Dans Un Autre Monde escrita por AhPalasAthena


Capítulo 1
Casar?


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo. Um pouco pequeno, eu sei, mas prometo caprichar mais nos próximos.



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Em uma manhã gelada de inverno Elizabeth Reaser saiu para tomar um belo café. Seus pensamentos vagavam entre duas coisas... Ou na verdade, pessoas. Peter Facinelli e Gavin Wiesen. Estava tão confusa e tão apaixonada que nos últimos dias preferira ficar sozinha em seu apartamento. Sabia que precisaria de força para não sair correndo para o apartamento de um dos dois, mas não queria mais sofrer com toda aquela confusão, principalmente em relação a Peter. Quando ele ainda era casado tiveram um rolo, um namoro as escondidas e ele prometera se separar de Jennie para ficar com ela, mas tudo que ele fazia era enrola-la e ela cansou. Cansou de esperar, cansou de ouvir “só mais um pouco Liz”, cansou de ser a amante. Estava estampado em todos lugares e de todas as formas como se amavam, mas ela não podia permanecer naquela situação. Precisava tomar um rumo e foi exatamente por isso que decidiu se afastar. E aí Gavin que foi bem claro que esperaria por ela começou a aparecer demais, ficando em seu pé e Liz não gostava nem um pouco de ter um homem pegando no seu pé. Ele era carinhoso com ela sim, mas não era Peter. Ela gostava de Gavin, estava apaixonada, encantada, mas AMAVA Peter, poderia estar sendo até precipitada ao falar isso, mas nunca tinha sentido aquilo por alguém. Agora que Peter já tinha assinado o divórcio ela havia decidido que esperaria ele vir atrás dela, mas nada. Ele já estaria em outra? Tudo bem que ele estava gravando um outro filme ao qual ela não lembrava o nome junto com Jaimie Alexander, mas ele não teria esquecido de Liz assim tão rápido, ou teria?

–Vocês ainda vão me deixar louca! – Ela sussurrou tentando não se irritar.

–Eu estou incluso nesse ‘vocês’? – Ouviu aquela voz forte, decidida e sentiu um tremor passando pelo corpo.

Virou-se de frente para Peter que sorria daquele jeito que ela tanto amava.

–Peter? Você por aqui? – Tentou mudar de assunto.

Ele foi até ela e a abraçou. Sentir aquele cheiro afrodisíaco da mulher o deixou abobalhado. A pela macia do rosto dela no seu...

–Pois é. Precisava te ver. Você não sai da minha mente.

Por dentro Liz se sentiu aliviada. Não era só ela que pensava nele o tempo todo.

–Estou indo tomar um café. Quer ir junto? – Falou abaixando a guarda.

Ele segurou a mão dela e foram conversando. Ficaram por ali durante uma hora rindo e papeando, relembrando os velhos tempos.

–E aí? Posso te acompanhar no próximo evento da saga? – Peter pediu e ela assentiu.

Queria demais passar por aquele corredor de braços dados com ele, sentindo o cheiro dele, querendo ele. Quando ia dizer algo o celular dela tocou. Quando atendeu quase caiu de costas. O padrasto tinha falecido naquela manhã e, de uma certa forma, ela gostava dele. Peter fez questão de ir com ela, cancelando tudo o que tinha que fazer. Ficaram cinco dias com a mãe de Liz, Karen, e quando voltaram para casa ele ainda ficou mais aquela noite com ela. Um mês depois ela ligou para ele, a voz triste:

–Oi. Queria que você fosse comigo na leitura de testamento do Wil.

–Eu vou sim. Claro. Que dia? – Ele perguntou complacente.

–Sexta de manhã. Mas eu queria ir na quinta depois das 18:00, tem compromisso? – Sussurrou.

–Estou livre. Te pego aí as 18:30, pode ser? – Perguntou.

–Uhum. Obrigado. – Falou baixo.

–Estou aqui para isso Liz. Você sabe que

–Hoje não Peter, por favor. – Ela o interrompeu.

Queria muito ouvir todas aquelas palavras de carinho dele, mas estava frágil demais e não queria ser influenciada por isso.

–Tudo bem. E como anda seu projeto? – Peter perguntou.

Ela suspirou.

–Sem verba. – Respondeu se lembrando do projeto de levar um pouco de alegria para crianças em hospitais. – Wil iria me ajudar, mas agora...

–Vamos dar um jeito. Não se preocupe. – Peter disse confiante.

Elizabeth ouviu Fiona pedindo ajuda para o pai nas atividades de matemática.

–Vai lá ajudar Fiona. Mande um abraço para elas por mim.

Ouviu um sorriso de Peter. Logo ouviu a voz de Luca também, mas não entendeu o que ela havia dito.

–Luca mandou dizer que sente sua falta viu? – Ele disse feliz.

–Diga o mesmo para as três. Agora vai lá aproveitar suas filhas. Nos falamos depois. Beijo.

–Beijo Liz.

Ela desligou e se deitou. Logo Gavin chamou-a em uma rede social e ficaram conversando por um tempo. Ele fazia bem a ela, mas, lá no fundo, ela sabia que não poderia ser plenamente feliz com ele, que todos as noites quando se deitassem na mesma cama ela não pararia de pensar em um outro ser ali, envolvendo-a com aqueles braços fortes e quentes. Suspirou pesado.

–Eu preciso te tirar da cabeça Peter! Eu preciso. – Falou enterrando o rosto em um travesseiro. – Mas eu não quero isso.

–Você parece cansada Liz. Tem dormido direito? – Peter perguntou assim que Elizabeth entrou no carro e colocou o cinto de segurança.

Ela o olhou e respondeu:

–Não. Ando tendo muitos pesadelos.

Ele deu partida no carro e enquanto dirigia perguntou:

–Quer compartilhar?

Ela apenas negou com a cabeça e perguntou:

–Se importa se eu tirar um cochilo? Estou necessitada.

–Claro. Só não baba tá? – Ele brincou e ela não pôde deixar de rir.

Ela se arrumou no banco e logo dormiu, isso graças aquele perfume maravilhoso do homem que estava ao seu lado. Teve um pesadelo com ele e Gavin, onde o segundo empurrava Peter de um penhasco e tudo que Peter fazia era gritar um eu te amo para a moça que olhava tudo assustada. Quando acordou, sobressaltada, viu Peter com o rosto muito próximo, enxugando as lágrimas que banhavam o rosto da mulher.

–Tá tudo bem meu amor. Calma. – Ele pedia.

Ela fechou os olhos se acalmando e ele a abraçou. Ficaram ali daquele jeito por um longo tempo até que ela voltou a dormir e o homem voltou a dirigir. Desta vez ela não teve pesadelos, nem ao menos sonhos, só deixou todo o cansaço dominá-la. Só acordou quando chegaram na mansão de Wil. Ficaram um tempo com Karen e depois cada um fio para um quarto. Levaram um jantar para cada um e Peter não queria comer sozinho, ele nunca comia. Pegou sua comida e caminhou para o quarto de Elizabeth. Ela já estava abrindo a porta para ir comer com ele, também não queria ficar sozinha.

–Nossa. Você estava vindo... – A frase ficou no ar quando ela viu Peter assentindo. – Vem, não quero comer sozinha.

Eles entraram e ela fechou a porta. Comeram em silêncio e depois disso a moça começou a chorar. Estava cheia de problemas, confusa e não sabia que rumo tomar na vida. Não aguentava mais toda aquela pressão em cima de si e tudo que ela queria era alguém que entendesse tudo sem complicar mais ainda.

–Ei, o que foi? – Peter disse abraçando-a – Eu não gosto de te ver assim. Desabafa comigo.

Liz respirou fundo e falou:

–Estou confusa. Cheia de problemas...

Não conseguiu falar mais nada, apenas chorou sendo abraçada por ele que não sabia o que fazer para a mulher voltar a ser feliz. Ele sabia que um pouco de tudo isso era culpa dele, porque ele era um idiota, mas queria saber do resto. Queria poder dar conselhos, ajuda-la no que fosse possível e, pensando bem, no impossível também. Queria ser a pessoa que ela precisasse que ele fosse. Simples assim. Por isso ele ficou ali só deixando ela chorar em seu ombro, tentando passando força para ela por ali. Depois, quando ela se acalmou, ele deitou com ela na cama sem soltá-la e, ao ver seu rosto tão próximo, tão lindo, não resistiu. Beijou-a com todo o amor que tinha e ela, claro que correspondeu à altura. Eles necessitavam um do outro. A atração era louca. Não conseguiam se desgrudar e quando isso acontecia parecia que estavam ficando sem um pedaço de si. Queriam ficar ali juntos, queriam parar o tempo e ficar por ali para sempre.

–Peter... – Ela sussurrou e ele parou.

–Desculpa Liz! Eu prometi que não te beijaria enquanto você não pedisse. – Falou se sentindo culpado. – Eu, eu nem sei. Ai Liz!

–Se acalma. – Ela disse sorrindo. – Eu quero. Quero muito, mas nesse momento eu estou frágil demais, só quero ficar abraçada com você.

Ele sorriu e voltou a se deitar abraçando-a apertado enquanto ela sorria se sentindo completa. E foi ali que ela dormiu a noite toda, sem pesadelos, sem acordar várias vezes, sem chorar. Ele por sua vez demorou a dormir relembrando as noites que ela dormia em seus braços, as noites que eles conversavam tanto que dormiam sem perceber. Ela só queria fazê-lo sorrir e ele só queria ver o sorriso dela, então as noites eram agradabilíssimas. Sentir o cheiro dela liberava um frenesi, quanto mais ele sentia aquele cheiro, mas ele queria. Quanto mais tinha aquela mulher em seus braços, mas queria tê-la ali para sempre. Quanto mais amava aquela mulher, mas a amava. Tudo em relação a Elizabeth era intenso demais em Peter. Ele nunca tinha se sentido assim por um outro alguém, nem pela ex-mulher Jennie. O que aquela mulher tinha que mexia tanto com ele assim? Ele só queria entender isso. Por que tudo começou naquela cena cortada de Crepúsculo que ele a beijou pela primeira vez e, daquele dia em diante, aquele beijo nunca mais saiu de sua mente. O gosto dos lábios dela, a maciez. Ele precisava daquele beijo todos os dias para sobreviver. E estava disposto a fazer de tudo por isso. Oh se estava.

No outro dia Liz acordou primeiro e ficou contemplando o sono do homem. Ele era lindo demais.

–Aceito acordar sendo observado por você todas as manhãs. – Ele disse com aquela voz rouca e extremamente sexy alguns minutos depois que a moça acordou.

Ela soltou uma risada e beijou o canto da boca dele vagarosamente.

–Também aceito isso todos os dias. – Ele disse depois de arfar.

–Estamos atrasados eu acho. Melhor você ir se arrumar no seu quarto. – Ela disse se levantando.

Ele se espreguiçou e se levantou. Foi até ela e puxando a para si falou:

–Eu preciso disso.

Ela olhou para ele com dúvida, mas foi por pouco tempo porque ele beijou-a delicadamente. Quando ficaram sem ar ele beijou a testa dela e saiu, deixando Elizabeth totalmente confusa.

–Para a minha querida Elizabeth eu deixo metade de tudo que tenho – O advogado lia para todos ouvirem – para que ela possa concluir seu projeto, mas com uma condição – O coração de Elizabeth parou naquele momento – ela precisa estar casada.

Estar casada? C-A-S-A-D-A. Wil só podia ter ficado louco antes de morrer.

–E – O advogado concluiu e Liz quase teve um infarto ao notar que o advogado olhava para Peter – o pretendente deverá ser Peter Facinelli.

Dali em diante ela não ouviu mais nada. Ela teria de casa com Peter? Ouvira bem? O que o padrasto tinha na cabeça? Cérebro que não era. No fundo ela tinha gostado da ideia, mas o amor deles não era um negócio para ser manipulado dessa forma. Já Peter estava sério por fora, mas por dentro pulava de alegria. Amava Elizabeth e faria de tudo para casar com ela sim. Afinal era claro que um nasceram para o outro. Depois de tudo o que viveram juntos naqueles últimos anos ele queria muito poder passar o resto da vida ao lado dela, amando-a, cuidando dela, sendo a fortaleza dela. Assim que acabara a leitura todos saíram e Peter levou Elizabeth para o quarto. Ficaram sentados um de frente para o outro, se encarando.

–Nós precisamos – Falaram juntos, mas ele permitiu que ela completasse:

–Isso não é certo. O que Wil fez...

–Me deixa te ajudar Liz. – Ele implorou. – Você sabe que eu amo você e seria capaz de fazer qualquer coisa por você. Então me deixa te ajudar a conseguir isso. Me permita ficar ao seu lado por um tempo Liz.

Ela abaixou a cabeça e ele ficou esperando a resposta dela. Estavam tão tensos que não sabiam o que pensar.

–Peter... – Ela começou – Eu


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Notas finais do capítulo

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