I will never forget you. escrita por Lorena


Capítulo 9
Turbulents explanations!


Notas iniciais do capítulo

Hey, espero que gostem!
Se gostarem, comentem, por favor! Me ajuda demais!!!
Beijos!



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– Pode entrar. - Ele diz com um sorriso fraco no rosto e se afasta da porta me dando passagem.
– Tudo bem? - Pergunto e ele me envolve em um abraço caloroso. E advinha? Borboletas.
– Tudo sim. - Ele sussurra em meu ouvido e sinto um arrepio por todo o corpo. - Sente - se. - Ele pede apontando para o enorme sofá no canto da sala.
Me sento e ele vem atrás, está bem tenso, como se fosse me contar que cometeu um assassinato, mas sei que não é isso, pelo menos espero.
– Olha, eu vejo em sua cara que você não está tão à vontade com isso. Eu irei entender se não quiser falar agora, isso não irá interferir em nada, continuaremos conversando, e quando...- Sou impedida de falar quando ele me interrompe.
– Olha, eu só contei isso para uma pessoa, então você entende que é algo difícil, e eu não estou prestes a te falar por medo de perder alguma coisa, e sim pois confio em você, pois eu sinto uma necessidade absurda de te falar tudo. Só te peço um pouco de paciência. - Ele retruca se sentando ao meu lado e eu assinto.
– Tudo bem, só não quero que se sinta pressionado, você não é obrigado a nada.- Respondo pegando em suas mãos e ele as aperta, como se minhas mãos lhe passassem confiança.
– E eu não me sinto obrigado. -Ele explica e se aconchega melhor no sofá, ficando cara a cara comigo. - Só quero que me prometa uma coisa, não se afaste de mim. - Ele murmura e eu acho estranho, pois não acredito que ele tenha feito algo de errado para que faça eu me afastar.
– Nunca! - Exponho sem pensar e ele se demonstra aliviado.
– Bom, há três anos uma ex namorada apareceu na porta aqui de casa, alegando estar grávida e que o bebê era meu. - Ele me explica e eu não fico surpresa até então. - Eu era novo, estava fazendo faculdade ainda e não estava nos meus planos ter um filho, mas eu não recuei, a ideia de ter um filho era incrível. - Ele fala e vejo o brilho em seus olhos. - Eu pedi que ela morasse aqui em casa, queria acompanhar tudo, estava determinado em ser o melhor pai do mundo. Os meses foram passando e descobrimos que se tratava de um menino, aí eu enlouqueci de vez. Eu e Larissa decidimos não nos relacionar, não sentíamos mais nada um pelo outro, mas tínhamos uma amizade incrível, decidimos tudo juntos, do tipo de fralda até o material do berço...- Ele diz e as lágrimas descem de meu rosto e do dele, não nos preocupamos em limpa - las, apenas nos encarávamos e pelo meu olhar tentava transmitir o máximo de confiança e apoio até ele. - E então ele nasceu, se chamava Mateus, ele era saudável e lindo. Foi tão incrível segura-lo pela primeira vez, senti algo indescritível, eu o amo tanto, um amor que não cabe no peito. - Ele explica e vejo que está prestes a desabar a qualquer momento, me aproximo mais dele e seguro suas mãos novamente, lhe dando forças para continuar. - Estava indo tudo muito bem, não me importava de varar a noite cuidando dele, não negava nada, fazia tudo que eu podia! - Ele verbaliza e solta um grito que me corta o coração, sua cabeça cai em cima de mim e eu fico massageando seus finos cabelos. Ele soluça por longos minutos e eu começo a chorar junto, me desespera vê-lo assim, é algo com que não consigo lidar.
– Ei, está tudo bem, não fica assim, por favor! - Imploro erguendo sua cabeça e enxugando suas lágrimas.
– Me desculpe...é muito difícil! -Ele murmura e eu nego com a cabeça - Você não tem o que se desculpar. - Retruco firme. - Se quiser parar por aqui tudo bem. - Afirmo e ele nega com a cabeça.
– Não, estou bem. Vou te contar tudo.- Ele fala, respira fundo e contínua. - Um dia, eu cheguei da faculdade e ela me esperava sentada no sofá. Acabamos discutindo, ela tinha conhecido um cara e estava decidida a ir morar com ele, mas ele morava em Salvador, não permiti que ela levasse meu filho para longe de mim, discutimos por toda a noite, até que ela correu com o meu filho para o carro, estávamos ambos nervosos e ela saiu por aí, dirigindo. Fiquei angustiado pensando se ela realmente teria ido morar com o tal cara, mas não, eu não queria que ela o levasse para outro estado, mas acabei deixando que o levasse para sempre, eles sofreram um acidente e fui eu! EU MATEI MEU FILHO! -
Ele grita e cai no chão, fico sem reação, ele se culpa pelo acidente.
– Lucca, me escuta. Você não matou ninguém! Não é sua culpa! Por favor, olhe para mim. - Imploro me ajoelhando ao seu lado, mas nada. Ele continua lá, com a cabeça enterrada no tapete e socando o chão. - Lucca! Pare! Não faça isso, você não tem culpa. - Sussurro em seu ouvido. Não sei o que fazer, ele continua lá, e não atende aos meus chamados, estou ficando louca, não posso vê-lo assim e não fazer nada, sinto uma necessidade enorme de ajuda - lo.
Junto todas as minhas forças e consigo ergue - ló, sua expressão é te puro terror, ele me olha nos olhos e posso ver, ele está implorando por ajuda. Mas eu não sei o que fazer! Isso está acabando comigo!
– Lucca... - Sussurro e ele me olha novamente. Me aproximo de seu corpo e o envolvo em meus braços. Sinto toda a sua raiva, culpa, arrependimento em cima de mim. Ele me abraça forte, como seu eu fosse a única coisa que poderia o manter vivo. Massageio suas costas, beijo sua cabeça, sussurro coisas boas para ele, mas é difícil, ele se acalma aos poucos, bem aos poucos. Não tenho noção do tempo que estamos aqui, com certeza já se passaram mais de três horas, mas não me importa o horário, só me importa que ele fique bem.
Horas se passam e finalmente consigo ver uma melhora, ele parou de chorar e sua respiração está mais normal.
– Está mais calmo? – Pergunto calma e ele me encara
– Olha, me desculpa, eu não queria que você me visse assim, eu não...- Ele sussurra e eu o interrompo.
– Já te disse, não tem o porquê de se desculpar. Só me diga que está bem. – Falo firme e ele assente.
– Estou sim, mas eu ainda não terminei, ainda tenho coisas para falar... – O interrompo novamente.
– Não, pelo menos hoje não. É melhor você descansar um pouco. – Falo me levantando do chão e o chamando junto.
– É, acho melhor. Vou para o meu quarto. Já está tarde se quiser ficar aqui, tem quarto de hospede. – Ele explica esperando uma resposta minha.
Eu realmente não queria o deixar aqui sozinho, quase sedo a sua proposta, mas tem outro alguém em minha casa e ele eu não posso abandonar.
– Não, eu tenho que ir cuidar do meu pequeno. Mas você promete ficar bem? – Pergunto
– Prometo. Manda um abraço para ele e quando chegar me manda uma mensagem. – Ele fala já me abraçando e deposita um beijo em minha bochecha.
– Mando sim e qualquer coisa, me liga. – Digo já alcançando a porta e ele afirma com a cabeça.
Essa noite foi um verdadeiro turbilhão, fui embora com o coração na mão, mas não tinha outra opção. Chego em casa e já se passa da meia noite, mando a mensagem para Lucca e combinamos de nos encontrar quarta no sábado, estaria mentindo se dissesse que não estou ansiosa.
Dispenso Lara e peço mil desculpas pelo horário e como sempre ela é compreensiva. Subo as escadas e rumo para meu quarto, mas paro na porta do quarto de Lucca, entro me aconchego ao seu lado na cama, ele dorme tranquilamente eu fico fazendo carinho em sua cabeça, como será perder um filho? Não gosto de imaginar esse tipo de atrocidade, sem Lucca em minha vida eu enlouqueceria e acabaria me matando!
– Mamãe? – Ele pergunta sonolento e eu o encho de beijos.
– Dorme, meu amor. Vou ficar aqui com você. – Falo e ele sorri se aconchegando em meus braços.
– Te amo, vida minha. – Sussurro e novamente varo à noite.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Lucca...
Gostaram?!



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