I will never forget you. escrita por Lorena


Capítulo 18
What gave these Men?


Notas iniciais do capítulo

Hey,
Obrigada pelos comentários, espero que gostem e comentem!
Beijos



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Uma semana se passou e muitas coisas aconteceram, eu terminei meu curso superior de enfermagem à distância, semana que vem subo de cargo! Lucca voltou ao trabalho, pois recebeu alta definitiva. Luísa está noiva. Meu filho passou a comer cenoura. E eu e Lucca estamos na mesma, quero dizer quase. Continuamos nos pegando escondidos por aí, parecemos dois adolescentes, por um lado bom e outro ruim. Mesmo depois de ele ter me agarrado no meio da cozinha, e termos decidido ajeitar as coisas, nada disso aconteceu. Ao mesmo tempo que acho que estamos preparados para dar um passo maior, vejo que não, as malditas dúvidas invadem minha mente a cada segundo e a maldita luz que normalmente aparece para mim, me dizendo o que fazer, não aparece agora!
– Sophia! - Sou acordada de todos esses pensamentos com o chamado de Rafael, padrinho do Lucca e amigo meu aqui do hospital.
Logo que entrei aqui, o conheci, ele me ensinou várias coisas e é um amigo para toda hora. Ele era o antigo enfermeiro chefe, saiu do cargo para ir ao Canadá, fazer um curso de aprimoramento. Isso já faz um ano, então fico surpresa em vê-lo aqui.
Quando eu estava grávida, ele me ajudou bastante. Foi ele quem estava comigo durante o rompimento da bolsa, foi um dia um tanto quanto engraçado, estávamos andados pelas loucas ruas de São Paulo – Eu, linda e maravilhosa com nove meses de gestação, me pergunto até hoje o que eu tinha na cabeça- quando senti um liquido escorrer por toda a extensão de minhas pernas, só sei que eu demorei a me tocar, e quando me toquei, tive uma enorme crise de risos. Ele ficou sem entender nada, e eu só sabia rir. Acho que finalmente tinha caído a ficha de que eu seria mãe. Depois foi toda uma correria e no final, ele quem me entregou Lucca, algo que nunca esquecerei.
– Rafa! – Exclamo pulando em seus braços e ele me acolhe calorosamente.
– Surpresa? – Ele pergunta me encarando e sorrindo abertamente.
– Claro, por que não me avisou que estava para chegar? – Indago enquanto nos dirigimos até o refeitório a nossa frente.
– Queria fazer surpresa. E aí, como anda a vida, e o Lucca? – Ele questiona.
– Está ótimo, você tem que ir lá em casa, vira e mexe ele pergunta de você. – Falo e ele sorri.
– Estou morrendo de saudade dele, deve estar enorme. - Ele fala animado.
– E como! - Respondo lembrando de meu pequeno espoletinha.
– Mas e aí, o que conta sobre esse último ano. - Ele questiona se aproximando mais. Bom, onde vou achar palavras para descrever os últimos acontecimentos?
– Muitas coisas aconteceram, nem sei por onde começar. - Falo sorrindo amarelo.
– Do começo talvez. - Ele fala rindo.
– Se lembra de uma história, que lhe contei há anos, sobre minha primeira paixonite? - Pergunto receosa.
– Lucca? - Indaga e eu concordo, fazendo com que ele me olhe curiosamente.
– Ele reapareceu. - Falo rápido e ele esbugalha os olhos.
Conto toda a história, claro que omito certas coisas, tais como seus surtos, que já nem existem mais.
– Então você deixou o moleque que te colocou no fundo do poço na adolescência assumir a paternidade do seu filho? – Ele pergunta incrédulo após eu desabafar tudo. Consigo ver a indignação em seus olhos.
– Olha, sei que parece loucura, mas ele está diferente, várias coisas aconteceram e estamos bem. – Oponho calmamente e ele nega com a cabeça.
– Você usou o Lucca só para conquistar o menininho chato de dez anos atrás? Francamente, Sophia! – Ele retruca sarcástico, e eu não me aguento, ele acha que eu vou deixar ele me chamar de interesseira assim? Ha, vai nessa!
– Olha, eu sei que você já me ajudou, e muito, na vida. Mas isso não lhe dá o direito de opinar em minhas decisões, e muito menos de me julgar de tal maneira! E se você achava ser meu amigo, ode ir esquecendo! Não mantenho amizade com pessoas que duvidem de minha integridade! – Esbravejo em sua cara e saio batendo o pé do refeitório.
Ok, exagerei! Mas a amiga chamada TPM interferiu um pouco, vou fazer o que? Não sei controlar meus hormônios!
Volto ao meu trabalho e me arrependo de minhas palavras, sabe realmente quem escuta essa história, acha tudo muito estranho, mas eu fiz isso pela felicidade do meu filho, não tinha a intenção de fazer com que uma relação surgisse entre nós, pois para mim ele só me via como amiga, mas aconteceu, o que eu posso fazer? Enquanto isso estiver me fazendo feliz, vou continuar. Então decido falar novamente com Rafael e me explicar melhor, sinto que estarei agindo de forma errada e certa no mesmo momento, mas me expressei mal, então preciso conversar melhor com ele.
– Rafa? – Murmuro receosa quando o vejo pelos corredores do hospital
– O que? – Ele pergunta seco e eu reviro os olhos.
– Podemos conversar? – Indago mexendo estupidamente minhas mãos e ele solta uma risada irônica. Não sabem como odeio isso.
– Achei que não éramos mais amigos.- Responde irônico e eu bufo.
– Que horas você vai para a casa? - Indago já irritada.
– Às duas. - Ele responde indiferente e eu concordo.
– Me encontre naquela lanchonete vinte e quatro horas. - Falo e quando ele concorda saio de cena.
Com ele tem que ser assim, sei que tem motivos, mas quando quer é mais orgulhoso que eu.
– Amor? - Questiono quando meu pequeno atende o telefone.
– Mamãe! - Lucca responde empolgado
– Tudo bem? - Pergunto enquanto coloco café no copo.
– Sim, tô assistindo Ben 10! - Ele fala agitado. Não larga esse desenho por nada.
– Seu pai está aí? - Pergunto e ele nada responde, apenas uma outra voz invade o telefone.
– Sophia? - Ele indaga e consigo imaginar seu maravilhoso sorriso.
– Oi, tudo bem? - Pergunto
– Tudo sim, vai chegar tarde? - Ele questiona.
– Pois é, estendi um plantão e um amigo meu apareceu, vou tomar um café com ele e depois vou embora, mas não passo das três. Se quiser pode ficar aí em casa. - Falo caminhando apressada pelos corredores com café na mão.
– Tá, tchau! - Ele fala seco e desliga. Pronto mais um.
Das dez às duas é um agito só, tenho que ter muita paciência trabalhando aqui, entendo a preocupação dos pais, mas eu faço tudo que está ao meu alcance!
Depois das duas e meia que as coisas se acalmam e eu consigo respirar. Arrumo uns prontuários e meu plantão acaba.
Me dirijo até a lanchonete e fico à espera de Rafa, encosto minha cabeça na janela e fico com meus pensamentos a mil. Penso em minha relação com Lucca, estamos agindo feito dois adolescentes, não está certo, isso pode acabar e estragar toda essa coisa que ele está tendo com o meu pequeno, nós precisamos sentar e conversar sobre isso, feito dois adultos.
Meus pensamentos são cortados com o sino da porta, que alega a chegada de mais um cliente, para meu alivio, Rafa.
– Diga. - Ele fala me encarando indiferente.
– Olha, queria me explicar. Não deveria ter explodido com você, mas fiquei irritada. Do jeito que você falou, deixou explicito que me achava uma interesseira, que usa o filho para conseguir um homem. E você me conhece, sabe que não sou assim. – Verbalizo terna e sua feição passa de irritado para culpado.
– Sim, me desculpe. Não soube da história por inteira e já fui te julgando, sinto muito, eu não tinha o direito. – Ele fala culpado e segura a minha mão. – E não precisa se explicar, também me expressei mal, e sei que você não usaria Lucca por algo tão fútil como um relacionamento. – Ele se explica e eu sorrio aliviada.
– Que bom que você ainda me conhece, confesso que fiquei com medo te perder sua amizade. – Exponho e ele nega com a cabeça.
– Nunca, foi só o calor do momento, me desculpa. - Ele pede novamente.
– Claro.- Respondo enquanto tomo um último gole de café. - Mas agora preciso ir, não esquece de passar lá em casa. - Falo séria e o abraço.
– Assim que tiver uma folga eu prometo ir. - Responde e eu assinto já saindo da lanchonete e indo em direção ao estacionamento.
Dirijo pelo centro de São Paulo ainda movimentado, essa cidade nunca para.
Depois de quarenta minutos eu chego em casa, estaciono meu carro e entro cuidadosamente para não acordar os dois. Largo minha bolsa no balcão da cozinha e me dirijo até a sala, dou um pulo quando me deparo com um ser sentado no sofá, olhando para o nada.
– Lucca? - Indago receosa e ele vira o rosto.
– Oi. - Ele responde seco e eu fico confusa.
– Tudo bem? - Pergunto me aproximando
– Tudo. - Responde me encarando. Que diabos aconteceu com ele?
– Perdeu o sono? - Questiono receosa
– Só estava te esperando para ir embora. - Ele fala se levantando e eu o acompanho.
– Está tarde, pode dormir aqui, tem um colchão extra lá no meu quarto. - Falo com a intenção de anima - lo.
– Não, prefiro ir. - Ele fala se dirigindo até a porta, passando reto por mim.
– O que está acontecendo? - Esbravejo na sua cara.
– Nada, só vou embora. - Ele fala começando a destrancar a porta e eu me coloco na sua frente.
– Você está estranho, está legal mesmo? - Pergunto compreensiva e ele fecha os olhos visivelmente nervoso.
– Não, eu fiquei essa noite inteira acordado preocupado com você, é nem se preocupou em me ligar e falar que ia atrasar! - Ele fala nervoso e eu o olho curiosa. Que diabos está acontecendo aqui?
– Me desculpa, eu tive que estender um pouco o plantão, e estava trânsito, não tinha como te ligar. - Explico calmamente.
– E você ficou o resto do tempo com o seu amigo? - Ele questiona curioso. Não, não é possível que isso seja ciúmes!
– Eu só tomei um café com ele, fique uns quarenta minutos no trânsito. - Explico sem levantar a voz, isso só iria piorar.
– Tudo bem, mas é melhor eu ir embora. - Ele fala mais calmo.
– Fica aqui, já está tarde. - Insisto me aproximando mais dele e o puxo para um beijo.
Sinto no beijo um que de urgência, ressentimento e amor. Será que estamos indo mesmo para um caminho mais sério? Mas não me permito pensar nisso agora, apenas aproveito o maciosidade de seus lábios, esse beijo acabou com toda a tensão anterior, fico feliz, espero realmente que possamos nos entender. Mas no momento, apenas aproveito a sensação boa que é estar próxima a ele.
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Escrevi uma one-shot , se puderem dar uma lida...
Link: https://fanfiction.com.br/historia/640773/My_only_hope/


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