P.O.V. Ally:
WHAT?? Como assim? Austin é o responsável por tudo? Ah, mas eu não tô acreditando nisso!! Assim que Trish me disse isso, eu apenas senti uma vontade imensa de chorar, como assim? Com certeza você perde o chão quando acaba de saber que em quem você mais confia parece não transmitir o mesmo sentimento, e fica a sensação de ter sido, enganada,. Minha mãe estava em outro estado, e com certeza também não queria falar com ela. Peguei minha bolça e sai correndo. Trish gritava meu nome, porem inutilmente, ao sair pela porta, senti braços me envolvendo, um abraço era o que eu precisava. Ainda sem saber quem era a pessoa, retribui o gesto deixando as lágrimas escaparem. Levantei meu rosto e pra minha surpresa... ELLIOT.
___ O QUE?
___ O que, o que? –ele disse assustado.
Me soltei dele em um gesto raivoso. Mal dei dois passos e ele me prendeu na parede forçando um beijo, e eu retribui, claro, com um belo e ardido tapa na cara. Nesse momento uma terceira pessoa chegou. Era tudo que eu precisa, obrigada universo..

___ Ally?
Assenti com a cabeça.
___ Ele tá te obrigando a fazer isso?
___ Sai daqui idiota.
___ Minha pergunta não foi pra você!
___ Se os cavaleiros me permitem -fui irônica- Austin, claro que estou contra a parede e com ele segurando meus pulsos porque eu quero, não percebe? -revirei os olhos
__ Solta ela!
Elliot deu uma risada sarcástica.
___ Não.
Ouvindo a resposta que provavelmente não queria, Austin o empurrou brutalmente, o que me fez cair no chão. Ele se abaixou ao meu lado.
___Está bem?
Fiz que sim com a cabeça e pude ver Elliot saindo com raiva, com certeza não seria nada fácil. Eu não sabia o que fazer em relação ao loiro, se acabava com ele por meu pai ter que ir preso ou apenas agradecia por me salvar de Elliot. Céus, aquele garoto apertou forte meu pulso, sabe-se lá o que iria fazer depois! Decidi não fazer nada. Já ia retomando meu caminho quando ouvi algo, ou melhor, alguém.
___ Mereço pelo menos um "obrigada por meu salvar e abrir a porta pra mim ontem Austin Moon..."
O fuzilei apenas com o olhar.
___Tá legal, só obrigada. -fazendo sinal de rendimento com as mãos.
Cheguei bem perto dele, o que com certeza o deixou confuso e então, involuntariamente falei:
___ Obrigada por enquanto você estar se divertindo com os amigos meu pai estar dentro de uma cela? Então sim Austin Moon, OBRIGADA!
Eu só posso estar inconsciente, mas as palavras saíram num impulso. Não pude evitar.
P.O.V. Austin:
Ah, é claro que não contaram a história toda pra ela. Segurei seu braço, murmurando um:

___Espera!
___ Já sei, quer me explicar tudo ne? Pois não adianta mais.
___ Sua amiga Trish sabe da verdade!
___ Ela já me contou!
Fiz que sim com a cabeça e continuei, agora segurando sua mão. A olhei bem nos olhos, ah, aquelas olhos, grandes, e castanhos, eu sempre me perco nesses olhos. EI, PODE PARAR SR. MOON!
Ela bufou.

___ Mas não tudo!
___Vem!
Arqueei a sobrancelha e ela repetiu:
___ VEM GAROTO!
A segui e fomos até seu trabalho.

CAPÍTULO 8

P.O.V. Ally:
Deixei minha bolça sobre a mesa, sentei no sofá e o loiro, pareceu estar em casa, deitou logo no outro sofá. Olhei para ele e arqueei as sobrancelhas como se dissesse: Really?
___ Decidiu voltar? -ela observou o garoto e assentiu com a cebeça- Austin!
___ Trish.
___ Tá legal, as coisas estão ficando mais estranhas a cada momento.
O loiro deu uma risadinha sarcástica e me olhou. Aqueles poucos segundos que ele me fitou foram suficientes para eu viajar naquele pequeno infinito de traços castanhos esverdeados em seu olhar. O cabelo levemente bagunçado, lábios rosados, podia observá-lo horas, mas decidi desviar a cabeça deixando madeixas de minha franja tapar minha face.
___ Hãn, então.. Iriamos conversar, não?
___ Você explica ou eu? -disse pra Trish. A mesma respondeu-lhe com as mãos em sinal de: faça as honras..
___ Okay! -ele se ajeitou, sentou frente á mim, e de novo me perdi em seu olhar- Bem Ally, -ele começou a explicar, segurando em minhas mãos- seu pai foi preso hoje por minha causa sim, mas foi ele que me pediu isso! Há uma semana, Damiano estava sob ameaça de morte, e ele só poderia estar seguro, na cadeia. Então, pediu pra que eu o denunciasse pra polícia por estuprar sua madrasta, e ela também concordou pra te deixar segura. E é por isso, por isso que agora ele está em outro país, sua mãe em outro estado, eu sou responsável por te proteger, junto com Trish.
Confesso que fiquei indignada com a resposta, mas foi bem convincente! Tá, agora só posso confiar neles, e é isso que vou fazer, ou pelo menos tentar! Ele ainda carregava minhas mãos com as suas, agora um pouco com força. Me soltei e levantei.
___ Okay!
___ Oi?
___ O que vamos comer? Tô com fome!
___ Ela tá melhor do que eu pensava!
___ Então você acredita? Quer dizer, que bom que confia em nós

___ Não acho que seriam capazes de mentir duas vezes!
___ DEZ! Pode sair dai.
___ Ufa, já estava ficando sem ar. –ele saiu debaixo do sofá, o que me fez gritar de susto.
___O que? Hãn?

___ Eu ficava escondido nos lugares te protegendo.
Fiz uma cara meio espantada

___ Não me olhe assim, quem ficava nos quartos e banheiros era o Aus -o ruivo foi interrompido pela mão de Austin tapando sua boca.

___DEEEZ!
Cruzei os braços e o encarei:
___Sério?
___ Eu fui obrigado! –disse levantando as mãos em sinal de rendimento
___ Ah, claro, e foi realmente um sacrifício não?
Agora o loiro me lançou um olhar surpreso.

___ E porque Trish não poderia me "vigiar" nesses lugares?
___ Ela estava, hãn, ocupada -ambos trocaram olhares cúmplices.
___ Sempre?
___ Tá, já chega, vou pedir uma pizza. Alguém tem crédito? –a baixinha disse.
Todos negaram.
___Vamos lá buscar, acho que esses dois tem que conversar um pouco..
Austin revirou os olhos. Logo depois pude ouvir a porta batendo. O silêncio incômodo resolveu dar "oi" e foi realmente constrangedor.
___ Foi por isso?

___ Por isso o que?
___ Que me protegeu de Elliot outra vez? E se afastou de mim?
Austin fez que sim com a cabeça. E de novo estava deitado no sofá.
___ Você gosta desse sofá ne?
___ Já passei várias noites aqui, me acostumei!
Arregalei os olhos.
___ Vai me dizer que está surpresa!
___ Não, é que, só não me acostumei com essa ideia ainda.
___ Olha, eu precisava de te proteger, essa gang é perigosa. A do Elliot, o idiota.
Me joguei em cima dele.
___ AAAU!
___ Você está no meu lugar do sofá!
___ Sua gorda!
___ Hey!
Ele rolou e acabamos no tapete, ele estava em cima de mim, com as mãos apoiadas cada uma de um lado de minha cabeça, meu nariz tocava o dele, e de novo, o olhar, me olhava fixamente, podia também sentir sua respiração calma e quente entrando em contato com minha boca. Sei que vou me arrepender disso, mas meu medo foi maior que minha intensa vontade de provar o sabor daqueles lábios.
___ Você também precisa de um dieta. -quebrei o silêncio e o fiz sair de cima de mim. DROGA!
Ele se levantou e passou a mão no cabelo indo em direção ao banheiro.
P.O.V. Austin:
EPA! O que acabou de acontecer foi real? A Ally durona que eu sempre conheci, tão bem quanto ela, ás vezes até melhor que a própria, cara, poder entrar em contato com seu corpo, mesmo que não literalmente, mas mesmo assim... Já estava com saudade disso, quer dizer, aconteceu uma vez e foi incrível. Naquela hora, uma onda de choque percorreu-me, o que era aquilo? Me distanciei rapidamente dela assim que a morena decidiu se pronunciar. Agora estou no banheiro, sentado no chão, atrás da porta, mil pensamentos invadem minha confusa cabeça, eu não podia me apaixonar, não por ela! Aliás, nunca senti isso por ela, sempre fui negando-a, mas em todos esses anos, como um simples toque, um contato pode mudar tudo? Acho que a solução é a única que eu menos queria, outra garota, já que agora não tenho mais namorada.