Na mansão de Sasha, Natsumi fazia uma visitinha para sua amiga. As duas se encontravam sentadas em um local que aparentava ser uma enorme sala espaçosa. Apenas uma mesa de madeira refinada, janelões com cortinas sobe medida e duas portas, uma que levava ao corredor da mansão e a outra dava acesso ao quarto da garota. Sozinhas sentadas em uma mesa tomando chá, as duas discutiam sobre o recente ocorrido de Megamente.

— Ontem foi um absurdo. Ainda bem que você não foi. – Dizia Natsumi após tomar mais um gole de seu chá.

— Eu vi as noticias. A população ficou aterrorizada. Apenas um louco causaria tanta desordem. – Conversava Sasha acompanhando sua amiga no chá.

— Se não fosse pelo Endo, eu não saberia onde estaria agora. – Comentou a visita.

— Sim, mas... pelo menos... isso serviu para alguma coisa. – Declarou a jovem de cabelos roxos, deixando sua amiga confusa.

— Como assim? – Pergunta Natsumi arqueando sua sobrancelha.

Sasha apenas a guia com seu olhar na direção da porta de seu quarto, com a porta aberta.

— Eu o encontrei ontem quase se afogando na piscina de casa. – Falou Sasha se referindo a Sonic, entediado em sua cama enquanto trocava de canal da TV por satélite.

— Ele estava presente na ocasião. Como veio parar aqui? – Pergunta Natsumi de maneira sutil, para que Sonic não escutasse daqui.

— Ele é nativo de Planeptune. Da Colina Verde, para ser mais precisa. Ele disse que enfrentou uma ultima orla de robôs quando o jogaram até aqui após destruí-los. – Explicou Sasha, quando rapidamente Sonic aparece na frente das duas para ir embora.

— Já volto Sasha! Vou dar uma voltinha. Faz um tempão que estou aqui e realmente preciso dá uma saída. A gente se ver, meninas! Fui! – E por fim, ele deixa o local do mesmo jeito que chegou.

— Interessante ele. Você não acha? – Pergunta Sasha para sua companheira.

— Eu queria encontrar uma palavra apropriada para descrevê-lo... – Natsumi tentava ajeitar seu cabelo, já que o ouriço sônico o bagunçou com sua velocidade sem querer. – Mas não encontro.

Na casa da Amy...

— Ain, quem será aquele ouriço lindo e descolado...? – Se perguntava Amy suspirando sega (oops, eu quis dizer cega) de amor encarando um mural CHEIO de imagens do Sonic, que acabava de pesquisar pela internet, imprimir e pendurar.

— AMYYY...! Estamos entrando...! – Anunciou Bel acompanhada por Hajime adentrando na casa da amiga ouriça.

Amy se desespera e corre para fora de seu quarto, bate a porta e se apóia de costas como se quisesse esconder alguma coisa.

— Hã? Ah, oi meninas! – Amy tenta disfarçar seu nervosismo e sorri forçado, já que seu quarto dava acesso a sala de visitas, onde ficava a entrada da casa.

— Oi... Amy? Tá escondendo alguma coi...sa...

— AH como vocês estão LINDAS hoje, não é? Hehe! – Amy interrompe Bel ficando entre as duas ao entrelaçar seus braços nos delas em cada lado.

— Nós viemos para te chamar para conhecer a garota nova. – Foi direto ao assunto Hajime com um animo radiante.

— É, a tal de Fran. A quem diz ser amiga do Aeso, mas na verdade suspeitamos que eles tem “algo a mais”. – Bel não pode deixar de pensar em outra coisa e logo fica aminadinha com isso.

— Por que tem tantas fotos daquele ouriço azul de ontem? – Pergunta Hajime como não quer nada após abrir a porta do quarto de Amy sem a ouriça perceber, alarmando a rosada.  

— Estão me chamando para sair? EU TOPO, VUMBORA! VAMOS! – Amy praticamente se alto convida. E ainda nervosa, ela expulsa empurrando as duas para fora de sua casa.

No shopping...

Com exceção de Sasha, Natsumi e Rita, Amy, Hajime, Bel e o resto das garotas estavam com Fran na frente do shopping de Soleanna para trazer uma recepção boa para a mais nova amiga. Até Misaka estava presente. E devido a ultima ocasião, Touma foi obrigado pela morena a se juntar a elas.

— Mas que azar... – Revirou os olhos o único garoto do grupo ao cruzar os braços, entediado.

— O que foi que você disse aí?! – Ralhou Misaka liberando pequenas faíscas elétricas de seu corpo.

— N-não, nada! – Se aquietou Touma apavorado.

— Então Fran... – Começou Levy simpática para a amiga. – Nós te chamamos aqui para te receber como um membro oficial do nosso grupo, mas também tínhamos combinados de sair com os garotos em bando. Mas não se preocupe, nossa atenção vai estar voltada totalmente para você. Espero que não se importe.

— Não, tudo bem. Aeso me disse que eu precisava conhecer a todos e... Bem, fico feliz por ser tão bem recebida. – Respondia Fran educada.

— Ah, ali estão eles! – Anunciou Asuka apontando na direção deles.

Todos os garotos, e sem exceção. Até Ryuunosuke estava entre o grupo, com Rita ao seu lado e até Marucho foi convidado.

— As garotas não sabem que o modo urgente é pra uma emergência?! – Reclama Aeso indignado pelas garotas o terem obrigado a ir sem saber o motivo só para fazer suspense desnecessário.

— Elas disseram que era urgente. – Falou Mario, pensando em fazer outra coisa no shopping, bem longe das garotas.

— Sim, MAS PASSEAR NO SHOPPING NÃO É UMA COISA URGENTE! – Berrou o garoto indignado.

— Esse é um dos raros momentos em que sou obrigado a concordar com o Aeso. – Ryuunosuke também resmungou irritado com isso. Se a Rita não tivesse do lado dele quando foi chamada, seria mais fácil se livrar dessa situação.

— Segura a onda, Aeso. – Falou Joey agarrando o pescoço do amigo pelo braço. – Vai ser dahora. Sem falar que vai ser bom para o nosso mais novo amigo.

Joey se referia ao Aang, que também foi com eles. Como disfarce, ele usava um chapéu do chaves na cor marrom para esconder suas tatuagens.

— Desligue sua testosterona, Aeso. – Ironizou Saten com as mãos na cintura ao lado das suas amigas.

— Minha testosterona vai ficar ligada pra vocês. Só para uma pessoa que eu desativo. – Dizia Aeso mirando seu olhar em Fran.

— Hmmmm....! – E as garotas reparam nesse olhar, deixando a de cabelos azuis encabulada.

— Estou doido para passar na praça de alimentação desse lugar para provar aquela feijoada. – Dizia Aeso passando reto das garotas ao contemplar o shopping só pela praça da alimentação, se referindo ao seu prato favorito desde o inicio.

— AAAARGH! – As meninas disseram em coro desapontadas com o garoto.

Fran também não gostou muito daquilo. Mas, como um recadinho, Aeso vira o rosto para ela e pisca enquanto sorri sem que ninguém além deles perceba, fazendo Fran sorrir de canto só pra ela mesma.

Enquanto isso...

O Detetive Harvey estava em um meio de um tiroteio em uma casinha numa rua fechada e deserta de civis, com alguns policiais dando suporte atirando sem hesitar em um brutamontes imenso que desviava de todas as balas com uma agilidade sinistra.

— Humanos porcos como vocês nem merecem estar na minha lista. Talvez eu volte em suas casas para jantar com suas famílias. – A voz do brutamontes ecoava pelo local com um vozeirão, até os oficiais o perderem de vista por completo.

— Droga! Como é que uma coisa daquele tamanho desvia de nossas balas como se estivesse praticando ginástica olímpica!? – Falou Harvey frustrado ao jogar seu chapéu de detetive no chão, até a oficial Jeny se juntar a ele.

— Esses Ghouls possuem força e velocidade sobre-humanas. Como é que paramos algo assim? Você acha que os expers...

— Não, os expers seriam trucidados com um grandalhão desses. – Harvey interrompeu Jeny após recolher seu chapéu e limpa-lo batendo com a própria mão. – Parece que são imunes aos poderes espers, ou uma ladainha assim. O jeito mesmo vai ser apelar para os pombos de Tóquio.

— Pombos? E quem são esses? – Pergunta Jeny tentando acompanhar os passos longos do detetive.

— Na verdade eles têm um outro nome, mas é complicado demais para soletrar. Mas fiquei sabendo que alguns os chamam de Pombos então eu chamo. É mais fácil.

— Pelo menos eles não se chamam Encanadores. – Falou Jeny seguindo Harvey para a delegacia.

De volta ao shopping...

Embora as garotas estivessem dando atenção para Fran, nenhuma delas perdia a oportunidade de ficar mesmo que seja por um instantinho com os garotos.

Aeso estava separado da Fran. Saten conversava com Jakie, Orihime com Ichigo, Compa com Kabeyama, Bel com Rafa, Misaka com Touma, Magali com Quin, Alicia com Mario, e claro, Rita com Ryuunosuke.

E o restante do grupo, ou sobravam, ou davam atenção pra Fran.

Passeavam sem rumo pelo shopping, até as garotas fazerem os garotos pararem de andar quando encontram uma loja de roupas feminina.

— Ah garotas! Vamos levar a Fran para experimentar umas roupas! – Sugeriu Amy.

— É o que? – Se espanta Fran.

— Vamos! – Concordaram quase todas as meninas guiando sua anfitriã para dentro da loja.

— Ah, e meninos... – Asuka vira para os garotos, com um ar autoritário, e começa a falar com uma voz doce. – Vocês vão ficar paradinhos aqui esperando a gente, tá bem?

— Nem pensar! – Se opôs Aeso. – Vocês vão se divertir aí dentro e a gente fica esperando de bobeira?

— Isso! – Responde Misaka apoiando a amiga.

— Fui. – Anunciou Aeso indo em direção contraria dali.

— Vai para outro canto para ti ver as “coisas lindas” que vamos falar sobre você para a Fran.

Aeso congela o passo quando Rita o ameaça.

— Suas...! – O garoto gira a cabeça com um olhar mortal ao serrar os dentes voltados para elas.

— Lindas, eu sei. Tchau, tchau meninos...! – Levy entrou na brincadeira e fingiu se despedir dos meninos. Até que, de alguma forma, elas não iam sair daí tão cedo mesmo.

— Ótimo. – Resmunga Aeso sentando em um banco no meio do corredor do shopping, assim como o resto dos garotos.

Dentro da loja, as meninas se espalham. Enquanto algumas conferiam tudo no estoque, outras puxam Fran para ver que roupa combina mais com ela.

— Aqui garota. Experimenta esse, esse, esse e esse aqui também. – Falou Rita lhe entregando um vestido após o outro. Fran olha para todos fazendo cara de quem não gostou de nenhum.

— São todos vestidos. Irão atrapalhar quando eu estiver lutando. Não tem algo que não atrapalhe meus movimentos? – Pergunta Fran devolvendo os vestidos pra Rita.

— Do que você tá falando? – Interveio Saten. – Você é uma garota, tem que mostrar seu lado feminino.

— Isso mesmo. – Concorda Magali. – Lutar não é coisa de garota.

— Pois é. Parece a Alicia falando. – Lembrou Saten.

— Ei! Eu estou aqui! – Avisou a própria Alicia um pouco mais afastadas das três. Compa estava ao seu lado na ala de roupas de banho.

— Tudo bem, lutar não, mas... Mesmo assim, gosto de fazer exercícios aeróbicos. Não há algo para isso pelo menos.

— Acho que tenho o ideal bem aqui. – Chegou Levy com uma roupa para Fran vesti. – Experimenta esse e nos diga o que achou, tá?

— Obrigada. – Fran agradece antes de entrar no vestiário.

— Compa, o que você acha desse biquíni? – Pergunta Alicia mostrando um biquíni comum todo da cor azul marinho.

— Ficaria ótimo em você. E o que você acha desse? – Agora era Compa que pedia sua opinião. Ela mostra um biquíni estampado rosado com detalhes branco por cima e a parte de baixo com algo que parecia com uma pequena sainha transparente junto.

Enquanto as duas trocavam ideias, Misaka e Asuka conferiam na ala de fantasias na loja.

— Ah olha o que eu achei! Uma fantasia da Batgirl! – Anunciou Asuka erguendo a fantasia um pouco diferente da original. – Ela esteve com a gente naquela batalha, não é? Onde você acha que ela foi, Misaka? Misaka?

Misaka estava distraída hipnotizada com uma fantasia infantil de um sapo. Ela estava com os braços para frente em duvida se pegava a roupa para experimentar ou não.

— O que tá esperando? Não vai usar? – Asuka pergunta vendo a hesitação da amiga, mas acaba a assustando sem querer.

— O-o-o que-e!? N-não, não vo-ou usar isso. Não t-tenho idade. – Envergonhada ela tenta disfarçar. A verdade é que ela faria de tudo para vestir uma fantasia linda como essa. Mas como ela é a exper nível 5 e tal, todos iam ficar falando dela, e Misaka não suporta isso. E também porque não querem que a chamem de criancinha ou algo assim.

— Garotas, o que acham?

Orihime aparece para as duas vestida com uma fantasia de Jerry do desenho animado Tom e Jerry. Tinha ficado um pouco apertada na verdade. O que destaca isso são os seus dois compartimentos frontais que nunca ficaram tão curvais, assim como sua cintura.

Misaka e Asuka se entreolham e depois conferem os seus próprios compartimentos. E se abraçam chorando derrotadas pela Orihime.

— Hã? O que?? Porque estão chorando, pareeem! – A de cabelos laranjados não entendeu a situação e se desespera preocupada pelas duas amigas.

Com os garotos...

— Aff, que saco! Elas estão demorando muito! Parece até que se esqueceram da gente! – Reclama Aeso apoiando sua cabeça com o seu punho.

— Pior que estou ficando entediado também. – Falou Ichigo e todos os garotos concordam.

— Ei! O que acham de irmos pro fliperama? – Sugere Aeso com um sorriso travesso de empolgação.

— Mas e as meninas? – Pergunta Endo preocupado.

— Elas nos deixaram, vamos deixar elas. – Responde o garoto se levantando. – Quem quer se divertir, sigam-me os bons! – Ao ergue seu punho para o alto como o objetivo o fliperama, todos os garotos se levantam seguindo o companheiro.

— Tudo bem, já estou pronta! – Anunciou Fran para Saten, Magali, Rita e Levy.

— Quando você quiser garota. – Falou Rita e todas se preparam para o momento.

E Fran abre a cortina. Usando botas de couro negras, suas pernas estavam vestidas com uma meia transparente escura. Suas vestes eram da cor verde escuro. Um short bem curto mas confortável, assim como sua blusa deixava sua barriga inteira a mostra, assim como  seus ombros e braços, e uma pequena fita que segurava a blusa que rodeava o seu pescoço.

Estava linda.

— UAAAAAAAAU!!!!! – Gritaram todas as meninas em uníssono indo abraçar Fran, que se espanta no inicio, mas depois a recebem, mesmo estando um pouco apertadas.

— Você está incrível, Fran! – Declarou Saten.

— Ficou muuuito linda mesmo amiga! – Afirmou Magali.

— O Aeso é um garoto de sorte. – Falou Rita deixando Fran bem vermelha.

— O-o Aeso? Ele não tem nada haver. – Tentou disfarçar.

— Ah, é? Então porque está tão vermelha? – Aponta Levy fazendo Fran ficar nervosa e mais vermelha ainda que nem um pimentão.

— OOOOWN...!!! – E as garotas apertam o abraço em grupo novamente.

— Ei! Para onde os garotos foram? – Bel falou em voz alta e todas as meninas escutaram.

— Eles SUMIRAM?! – Berrou Asuka enfurecida.

No Fliperama...

Os garotos estavam fazendo o maior alvoroço lá. Assistiam Aeso e Rony jogarem um jogo de luta na máquina como se estivessem assistindo a copa do mundo e torciam para ambos os times.

— Tá com nada, cabelo de fogo! – Falou Aeso em seu modo competitivo ativado. O garoto apertava vários botões ao mesmo tempo para ganhar do Rony.

— Ha! Essa é boa. Até parece que eu vou perder mais uma. Toma! – Retruca Rony tentando ganhar de Aeso.

Estavam empatados de 2 vitórias cada, e Aeso estava quase vencendo essa. Até que...

— AE MULEQUE, VENCI!!!!!!!!!! – Berrou Aeso e seus amigos vibram em comemoração com ele.

— Sai, é minha vez. – Falou Ryuunosuke indo para a maquina no lugar do Rony.

— Caham.

Uma voz feminina brava interrompe o momento de diversão dos garotos. E quando todos olham para trás, se deparam com as mais brabas do grupo das garotas. Misaka, Rita, Bel, Amy, Alicia e, claro, Asuka.

— Eeeita, preeeula... – Aeso também vira a cabeça lentamente para elas, já sabendo o que vai aturar.

— Quem foi que disse que podiam vir pro fliperama? – Pergunta Asuka com um ar autoritário novamente.

Todos os garotos apontam para o Aeso.

— Bando de Traíras! – Rebateu o garoto inconformado.

Todas serram os dentes fuzilando Aeso com o olhar.

— Peraí mulherada... Não vamos fazer nenhuma besteira aqui, né não...? – Aeso dava leves passos para trás nervoso enquanto os garotos abriam espaço pra ele passar.

— Ah não se preocupe...! Não vai doer como você tá pensando... – Falou Rita.

— Vai ser BEM pior. – Terminou Misaka soltando leves faíscas de seu corpo.

— Calma aí, vamos ser amigos, né? OLHA, LIQUIDAÇÃO!

— ONDE?! – Todas as garotas olharam para o lado.

— PARTIU! – Gritou o garoto dando um fora dali.

— ATRAS DELE!!!! – Berrou Alicia e todas foram a caça a Aeso.

O garoto pega outra saída do fliperama e corre pelo shopping inteiro tentando se livrar da manada de meninas enfurecidas.

— MAMÃÃÃÃE!!!!!!!!!!! – Berrava o garoto apavorado enquanto corria.

— NÃO VAI ESCAPAR DA GENTE NÃO! – Ameaçou Asuka.

— DROGA! É POR ISSO QUE EU NÃO VOU COM A CARA DELAS! DAAAAH!!! – Gritava o garoto preocupado.

Aeso faz de tudo para despistar delas. Era uma correria só. Um monte de meninas atrás de um único garoto. Ele ia precisar de pernas novas depois desse perrengue.

Enquanto isso, em outra parte do shopping, o senhor Gordon sentava exausto no banco mais próximo.

— Ah... O que eu não faço pela Barbara. – Suspirou cansado após ficar quase um dia inteiro no shopping pra lá e para cá com sua filha.

— Ufa... finalmente conseguir despistar delas... – Falou Aeso se juntando ao homem no banco.

— Dia cheio, garoto? – Gordon perguntou para Aeso puxando conversa.

— Não faz ideia do quanto. – Responde o rapaz encostado no banco com a cabeça deitada para trás.

— Não duvido. Venho pra cá achando que poderia sossegar, mas só aparece mais preocupações. – Comentou Gordon se recostando também.

— Não é daqui? – Pergunta Aeso como não quer nada.

— Soleanna? Não. Só estou de passagem com minha filha. – Responde o homem.

— Entendo. E sua filha? Tá curtindo?

— No inicio ela não aprovou muito a idéia. Mas agora ela parou de reclamar. Eu só queria pegar o primeiro navio de volta pra casa. – Desabafou o homem com saudades de Gotham.

— Haha eu sei como é. Eu também não sou daqui, mas passei a morar para frequentar o ensino médio. Meu nome é Aeso. – Se apresentou estendendo a mão para o senhor.

— Gordon. – Retribui o comprimento com um aperto.

— E cadê sua filha? Ela não estava com você? – Pergunta Aeso mantendo a conversa.

— Tá sim. Só dei um tempo enquanto ela continua andando por aí. Engraçado é que não fico tão exausto assim no trabalho. – Revelou o homem.

— Trabalha em que?

— Sou detetive. Aí já viu.

— Nooossa! Que demais! Eu tinha um colega que o pai também era detetive. Bom, ainda é, eu acho. Nunca mais falei com ele. Algumas pessoas que eu conheci quando cheguei na cidade viajaram uma após a outra. Mas ainda ficou uma galera, então não tenho do que reclamar. – Dizia Aeso se lembrando dos amigos que fizera.

— Compreendo. Soleanna é uma cidade cheia de talentos. Minha filha se instalaria sem problemas aqui. – Gordon falou.

— Com certeza. Filhos de detetives tendem a serem incríveis também. Digo isso porque conheço uma pessoa assim. – Comentou Aeso.

— Ah, olha minha aí. – Gordon apontou com o olhar para Barbara indo na direção deles.

Aeso ficou impressionado com a beleza da garota. Era ruiva, usava vestes comuns de turistas e carregava consigo uma bolsa, sem contar as várias sacolas de compras que trazia junto.

— Noooossaa...! – Falou Aeso com um olhar encantado com a garota. – Ela é a sua filha?

— É...! – Gordon responde com uma voz assustadora, o que fez Aeso sair do traze rapidamente.

— Opa! Não se preocupe, foi com todo o respeito. Sem falar que eu já gosto de alguém, e na minha opinião ela ganha da sua filha.

— Como é?! – Agora Gordon levantou um pouco a voz achando que Aeso estava de alguma forma ofendendo sua filha. Mas na verdade era o modo de dizer do garoto que só tinha olhos para Fran.

— Dahh, não! Me desculpa! – Se desculpa Aeso rapidamente. Mesmo não sabendo direito o que disse de errado, só de ver o senhor se alterar por algo que ele disse já é motivo suficiente para se redimir.

— Vamos pai? Já esvaziei a maior parte das lojas daqui. – Se gaba Barbara amostrando as sacolas de compras.

— Vamos...  – Respondeu Gordon se levantando do banco sem deixar de encarar Aeso antes de ir com sua filha.

— Ué. Que estranho. Parece que eu te conheço. – Falou Aeso se referindo a Barbara, conseguindo sua atenção.

— Ah droga, ele é aquele garoto da liberdade.— Lembrou Barbara quando estava vestida como Batgirl, se recorda de Aeso dá o ultimo golpe de misericórdia em Megamente, o mandando para o céu com o seu Mega Rugido.

— É só um garoto que acabei de conhecer. – Responde Gordon sem a mínima vontade.

— V-vamos pai! – Barbara puxou seu pai para irem embora dali, antes que Aeso possa de alguma forma reconhece-la como Batgirl.

— Prazer conhecer vocês hehe! Aí... – Aeso acena em despedida, mas depois olha para o lado preocupado por ter deixado uma má impressão, para variar.

— Ah Aeso! Vem comigo. – Levy aparece para o garoto convidando ele.

— Ah, não! – Mas o rapaz se confunde achando que ela estava com elas querendo pega-lo.

— Não, não estou com as meninas. Vem, é sobre a Fran. Você precisa vê-la. – Explicou Levy puxando Aeso pela mão.

— Ah então tá. Hehe. – Aeso fica alegre em saber da Fran e acompanha a companheira.

A garota leva o rapaz até a loja de roupas para mostrar a garota para ele. Magali, Compa, Hinami, Hajime e Orihime escondiam Fran atrás delas como uma forma de surpreender o garoto.

— Aqui está ele, meninas. – Falou Levy chegando no local com Aeso.

— Não vão aprontar comigo, né? Eu não fiz nada com nenhuma de vocês. – Aeso levanta sua guarda não fazendo idéia do que esperar delas. E por conta disso, elas soltam um rizinho achando graça do garoto.

— Haha nós sabemos. Você não faz por mal. Só não sabe tratar as garotas como elas merecem. – Falou Magali.

— Verdade. Mas você compensa sendo um ótimo amigo. – Afirmou Orihime.

— Sem falar que sempre foi gentil com todas nós. É só esse jeitinho de crianção crescido que irrita algumas de nós. Mas a maior parte do tempo você é um doce com a gente. – Defendeu Compa.

— Oooown... Vocês são uma lindas mesmo. Não dá para não ser legal com vocês. – Aeso imita um gesto carinhoso como sua forma de agradecer o carinho delas.

— Valeu! E é por isso... que queremos te mostrar isso!

Anunciou Magali e todas as meninas abrem espaço para mostrar o mais novo visual de Fran, fazendo a boca do Aeso despencar no chão.

— Rapaaaaaz... – A voz do garoto ficou tão fina ao ponto de chegar em um agudo de um garotinho. Só faltou os olhos mudarem para corações para demonstrar o quanto o jovem estava impressionado.

— C-como estou? – Fran não sabia como reagir. Mas só de saber que tinha conseguido deixar Aeso admirado com ela, já a deixava um pouco envergonhada de felicidade.

— O-o que eu achei? Cara, só de olhar para você já dá pra ver que você está linda! Muito linda! Linda até demais........ Vai ter muito marmanjo te olhando. Naum tem tipo, uma roupinha mas discreta naum? – Aeso achou que Fran estava tão linda que chegou ao ponto de ficar preocupado com olhares de outros caras. E ele não queria isso. As garotas riem da atitude fofa dele. – E outra. Quem vai pagar por isso? – Perguntou o garoto levantando uma grande questão, pro seu bolso.

— Não se preocupe. Rita fez questão de pagar algumas peças de roupa para ela. – Esclareceu Magali.

— Tá bem então. Só não vai me culpar se eu bater num cara que ficar te olhando muito, não é? – Comentou Aeso envolvendo seu braço no ombro de Fran ficando bem de ladinho com ela.

— Hmm... Não vou me importar. – Fran faz uma cara pensativa por um segundo, mas logo depois responde como se fosse uma coisa normal.

— Legal! Só quero ver o mestre Saga te ver assim. – Lembrou Aeso indo embora com ela, deixando as garotas para trás todas comovidas.

Mais tarde, a meia noite...

Em uma sala completamente tomada pela escuridão, apenas as siluetas de algumas pessoas poderia ser vistas por ali. E conforme elas chegavam, poderiam ver com um pouco mais de clareza, mas não mudava quase em nada.

— Então? Onde está o tal anfitrião desse lugar? – Pergunta a Ghoul Rize com a mão na cintura, com a menor paciência de estar ali.

— Olha só se não é a rainha do 20ª distrito de Tóquio. – Comentou Nishiki ajeitando os óculos. Esse possuía uma cabeleira laranja um tanto comprida e volumosa até o pescoço. Camisa com manga comprida marrom e calça jeans e sapatos comuns. Sua aparência era apenas de um homem universitário mas com um ar pesado o rodeando.

— Ora, ora se não são os porcos mais mau criados do vigésimo distrito. – O Ghoul que estava enfrentando os policiais também chega no local. Esse possuía uma aparência completamente albina. Loiro quase branco, palito, calça e sapatos, todos da cor branca. Somente sua roupa por baixo que era da cor preta e usava uma gravata cinza com um desenho estranho de uma veia vermelha.

— Jason... Quem te viu, quem te ver... Acho que vim em um lugar com um escalão bem baixo para terem chamado você. – Ofende Rize.

— Eu gosto de lugares de baixo escalão. – Começou Jason. – É lá onde eu encontro comida de qualidade. Como vocês dois! – Terminou prestes a atacá-los.

— Ótimo. Estão todos reunidos.

Ryuuk interrompe o momento das criaturas sobrevoando entre os três Ghouls, pousando ao lado de um trono com seu parceiro sentado nele.

— Ah, então foi você que teve a ideia de gênio de reunir os três maiores e mais mortíferos Ghouls para o mesmo lugar sem ser alvo do nosso banquete? – Provoca Rize desleixada. – Vou adorar ouvir o que você tem a dizer, antes de um de nós fizer picadinho das suas entranhas, é claro.

— Silencio todos. – O homem sentado no trono ordenou, enquanto terminava de escrever algo em um estranho caderno. – Graças a migração, tive a oportunidade de reunir todos vocês aqui.

— E quem é você? – Pergunta Nishiki.

— Podem me chamar de Kira. – Se apresentou. Embora estivesse encarando os três, a escuridão escondia muito bem seu rosto. – Como eu ia dizendo, eu os trouxe até aqui para cumprirem com o meu objetivo.

Os três Ghouls riem malignamente debochando do ser.

— E o que te faz pensar que somos do tipo que seguem ordem, hã!? – Provoca Nishiki prestes a atacá-lo.

— Exato. Não há a menor possibilidade de eu trabalhar com esse porco enorme imundo e esse grilo seco fedido. – Xingou Rize se referindo a Nishiki e Jason.

 - Acho que vocês não entendem a situação em que se encontram.

Kira levanta o braço direito bem lentamente e para apontando o dedo para Nishiki.

— O que?! – Na mesma hora o Ghoul universitário sente uma coisa em seu peito. Ele eleva suas mãos o agarrando até que desaba no chão, agora inanimado.

 - Agora que conheceram o meu poder, estou pouco me importando se se dão bem ou não. Desde que façam o que eu mando, não irão se juntar a ele. – Declarou Kira fazendo Rize e Jason se entreolharam nervosos pela primeira vez em toda sua vida. Nunca tinham testemunhado esse tipo de poder. Mas ficaram tão maravilhados com o que ele pode fazer que decidiram seguir com isso, enquanto Kira fechava seu caderno, revelando um nome escrito bem na capa:

Death Note

Continua...