O Relógio de Areia escrita por beautifulfantasy


Capítulo 10
Capítulo 10 - A Solução




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Teen Titans não me pertence.

Capítulo 10 – A Solução

Mutano caminhou pelos corredores atordoado. Estava tão nervoso, essa fora de longe a pior discussão que tivera com Terra em seus cinco anos de namoro. Não conseguiria dormir, o que mais desejava é que o alarme titã tocasse para que pudesse socar alguém. Indo para o seu quarto, percebeu que a luz do quarto de Ravena ainda estava acesa. Será que ela havia escutado a briga?

Ele se aproximou da porta e levantou o punho para bater, então hesitou. Depois dessa briga, se Terra o encontrasse batendo na porta de Ravena, provavelmente não levaria um minuto para estar soterrado por pedregulhos. Pensou por alguns segundos, e bateu assim mesmo.

Ele esperou um tempo e bateu de novo, imaginando se a amiga não teria apenas adormecido com as luzes acesas. Estava se preparando para ir embora quando a porta se abriu cerca de dez centímetros, deixando aparecer apenas uma parte do rosto de Ravena que, ele reparou, estava parcialmente coberto pelo capuz. Mesmo assim, ele podia ver que ela estava com uma expressão de poucos amigos. O metamorfo estranhou isso, pois há menos de uma hora atrás os dois estavam tendo um de seus poucos momentos sérios e amigáveis.

–O que?

–Hã... Desculpe incomodar você, Ravena. – pediu ele, temeroso. – Eu só queria saber se estava tudo bem, porque vi as luzes acesas.

–Está tudo muito bem. – respondeu ela, e começou a fechar a porta. O metamorfo segurou a mesma; algo estava errado. Ela estava escondendo alguma coisa dele, ele sabia porque já havia passado por uma experiência muito parecida com essa alguns anos atrás.

–Espera. – disse ele, tirando os dedos da porta ao olhar que a empata lhe lançou. – Eu acho que... Eu só queria me desculpar caso a minha briga com a Terra tenha te incomodado. Você... Escutou?

–Escutei. – respondeu a empata depois de alguns segundos. – Porque vocês estavam gritando...

–Eu sei, desculpe por isso... A essa hora da noite, eu só perdi a paciência. Ainda bem que Robin não dorme nesse andar.

–Mutano, o que é que você está fazendo aqui? – perguntou ela, com um olhar de repreensão.

–O que quer dizer?

–Eu não pude deixar de ouvir... A exigência que Terra fez. Você não deveria estar aqui.

–Ah, cara, você escutou aquilo? – perguntou ele, parecendo envergonhado. – Olha, não liga pro que ela diz, ela só estava nervosa e...

–O que eu sei – interrompeu ela – É que se ela vir você aqui agora vai ficar zangada com nós dois, e eu não tenho nada a ver com isso.

–Mas Ravena, eu só queria...

–Por favor, Mutano, vá embora. – pediu ela, fechando a porta lentamente. – Terra tem razão, não tem motivo pra você vir até aqui falar comigo. Você só vai me arranjar problemas.

–Mas não tem nada... – começou Mutano, mas a porta já tinha se fechado. –... Demais.

Ele suspirou e se dirigiu a seu quarto. Será mesmo que tinha?

–o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-

–E aí Mutano! – gritou Ciborgue na manhã seguinte, quando o transformo entrou na sala de estar, parecendo cansado, apesar de já ser tarde.

–Oi... – ele murmurou, pegando uma caixa de leite de soja na geladeira e bebendo direto.

–Eu diria que isso é nojento, mas leite de soja já é nojento, e você é o único que bebe isso mesmo... – ele comentou, terminando de comer seus ovos e bacon. –Você fez as pazes com a Terra ontem?

–Cara... Não só eu não fiz, como ela me mandou não falar mais com a Ravena, acredita? – ele contou, sentando na mesa do outro lado do amigo, que estava indo à pia lavar os pratos e estancou subitamente.

–O que? – ele gritou, se sentando novamente. – Por que? Ela está com ciúmes ou algo assim?

–Aparentemente, eu 'falo demais com ela e a persigo, sendo que ela nem vale a pena' – ele contou, revirando os olhos.

–Cara, não sabia que a Terra era uma garota tão controladora... – disse Ciborgue, pensativo. – Se você não resolver isso logo, não vai mais poder falar com a Estelar também, e nem olhar diretamente para uma garota!

–Eu não sei muito bem o que fazer... – ele suspirou, assistindo seu amigo se levantar e lavar a louça.

–Bom, se eu fosse você... – começou Ciborgue, mas parou quando as portas se abriram e a loira entrou. – O-oi, Terra

–Bom dia, Ciborgue – ela o cumprimentou, parecendo muito feliz. – Mutano, posso falar com você?

–Ah, não se levante! – exclamou o homem-robô, secando suas mãos. – Eu já estou saindo pra cuidar do meu bebê – e com isso, os deixou sozinhos.

–Então Mutano – começou Terra, se sentando à frente do namorado. – Precisamos falar sobre ontem.

–Você parece bem animada sobre isso – ele murmurou, irritado por ela estar de bom humor.

–Bem, eu só queria... Me desculpar. – Ela disse calmamente. Mutano levantou seu olhar, surpreso.

–Mesmo?

–Sim. Foi bobagem da minha parte envolver a Ravena nisso, então você não está mais proibido de vê-la. – ela determinou. – E eu me senti mal por ter dito aquelas coisas sobre ela, e percebi que nunca a agradeci propriamente por ter me ajudado.

–Você vai comprar alguma coisa pra ela?

–Não, melhor, eu pensei que nós poderíamos ter um encontro duplo!

Mutano piscou.

–Um encontro duplo com quem?

–Com a Ravena!

–Com a Ravena e quem?

–Um cara que eu arranjei pra ela!

–Cara? Que cara?

–Só um cara que eu conheci ontem na balada, e eu acho que ele seria perfeito pra ela! – ela contou, excitada. – Do que você está rindo?

–É só que foi uma graça da sua parte pensar nisso tudo, Terra, mas você sabe que a Ravena nunca vai aceitar, certo? – ele perguntou, segurando suas mãos e rindo como se ela tivesse acabado de dizer que queria encontrar um unicórnio voador.

Terra deu um sorriso presunçoso.

–Ela já aceitou, bobo – isso tirou o sorriso do rosto do metamorfo.

–O que?

–Eu fui ao quarto dela hoje cedo, expliquei tudo sobre a briga, e a convidei! – ela explicou, apertando suas mãos nas dela. –E ela disse sim!

–E você contou pra ela sobre o cara?

–Sim!

–E ela não pirou?

–Não.

–E você tem certeza que era a Ravena de verdade? – ele perguntou, desconfiado, ao que sua namorada apenas riu e revirou os olhos.

–É hoje, às oito. Não se atrase! – ela o avisou com um beijo.

–o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-


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