dela. Pessoalmente, ela era bem mais assustadora que no anime — talvez porque não estava mais na forma de desenho animado. Os dois se encararam com olhares determinados, tocaram seus punhos em cumprimento, então pronunciaram em uníssono:

— Vamos lá!

 ☢   ☢   ☢

Luiz-Madara fora pego de surpresa. Ele não pensara nas possibilidades do garoto loiro ter tanta resistência e ainda conseguir entender o que se passava consigo tão rápido. Mesmo com o Rasengan que o imobilizara por algum tempo no chão, o ninja lendário não sentia nenhuma dor, e seu ferimento, assim como seu colete destruído no ponto do impacto, já estavam se regenerando. Aquele garoto pagaria por isso!

Felipe, percebendo o que estava acontecendo ao adversário no chão, prontamente deu um grande salto e de sua mão enfaixada, fez brotar ondas de vento e energia que foram ganhando forma.

— Fuuton: Rasen Shuriken! — ele gritou e arremessou a técnica.

Desta vez, Luiz-Madara percebeu a nova investida e sorriu. Ele apontou sua mão esquerda com a palma para frente e esperou. Quando a shuriken chegou, aconteceu o inesperado... Luiz-Madara absorveu toda a energia do ataque de Felipe, que ficou espantado, logo se lembrando de uma das habilidades do Rinnegan — a absorção de chakra.

— Boa tentativa — parabenizou Luiz enquanto se levantava, seu peito completamente regenerado.

Mordendo seu lábio inferior, Felipe encarou o inimigo. Será que ele poderia mesmo dar cabo de enfrentar alguém como ele?

De repente, Luiz-Madara guardou sua gunbai nas costas e avançou na direção do ninja laranja, e Felipe se preparou para o combate eminente.

— Vamos ver do que você é capaz, garoto! — exclamou Luiz, sua voz agora idêntica a do dublador japonês do personagem Madara.

O vilão desferiu diversos socos e chutes contra Felipe, que defendia ou desviava o máximo possível. Os dois ficaram naquele padrão por alguns segundos, até que o vilão mudou sua estratégia, desaparecendo da visão de Felipe com sua velocidade, e ressurgindo milésimos de segundo depois atrás dele com um novo chute que o jogou contra o chão. Luiz-Madara sorriu mais uma vez e novamente avançou, contudo...

— Katon: Goukakyuu no Jutsu! — gritou alguém, e uma grande bola de fogo disparou contra o ninja lendário. No entanto, o vilão era esperto e ágil, e percebendo rapidamente o ocorrido, usou sua gunbai para desviar a rota do ataque, arremessando a grande bola de fogo contra o teto do evento numa incrível explosão que jogou estilhaços e fagulhas por vários lugares.

Luiz encarou o atacante. Um garoto vestido de preto, usando uma bandana de Konoha e um tapa-olho. O vilão não o conhecia, mas o nome do garoto era Renny, e ele fazia uma versão cosplay adaptada de Uchiha Obito. Atrás dele vinham mais outros dois cosplayers, também do anime Naruto: Neji e Killer Bee. 

— Ora, ora, mais ninjas aparecendo para me desafiar. — Luiz demonstrou satisfação, o FAMS estava ficando cada vez mais interessante.

Felipe se levantou, a voz de Kurama ecoando em seus pensamentos e lhe dando sugestões enquanto avançava. Os outros ninjas se espalharam ao redor do vilão, e então atacaram. Naruto e Killer Bee — envolvidos pelo chakra de seus bijuus — enviaram braços de energia contra o inimigo que desviou imediatamente, saltando e rodopiando no ar, enquanto arremessava duas kunais combinadas com papéis bomba que explodiram diante dos jinchuurikis, atordoando-os. Quando Luis aterrissou, Robson, o cosplay de Demolidor, e Neji apareceram imediatamente e iniciaram combinações de golpes contra ele, porém o inimigo defendia com maestria, esperando o momento certo para fazer sua jogada.

Segurando os braços de Neji e do Demolidor, Luiz deu um salto curto e cravou seus pés nos estômagos dos adversários que caíram com dor e ânsia de vômito. De repente, uma lâmina brilhante reluziu e chiou perto do ouvido do vilão, e então Joana apareceu, entrando no confronto. Joana trabalhava no FAMS e tinha sido liberada pelos outros organizadores para preparar seu cosplay — uma versão adaptada do personagem Kratos do game God of War —, e quando viu a briga e entendeu o que acontecia consigo mesma, sentiu a personalidade do seu personagem agir, desejando intensamente o calor da batalha.

— Quem você pensa que é para estragar o evento que eu e os outros lutamos tanto para que saísse perfeito?! — Joana urrou, sua voz grossa e rabugenta como a do personagem; ela também começara a adquirir traços da personalidade de Kratos.

Luiz ignorou a pergunta insolente quando viu que Naruto aparecera com um novo Rasengan e Killer Bee com uma de suas espadas. O vilão saltou para escapar dos ataques velozes, porém Joana armou-se com suas Lâminas de Atenas e atacou — uma, duas, três vezes. Luiz defendeu-se dos ataques com seu grande leque gunbai e esperou até que conseguisse descobrir uma brecha de tempo no ataque dela; quando por fim encontrou, moveu sua arma, criando uma grande onda de vento que a arremessou longe. 

Luiz-Madara observou quando mais dois cosplayers criaram coragem e resolveram ajudar os outros na disputa. Pouco a pouco novos heróis entravam na batalha...

Jhonathan — vestido de Zoro, personagem de One Piece — atacava o vilão abertamente com suas duas espadas empunhadas; ao seu lado, Mateus Dias vinha com as Rapiaras, duas poderosas lanças utilizadas pelo seu personagem — Machina, de Final Fantasy.

“Mais dois idiotas que vêm bancar os heróis. Por que todos não vêm logo de uma vez? Enfrentar um por um é tão chato,” pensou Luiz, se preparando para a investida dos guerreiros.

Subitamente, uma bala voou e atingiu o ninja lendário bem no ouvido esquerdo, atravessando sua cabeça pelo outro lado. Por um momento, o inimigo se desequilibrou, e os dois que vinham em sua direção, comemoraram a vitória.

— Agora, Jhon! — gritou Mateus para seu amigo.

— Nigiri: Toro! — Jhonathan pronunciou o nome de sua técnica e lançou contra o vilão um golpe com as duas espadas paralelas, indo de baixo para cima. A seguir, Mateus finalizou, estacando o corpo do inimigo com as Rapiaras.

O ninja sombrio caiu no chão, completamente imóvel; pedaços de seu corpo zumbificado voando dos cortes e perfurações.

— Valeu, Milena! — agradeceu Mateus para sua amiga que silenciosamente havia se escondido atrás de uma das stands de venda de acessórios nerds ali perto. Ela estava quieta e esperara o momento oportuno para disparar sua espingarda num tiro certeiro. Certamente, antes do ataque aberto de Jhonathan e Mateus, eles haviam montado uma estratégia para pegar o inimigo de surpresa — e tivera funcionado perfeitamente.

— Não vai adiantar — falou Felipe, se aproximando e encarando o corpo mutilado do vilão —, ele vai se regenerar de novo. Ele é um Edo Tensei do Madara, esqueceram?

— Então a gente precisa achar alguém pra selar ele — concluiu Neji, se aproximando dos outros. Joana vinha logo atrás e encarava com ansiedade o corpo aniquilado do inimigo, aguardando ele se recompor para que pudesse ter sua revanche.

— E como vão me selar? — De súbito, Luiz aparece, emergindo do solo que se deformara temporariamente numa aparência líquida, permitindo, assim, a subida do vilão com facilidade.

Atônitos, todos encararam o corpo que estava jogado no chão transformar-se num punhado de madeira retorcida.

— Aquilo era um clone? — indagou Renny, surpreso.

— Na verdade, um Mokuton: Bushin, para ser mais preciso — explicou Luiz, com sarcasmo. — E então, vamos continuar nossa brincadeirinha?

— Quando você fez isso? Quando trocou de lugar com um clone? — perguntou Mateus, confuso. O plano que ele montara tinha sido perfeito, a prova de falhas. Aquilo não devia ter acontecido!

— Bem, muito simples. Quando você está cercado por um bando de cosplayers medrosos, cheios de poderes e que resolvem criar coragem e me enfrentar de uma hora para outra, toda precaução é precisa. — Neste momento, Luiz-Madara lança um olhar assustador para todos os combatentes em sua frente e, com uma força surreal, bate seu pé direito contra o solo, causando um grande abalo que desequilibra a todos. — Hora de aumentar o nível desta luta!

Envolvido por uma densa aura azul, Luiz fez surgir em torno de si placas de energia que, aos poucos, foram tomando consistência e ganhando a aparência de ossos humanos gigantesco; estes, prolongando-se nas laterais, formaram dois grandes braços esqueléticos que serravam seus punhos em preparação para um ataque. Aquela habilidade denominava-se Susanoo, uma das mais poderosas técnicas advindas do Mangekyou Sharingan, e também a principal técnica de combate de Uchiha Madara.

Neste momento, um grupo grande de policiais que fora chamado por alguém, apareceu. Todos estavam muito bem armados, e se dirigiam ao ponto de confronto entre os guerreiros. Luiz, incomodado com a nova perturbação, fez surgir de um dos braços ossudos de seu semi-susanoo, várias Tomoe (símbolos japoneses em forma de vírgula), lançando-as contra o grupo de guardas. O impacto das Tomoe de energia provocou imensas explosões, lançando concreto e poeira por todo lado enquanto os policiais morriam instantaneamente.

Chocados com a impiedade do vilão, os guerreiros que o enfrentavam se encheram de raiva. Nenhum deles entendia o propósito do inimigo com todo aquele massacre, mas eles não entregariam suas vidas assim de bandeja. Não! Eles iriam lutar o quanto fosse preciso.

Madara encarou os cosplayers novamente, seu semi-susanoo pronto para lutar. Entretanto, repentinamente algumas explosões começaram a acontecer perto da sala de exibições de animes, e muitas pessoas que se refugiavam lá saíram correndo e gritando.

Todos, até mesmo o inimigo, pararam a batalha por um instante para ver o que se passava.

— Parece que aquilo aconteceu... — sussurrou Luiz-Madara, entendendo o novo acontecimento quando viu parte do teto e da parede que cobriam a vista da passagem desabar com as explosões e a figura de uma pessoa que fazia cosplay de Andróide 17 do anime Dragon Ball atacando a tudo e a todos com insanidade e prazer.

— Do que você está falando? O Kevin também está do seu lado? — perguntou Joana, furiosa.

— Não — respondeu Luiz —, ele está sob o efeito do encantamento que eu fiz para tornar o fictício em real, assim como vocês.

— Como assim?

— É como eu falei. O feitiço que eu fiz deveria fazer com que meu cosplay se tornasse real, assim eu adquiriria as habilidades dele, mas parece que dois efeitos colaterais surgiram no ritual enoquiano. Vocês... — A expressão de Luiz ao pronunciar esta palavra era de nojo e decepção. — Também foram afetados pelo encantamento.

— E qual o segundo efeito colateral?... — questionou Renny, intrigado com as palavras “ritual enoquiano” que o vilão dissera. Aquilo soava familiar aos seus ouvidos.

Analisando a insanidade do Andróide 17, típica do personagem, Luiz olhou para seus inimigos e concluiu:

— O segundo efeito está relacionado à personalidade, pois assim como os poderes, vocês também adquirem traços dos sentimentos do personagem que estão vestindo, e... Se a pessoa não conseguir ter um bom controle sobre sua vontade, a personalidade do personagem pode dominá-la.

Chocados com a nova revelação, todos encararam as atrocidades que Kevin cometia enquanto gargalhava e disparava raios de energia em todas as pessoas a sua volta; deliciando-se com o desespero.

— Bem, mas agora ele é um peixe pequeno para mim. No momento, quero apenas testar um pouco mais de minhas habilidades enquanto mato vocês — revelou Madara, sua atenção retornando aos cosplayers que enfrentava.

Repentinamente, Felipe que até então ficara quieto quando o vilão revelava todos aqueles fatos, correu em direção ao Andróide 17.

— Ei, Felipe, você vai aonde? — perguntou Mateus.

— A Kurama disse que talvez exista uma forma de fazer o Kevin recuperar o controle do corpo dele. Aguentem um pouco mais sem mim, eu já volto.

Luiz não se importou com a fuga de Felipe, ainda tinha bastantes pessoas para se divertir ali. Então ele expandiu seu Susanoo, fazendo ossos se multiplicarem e carne o envolver, até formar todas as partes de um grande corpo monstruoso de energia, com exceção das pernas.

O Susanoo abriu sua monstruosa boca e rugiu, espadas de fogo azul brotando em suas quatro mãos, e então Luiz cruzou seus braços e com seriedade, falou:

— Muito bem, onde nós havíamos parado mesmo?

A batalha se intensifica...
Como os cosplayers vencerão Madara?


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Notas finais do capítulo

BEM, É ISSO. SEMANA QUE VEM TEM MAIS UM CAPÍTULO, E AS LUTAS VÃO FICAR AINDA MAIS INTENSAS, PRINCIPALMENTE POR QUE TEREMOS CENAS DE LUTA COM O ANDROID 17 TAMBÉM. POR ISSO FIQUEM LIGADOS.



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