Amor proibido escrita por danny_lolita


Capítulo 7
7º Capitulo – Por debaixo do Véu da Dor


Notas iniciais do capítulo

Oii, yeh voltei XD

Sei que demorei muito, mas estava com perguiça de ir revisar este capitulo, mesmo que não tenha quase alterações ao original. mas pronto XD

Espero que gostem

Boa leitura



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O tempo passou tão rápido para a loira, que quando deu por si já se encontrava parada em frente da enorme casa onde iria se realizar o casamento.


"Agora começa o meu pesadelo. Meu palácio da tristeza" Pensa quando observa as grandes paredes brancas à sua frente.


– UAUU – Exclama Ino olhando para a enorme casa à sua frente. – Neji, se não quiseres a casa, podes-me a dar que eu agradeço. – Os seus olhos pareciam que tinham visto a coisa mais rara do mundo, brilhavam como dois diamantes.

– Exagerada - Reclama Temari. Ino olha com um olhar ameaçador para a outra loira, mas essa nem deu importância. Já tinha entrado novamente no carro para dar início a entrada da casa dentro das muralhas que a protegiam.

O jardim que rodeava a casa era lindo, cheio de flores de todas as cores que se podia imaginar. Os arbustos bem arranjados, sem terem uma folha a mais ou fora do sítio. A relva bem cortada e limpa que chegava a brilhar com o sol a bater-lhe, até dava vontade de ir andar lá descalço.

Quando chegaram a entrada, já se encontravam muitos empregados para levar as malas para dentro, deixando os jovens livres para fazerem o que quiserem. Os olhos dos convidados percorriam a paisagem de uma forma espantada com o luxo que tinham todos a sua frente. Gaara era o único que encontrava-se encostado a uma das colunas que suportavam o alpendre.

– E eu que sempre achei a casa onde vocês moravam grande. – Exclama Tenten, dirigindo-se aos dois primos.

– Fechem a boca, imbecis. Vamos entrar que quero ir dormir. – Reclama Gaara e entra pela casa sem esperar convite do amigo.

Ao entrarem pela grande porta, deparam-se com um corredor sem fim com varias portas. Neji guia-os até a porta maior, que dava para a sala. Todos se sentam nos sofás sentindo o conforte que os bancos dos carros não tinham.

– Há quarto para todos. – Diz Neji.

– Isso não admira a ninguém. – Diz Naruto que já estava quase a adormecer no sofá, devido a ter vindo a conduzir um dos três carros. Mesmo que o braço ainda não estava a 100%, ele tinha teimado que queria vir.

– Para de reclamar imbecil. – Diz Sasuke, dando-lhe uma leve chapada na testa.

– Não foste tu que vieste a conduzir. – Reclama Naruto.

– Foste tu que tiveste a ideia de ter trazido tantos carros. E reclamaste que não ias deixar ninguém conduzir o teu “bebe”. – Diz Sasuke.

– Não queria vir a parecer uma sardinha em lata. E reparaste da quantidade de malas que elas trouxeram? – Afirma Naruto sem se irritar muito, devido ao sono.

– Chega. Fogo, que melgas! – Reclama Tenten.

– Bem vamos mas é decidir a porcaria dos quartos. – Diz Temari.

– Bem, eu tive a pensar, achei que eu, a Temari, o Gaara, o Shika e a Ino ficamos no piso de cima. A Hinata fica com o quarto dela aqui neste piso, e para não fica sozinha a Tenten e Sakura ficam com ela. O Naruto e o Sasuke ficavam no segundo. Que acham?

– Por mim está bem. Eu quero é dormir. – Reclama Temari.

– Eu vou mostra os vossos quartos. Hinata, mostras a Sakura e a Tenten? – A rapariga apenas acena afirmativamente. – Naruto e Sasuke, se quiserem ver onde as vossas meninas vão dormir seguem a minha prima que ela depois mostra-vos os vossos. – Assim todos de acordo, cada grupo segui-o a sua visita guiada.

As escadas não ficavam longe do quarto das meninas. Assim que subiram a grande escadaria, deram novamente com um grande corredor, mas esse diferente do anterior, dividia-se em outros corredores, e não era enfeitado com tantas portas. Neji abre a segunda porta mostrando uma das casas-de-banho do piso. Em seguida abre uma porta mostrando um quarto enorme de azul em cor escura.

– Este é o do Gaara. – Era um quarto espaçoso, tinha uma grande janela com uns sofás virados para ela. A cama era enorme, dava perfeitamente para umas cinco pessoas.

– Está bom. Onde é o da Temari? – Diz simplesmente.

– É noutro corredor. O segundo a esquerda, segunda porta a direita. – Diz Neji, já sabendo que o amigo não iria querer acompanha-los na sua visita.

– Ok. - Diz fechando a porta na cara dos amigos.

– QUEM É QUE AQELE IMBECIL PENSA QUE É? – Reclama Ino vendo a testa vermelha devido a ter levado com a porta.

– Deixa-o, ele está cansado. – Diz Neji.

– Sim cansado de dormir. – Comenta Temari, já não se importando com atitude do irmão. Mais calmos continuaram até Neji abrir outra porta. Desta vez era um quarto rosa clarinho. A mobília era mais feminina, mas idêntica ao quarto do Gaara.

– Ino, este é o teu. Eu achei que seria o melhor para ti neste piso. Também não é muito longe do quarto do Shikamaru.

– Há, está ótimo, não te preocupes.

Uma porta em seguida Neji abre mostrando outro quarto azul-escuro. Estava mais equipado que os outros quartos. Tinha alguns posteres nas paredes, assim como fotografias nas cómodas. Notava-se bem que tinha sido utilizado e que tinha dono.

– Este é o meu quarto.

– Oh. – Exclama Ino, pensado que seria do namorado.

– Não te preocupes Ino, o Shika fica já ali. – Aponta para a primeira porta do corredor onde se encontrava o quarto da Temari.

– Mas porque a Temari não fica com este em vez de eu? – Pergunta tristonha.

– Era a mesma coisa que haver mortes. O irmão dela não iria deixar. E alem do mais, o quarto dela é mais simples que o teu. – Explica a Ino.

– Ok desta vez passa. Mas se eu gostar do quarto dela, deixa trocar sim? – Diz com uma cara de cão abandonado.

– Esta bem. – Diz Neji, já abrindo o quarto do Shikamaru. Era verde e tinha umas árvores pintadas numa das paredes.

– Os quartos foram feitos de propósito para nos? – Exclama Ino. Era incrível como os quarto estavam a combinar com cada um.

– Não, mas quase que parece. A minha mãe e a minha tia é que acharam que deviam decorar cada quarto desta casa de forma diferente, este quarto ficaria bem com árvores, por causa da floresta que se vê da janela. Eu achei a cara do Shikamaru. – Comenta rindo, vendo a cara do amigo. Parecia que estava em casa.

O quarto era o mais pequeno dos quartos que já tinham visto. A cama continuava grande, mas á janela não havia sofás. O parapeito era grande e almofadado, dando para uma pessoa dormir lá.

Em seguida veem o da Temari. Neji tinha razão. Não era nada o estilo de Ino. Era beje e muito simples. Era igual ao quarto de Shikamaru. Mas este tinha uns sofás a frente de uma mesinha no meio do quarto.

– Tinhas razão Neji. Eu fico com o meu. Também ele só serve para dormir. – Diz Ino. – Bem eu vou dormir um bocadinho. Até logo. – Diz antes de se retira.

– Eu também. – Diz Shikamaru sem olhar para a rapariga. Temari nota atitude do amante e não consegue não ficar triste. Neji nota a mudança de humor da noiva.

– Que tens? – Pergunta preocupado, aproximando-se dela vagarosamente.

– Nada. – Estava tão distraída que não vê aproximação do noivo. Quando o encarara, vê aqueles olhos branco a encara os seus próximos de mais. Temari afasta-se e vai deitar-se na cama, deixando-se cair como um saco de batatas.

– Estou apenas cansada. Depois de uma sesta eu fico bem. – Neji encara a noiva já de olhos fechados. Não bastou muito para a rapariga deixar-se dormir sem dar conta. Neji que ainda se encontrava no quarto aproxima-se dela e dá-lhe um beijo leve na boca. Nesse momento sente alguém à porta. Rapidamente vê Shikamaru a olhar para ele, com um olhar que nunca tinha visto na cara do amigo.

– Perdi-me, onde é a casa-de-banho. – Diz de uma forma fria. Neji olha uma última vez para a noiva, e tapa-a com uma manta que estava no fundo da cama. Em pés de lã sai do quarto mostrando ao amigo a casa-de-banho.

A noite já ia alta no céu, quando Temari acorda. Sonolenta, olha para os lados, recordando o local. Na mesa no centro do quarto encontrava-se uma bandeja com um prato tapado e um copo de sumo. A loira sente a barriga a pedir comida, e vai até a mesa. Senta-se no grande sofá e fica a comer enquanto olhava os vultos das árvores pela janela. Só no final de se ter alimentado, é que abriu o bilhete. Como a luz era fraca, vai até a janela tentado ler.

"Come, se não morres"

Não precisava de assinatura, era óbvio que tinha sido o irmão a levar a comida. Temari solta um sorriso. Gostava de ver o seu irmão preocupado com ela. Era a única família que restava. Ao pensar no passado uma lágrima triste começa a escorrer-lhe pela face. No quarto, parecia que o ar ia faltando, assim a loira abre a janela e debruça-se ficando metade fora da janela. Olhava as estrelas que tanto já tinham sido cúmplices dos seus segredos.
Sentia saudades dos pais e do irmão. Senti falta de ter uma família completa, ter muita gente a amá-la. Mesmo ainda tendo o Gaara e ama-lo muito, e sabia que ele também amava-a, mesmo não mostrando, não se sentia feliz. Sofria muito com a morte do resto da família, assim como Gaara que se tinha tornado mais distante e mais fechado.
Já tinha tido os seus dias felizes desde que tinha chegado a Konoha. Ao lado da pessoa que ama, a pessoa que dormia no quarto ao lado do seu. As lágrimas continuavam a cair belo o seu rosto, sem a rapariga ter controlo nelas.
Os seus pensamentos são rotos com a luz do quarto do lado, acender-se. Temari deixa os pensamentos anteriores de lado e começa a tomar atenção aos movimentos que se ouviam na cama do amante. De repente ouve um barulho de algo a cair.
Temari afasta-se da janela e senta-se na cama para poder ouvir melhor o que se passava. De relesse olha para o relógio e repara que já eram três da manha. Já todos deviam estar a dormir.

– O que aquele preguiçoso anda a fazer? – Pensa em voz alta a loira. Temari encosta-se mais para a parede.

– Shika o que tens? – Temari paralisa a ouvir a voz de Ino.

–Nada. Apenas não acho que seja altura de dormirmos juntos. – Temari sente um certo alívio no peito ao ouvir o rapaz a rejeitar a namorada.

– É a nossa oportunidade. Nunca estamos juntos sozinhos assim. – Continua a insistir a loira.

– Ino sai. Sai antes que eu diga algo que depois me arrependa. Estou cansado e não estou com cabeça para te ouvir. E alem do mais não há clima para ser a nossa primeira vez. – De repente ouve-se silêncio no quarto ao lado. Temari ao estranhar corre até a porta e sai. Assim que fecha a porta do seu quarto ficando no corredor escuro, Ino sai do quarto do rapaz e caminha até ao seu sem notar a presença da outra loira. Temari assim que vê Ino a desaparecer no escuro, vagarosamente anda até ao quarto do rapaz. Sem fazer barulho entra no aposento. Com a mesma suavidade de abriu a porta, fecha-a.

O quarto estava apenas iluminado com a luz do pequeno candeeiro ao lado da cama e pela luz da lua. O Rapaz estava sentado no parapeito com o olhar sério fixado na lua. Temari vagarosamente caminha até ele e abraça-o. Ele continua estático a olhar para a lua.

– És muito problemática. Ouviste a conversa não foi? – Pergunta o rapaz sem tirar os olhos da lua.

– Como soubeste que era eu? – Pergunta admirada.

– Conheço o teu cheiro. Desde que entraste vi que eras tu. Alem do mais a Ino não seria porque não me agarraria assim, e as mãos dela não são como as tuas. – Temari não consegue deixar escapar um sorriso ao perceber que o amante a conhecia tão bem. E ainda mais não afastava de si como ela esperava. – Acho que temos de conversar ne?
.

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Ino andava irritada pelos corredores. Não conseguia perceber como o namorado conseguia dispensa-la. Estava tão nervosa que nem repara que outra pessoa caminhava no sentido contrário, batendo assim nele. Com o choque Ino perde o equilíbrio e cai, mas não chega a sentir o chão. A pessoa com quem batera tinha segurado.

– Não vês por onde andas? – Ino abre os olhos e vê Gaara agarra-la. Rapidamente se solta dos braços fortes do rapaz.

– Tu é que andas a passear pelo corredor a esta hora. – Sem esperar resposta vira as costas e caminha até ao seu quarto. - Ele não é homem para ti. – É a última coisa que ouve antes de se fechar no quarto.

Ino fica encostada a porta pensado nas palavras ditas a pouco pelo ruivo. Vagarosamente vai até a mesinha de cabeceira e retira de uma das gavetas o lenço bordado com "G". Desde que o rapaz misterioso lhe dera que o pedaço de pano andava sempre com ela. Ela simplesmente não sabia era o porquê daquele pedaço de tecido lhe trazer segurança.
.

.

Os dois amantes continuavam na mesma posição sem pronunciarem uma palavra. Temari solta o rapaz e caminha até a cama onde se deita ficando a olhar o teto.

– Desculpa não te ter dito sobre ameaça mais cedo. – Shikamaru olha por fim para a rapariga e vê o olhar triste.

– Eu também exagerei. Mas tens de compreender que para mim é difícil isto. Naquela altura o meu lado racional pareceu ter deixado de funcionar. – Responde o rapaz caminhando até ela, sentando-se a beira da cama.

– Eu sei. Para mim também não é fácil. Sou obrigada a casar, enquanto amo outro homem. Posso por a vida de quem mais amo em perigo. É de mais para mim.

– Como tu te meteste nisto?

– Não sei. Um dia o meu irmão decidiu que eu devia de casar. Por sorte ou por azar, o noivo era o Neji, amigo de a muito tempo do meu irmão. Conheceram-se quando os meus pais eram vivos. Os meus pais morreram há sete anos. Tiveram um acidente de carro. O Gaara era o único dos três que estava no carro e sobreviveu sem muitos ferimentos. O meu irmão, o Kankurou, morreu dois anos depois. Também de acidente de carro. Nem deu para o enterrarmos nem cremar. O corpo dele desapareceu por completo. Não restou nada. O carro explodiu, ninguém soube bem explicar o que aconteceu. Fiquei sou eu e o Gaara. – Temari tinha começado novamente a chorar ao contar a história sobre o seu passado. Shikamaru, levanta-a e faz com que ela se deite no seu colo. Com uma das mãos o rapaz vai tirando as lágrimas do rosto da rapariga.

– Passaste já por muito. – Diz o rapaz admirado pela força da rapariga. Ele sempre tinha tido zangas com os pais, principalmente com a mãe. Muitas das vezes queria que desaparecessem, mas sabia que ele morreria também sem eles.
– Desculpa. Eu amo-te tanto. Eu preciso de ti ao meu lado. – Diz Temari entre soluços.

– Eu não tenho nada para perdoar minha problemática. Simplesmente temos de aceitar que não teremos uma vida fácil os dois. – Diz o rapaz. Temari dá um sorriso mas rapidamente adormece no colo do rapaz. – Problemática. – O jovem Nara deita como deve ser na cama e tapa-a com os lençóis.

Vagarosamente sai do quarto e vai até ao quarto do lado tranca-lo. Volta para o seu e faz o mesmo. Já com a porta trancada e a janela fechada o rapaz deita-se ao lado da loira. Ela ao sentir a sua presença enrosca-se no peito do rapaz, ficando a dormir com um belo sorriso no rosto.

O sol já iluminava os céus, mas os dois amantes continuavam deitados abraçados a dormir. A rapariga continuava com um belo sorriso na cara. Nesse momento ouve-se alguém a bater na porta do quarto ao lado. Os dois jovens acordam de repente.

– Temari? Acorda. Hoje é o dia de ires ver o vestido de noiva. As meninas já estão a em baixo a tua espera. – Ouvia-se a voz de Neji fora do quarto. Shikamaru levanta-se e abre a porta assustando a rapariga.

– Ela já saiu. Deve ter ido a casa de banho. Vai descendo que eu depois aviso-a. – Neji apenas agradece e desde para tomar o pequeno-almoço.

Shikamaru volta a entrar no quarto e caminha até a cama onde a rapariga ainda se encontrava deitada.


– Assustaste-me. Achei que ias dizer que estou aqui.


– Problemática. Vai-te arranjar para desceres. Tens de ir ver do teu vestido. – O olhar do rapaz era triste assim como o da loira. Ela levanta-se da cama e beija-o antes de sair do quarto.


Temari dirige-se até ao seu quarto e começa-se a arranjar rapidamente. Abre a mala que ainda não tinha desfeito e começa a escolher a roupa que iria vestir. No fim da mala encontra uma moldura que tira rapidamente e coloca-a ao lado da cama. A rapariga fica algum tempo apreciar a foto. Nela encontrava-se um casal com os seus três filhos. Tinha sido a última foto que tinham tirado os cinco juntos. Estava tão perdida em pensamentos que nem nota por alguém entrar no quarto e caminha até ao pé dela.


– Também tenho a minha foto sempre comigo. Sinto falta deles. – Temari assusta-se ao ouvir a voz do irmão ao seu lado. – Estão a tua espera. – E sem dizer mais nada sai do quarto deixando a irmã novamente sozinha.

Sem se importar com o que vestia, rapidamente fica pronta. O único problema era o cabelo. Tinha adormecido com ele preso, agora tinha os elásticos cheios de nos de cabelos. Depois de muita briga finalmente consegue-se pentear, e volta a fazer o normal penteado.

Rapidamente começa a descer as escadas para o piso de baixo. Quando chega ao ultimo degrau para rapidamente.

– Fogo, para onde eu devo de ir mesmo? – Pergunta em voz alta para sim mesma. Os seus olhos percorriam o grande corredor a procura de algum movimento que pudesse indicar o caminho que devia de seguir.

– É aquela porta. – Diz uma voz feminina, assustando a loira. Temari olha para trás mas só tem tempo de ver que era uma empregada, que devia de ir arrumar os quartos. Sem ter tido tempo de agradecer, segue o caminho que lhe tinha sido indicado.

Quando entra na sala de jantar, já todos tinham acabado de comer, já sobrava pouca comida. Mas ainda dava para a rapariga alimentar-se. A sala era grande e era praticamente ocupada com a mesa e com as cadeiras. As paredes eram forradas com um papel de parede vermelho cheio de bordados, mas era disfarçado com grandes quadros.

Meio ainda a dormir, Temari senta-se no único lugar vago, ao lado do seu irmão. Começa a servir-se sem ligar a mínima a conversa dos outros jovens. Rapidamente sente o estômago cheio e para de comer e fica apoiada num dos seus braços com a cabeça deitada na mão a olhar para os amigos. Mas nem ligava a mínima ao que falavam. Os seus olhos estavam postos em Shikamaru que também dormia sentado. Mas tinha Ino ao seu lado agarrada ao braço. Sem notar quanto tempo esteve a sonhar acordada. Temari sente alguém a tocar-lhe no ombro e a chama-la.


– Estas bem? – Pergunta o seu noivo com um ar muito preocupado.


– Sim. Apenas sono. – Responde friamente. Notando que todos já se tinham levantado faz o mesmo, seguindo-os ate a porta. No exterior da casa já estavam dois carros a espera dos jovens.

– Bem, vais com a Sakura, a Hinata, o Shikamaru e com o teu irmão ver do teu vestido. Eu e o resto vamos arranjar outros preparativos. – Diz Neji, sabendo bem que a noiva não tinha ligado à conversa. Sem dizer mais nada cada grupo dirige ao respetivo carro indo em direção ao seu destino.

Novamente a loira já estava quase adormecer em cima do colo de Sakura que estava ao seu lado. Mas essa empurra-a fazendo-a cair em cima de Hinata e acordando.


– Acorda Temari. Dormiste assim tão mal? – Pergunta Sakura à amiga.


– Estranhei a cama. Acontece às vezes. – Responde esfregando os olhos e dando umas leves estaladas para ver se despertava. Sem ter tido muito resultado decide ficar a olhar para os rapazes a frente. Gaara era quem ia a conduzir, por causa de Shikamaru também estava quase adormecido. Hinata ia dando instruções para onde o rapaz devia de ir.

Em pouco tempo finalmente Hinata dá a ordem de estacionar. Era um pequeno parque de estacionamento, e estava praticamente vazio.

– A loja ainda é um bocado longe. Mas aqui o parque esta sempre vazio, e é mais fácil ir a pé, e assim não pagamos o parque. – Explica Hinata. Os cinco jovens começaram a caminhar. O dia estava com um vento fresco, mas o sol brilhava e o céu estava limpo. Era um dia agradável para andar a pé.

– Onde é que os ouros foram? – Pergunta Temari com curiosidade.

– Buscar as ementas ao restaurante. – Responde Hinata.

– Estás com saudades do noivo? – Brinca Sakura enquanto se empoleirava nos braços das amigas.

– Não é isso. Estranhei a loira não ter vindo com o preguiçoso do namorado. – Explica sentido se feliz por ela não ter vindo.

– Ela queria vir. Mas já era muita gente. Assim viemos sós os padrinhos que temos também de escolher as roupas. O Neji pelo que parece já tem o dele. – Diz Sakura. Era incrível como a rapariga de cabelo rosa conseguia ter sempre aquele sorriso na cara. Temari apenas concorda sem se importar com aquela explicação.

Depois de várias ruas desertas entre pequenas casas, chegam a uma grande praça onde havia muita gente a andar, algumas a passo apresado outras mais lentamente vendo as montras com sacos nas mãos. As três raparigas começam a correr em direção da primeira montra olhando para as roupas expostas. Foi num instante em que a loira tinha perdido o sono. Os rapazes apenas as seguiam impacientes. Elas de vez em quanto entravam numa loja para ver mais roupas, preços e as vezes iam experimentar, mas no fim não compravam nada.

– Vocês parem de entrar em lojas. Ao menos que comprem algo. – Reclama Gaara quando as raparigas saiam da sexta loja de mãos abanar.

– Mulheres são problemáticas. – Diz Shikamaru, mas de imediato recebe um olhar zangado da amante.

– A loja de vestidos de noiva. – Diz Hinata apontado para uma grande loja com uma grande montra onde tinha expostos vestidos de noiva, de noivo, de convidados e de damas de honor.

– Wau, os vestidos são lindos. – Diz Sakura olhando admirada para os vestidos expostos.

Os cinco entram na loja, e rapidamente uma senhora já com alguma idade dirige-se a eles com um grande sorriso no rosto que chegava a assustar.

– Bom dia. Em que posso ser útil? – Pergunta com uma voz esganiçada.

– Bom dia. – Cumprimenta Hinata com um sorriso simpático.

– Bem, viemos ver vestidos de noiva e de dama de honor. E para os padrinhos. – Explica Sakura que também podia-se ver no seu rosto algum medo da mulher.

– Claro meus jovens. Já tinham algo em mente? – Pergunta a senhora, guiando-os até ao piso de cima, onde tinha uns sofás a volta de uma mesa com vários catálogos.

– Não. – Responde Temari. A senhora faz sinal para se sentarem e eles obedecem, vendo que a senhora também se sentava.
– Então bem. Qual das belas jovens é a noiva. – Pergunta.

– Sou eu. – Responde Temari, era um bocado estranho ainda pensar em si como uma noiva. A mulher começa a olhar para ele de cima a baixo como se tirasse as medidas. Shikamaru estava-se a sentir incomodado com aquele olhar.

– Muito bem. Tem um belo corpo. E uma cor de olhos que devia de ser realçada. Um vestido claro, com uns tons azuis. – Propõem a senhora.

– Não era mau pensado. – Responde a loira. Mesmo não querendo o casamento, uma mulher sempre tinha o sonho de experimentar vestidos de noiva, para se sentir uma princesa.

– Eu acho uma excelente ideia. E a parte de cima devia de ser um corpete. – Diz Sakura, começando a imaginar o vestido ideal para a amiga.

– Sim, sim. Excelente dica. – Elogia a Senhora. – Bem querida. Vem comigo. Acho que tenho ali um que te ficara lindamente. – Temari Levanta-se e segue a senhora até uma grande sala rodeada de espelhos e com uma grande janela para o exterior.

A mulher sai por outra porta, e rapidamente volta com um vestido na mão. Ela indica outra sala onde Temari poderia vestir-se. Depois de muito tempo e de muita ajuda a rapariga consegui ter o vestido no corpo. O cabelo tinham-lhe soltado e feito uma trança de lado para poderem por o grande véu. Com muita dificuldade por causa do vestido e dos sapatos dirige-se novamente para a sala de espelhos onde já estavam os amigos e o irmão a espera para a vê-la. Assim que ela entrou perderam todos a fala. Gaara para supressa da irmã tinha uma expressão de espanto e felicidade. Ele sabia que os pais queriam ver a sua filha linda como estava. As raparigas pareciam que tinham visto roupa de boa marca linda de borla. Os olhos brilhavam que até ofuscava. Shikamaru tinha-se perdido nas nuvens e nas curvas do corpo da amante. Ela estava linda, tal como uma princesa. Mas os olhos do rapaz mostravam tristeza, por aquela beleza não ser para ele.

Temari começa a olhar-se ao espelho com um grande sorriso na cara. O vestido era branco e com uma cauda bem grande. Tinha um corpete branco com uns bordados de flores em azuis. Pelo resto do vestido tinha os mesmos bordados. Mas só do lado esquerdo do vestido. Do outro lado estava preso um grande laço azul, que no centro tinha umas flores bordadas em branco. O véu era maior que a cauda do vestido. Era branco e o tecido parecia ter sido amachucado o que dava um jogo de luzes muito bonito. Os sapatos não eram visíveis, mas eram azuis com os bordados e com um laço branco.

– Estás tão linda Temari! – Elogia Sakura ainda espantada. A loira apenas sorri.

– Ficou-lhe mesmo bem. Que acha? – Pergunta a senhora.

– Não sei bem. – Responde, achava bonito de mais para a cerimónia.

– Então fazemos assim. Eu vou com estas jovens mostrar-lhes os vestidos de damas que temos que condizem e a senhora fica aqui a pensar. – Propõem a senhora.

– Sim acho uma boa ideia. – Responde Temari. Assim as três saem deixando Temari sozinha com os rapazes.

– Ficou-te bem mana. – Temari assusta-se ao ouvir o irmão. Não era normal ele elogia-la, muito menos chama-la de mana. Ele só a chamava assim quando eram pequenos. – Os pais iam adorar-te ver assim como estás. Eles iam adorar ver-te casar. – Os olhos dos dois irmãos se encontram e puderam ver a tristeza de ambos. Gaara rapidamente volta a sua posse arrogante e sai deixando os amantes sozinhos.

– Estás linda. – Diz Shikamaru encostado a uma das janelas. – Não gostaste do vestido?

– Amei-o. Mas se fosse para me casar contigo… – Responde caminhando até ao rapaz. – O vestido não vale para este casamento.

– Fica com ele. Nós não teremos a nossa oportunidade. Sente-te bem uma vez ao menos. Não sejas problemática. – Temari sorri-lhe e aproxima-se dele beijando-o. Nem se importou que estava ao pé da janela. E nem tinha visto que o irmão se encontrava na rua a ver a cena com uns olhos que pareciam que iam derramar água a qualquer instante mas pareciam tão secos ao mesmo tempo.

Os dois jovens separam-se quando ouvem a porta abrir-se. Sakura entra empolgada com um vestido de dama de honor. Estava tão alegre que nem tinha reparado na aproximação dos outros dois jovens. Temari afasta-se e mete-se ao lado da rapariga que se olhava ao espelho. O vestido era de alcinhas pelo joelho, mas a saia era com muitos folhos. Também tinha o mesmo bordado mas com rosa e azul pela saia. Atrás tinham um bonito laço branco.

– Ficamos com estes, não é? – Pergunta Temari fingindo-se empolgada. Hinata estava vestida de igual, mas estava mais tímida que amiga.

– Sim. – Responde Sakura que parecia uma criança que tinha ganhado um brinquedo novo. Hinata apenas confirma com a cabeça.

Ainda ficaram umas três horas na loja. Os rapazes também tinham escolhido os seus fatos, mas apenas em dez minutos tinham ficado despachados. Em seguida não estavam com paciência de lá ficarem e decidiram ir para uma esplanada que havia ao lado da loja. Tinham ficado o tempo todo sem se falarem, apenas liam os jornais que estavam em cima da mesa e bebiam o que tinham pedido. As raparigas chegam ao pé deles depois de terem tudo pronto, mas são recebidas com um olhar furioso dos rapazes, estavam fartos de estar ali a seca.

– É melhor ir. O Neji já ligou. Eles todos já almoçaram, mas deixaram-nos os restos. – Diz Shikamaru.

O tempo de ida tinha sido mais curto, e rapidamente já estavam na mansão. Os outros jovens estavam na sala há espera deles. Assim que os vêm, levanta-se e seguem para a sala de jantar famintos. Temari fica mais para trás e fica a olhar para a fotografia do seu vestido.

" O meu pior pesadelo. Um vestido lindo para um casamento de sofrimento"

Continua...


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Notas finais do capítulo

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