O Rebelde escrita por Sereia Literária


Capítulo 6
Trabalhando


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer a America Chase pelo comentário e por favoritar! Fico muito feliz!



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Aquelas palavras me gelaram por dentro, e um medo tomou conta de mim. A cada passo que dava, olhava ao redor, procurando qualquer sinal de ameaça.

–Se quiser se misturar, tem que trabalhar- reconheci a voz no mesmo instante, feliz por estar com mais alguém.

–Com o que posso trabalhar, Oliver?- perguntei, me virando para ele, que deu de ombros.

–As mulheres trabalham geralmente na cozinha ou na horta, colhendo. Também remendam nossas roupas.

–Esse sistema é machista- deixei escapar.

–Mas funciona- disse ele.

Fiz que sim. Parecia mesmo funcionar muito bem. Então, senti algo em minhas pernas e olhei para baixo; um bichano de pelo tigrado me encarava com os olhos verdes brilhando, pedindo carinho.

–Que gracinha- disse, me abaixando e acariciando sua cabeça.

–É melhor não dar mole, ou ele não vai te deixar em paz.

–Mas ele é uma gracinha. Não, é Tiger? Menino lindo- disse, com voz de boba, o que fez Oliver rir como o menino que deveria ser.

–Vamos, vou te levar para a cozinha- disse ele, e quando me levantei, Tiger miou em protesto, e vendo que eu estava saindo de seu campo de visão, me seguiu.

–Ele está nos seguindo!-disse, realmente admirada.

–Eu te disse.

Andamos por algum tempo passando por casas e mais casas. Algumas eram germinadas, outras eram de madeira e algumas até tinham pequenos quintais e cachorros, mas todas tem duas coisas em comum; são pequenas, porém tem algo mais... É algo acolhedor, que não se dá pelo fato de serem de madeira ou por terem no máximo três cômodos... Elas não são casas, são lares.

Chegamos então a uma construção de concreto, bem maior que as outras, com chaminés a pleno vapor. Mulheres entram e saem carregando cestos e sacos de farinha.

–É logo ali- diz Oliver, seguindo na frente, mas ele se detêm, se vira e encara o gato.

–Acho bom ele ficar aqui. Elas não gostam de presenças felinas.

Olho o gatinho sentando aos meus pés e seus grandes olhos. Eu não queria deixa-lo e não tinha a menor ideia de como fazer com que parasse de me seguir.

–É... O que eu faço para...

–Coloque ele na árvore ou brigue com ele.

Logo o peguei nos braços e o coloquei em um galho da árvore mais próxima, afinal, não o iria maltratar. Por sorte, ele não demorou a se entreter com um pequeno inseto e me deixou entrar na cozinha.

Era um local gigante e ao mesmo tempo apertado. Do lado direito das portas, estava o local em que as massas, temperos e carnes eram preparados e do lado esquerdo da porta estavam enfileirados pelo o menos uma dúzia de fogões industriais, fervendo, borbulhando e fritando, tudo ao mesmo tempo.

–Oliver, já disse! Sem lanchinhos ou falta na janta!- disse uma mulher baixinha quando passou apressada por nós com uma panela enorme e borbulhante nas mãos. Ela tinha os cabelos castanhos e lisos presos em uma trança.

–Eu sei, Meg. Temos mais uma refugiada, ela precisa começar a trabalhar.

Ao ouvir isso, Meg solta a panela no fogão e pede a uma jovem para ficar de olho enquanto se aproxima de mim. Ela deve ter um pouco mais de 1,55 m, pois é cerca de 10 cm menor que eu. Tem as faces rosadas e feições delicadas.

–Qual seu nome?- pergunta ela.

–Katie- respondo.

–Uhm... Katie, alguma experiência na cozinha?

Penso um pouco. Tecnicamente, sim.

–Sim.

–Dê-me suas mãos- diz ela, já as pegando antes mesmo de eu responder. Ela as olha e depois ri um pouco.

–Com essas mãos delicadas? Duvido que já tenha encostado em qualquer faca ou panela!

–Ela é habilidosa, trabalhou em uma confeitaria recentemente- diz Oliver.

Olhei para ele abruptamente. Ele estava gerando muitas expectativas.

–Confeiteira? Aqui quase nunca fazemos doces, Katie, não temos esses luxos. Mal temos comida para os jantares... Mas de qualquer maneira, estamos precisando de pessoal, mesmo que seja para descascar batatas. Pode começar agora, Darcy será sua mentora.

–Ah...-abri a boca, mas ela gritou antes.

–DARCY!

Então uma menina de mais ou menos a minha idade, cabelos crespos de um castanho avermelhados e bochechas vermelhas apareceu, vestida com o mesmo avental de todas as outras moças da cozinha e uma touca.

–Sim, Meg?- diz ela.

–Esta aqui é novata. Você será sua mentora.

Com essas poucas instruções, ela me deixa nas mãos de Darcy e volta a sua panela. Darcy não perde tempo.

–Qual seu nome?- perguntou ela, já me puxando para o lado direito da cozinha.

–Katie- respondo, ficando nervosa ao perceber que Oliver está indo embora.

–Ótimo, precisava de alguém para descascar as batatas.

Ela então me sentou em uma cadeira e começou a trançar meus cabelos em uma velocidade incompreensível.

–Tem cabelos lindos, Alteza- disse ela, bem baixinho.

Gelei.

–Não se preocupe. Sou uma das únicas que sabe.

–Me disseram que devo manter segredo sobre isso- digo, tensa.

–E tem mesmo. Nem acho que usar seu apelido seja uma boa ideia, mas não podemos voltar no tempo.

Finalizando a frase e a trança ao mesmo tempo, ela pegou um elástico e amarrou a pontinha dos meus cabelos.

–Pronto. Agora podemos começar o trabalho.

Ela me conduziu a uma mesa bem larga que em todo o seu redor moças descascavam batatas, cenouras, tomates e mais alguns tipos de tubérculos. Darcy pegou uma faca pequena e colocou em minha mão ao mesmo tempo que puxava um saco de batatas de debaixo da mesa. Ela começou a descascar e pediu para que eu seguisse, mas eu era péssima. Perdia quase toda a batata e demorava mais e cinco minutos.

Após tentar me ajustar no grupo das cenouras e dos tomates, ela desistiu. Ganhei alguns cortes nas mãos, e isso foi o suficiente para que ela me dissesse que era melhor eu trabalhar colhendo os legumes ao invés de fatiando-os. Disse que a horta era do lado de fora e me deu uma cesta, enfatizando que todos os da seção B estavam maduros. Obedeci, claro.

Isso tudo era muito estranho. Ter de trabalhar assim, ouvir os gritos e ter cortes de facas nas mãos... Nunca imaginei que passaria por isso. Eu precisava voltar para casa.

Nas laterais externas da cozinha, encontrei vários pequenos cercados marcados com as letras do alfabeto de A-F.

–Seção B...- murmurei. Ao meu redor, várias caminhonetes velhas circulavam, com vários homens e algumas mulheres carregando e descarregando suas respectivas cargas. Atrás das seções da horta, havia um galinheiro e o som das galinhas e seus pintinhos enchia o ar. O sol estava quente e pela sua posição deveriam ser 03:00 PM.

Entrei na seção B e me pus a olhar em volta. Não sabia nem por onde começar. Então, me abaixei e segurei as folhas verdes de um tubérculo, legume ou coisa do tipo. Deveria puxá-lo? Ou será que eu deveria desenterrá-lo? Fui tirada de meus devaneios por uma voz.

–Ah! Ela acordou!- fui saudada com um sotaque forte. Quando me virei, aquele moço que me cobriu estava apoiado na cerca. Olhei em volta e me aproximei. Ele era realmente muito alto. Tinha a pele bem clara e cabelos escuros, que adornavam um rosto amigável. Parecia ser de descendência turca.

–Por quanto tempo fiquei apagada?

–Três dias e quatro noites- disse ele.

Três dias e quatro noites?! Meus pais deveriam estar em pânico. Fiz o possível para não deixar meu medo transparecer.

–Sou Isaac. Vejo que já está se acostumando, ehin?

–De onde tirou isso?- perguntei, mas a pergunta saiu um pouco mais ácida do que eu gostaria.

–Já está trabalhando. É muito bom, ajuda a não gerar suspeitas indesejadas.

–Isaac, por favor, me diga onde eu estou- pedi, chegando um pouco mais perto para não ser ouvida.

–Em um lugar em que ser filha de seus pais não é nada bom.

Me afastei e cruzei os braços.

–Por que todos vocês dizem isso?!- perguntei, indignada.

–Porque é a verdade. Sinto muito mesmo, mas acredite ou não, está mais segura aqui que no palácio.

Mais segura aqui? Ele estava dizendo... Que haviam traidores, assassinos ou conspiradores bem debaixo do nariz de meu pai. Cheguei bem perto dele.

–O que você quer dizer com isso?

Ele olhou para algo além de mim e disse:

–Olha, eu acho bom colher logo. Bem, supondo que você não tenha experiência alguma nisso, eu te ajudo- disse ele, pulando a cerca com suas pernas compridas. Eu nem tentei perguntar novamente.

–Olha, é bem fácil. É só puxar- disse ele, arrancando a cenoura da terra e a mostrando para mim.

–Certo...-disse, arrancando outra cenoura.

–Isso princesa! Já pegou o jeito!- disse ele.

Ri um pouco. Era como se tudo ficasse um pouco cômico com seu sotaque forte.

–Tenho que ir agora. Nos vemos no jantar.

E ele saiu, me deixando sozinha na horta. Depois de um tempo, eu havia colhido tudo, mas na hora de levantar o cesto... Foi uma catástrofe. Eu fui empurrando ele pelo chão até que um par de mãos grandes pegou suas laterais e o ergueu sem maiores esforços. Quando me endireitei, lá estava o moço de olhos de âmbar, segurando o cesto na altura do peito, já começando a andar na direção da cozinha.

–Obrigada- disse, apressando o passo para o acompanhar.

–Não tem problema- diz ele.

–Qual o seu nome?- pergunto, mas antes que ele possa responder, uma das caminhonetes se atravessa entre nós e a cozinha, de maneira brusca e perigosa, e o homem dos olhos de âmbar solta um dos braços da cesta e o coloca na frente de meu peito, como a me impedir de continuar ou a me proteger. O vidro da caminhonete se abre e revela um homem da mesma idade que ele, mas com uma barba por fazer e cabelos lisos e espetados muito escuros. Ele olha para o moço de olhos de âmbar e depois para mim, depois para ele de novo.

–Eai Conor, camarada! Vejo que temos...- ele me olha sem o menor pudor de baixo a cima, e mesmo estando com roupas pesadas, me sinto nua.

–Carne nova- ele completa.

–E é melhor você ficar longe dela, David- diz Conor, com a voz séria e se colocando entre nós.

–Calma, cara. Só queria fazer novas amizades, só isso- diz ele, piscando para mim.

–Deixe-a em paz, David. Não ia querer te dar mais uma surra- diz ele, e David fica sério.

–Da próxima vez, é você que sairá aos pedaços, Conor- ele diz isso com a voz sombria e liga o carro, deixando uma trilha de poeira para trás.

–É desse tipo de pessoa que eu estava falando- Conor fala enquanto retoma a caminhada para a cozinha.

–Ele seria mesmo capaz de uma coisa... Desse tipo?– perguntei, realmente em dúvida.

–Apenas evite ficar com ele a sós. Prefira lugares com mais pessoas.

Fiz que sim. Com certeza não ficaria a sós com ele.

Entramos na cozinha e ele colocou o cesto sobre a mesa e saiu pela porta. Corri atrás dele.

–Conor!- chamei, e ele se virou.

–Obrigada.

Ele deu um meio sorriso e continuou andando.

Eu não esperava que trabalhar na cozinha implicasse em servir a comida também. Aqui, no lugar que eles chamam de Área Comunal, estão espalhadas pelo salão simples e rústico várias mesas compridas com bancos que são simplesmente troncos lixados, com pezinhos para ficarem um pouco mais altos. Uma mesa no fundo das paredes repousa e é aqui que ficamos servindo a comida. Eles pegam os pratos e nós temos de servir.

–A comida é feita na medida. Não podemos servir nem mais nem menos.

–Qual a medida?- perguntei para Darcy.

–Uma concha de sopa, um pedaço de carne, três pedaços de batata e um pedaço de cenoura- disse Darcy, prendendo meu cabelo em um coque. Nesse momento, senti uma saudade grande de Lily.

–O que eu vou servir?- perguntei.

–Você vai servir a sopa. Mas lembre-se: por ser novata, as pessoas podem querer e pedir que você sirva mais.

–Certo.

E bem que ela disse. As pessoas não tinham a menor educação. Usavam palavras grosseiras quando eu depositava apenas uma colher de sopa – sim, era pouca coisa, mas eu não fazia as regras – e eu estava quase tendo um ataque de nervos quando Meg gritou:

–SEGUNDO TURNO!

Isso, se eu não estava enganada, era minha pausa. Tive de me segurar para não chorar de alegria enquanto arrancava o avental e ia para a fila pegar meu prato. Depois de servida, fui me sentar ao lado de Oliver.

Eu não quis dizer nada, mas a comida estava deplorável. Faltava sal e tinha pouco tempero e pouco sabor. Oliver se debulhava em deleite, com exclamações como ´´uhm...`` ou estalando os lábios. Realmente, esse povo era muito pobre, e me senti extremamente mal por ter passado a vida inteira comendo pratos e sobremesas das quais provavelmente eles nunca iriam provar. Nesse momento, prometi a mim mesma que iria compensar isso de uma maneira ou outra.

–A batata está ótima!- disse Oliver, os olhinhos brilhando. Mas quando acabou, seu rosto assumiu uma expressão de desamparo.

–Ei, o que houve?- perguntei.

–Acabou- disse ele. Fiquei com dó, e apesar de estar com fome, dei o meu jantar para ele, que ficou em estado de êxtase. Ele pulou no meu colo e me de um beijo, enquanto eu ria. Quando ele me soltou, percebi que, do fundo do salão, alguém me encarava. Não podia ver quem era, mas de alguma maneira me senti como que em frente a um predador. Na outra mesa,vi Darcy e Isaac juntos, e eles pareciam estar completamente apaixonados. Sorri por eles, mas fiquei triste por mim.

Quando terminou, Oliver se ofereceu para me mostrar o lugar em que eu ficaria.

–Não pode sair a noite sozinha- disse ele, enquanto o sol se punha e ele me conduzia pelas ruas de terra da cidade.

–Seus pais não vão ficar preocupados se você desaparecer assim? Não é bom avisá-los?- perguntei, mas então Oliver parou de andar e me olhou. Ele tirou o pingente do colar de debaixo da blusa e o abriu: a foto de um homem e uma mulher estavam lá.

–Eles morreram em um ataque rebelde- disse ele, a voz embargada de tristeza. Fiquei muito triste e me senti mal de ter perguntado, mas intrigada; como eles poderiam ter morrido em um ataque sendo que eles eram rebeldes?

–Sinto muito- disse, me abaixando e dando-lhe um abraço.

–Tudo bem, princesa...

–Não me chame assim! Pode me chamar de Katie- disse, tentando mudar de assunto.

–É assim que seus pais te chamam?- perguntou Oliver.

–Sim- respondi, me lembrando deles e sentindo lágrimas brotarem.

–Ei, aqui não é lugar pra isso. Vamos, estamos quase chegando- disse ele, me puxando.

Paramos em frente a uma construção pequena, que deve ter um cômodo. Ele entrou e eu o segui. Lá estavam apenas uma cama e uma prateleira, e no cômodo único a luz do fim da tarde entrava por uma pequena janela.

–É o que temos...- disse Oliver, sentando na cama.

–Até que você deu sorte- completou.

–E que sorte- resmunguei. Mas logo me voltei para ele.

–Onde posso tomar banho?

–Perdeu a hora do banho.

–Hora do banho? Isso é ridículo.

–Mas você a perdeu. Só pode tomar banho entre as 16:00 e 18:00. Como eu disse, é perigoso sair a noite.

–Mas eu não sabia- disse. Mas logo pensei um pouco. Perigoso ficar do lado de fora... Isso queria dizer que as duchas eram ao ar livre? Precoupada, não perdi tempo e perguntei:

–Espera, as duchas são ao ar livre?

Ele achou graça e começou a rir no mesmo instante.

–Duchas ao ar livre?! Que ideia boba!

Fiquei aliviada. Pelo o menos não eram ao ar livre.

–Não temos duchas princ.... Quer dizer, Katie. Tomamos banhos no rio.

Senti o chão desabando sobre mim. Tive de me segurar para não chorar na frente dele. Mas por sorte, o dia ia acabando e ele saiu um pouco depois. Assim que ele estava longe, me joguei na cama – fui espetada na costela por uma mola – e comecei a chorar.

Não sei em que momento eu acabei dormindo, mas sei que fui acordada com duas batidas na porta quando a noite já estava escura.

Esfreguei os olhos e fui até a porta. Quando a abri, Conor estava lá, e entrou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

–Claro, eu deixo você entrar- digo ironicamente, fechando a porta. Quando me virei, ele estava me encarando.

–Eu vi o que você fez pelo Oliver- disse ele.

–Ele estava com fome.

–E agora você está. Não pode ficar sem comer aqui, os dias são puxados.

–É, e como...

Então ele se aproximou de mim com uma sacolinha de pano nas mãos. Olhei em seus olhos quando ele a colocou encima da cama.

–Não se acostume com isso- disse ele, saindo do quarto.

Não sabia bem se o entendia ou não, mas me aproximei da sacola, pois apesar de tudo, eu confiava nele.

Dentro do saco encontrei duas bolachas doces, e não pude descrever a felicidade que senti enquanto comia até seus farelinhos.

Depois daquilo, consegui finalmente dormir, mas isso somente me deixou mais tensa. Tive sonhos enrolados e confusos, e no final, senti que a morte havia dado as caras, e chorei, chorei, chorei... Acordei aos prantos quando alguém abriu a porta estrondosamente. Eram Oliver, Isaac, Conor e Darcy.

Não entendi bem, mas Oliver correu até mim e se jogou em meus braços.

–O que houve?!

Olhei para eles e fiquei me sentindo ainda pior. Eles estavam sérios e apáticos. Então, Conor veio até mim e me deu um jornal dobrado. Soube naquele momento que algo havia acontecido com a minha família.


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