Emery — História de Uma Docete escrita por Emme


Capítulo 11
Capítulo XI — Margaridas, tomates e uma pitada de Inkas.




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Acordei com um toque no meu braço direito. A mão era firme e quente, como carvão em brasa. O dono obviamente, era Castiel, que me encarava com uma expressão curiosa; a pele branca e pálida em contraste com as labaredas do cabelo vermelho.

— Emery, desculpe te acordar, mas... preciso conversar com alguém. Sabe, eu também tenho coração, mesmo sendo mais duro que o da maioria! — E sorriu, fazendo-me rir junto.

— Nunca duvidei disso, Castiel. Está tudo bem? Aconteceu algo?

— Estou com um problema, e o nome dele, ou melhor, dela, é Inkas!

— Bem, — endireitei-me na maca e puxei-o para perto, deixando que senta-se na cadeira de visitantes ao meu lado.- Estou aqui, pode começar quando quiser!

— Vou te contar uma história.

Eu e Inkas fomos ao parque. Estava nevando e a água do lago estava congelada, com patinhos escorregando alegres pelo gelo fino. Ela sempre foi corajosa e tomou a iniciativa, pegou a minha mão de forma firme e encaixou-a no bolso do casaco junto a dela porque eu estava sem luvas. Ela sorriu, e, mesmo tímida, conseguiu me fazer corar. Isso nunca havia acontecido antes, NUNCA HAVIA CORADO COM UMA GAROTA E...

— Calma, — interrompi-o, — não há nada demais nisso. Enquanto for vivo e sangue circular nas suas bochechas, você vai corar, Cast!

— A questão não é essa Em's, você vai entender! Continuando, eu e Inkas passamos em frente a uma barraca de flores, e comprei algumas margaridas para ela. Ela carregou o buquê como se fosse feito de ouro maciço e não pude evitar algumas risadas quando ela tropeçava em alguns degraus da escadaria do parque. Sentamos em um banco, perto de alguns pinheiros com folhas presas em flocos de neve e ela começou a rir sozinha. Quando perguntei o que havia acontecido, disse que meu cabelo era como tomates e eu ri muito daquilo. Sempre gostei da maneira que ela vê o mundo.

— Já que estava tarde, ela resolveu ir embora, mas já que mora a algumas quadras de onde estávamos, não permitiu que eu fosse com ela. Estávamos saindo do parque quando, de repente, não me segurei e beijei-a. Eu precisava sentir aquele hálito doce, tocar aquele cabelo verde-esmeralda e saber que ela era minha e de mais ninguém. Pensei que ela iria me empurrar com aqueles dedos pequenos, mas ela me correspondeu, com um desejo voraz e claro. Nossos lábios se mexiam como se fosses as duas últimas peças perdidas de um quebra-cabeça e no entanto, depois de perceber que por mais que desejasse a essência do outro, também necessitava de oxigênio, nos afastamos. Apenas o suficiente para ar entrar nos pulmões, mas negando tirar minhas mãos de sua cintura. "Tenho que ir, Cast!", e assim ela se foi, sem nem mesmo um "até logo!". Emery, acho que estou pirando! Não sei se ela me ama ou se está jogando comigo. O QUE EU FAÇO?

— Simples, Castiel: Peça Inkas em namoro! É claro que ela te ama e você também sente o mesmo por ela, e nem tente negar! — Sorri para ele. — Amor não é um problema, é uma solução! Agarre-a!

— Obrigado, Em's. — Ele beijou minha mão — Ainda bem que tenho você aqui comigo, irmanzinha! haha. Agora tenho que ir! Fica bem logo, tá?

— Ok, Castiel! Volte logo e traga NOSSA Inkas junto.

Castiel foi embora. Pensei vagamente na história e escrevi em um pedaço de papel a fórmula:

Margaridas + Cabelo de tomate + Pitada de Inkas = Amor

Acho que isso serve para mim! Enquato vagava pelo quarto, alguém bateu na porta. Pedi que entrasse e Nathaniel surgiu, com uma blusa verde e calças jeans azul claro. Ele veio em minha direção e, como o de costume, endireitou-se ao meu lado da cama, deixando me envolvida em seus braços como fazia desde quando acordei, há uns 4 dias atrás. Estávamos próximos, de maneira que Nath me iluminava como o Sol faz com a Terra. Conversamos alegremente e, cansada, repousei minha cabeça em seus ombros e minha mão em seu peito. Continuaria assim, mas a porta se abriu e, pensando que era novamente o médico, nem nos separamos. Mas não era o doutor. Quem estava parado, fixando o olhar em nossos corpos alinhados era Kentin.


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