Namorado de Aluguel escrita por Andye


Capítulo 16
Eu Pago


Notas iniciais do capítulo

Oi gente - chora :'( :'( :'(
Nosso último capítulo e nem sei o que dizer... Ou melhor, sei sim. Quero agradecer.
Agradecer a cada um de vocês por sua leitura, por seus comentários, por seus incentivos.
Admito que muitas vezes eu penso em desistir de escrever, desistir desse mundo de fanfics, mas tem sido sempre tão gratificante pra mim que penso de novo antes de jogar tudo pro alto e chutar o balde.
Se não fosse por vocês, por cada um de vocês que comenta e dá aquele apoio, eu não estaria concluindo mais essa fic, que é uma repostagem, onde acrescentei muita coisa.
Agradeço as recomendações, os puxões de orelha (sei que são necessários), o apoio, as felicitações.
Agradeço a cada um de vocês por serem vocês, por partilharem do mundo de Harry Potter comigo, por não desistirem.
Vocês são maravilhosos, e essa fic, assim como cada uma das que eu fiz, é pra cada um de vocês.
Obrigada! Novamente, Obrigada!
Amo vocês e nos encontramos em breve em qualquer pub de Hogsmead.



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...

Aquele era um bonito casamento. Na verdade, Astoria não sabia se era o casamento bonito ou se o fato de Draco ser sua companhia no altar e estar ao seu lado fazia com que tudo se tornasse incrivelmente belo. Ele sorria para ela e ela não conseguia controlar o desejo de pular em seus braços e beija-lo.

Se sentia uma idiota por isso, mas era uma idiota feliz. Nem mesmo lembrava de todas as coisas tristes que havia vivido e presenciado até ali, e a presença dele, sua segurança ao piscar o olho e a promessa de dias melhores fizeram com que ela perdoasse a todos, inclusive, a si própria.

Dafne entrou de braços dados com o pai e sorria profundamente. Era um sorriso verdadeiro, resignado, arrependido e feliz. A maquiagem havia sido refeita às pressas, mas os olhos ainda mostravam a vermelhidão dos muitos momentos de agonia que passou até que Ed retornasse para ela e decidisse, por fim, que eles mereciam uma chance, uma chance sem mentiras, enganações e situações embaraçosas. Eles se amavam e isso era o suficiente para que tudo fosse mais que perfeito e necessário.

Seus olhos encontraram-se com os olhos da irmã. O sentimento profundo preencheu o coração de Astoria e ela chorou de leve, mas não era tristeza o que banhava seus olhos, era a alegria de saber que não havia mais mentiras, nem barreiras e muito mais, que não havia medos ou preocupações.

Estavam todos em paz e quem sabe agora, depois de tudo esclarecido, eles poderiam ser uma família mais amável e pudessem demonstrar mais afeto. Ela estava esperançosa disso também.

A cerimônia foi simples. Nunca imaginou o dia em que veria Pansy chorar, mas o presenciou. A prima chorava como uma "mulherzinha" e talvez, apenas talvez, sentisse em seu peito a leveza de não ter mais que esconder aquela situação tão complicada, de estar livre de um segredo que nem ao menos era seu.

Ao partirem para a festa, tudo permaneceu em paz. Após os juramentos dos noivos, Astoria fez questão de erguer um brinde ao casal, no qual ela surpreendeu-se ao receber um abraço acalorado da irmã e ouvir as simples palavras "eu te amo" de alguém que nunca parecera querer mais dela que simplesmente humilhar. Mas aquilo era passado. Deveriam prosseguir. Não havia mais richas ou disputas. Eram irmãs, e como tal deveriam ser. 

— Eu também te amo, Dafne, e quero que seja muito feliz. 

Crianças, que ela não sabia de onde haviam vindo, faziam com que o local se tornasse ainda mais belo e toda beleza e felicidade, agora, tomavam posse de sua vida ao lado dele. O loiro perfeito saído de um catálogo e que agora era exclusivamente seu. Único e exclusivamente seu. 

Depois do casamento, todos despediram-se e, finalmente, ela respirou fundo ao perceber que todo aquele fim de semana torturante havia acabado. Sorriu. Afinal não havia sido tão torturante assim. 

Ed e Dafne viajaram em lua de mel com a promessa de fazerem as pazes novamente todos os dias e de viverem em harmonia e verdade até os finais de seus dias, o que Astoria achou um exagero, mas não rebateu. 

Seus pais ficaram sabendo da procedência do loiro que dividira a casa nos últimos três dias com eles, e para espanto da morena, sua mãe não falou nem mesmo "a", apenas dizendo que sabia que ela não tinha ninguém até antes do casamento, que nunca se enganava e que sabia desde o início que havia algo escondido entre os dois. 

Astoria riu da situação. Draco fez o mesmo, mas a mais velha realmente não ligou. Disse que só mesmo a filha para fazer um prostituto abandonar a profissão que tinha por ter se apaixonado e que se havia mulheres capazes de mexer com a estrutura de um homem, eram as mulheres da família Greengrass.

Pansy aproveitou e perguntou se não havia um outro assim como ele que pudesse apresentá-la. Já que a prima tinha ficado com o melhor, ela não se importava em ter de se contentar com um de escalão inferior e passou o telefone ao novo parente agregado na esperança de encontrar um cara tão legal quanto ele.

Enquanto arrumavam as malas para a viagem no dia seguinte, Astoria olhou para Draco que iniciou aquela conversa.

— Acho que temos um assunto pendente, não é mesmo?

— Sim... Acho que sim - ela confirmou acanhada, sentando-se sobre a cama, ao lado dele.

— Astoria, você é uma mulher incrível... - começou e ela sentiu o estômago congelar — E eu jamais pensei que pudesse passar um final de semana tão louco quanto o que vivi aqui.

— Imagino - ela sorriu olhando para as próprias mãos — Minha família é meio louca.

— Mas é a família que você tem, e que te ama muito.

— É... Acho que sim - ela sorriu olhando para ele.

— Eu nunca aceitei um casamento em todos os meus anos de profissão, e esse foi o primeiro e último que farei - Astoria olhou curiosa para ele, que continuou — Eu senti que havia algo diferente em sua voz naquelas mensagens... Eu já te falei isso antes, mas havia algo nelas que me instigou a te conhecer.

— Já te falei que foi eu desespero... - sorriu.

— Não. É algo maior. Era a voz de uma mulher incrível que não compreendia o quão incrível é. Uma mulher excepcional que só precisava perceber e entender que poderia ser muito feliz. Você é incrível, não me canso de dizer.

— Obrigada.

— Não agradeça. Apenas continue sendo essa mulher maravilhosa e já estarei satisfeito.

Astoria olhou para Draco um pouco confusa. A sensação que tinha era que ele estava se despedindo dela. O estômago gelava a cada nova palavra e ela tinha vontade de pedir que ele parasse, que não fosse embora nunca.

— Por que está falando assim? - não conseguiu segurar — Por que está se despedindo?

— Porque a partir de hoje você não verá mais Draco Malfoy. Não serei mais um prostituto, nem seu acompanhante.

— Mas... 

— A partir de hoje, sou apenas Draco. O cara formado em Literatura que se apaixonou perdidamente pela garota que achava não ser capaz. Talvez não tenha muito o que te oferecer, sou um mero professor sem muitas posses - sorriu — Mas gostaria de saber se aceita sair comigo, pra nos conhecermos melhor? 

— Draco...

— Eu pago! - falou brincalhão, olhando em seus olhos em seguida — Quero namorar com você, Astoria Greengrass, se você quiser. Vou pedir permissão aos seus pais e dedicar o tempo que puder pra te fazer feliz.

— Draco... Eu...

— Por favor, aceite - falou temeroso.

— Claro que eu aceito - os dois se abraçaram e ele falou.

— E o que acontece se encontrarmos uma das clientes do Malfoy? - perguntou temeroso.

— Terei o prazer de dizer para ela que agora o Malfoy é todo meu. 

Terminaram a tarde no quarto dela, conversando e planejando o que teriam pela frente em suas vidas. Se amaram também, uma, duas, três vezes, só parando quando a fome apertou e saíram para jantar como um verdadeiro casal de namorados.

Voltaram para as suas casas, agora não mais sozinhos. No avião, ficaram lado a lado e desta vez ela não dormiu, mas foi o caminho inteiro nos seus braços, conversando e ponderando todos os acontecimentos do final de semana. 

— E o que será que aconteceu com o Jason? - ele perguntou. 

...

Jason foi visto morando nos arredores de Paris há algumas semanas. Até onde se sabe, não aprendeu nada com tudo o que aconteceu, desfilando ousadamente pelado pela casa enquanto a vizinha da frente o observava, afinal, algumas coisas nunca mudam de fato.


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