I will never forget you. escrita por Lorena


Capítulo 28
Breathe and wait


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!
Espero que gostem!
Beijos!!!



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–Como assim você disse que gosta dele? - Perplexa me questiona Manu.

Por algum milagre divino, ela apareceu na porta da minha casa logo após Lucca sair irritado, eu estava ajoelhada no gramado, processando o que havia acabado de acontecer.

– Eu não sei tá legal! Eu amo ele, como nunca amei outra pessoa, mas não consigo dizer isso abertamente. - Explico colocando minhas mãos sobre meu rosto.

– Mas ele também foi precipitado, vocês nem estão juntos há tanto tempo.

– Eu sei, mas a relação que tínhamos é como se fosse de anos! Eu dava todos os sinais, sou uma idiota! – Exclamo enterrando minhas mãos na cabeça

– Amiga, você só está confusa. Melhor você pensar direito em tudo que está acontecendo. - Aconselha me olhando com sinceridade.

– Quem diria, você me dando conselhos amorosos. - Brinco e rimos ao mesmo tempo.

– Para você ver né.

– Acho melhor eu ir na casa dele amanhã.

– Acho melhor você ir visita-lo só quando estiver certeza do que está sentindo, e quando se sentir bem em contar para ele. - Aconselha novamente.

– Nossa, está me saindo melhor que a encomenda.

– É sério, vai que ele fica bravo e vocês briguem e estraguem tudo.

– Pois é, não seria bom para o meu pequeno.

– Isso, coloque seus pensamentos em ordem, depois fale com ele.

– Você com certeza deveria se tornar psicóloga.

– Psicólogas são muito calmas, preciso de agitação!

– Só você. Desculpa o incomodo, estava indo para aonde? - Pergunto me levantando do sofá.

– Para onde mais eu iria sexta de madrugada? - Pergunta retoricamente.

– Claro, aproveite a balada por mim. - Peço e ela me olha intrigada

– Você? Balada?

– Você entendeu, agora vai! - Ordeno abrindo a porta. - Não quero tomar mais o seu tempo.

– Você sabe que qualquer coisa é só chamar, certo?

– Sei. - Afirmo me despedindo.

Após a ida de Manu, fiquei meia hora deitada no chão da sala, fitando o teto e me recordando dos meus momentos com Lucca. Como pude ser tão trouxa a ponto de dispensá-lo assim? Não tive em mente que poderia fazer com que ele tivesse outro surto, eu não poderia nem ter deixado ele sair daqui tão irritado. Burra!

Estava tudo indo tão bem, tudo parecia estar perfeito, e a culpa é toda minha! Eu dei sinais de que eu o amava, e na hora eu falo que gosto dele? Eu realmente tenho algum problema!

Em meio ao caos que está minha cabeça, acabo por adormecer no chão gelado da sala.

– Sophia! - Clama alguém pelo meu nome. - Sophia!

Abro os olhos vagarosamente e me deparo com Lara, ajoelhada ao meu lado no chão. Meu Deus! Devo estar super atrasada!

– Meu Deus, que horas são? - Pergunto me levantando de supetão.

– Nove e dez. - Responde aliviada. - Pensei que tivesse passado mal.

– Não, estou bem. Mas agora tenho que correr para o hospital. Obrigada! - Digo gritando conforme corro para o andar de cima.

Me arrumei em tempo recorde e graças há dois maravilhosos minutos, não cheguei atrasada.

Não permiti que o ocorrido da noite anterior interferisse em meu trabalho, agi como se nada tivesse acontecido, ou ao menos tentei.

– O que aconteceu com você? - Pergunta Joana enquanto ajeito uns medicamentos.

– Como assim? - Me faço de desentendida querendo não tocar no assunto.

– Nem adianta, está toda séria, não vi um sequer sorriso aparecer no seu rosto. - Argumenta e me faz entender que não posso nem cogitar a ideia de virar atriz.

– Uns problemas aí. - Falo sem ânimo e me dirijo até a sala ao lado.

– Abre o bocão. - Peço para a menina sentada na maca à minha frente.

– É bom! - Exclama após deglutir todo o remédio.

– É sim, que tal descansar um pouco agora? - Pergunto e ela torce a cabeça fazendo careta.

– Você fica comigo um pouco? - Pergunta - Não gosto de dormir sozinha.

– Claro. - Respondo sabendo que não tenho mais ninguém para atender.

Fico um pouco ao lado da pequena menina por alguns minutos, minutos de silêncio e reflexão, que ao final faz com que eu solte lágrimas, que em segundos cobrem todo o meu rosto.

– Porque está chorando? - Pergunta a menina com a voz embargada por conta do sono.

– Nada não, está tudo bem. - Afirmo secando as lágrimas.

– Chorar por felicidade é bom, mas por tristeza não. Não adianta chorar pelo que deveria ter feito, mas sim agir. Chorar nunca te leva a lugar nenhum.

A menina me questão tem dez anos, e um tumor no cérebro. E pelo o que parece, tem mais maturidade do que eu para resolver as coisas.

– Meu Deus, você tem mais maturidade do que eu para resolver as coisas. - Admito

– Você só está confusa, tudo vai se resolver, eu tenho certeza. Dê tempo ao tempo. - Aconselha a pequena grande menina, assim voltando a dormir.

Dar tempo ao tempo, isso. As coisas estavam muito rápidas mesmo, talvez tudo isso tenha um proposito. E eu já posso senti - lo.

–**-

– Amor? Tudo bem? - Pergunto encostando o carro e atendendo a ligação que vem de casa.

– Tudo! Mamãe, você já está chegando?

– Tô sim, pequeno.

– Tá, te amo! Beijo.

– Também te amo. - Digo e quando estou prestes a desligar, escuto vozes na outra linha.

– Ela tá chegando, papai! - Afirma meu filho e em seguida a ligação é cortada.

Será que o Lucca quer me ver? Será que ele quer conversar? Me escutar?

Minha cabeça se enche de "se", e quando chego em casa, nenhum deles é real. Quando chego, apenas vejo Lucca saindo e arrancando com o carro, indo para o desconhecido. Ele definitivamente não quer nem olhar na minha cara. Como vou reverter isso? Não sei por quê é tão difícil assumir que eu também o amo. Isso deveria ser fácil, mas não é, principalmente para mim.

–**-

– Amor, pode ficar um pouco na sala enquanto a mamãe conversa com a tia Lu? - Pergunto e ele corre para o sofá.

– Sabe que isso tudo é psicológico, né? - Indaga Luísa

– Mas eu não vejo razão para isso, não sei porque é tão complicado. - Digo colocando as mãos no rosto, derrotada.

– Por conta de tudo que já aconteceu quando era mais nova, e também o incidente com o Miguel, isso são facetas do seu coração, para que assim não se machuque novamente. - Explica a especialista.

– Você e a Manu estão se saindo ótimas Claras para mim.

– Todas as amigas têm um pré curso em psicologia. - Explica e eu concordo.

– Acho que você deveria conversar com ele sobre o que está acontecendo, ele iria entender. - Aconselha

– É, é melhor eu tentar mesmo. – Murmuro fitando o chão - Obrigada, não sei o que seria de mim sem vocês!

– Não há de que, agora vamos? - Indaga levantando da cadeira e balançando as chaves do carro.

– Vamos, assim eu me distraio. Só deixa eu ligar para a Lara.

– Não precisa, lá tem uma ala para crianças, ele vai ficar bem entretido. - Afirma.

Saio com o meu carro logo atrás do dela, hoje é dia de comprar os vestidos para o casamento. O qual eu deveria ser madrinha ao lado de Lucca.

Paro com o carro em um beco meio deserto, como está de dia, não vejo problema algum em estacionar ali.

Tiro meu pequeno da cadeirinha e saio rumo a loja de vestidos, lá, onde achei que ia me distrair, mas acontece o contrário, passo o tempo inteiro pensando em Lucca, em como seria se um dia nos cassássemos, mas como sempre, estraguei tudo.

Notícias do mundo:

Estados Unidos decidem se juntar ao Iraque na luta contra o grupo estado islâmico após inúmeros cidadãos serem sequestrados e virarem


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Notas finais do capítulo

Capítulo meio parado, mas o próximo promete...