Just me and You. - One shot. escrita por Tharry Charliye


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Mesmo sendo Faberry shipper, eu confesso que tenho uma recaída por Fabrose ;^;



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Quinn Fabray nunca foi um exemplo de pessoa popular. Ela era a fotográfa do jornal do McKinely High, tirava notas altas e não tinha amigos. Na verdade, ninguém gostaria de ser realmente um amigo dela. A única pessoa com quem – Raramente – conversava era seu meio-irmão mais velho, Noah.

Marley Rose nunca foi uma pessoa notável. Ela era aquela típica garota de óculos que senta no fundo da sala de aula e fica quieta o dia inteiro, recebe banhos diários de slushie e é afogada no vaso sanitário semanalmente.

Se ela era zoada apenas por esses motivos idiotas, imagine se o McKinley soubesse sobre sua sexualidade e a pessoa de quem gosta. Isso mesmo, Marley era lésbica, e tinha uma queda pela garota loira que tirava fotos para o jornal na qual ela mal sabia o nome.

Mas foi por um acaso, que elas se conheceram.

Marley estava atrasada para a primeira aula, afinal, não conseguiu acordar a tempo de pegar o ônibus e acabou se atrapalhando toda. A morena literalmente corria sobre os corredores desertos, e ao virar uma esquina, acabou trombando com alguém, papeis voaram para todos os lados.

– Oh meu Deus, me desculpe! – Disse a garota de olhos azuis, tateando pelo chão a procura de seus óculos. –

– Não, tudo bem, aqui. – Respondeu uma voz rouca e meio baixa, mas Marley só via borrões. –

Uma mão gélida e aparentemente delicada tocou seu rosto, encaixando a haste de plástico sobre suas orelhas, revelando ser a garota loira na qual a morena adorava observar durante as aulas. De repente, seu estômago embrulhou e um nó surgiu em sua garganta.

– E-eu derrubei muitas coisas, não é? – Indagou a morena, visivelmente nervosa. – Aqui. – Ela estendeu um pequeno monte de papeis para a loira. –

– Obrigada ... –

– Marley! Marley Rose ... Marley. –

– Obrigada, Marley. – A garota sorriu, a visão mais bela que Marley já viu em seus nem tão longos dezesseis anos de vida. –

E então ela se levantou e sorriu para a garota de olhos azuis, antes de seguir pelo corredor. Ela era um anjo, que garota amavél.

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Marley estava na biblioteca lendo um de seus quadrinhos do Superman, não é que ela tem vergonha disso, ela apenas quer protegê-los dos slushies jogados pelos jogadores de futebol ou pelas Cheerios.

Ela conseguiu ler apenas algumas páginas antes de sua atenção ser tomada pela garota loira. Ela passou por Marley para ir a uma prateleira atrás da garota morena, para pegar um livro no alto da estante, porém sua altura não ajudou muito.

Marley abafou um riso e se levantou para ir atrás da pequena garota loira.

– Posso? – A garota pareceu se sobressaltar ao escutar a voz da morena, mas assim que ela se virou para encarar a morena, um sorriso brotou em seu rosto. –

– Claro. –

A morena alta esticou o braço até o livro desejado pela loira, pegando-o.

– Fotografia – Da Analógica à Digital? – Indagou ela, lendo o título do livro em voz alta. –

– Sim, sim ... Tem várias explicações, técnicas e truques. – Respondeu a garota, colocando uma mecha loira atrás da orelha. –

– Não sabia que precisava disso tudo para apertar um simples botão. – Disse Marley, em tom de brincadeira. -

– Hah, não seja boba! É preciso muita prática para tirar uma foto perfeita! –

– Hum ... – Murmurou a morena, encarando o livro. –

– Ah, é! Aqui, pegue. – Ela estendeu o livro de capa grossa para a loira. –

– Obrigada ... Oh, quando a gente se trombou no corredor você me deu isso por engano. – A garota loira mexeu um pouco em sua bolsa carteiro, antes de retirar uma revista em quadrinhos do Deadpool. –

– Devo admitir que eu li ... Agora eu entendo o motivo de você gostar de quadrinhos, eles são divertidos! –

– Sim, são. – A morena assentiu, sorridente. –

– É! Deus, onde estão meus modos? Eu ainda não me apresentei! Sou Quinn Fabray. – A garota loira deu um leve tapinha em sua testa, antes de estender a mão para Marley. –

– Olá. – Disse a morena, divertida. –

– Olá. – Respondeu Quinn, sorrindo vergonhosamente. –

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As duas se tornaram amigas com o passar do tempo, porém Marley ainda sentia um amor platônico por Quinn. Ela queria tomar coragem para dizer seus sentimentos, mas tinha medo de perder a amizade da loira.

Quinn sentia algo por Marley que nunca sentira antes por alguém em sua vida; Um sentimento recíproco nasceu dali.

Ninguém tinha coragem de falar sobre o sentimento que era compartilhado por ambas, sem o conhecimento de uma a outra.

– Quinn, você já amou alguém? – Indagou a morena, deitada na cama de casal ao lado da loira. –

– Não sei dizer. – Respondeu ela, ambas encaravam o teto. –

– Mas e você, já amou alguém? –

– Já. – Respondeu a morena, se virando de lado para fitar o perfil de Quinn. –

– Quem? – Indagou a loira, se virando de modo que a ponta do seu nariz roçasse com o de Marley. –

– Uma garota. – Respondeu ela, sentindo a respiração da loira bater em seu lábio superior. –

– Oh, entendo. Eu também já amei uma garota. –

E num movimento lento, a loira uniu seus lábios aos da morena. Ambas aproveitavam o momento, aquilo era inacreditavél para as duas.

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Depois do beijo, Quinn sumiu do mapa. Não era porque ela estava evitando Marley, e sim, simplesmetne porque ela não sabia como lhe dar com seus sentimentos e com sua recém-descoberta sexualidade. O problema de Quinn, era que quando ficava nervosa de mais, ela se fechava para o mundo.

Marley já estava enlouquecendo com isso; Ela sabia que não deviam ter feito aquilo, como dizem normalmente, era bom de mais para ser verdade.

Era uma noite fria quando a morena parou em frente a casa dos Fabray. Toda a casa estava escura, tirando uma janela no segundo andar; Ok, uma trepadeira bem debaixo da janela do quarto de Quinn. Nivél: Médio.

Marley estalou os dedos e ajeitou seus óculos sobre o nariz antes de se aproximar das plantas. Ela colocou uma mão, depois a outra, e um pé, depois o outro até alcançar a janela. A morena se apoiou sobre o vidro para encontrar uma Quinn de costas para ela, com o notebook aberto sobre a mesa e o fone conectado enquanto ela mexia em sua câmera.

Ok, conhecendo Quinn, nem se um meteoro caísse na calçada faria barulho o suficiente para a garota escutar quando estava com os fones de ouvido. A morena alcançou o celular no bolço de trás de sua calça e discou o numero da loira, que assim que viu o nome de Marley aparecer, retirou os fones de ouvido, respirou fundo e atendeu a ligação.

– Vire-se. – Foi a unica coisa que ela disse, antes de encerrar a chamada. –

Assim que Quinn se virou na cadeira giratória e seus olhos se encontraram com os de Marley, ela correu até a janela para abri-la para a morena.

Marley adentrou o quarto e imediatamente abraçou Quinn, se embriagando com o aroma natural da garota loira.

– Quinn, eu – Antes que ela pudesse continuar, a garota mais baixa uniu seus lábios novamente. –

– Sim, diga? – Pediu ela, após se soltar dos lábios viciantes de Marley. –

– Eu ... Eu te amo, Quinn! Faz tanto tempo que eu nem me lembro mais quando isso começou, mas eu te amo e estou convecida disto! Eu entendo se você não me quiser, mas eu precisava mesmo falar isso! –

A loira afundou o rosto no peito de Marley, inalando o aroma da garota alta.

– Eu também te amo, e eu te quero, Marley. – Respondeu ela, levantando os olhos avelãs para encarar os olhos azuis. –

E elas se beijaram novamente, demonstrando uma a outra o sentimento criado através do tempo.

Pela primeira vez em sua vida, Marley pegou na mão de alguém enquanto caminhava pelo corredor do McKinley.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3