Namorado de Aluguel escrita por Andye


Capítulo 1
O Convite


Notas iniciais do capítulo

Estava dando uma olhada nas minhas fics e, olhem só, encontrei algumas que ainda não postei aqui no Nyah, então, para quem gosta de Drastoria, segue a fic e espero que gostem. Como está finalizada, não terão problemas com atrasos de capítulos.Comentem e sejam bem-vindos todos!!!



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Astoria Greengrass era uma moça aparentemente animada. Beirando a casa dos trinta, era bem resolvida e tinha um bom trabalho. Tinha uma família uma tanto que estranha: A mãe era uma cinquentona metida a adolescente, o padrasto - o pai morreu quando ainda era criança - era espirituoso e seu melhor companheiro, e a irmã, Dafne - filha da mãe e o padrasto, cinco anos mais nova, muito mais bonita, muito mais atenciosa, muito mais simpática e sempre a mais desejada.

Vivia no centro de Londres. Decidiu morar na cidade desde que conseguira seu emprego. Era gerente de relações em uma das maiores companhias aéreas da cidade e por isso morava a cerca de três anos na cidade.

Decidira morar na cidade também por causa de um antigo namorado: Jason Morris. Namoraram por sete longos anos. Era apaixonada por ele... Marcaram, inclusive, o casamento, mas ela fora amargamente abandonada no altar.

Ela amargava essa história até hoje. Nunca entendeu ao certo o porquê de ter sido abandonada daquele jeito. Jason era tão gentil, tão cavalheiro e sempre tão presente. Viviam juntos, inclusive, na sua antiga cidade, mas a decepção foi grande demais.

Fazia três anos, é verdade, mas ela ainda não havia superado aquela vergonha. Achava que jamais se esqueceria daquele momento angustiante. Parentes procurando o noivo, o vestido rasgado por seu ódio, as fotos com a maquiagem borrada do choro.

O peito doía. Uma sensação gélida percorreu seu corpo. Por que tinha que receber aquele bendito - ou maldito convite. Ter sido abandonada no altar era triste, mas ser a madrinha do casamento da irmã mais nova era o cúmulo. Precisava melhorar.

— O que você tem Tory? - perguntou Vivian, amiga de trabalho, ao ver a garota cabisbaixa.

— Estou com um problema enorme - falou enquanto digitava no computador do trabalho.

— O que foi? Está péssima.

— Minha irmã... Vai casar - ela virou a cadeira rapidamente e assustou a outra arregalando os olhos e parecendo realmente desesperada.

— E qual o problema disso? Que bom pra ela, não? - Vivi perguntou instigando a amiga a responder.

— O Jason vai estar lá - Astoria respondeu de uma vez, cabisbaixa.

— Xiii... Ferrou - a garota fez uma careta de compreensão.

— Sou a madrinha - Astoria respirou fundo antes de continuar — E o Jason é o padrinho.

— Orra. Ferrou de novo. Mas que grande merda.

— Eu que o diga - continuou, derrotada — Não sei o que fazer Vivian. Como vou aparecer depois de três anos naquele lugar, para um casamento e ainda ter que enfrentar o Jason? A mamãe não vai parar de me encher, o papai vai ficar querendo me paparicar, a Dafne vai me encher o saco e o Jason vai estar lá...

Astoria repetiu o nome do rapaz e os olhos se esbugalharam ainda mais. A amiga ficou tensa. Claramente apreensiva. A amiga passava problemas desde àquele casamento frustrado. Imaginava que aquilo não estaria sendo fácil pra ela.

— O que você pretende fazer?

— Não sei. Acho que vou inventar uma doença, ou uma viajem inadiável... Um enterro? O meu enterro.

— Ai Tory, também não é pra tanto.

— Claro que é Vivian. Você não os conhece. Minha família toda reunida. Sabe quem vai ser o centro das atenções nesse casamento? A irmã mais velha abandonada no altar pelo padrinho do casamento da irmã mais nova.

— Mas e então? O que vai fazer? - perguntou sem saber como ajudar.

— Morrer...

— Sem dramas, amiga. Vamos dar um jeito.

— Que jeito? Apenas a morte pode me livrar disto.

— Quanto drama. Não sei o que faço com você - a amiga continuou, de braços cruzados.

— Me matar? - a outra perguntou esperançosa.

— Por favor. Deve haver uma solução pra isso.

—Qual? não consigo ver nenhuma, de verdade...

— Por que não vai com um namorado? - Vivian falou simplesmente, como se aquilo fosse a solução para todos os problemas da amiga.

— Namorado? Não tenho namorado, Vivian, você sabe. Sou uma lástima. Nem pra ter um namorado eu sirvo.

— Podemos tentar sites de relacionamento - a outra continuou, fazendo de contas que não ouviu Astoria — Você conhece uns caras... Quem sabe?

— Sites de relacionamento? - ela levantou-se da cadeira balançando alto os braços - Aonde fui parar, meu Deus? Não tenho capacidade de ter um namorado. Eu sou feia? - jogou-se na frente da amiga quase que em prantos.

— Não Tony. Você é linda - Vivian respondeu, um sentimento de empatia a envolvendo.

— Então, por que tudo está tão difícil? Por que não tenho um namorado, Vivi? Por que fui abandonada no altar?

— Sabe? - a amiga começou — Minha mãe sempre me diz que o que é nosso está reservado e muito bem guardado. Às vezes, a gente se apressa e tenta passar por cima do destino, ou da vontade de Deus, quem sabe, e nos arrependemos muito por isso. Mas tudo o que é nosso, é nosso, e acaba voltando pra gente se já o tivemos antes ou simplesmente chega na hora certa.

— Quando é a minha hora certa então? Tenho vinte e oito, sou uma solteirona, não consigo arrumar um namorado e tenho que me valer de sites de relacionamento.

— Você é uma garota ótima, Tory. Bonita, inteligente, educada, esperta, simpática, bem sucedida... Que homem não iria querer te querer?

— Nenhum. Ninguém me quer de verdade.

— Vamos a um clube esse fim de semana, o que acha? Paqueramos um pouco e está tudo resolvido.

— Não, não está Vivian. O casamento é daqui a uma semana. Como vou conseguir um namorado em tão pouco tempo?

— Aí as coisas realmente complicaram...

— E "se" complicaram. Estou louca de desespero. Não sei o que fazer.

— Espera - a amiga sorriu com cara de quem lembrou de algo.

— Espera o que? - perguntou, mas a amiga não deu bola.

— Olha só isso... - ela remexeu algumas revistas penduradas no expositor da sala.

— O que é?

— Calma... Não tenho certeza... Aqui! Essa.

Vivian jogou a revista sobre o teclado da amiga que olhou da revista para a outra sem entender muito bem do que se tratava.

— Veja - a amiga incentivou.

— O que? - ela perguntou pegando a revista nas mãos.

— Veja a matéria da direita.

— Como perder dez quilos em...

— Não - Vivian interrompeu, eufórica — A outra.

— "Acompanhante de luxo ainda existe."

— Exato.

— O que significa isso, Vivian?

— Leia a matéria. É uma entrevista com um rapaz que trabalha acompanhando mulheres.

— Um prostituto? - Astoria perguntou revoltada.

— Não é um prostituto - a amiga revirou os olhos — É um acompanhante. E muito bonito, por sinal.

— Está louca?

— Não. Estou tentando te ajudar. Tory, ele é profissional. Ele vai saber enganar toda a sua família. A única coisa que ele quer em troca é dinheiro. É a sua solução.

— Você só pode estar louca de pedra mesmo. Me mandar contratar um prostituto? Devo realmente ser uma baranga horrível pra ter chegado a esse ponto.

— Olha só. Leva a revista. Lê a matéria. No final da revista tem o telefone de contato de tudo o que foi publicado na edição. Deve ter o dele também - Vivian tomou a revista indo olhar o catálogo de contatos — Exato. Está aqui - falou circulando o dito telefone.

— Você é louca, Vivian.

— Não. Não sou. E você vai levar essa revista pra casa - falava enquanto enfiava a revista na bolsa da amiga — Você tem uma semana para resolver tudo isso. Ou o contrata, ou vai sozinha e enfrenta tudo de frente, okay?

...

Astoria caminhava de um lado para o outro na sala de seu apartamento. Estava há cerca de duas horas assim: não fazia nada além de circular pela casa. Olhava de tempos em tempos para a revista jogada sobre o sofá como se ela a repelisse do estofado. Permanecia desesperada, não sabia o que fazer ou, muito menos, o que pensar.

Como poderia se rebaixar a tal ponto de contratar um prostituto para ser seu acompanhante? Sim, acompanhante, não prostituto. Xingou-se mentalmente. Que tipo de mulher é você, Astoria Greengrass?

Aproximou-se da revista como se aquele monte de papel pudesse lhe causar algum dano permanente. Sentou-se um pouco distante e a olhou novamente, mesmo que de esguelha. Pegou ainda com receio e a folheou, como se não imaginasse o que havia no conteúdo da mesma.

Abriu a revista e passando as páginas, parou na entrevista do tal rapaz. "Muito bonito, por sinal", ela pensou. "Pra esse tipo de trabalho tem que ser muito bonito mesmo, afinal."

Começou lendo a entrevista como se não fosse tão importante quanto parecia ser. Abaixo de uma foto de um rapaz com um sorriso galanteador, grandes olhos azuis acinzentados e cabelos loiros estava o tema da matéria:

Acompanhante de luxo ainda existe

Em pleno século XXI, onde homens e mulheres são responsáveis por si e seus interesses, em um mundo onde cada vez mais as mulheres dominam, ainda há uma necessidade recorrente: a necessidade de ser aceita.

Muitas dessas mulheres bem resolvidas e de carreira promissora acabam esquecendo-se de dar-se um tempo, um tempo para sair, fazer amigos e ter um relacionamento mais sério. Muitas delas, nesses momentos de dificuldade, acabam recorrendo a um tipo de serviço muito antigo, e que por incrível que apareça, continua em alta: acompanhantes de luxo.

Sejam homens ou mulheres, algumas vezes nos deparamos com situações difíceis de serem resolvidas rapidamente, então recorremos a esses profissionais tão intrigantes e, ao mesmo tempo, encantadores.

Nossa entrevista é com Draco Malfoy, acompanhante de luxo por prazer e estima como ele mesmo diz.

Rev: Então Draco. Acho que a minha primeira pergunta seria: Por que decidiu nos atender e conceder essa entrevista?

Draco: Todo mundo merece seus quinze minutos de fama (risos). Muito mais que isso, acho que mostrar um pouco de meu trabalho. Sei que não é considerada uma profissão, muito menos tenho carteira assinada, mas é prazeroso, e considero um trabalho honesto. Não me envergonho do que faço.

Rev: E de onde veio esse nome: Draco Malfoy? É seu mesmo ou adquiriu para seus serviços?

Draco: O Draco é meu mesmo. O Malfoy eu aderi ao trabalho.

Rev: E o que significa Draco para você?

Draco: Alguém capaz de ser bem quente quando necessário (risos).

Rev: Certo, senti o calor daqui.

Draco: Posso te ajudar, se quiser (risos).

Rev. Uau (risos). Poderia nos informar a sua idade ou existe algum código de ética sobre isso?

Draco: Não... Sem códigos. Estou com vinte e nove anos.

Rev: Está há quanto tempo na profissão?

Draco: Mais do que você possa imaginar (risos).

Rev: Imagino quanta experiência deve ter...

Draco: Posso te mostrar um pouco depois (risos).

Rev: Preciso de água (risos). Já trabalhou em outras coisas, além de ser acompanhante?

Draco: Para te falar a verdade, sim. Inclusive, tenho alguns trabalhos paralelos, mas nada tão gratificante quanto ser acompanhante.

Rev: Poderia nos contar qual foi o acompanhamento mais difícil que fez até hoje?

Draco: Um... Acho que de uma senhora. Ela me contratou para acompanha-la ao enterro do ex-marido. Foi um pouco estranho porque só havia pessoas de idade. Não digo que foi difícil, foi constrangedor porque acabei sendo assediado pela maioria das vovós que estavam presentes (risos).

Rev: E como não assediar? (risos) E teve um melhor? Um que você se recorde com afeto?

Draco: Procuro manter uma relação profissional com minhas clientes. Então, posso dizer que todos foram iguais. Existem os que marcam por constranger, mas até hoje, nenhum que tenha gerado afeto genuíno.

Rev: E você tem namorada?

Draco: Oh... (risos).

Rev: Vamos ser sinceros aqui. Você é um rapaz muito bonito e bem atraente. Acredito que tenha uma boa vida pessoal. Está realmente solteiro?

Draco: Obrigado pelos elogios, mas estou solteiro sim.

Rev: Estou disponível (risos).

Draco: Bom saber (risos).

Rev: Como entrou para o mundo dos acompanhantes?

Draco: Digamos que não tive muita escolha, mas realmente prefiro não comentar a respeito. É um tanto que particular demais.

Rev: Tudo bem. Entendo. E você é acompanhante para qualquer tipo de evento ou festa?

Draco: Não faço casamentos.

— Droga! - Astoria fechou a revista com fúria. — Era só o que me faltava. Ele não faz casamentos. - Respirou fundo e voltou a ler a matéria.

Rev: Algum problema com casamentos?

Draco: Não. Nenhum. Apenas acho que na maioria das vezes é um tanto quanto hipócrita da parte de quem está assumindo o relacionamento.

Rev: Poderia explicar melhor?

Draco: Posso estar enganado, talvez seja porque nunca me apaixonei ao ponto de desejar casar, mas não acho que casamentos sejam tão perfeitos como aparentam ser nas cerimônias. Na maioria das vezes não há sinceridade.

Rev: Houve algum problema matrimonial em sua vida?

Draco: Não (risos). Nunca passei por isso, ainda bem.

Rev: Não pretende se casar, então?

Draco: Talvez um dia. Não tenho certeza disso (risos).

Rev: Não aceitaria, em hipótese alguma, um casamento?

Draco: Digamos que por um bom pagamento e se fosse pedido do jeito certo, talvez aceitasse.

Rev: E como seria esse jeito certo?

Draco: Bem (pensando). Na verdade eu não sei (risos). Depende da situação e da pessoa que precisa. Não sei... Apenas se realmente acontecesse eu saberia.

Rev: Já recusou muitos casamentos?

Draco: Alguns.

Rev: Já aceitou algum?

Draco: Nunca.

Rev: Nossa. Mas nossas leitoras tem a esperança de tentar convencê-lo, não é?

Draco: (risos) Sim, sim. Podem me ligar se precisarem de um acompanhante para algum casamento. É muito provável que diga não, mas nunca se sabe realmente.

— Droga - Astoria xingou — Cara idiota - voltou a ler.

Rev: E como são seus serviços? Completos?

Draco: Depende do ponto de vista, do valor pago e da contratante (risos).

Rev: Como assim?

Draco: Trabalho acompanhando mulheres. Faço serviços extras se elas quiserem e cobro por isso, afinal, sou um profissional da área. Mas o que farei com a pessoa que me contratar vai depender unicamente dela.

Rev: Poderia ser mais claro?

Draco: Digamos que toda mulher tem exatamente o romance que ela deseja, e eu estou disposto a lhe dar o romance que desejar.

Rev: Isso é bem forte.

Draco: Sim, é. Mas é assim mesmo. Cada mulher que entra em contato comigo tem um desejo em especial. Algumas querem apenas se distrair, e eu gosto muito dessas (risos). Outras precisam de status e pose, e para essas eu me visto com meu melhor terno e me mostro o homem mais educado do país. Há outras que precisam apenas conversar, se encontrar... E pra essas eu sou uma espécie de psiquiatra. Essas são as que mais precisam de atenção. Carinho, não sexo, e sou o que elas precisam. Posso ser amante, prostituto, namorado ou apenas um ombro amigo... Vai depender do que a minha cliente precisa.

Rev: Nossa! Encontrou muitas clientes carentes e necessitadas de um ombro em seus trabalhos?

Draco: Algumas. Poucas, mas sim.

Rev: Alguma em especial?

Draco: Não. Não gosto de me envolver afetivamente. Apenas durante meu trabalho. A maioria delas eu mal lembro o nome ou o rosto. É tudo muito profissional. Eu sou um profissional.

Rev: E como nossas leitoras podem fazer para encontrar esse homem perfeito?

Draco: (risos) Estou longe de ser perfeito. Mas caso alguma garota esteja precisando de companhia em uma noite de sábado, ou de um colo durante uma chuva. Talvez precisando desesperadamente mostrar ao ex que é superior ou, ainda, mostrar a si mesma que é capaz, acredito que meu telefone estará no final da revista, ou estou enganado e não terei meus quinze minutos de fama? (risos)

Rev: (risos) Está certíssimo Draco. O seu telefone estará disponível em nossa revista. Agora me diga, quanto custa um final de semana ao lado do encantador Draco Malfoy?

Draco: Isso varia.

Rev: Poderia ser mais específico?

Draco: Claro. Vai depender do tipo de trabalho, de quem irei acompanhar, da situação a qual serei exposto.

Rev: Entendo. E você se ofende ao ser comparado com um prostituto de luxo?

Draco: Não mesmo. Tenho orgulho do que faço. É realmente prazeroso satisfazer uma mulher, seja da forma que for. Pra mim é um prazer e me sinto agraciado por ter essa responsabilidade.

Rev: Conhece outras pessoas do mesmo ramo que o seu?

Draco: Sim, muitas. Mas nem todos estão satisfeitos com o que fazem.

Rev: E pretende parar?

Draco: Um dia as coisas acabam, não é? (risos)

Rev: E o que pretende para o futuro?

Draco: Tenho alguns planos, mas quem sabe não tenho a sorte de uma de suas leitoras me contratar e nosso final de semana se tornar permanente.

Rev: Acredita, então, no amor?

Draco: Nunca disse que não acreditava, ele apenas ainda não chegou para mim. Mas acredito no amor desmedido e sem interesses, que não se preocupa com as aparências nem se envergonha.

Rev: E se sua amada se envergonhar de seu trabalho?

Draco: Então, não seria minha amada (risos).

Rev: Seria capaz de abandonar sua profissão por um grande amor?

Draco: Sim, prontamente. Sou fiel, embora a profissão mostre o contrário. Quando sou contratado, me coloco exclusivamente para a minha cliente. Não há meio termo. Da mesma forma, não pretendo expor uma futura namorada. Sei colocar limites em tudo. Se sou fiel com minhas clientes, por que não seria com uma namorada?

Rev: Então, sua futura namorada será uma sortuda?

Draco: Depende do ponto de vista, mas me dedicarei exclusivamente para ela. Usarei todo o meu charme para ela e o que aprendi durante esses anos de profissão, porei em prática com ela.

Rev: Por favor, um copo com água urgente, é sério. Estou com calor (risos).

Draco: (risos) Tenho uma banheira de hidromassagem no banheiro.

Rev: Uau (risos) É uma pena, mas precisarei dispensar desta vez.

Draco: Caso precise, sabe onde me encontrar (risos).

Rev: Sim, eu sei (risos). Então, é isto, Draco. Muito obrigada por sua entrevista e por nos ter recebido tão gentilmente.

Draco: O prazer foi todo meu. E obrigado por terem tido a iniciativa de mostrar um pouco de nossa profissão em sua revista.

Rev: Nós que agradecemos, e para quem quiser tentar contratar Draco Malfoy, e-mail e telefone disponíveis nos contatos ao fim dessa revista.

Astoria rumou para o final da revista e encontrou número e e-mail circulados com a caneta vermelha da amiga. Olhou para o relógio da parede. Quase 8h da noite. Na revista dizia disponível 24h.

Olhou para o telefone sobre a cômoda da sala. Olhou novamente para a revista e o círculo indicando o contato do rapaz. Pensou mais uma vez e sentiu-se tonta; idiota, na verdade.

Se ligasse, ele negaria, afinal, era um casamento e ele não fazia casamentos. Sentiu-se tentada a tentar. Segurou a revista em uma das mãos e levantou-se caminhando em direção ao telefone. Tirou-o do gancho, o pondo de volta.

Colocou a revista ao lado do telefone e coçou a nuca. Piscou várias vezes e mordeu o lábio inferior. Estava nervosa. Caminhou até o sofá e sentou-se observando os dois objetos que lhe afligiam. Estava nervosa pelo que estava cogitando fazer. Levantou-se rápida como se pegasse impulso e, segurando novamente o telefone em uma das mãos, o levou ao ouvido. Ouviu o sinal para a discagem.

Apertou com força e medo cada um dos oito números do rapaz e após um único toque, desligou novamente o telefone. “Covarde”, falou em voz alta e ouviu-se. Era realmente uma covarde. Como poderia ser tão idiota?

Fechou a revista e a jogou sobre o sofá. Pegou os sapatos jogados abaixo da escrivaninha e catando o casaco e a bolsa igualmente jogados pela sala, foi em direção ao banheiro. Tomaria um banho e comeria miojo. Pensaria como se daria sua morte por excesso de humilhação no casamento da irmã.

O telefone tocou quando estava na metade do corredor. Vivian, certamente. A amiga enchia às vezes, e depois dessa matéria idiota, tinha certeza que ela não largaria de seu pé, mas estava decidido, Astoria Greengrass não se ridicularizaria contratando um prostituto para acompanhá-la a um casamento só para parecer uma mulher resolvida e confiante diante de sua família.

— Alô! - atendeu o telefone um tanto que desanimada.

— Boa noite— era um homem e ela estranhou, não reconhecendo a voz - Aqui Draco Malfoy e recebi uma ligação desse número. Posso te ajudar em alguma coisa?


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Notas finais do capítulo

E então, gente... O que acharam? Lembrando que comentar sempre é válido e que eu adoro comentários, então me deem suas opiniões e digam o que mais te segurou nesse nosso primeiro capítulo. Beijocas e boa semana a todos que lerem!!!



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