Seven Lifes escrita por lis


Capítulo 13
Bônus II - The cake


Notas iniciais do capítulo

Olááááá! Como vão?
Espero que bem :3

Cá estou eu com mais um bônus à pedido de vocês! Ele está bemmmm tranquilo, pra dar uma aliviada. Acho que nossos personagens merecem, né?

Pra quem não curte muito os bônus, se acalmem, que o próximo já vai voltar ao normal. Como já disse, vou revesar entre os bônus e os capítulos normais, e só trouxe esse aqui porque vocês pediram e como eu poderia negar alguma coisa dessas coisinhas lindas?

AVISO: A contagem de vidas foi retirada por conta do clima menos tenso e pesado do capítulo. "Que tal pensar menos em quanto tempo falta para a morte, e mais no tempo que estão vivendo agora?" Yep, foi com isso em mente que decidi tirá-la.

Anywaysss, é isso! Espero que gostem :3



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00:53

18 de junho, 2013

? vidas

Era quase irônico, mas Percy não podia negar o quão angelical Annabeth ficava quando estava adormecida – isso, é claro, antes dos berros, lágrimas e feridas começarem.

Ele imaginava que, até então, ela era apenas uma garotinha assustada acordando em sua cama com um telefone tocando.

Se não a tivesse visto com os próprios olhos, seria difícil imaginá-la com aqueles olhos tão... ingênuos.

Ainda se lembrava de quando conversara com ela na cela, e pôde ver de perto a insanidade que guardava nos olhos cinzentos; ainda se lembrava de ser atingido por um raio daquela tempestade que a garota tinha em si.

Como Annabeth seria se nada daquilo tivesse acontecido?, pensou. Não duvidava nada que acabasse sendo alguma... alguma dessas pessoas que trabalham com alguma coisa que pessoas inteligentes costumam trabalhar.

Confuso com os próprios pensamentos, decidiu afastá-los e se preparar para que o surto começasse, até que ouviu um berro inconfundível, que se aproximava cada vez mais...

A porta se escancarou.

– Você. – Thalia apontou para ele com o dedo indicador. Seus olhos azuis estavam ainda mais eletrizantes e, é claro, assustadores. Não precisava ter nenhum poder como o de eletrocutar quem a encarasse; conseguia causar algo no psicológico de suas vítimas, apesar de Percy nunca ter descoberto exatamente o que causava. Suas roupas? Sua maquiagem? Seus olhos? Era um mistério. – Acorde Annabeth e a leve para a cozinha. Você também vai ficar.

Antes que pudesse retrucar, a porta já fora fechada com um estrondo.

Intrigado – e, por mais que nunca fosse admitir, muito assustado –, ponderou o que poderia ser.

Um novo cliente?

Alguma notícia sobre Frederick?

Mais um assassinato?

As possibilidades eram tantas... e era triste o fato das mais extremas terem de ser consideradas, como se fossem algo do cotidiano deles.

Infelizmente, realmente eram.

Suspirando, acordou Annabeth, esta que não parecia ter tido algum progresso com o sonho de novo.

– Thalia convocou todo mundo pra uma reunião na cozinha. Precisamos ir. – Sim, as ameaças de Grace eram capazes de desanimá-lo por completo. Seu estômago embrulhara, e perdera qualquer força de vontade para falar mais do que o necessário.

– Mas as reuniões não eram na outra sala? – Indagou a Chase.

– Se Thalia quer que seja na cozinha, vai ser na cozinha. Queria dizer que não, mas... é assim que funciona. Mas ela só nos controla assim quando é realmente importante. – Respondeu, esperando esclarecer pelo menos um pouco.

Assentindo de leve, a loira apenas se levantou e saiu do quarto em silêncio. O moreno apenas a seguiu, indisposto a quebrá-lo, como geralmente fazia.

*

Todos estavam na cozinha – até mesmo Luke.

Era mais sério do que esperavam, aparentemente.

Thalia caminhava em volta deles. Estava muito irritada. Era possível ver a tensão em seus ombros, além dos spikes da jaqueta de couro.

Ela tossiu, como um político prestes a fazer um longo discurso.

– Bem, como vocês sabem, todos aqui andam dando duro para descobrir o que fazer. Eu sei disso, assim como – ela fez uma pausa, respirou, e continuou, dando ênfase em suas próximas palavras. – eu também estou.

Fechou os olhos, posicionou-se em frente à mesa, cerrou os punhos e socou o móvel.

Acalmando-se, caminhou até a geladeira improvisada, e abriu-a indelicadamente.

– Quero que me respondam com sinceridade, por favor. – A tamanha quantidade de cinismo parecia deixar todos um pouco enjoados ou desconfortáveis. – Quem foi o responsável?

Um silêncio perturbador se instalou – não de culpa, ou de medo, mas de confusão.

– O que? – Luke foi o primeiro a se pronunciar. Pontos pela coragem, pensou Percy.

– Estão vendo aquele pedaço de bolo de chocolate? – Perguntou Thalia, parecendo mais calma.

– Que bolo? Tha... – Foi a vez de Jason de falar. Pobre coitado.

Ela o encarou.

Exatamente, maninho. – Ela caminhou de volta para a mesa. – Quero saber porque diabos eu NÃO VEJO UM PEDAÇO DE BOLO DE CHOCOLATE ALI.

– Isso é sério? – Disse Nico, indiferente. – Isso é ridículo. – Completou, bufando ao terminar.

Oh, di Angelo...

Péssima. Hora.

– Pareço estar brincando, seu emo de merda?! – A vida de Nico passou pelos próprios olhos. Aonde estava com a cabeça quando fez aquele comentário?

– Mas... você... – Sim. Thalia Grace tinha o poder de fazer um assassino, ex traficante de drogas e sabe-se lá mais o que, gaguejar, por causa de um bolo.

– Foi muito difícil conseguir comprar aquele bolo. Entendem minha frustração, não? – Dramatizou a morena.

E aquelas foram suas últimas palavras que não eram berros enfurecidos sem sentido algum.

No fim, eles tinham de descansar para o dia seguinte. Apesar de tudo, a Grace ainda tinha algum juízo, e os dispensou, deixando claro que assim que pudesse, iria chamá-los novamente.

Todos já haviam se separado, a maioria para o quarto cheio de camas improvisadas.

Thalia apenas sentou-se no sofá. Realmente ficara chateada pelo bolo.

Respirando fundo, esticou-se até acabar se deitando, e fechou os olhos.

*

– Annabeth, juro que se foi você quem comeu aquele maldito bolo e acabar nos trazendo problemas... – Percy estava deixou a loira irritada.

Não era uma boa ideia irritá-la, definitivamente. Acabara de receber os raios de Thalia, não precisava que sofresse com a tempestade de Annabeth.

– Puta merda! Eu já disse que não comi! Por que continua insistindo que fui eu?! – Retrucou, segurando-se para não berrar.

O que não podia descontar com a voz, descontava nas roupas; jogava-as brutalmente dentro da mala, nervosa.

Sempre fora organizada, mas naquele momento, o que menos queria era arrumar as coisas para a viagem que fariam nas primeiras horas da manhã.

Não se esforçara para entender para que realmente iriam sair, então se contentou com a versão resumida: procurar outro lugar antes que Frederick os achasse na delegacia.

Bufando, jogou uma blusinha azul bebê na mala. Não gostava das roupas que Silena emprestara – e nem queria perguntar como ela trouxera tantas.

– Se eu disser, você vai ficar brava. – Respondeu Percy, com uma voz quase... inocente? – Eu...

Olhou para trás, certificando-se de que era Percy Jackson, um herdeiro da Olympus, assassino, ex traficante de drogas e de órgãos, e não uma criança.

Não havia dúvidas de que era ele.

– Diga. – Interrompeu-o.

– Mas...

Agora.

– Ahn... – Ele sorriu largamente, esticando os braços despreocupadamente. – Só achei que você engordou um pouco, sabe? Aí tudo se encaixou... bolo de chocolate e tudo mais.

Ah, mas Annabeth não era tão ingênua assim. Não cairia naquilo.

Entretanto, também era orgulhosa demais para deixar para lá, e decidiu entrar no jogo.

Largou as roupas, e forjou lágrimas, assim como uma voz chorosa.

– Eu... estou gorda? – Choramingou, aproximando-se do garoto. Passo por passo, lentamente e, quando percebeu, estava quase no colo dele.

Esticou-se um pouco, aproximando seus lábios dos ouvidos de Percy.

Tem certeza? – Sussurrou.

Ele se arrepiou. Ela sorriu, vitoriosa, mas rapidamente voltou à atuação.

Voltou para trás, encarando-o.

– Posso pedir um favor? – Disse, mantendo a voz manhosa.

O moreno apenas assentiu.

Ela lentamente tirou a camiseta, ficando apenas de shorts e sutiã.

Olhou para baixo, falsamente preocupada com seu corpo.

– É verdade? – Perguntou, deixando uma lágrima solitária cair.

Percy estava de pé, pronto para reconfortá-la, e Annabeth sorriu, ao perceber tê-lo na palma de suas mãos.

Ele começara com a brincadeira, e ela não era uma Chase se não fosse a responsável por terminá-la.

*

Thalia acordou com uma almofada na cara.

– Ei, Thalia, você quebrou a porta da geladeira. Melhor arrumar um jeito de consertar logo. – Avisou Nico.

– Me deixa em paz. – Retrucou, irritada.

– Mas eu só...

– Eu disse pra sair. – Continuou a morena.

– Você realmente tá chateada pelo maldito bolo? – Resmungou o di Angelo, já farto daquela história.

Ela não respondeu.

– Se você levantar e for me ajudar a consertar a geladeira, eu compro um outro bolo.

Sem resposta.

Nico bufou, segurando-se para não dar um tapa na cara da garota. Infelizmente, tinha que achar Bianca antes de poder se dar ao luxo de morrer.

– Compro outro bolo e te ajudo a descobrir quem foi que comeu.

Ela levantou um pouco a cabeça, demonstrando interesse.

– Com uma condição. – Finalmente Thalia se pronunciou, direta.

– Diga. – Disse, indisposto a discutir mais.

– Você me ajuda a procurar agora.

Normalmente, ele recusaria. Estava cansado demais para aquilo.

Mas não procurariam pelo método tradicional, e aquele método ele faria a qualquer hora.

– Fechado.

Aproximou-se de Thalia e sem hesitar, a beijou.

Um beijo demorado, para que ela não tivesse dúvidas.

“Filho da puta desgraçado!” foi tudo o que a garota conseguiu pensar ao sentir o gosto de chocolate lhe invadir.


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Notas finais do capítulo

Olááááá novamente!
Yep, esse bônus acabou sendo de shipp porque... não sei, só saiu, sabem?

Espero que tenha saciado essa sede de bônus, pelo menos :3

O MEP desse capítulo não tem muuuito a ver, mas o ritmo e a letra são distraídas e lembram que além de herdeiros dos Olympus e marionetes dos pais, eles são um bando de idiotas sedentos por fazer bosta inútil auhauhauhauh

Link: https://www.youtube.com/watch?v=F7vuAj_dcIg

Não sei muito bem o que falar ;-; acho que gastei minha dose de palavras no capítulo :v

Anyway, acho que é isso. Beijinhos e até o próximo seus cherosos



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