Unfaithful escrita por Lara


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oiii Cupcakes ♥! Estou aqui com mais uma fic para vocês. Baseada na música Unfaithful da louca e diva Rihanna ♥, eu tive essa ideia enquanto lia a tradução dessa música. Bem, diferente do que vocês estão acostumados, eu fiz como casal principal Trish e Dez, mesmo havendo citações de Auslly, Trace e Darrie, o foco vai ser no meu casal mais estranho do muno *-*! Eu realmente espero que gostem e quero agradecer ao apoio da minha gêmea Lina, minha mamis diva Jade e a minha vaquinha mais chata do mundo Jooh. Boa Leitura...



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“Porque eu sei que ele sabe que eu sou infiel

E isso está matando-o por dentro

Por saber que eu sou feliz com qualquer outro cara

Eu consigo vê-lo morrer”

Unfaithful

֎

– Eu te amo.

O sussurro da mulher ecoa pelo quarto em sinal de seu ápice. O homem observa a esposa por alguns instantes. Ambos sabiam que suas palavras não passavam de declarações sem significado algum. Ambos sabiam que o amor existente naquela relação era apenas unilateral.

Jace levanta-se e caminha ao banheiro, sendo observado pelo o olhar inexpressível da esposa. O homem para de frente ao espelho e encara sua imagem refletiva, imaginando quanto tempo mais aguentaria a situação. Todos os seus esforços para recuperar o casamento eram em vão. Ele sabia, melhor que qualquer um, que seu matrimônio com a esposa estava destinado ao fracasso.

Trish levanta da cama e veste seu roupão. Seu marido sairia em menos de uma hora para o trabalho e como boa esposa que deveria ser, a mulher prepara seu café da manhã. A refeição se segue normalmente. Poucas palavras trocadas, nenhuma demonstração de afeto. Dois adultos que dividiam a mesma casa, a mesma cama por mais de dez anos, mas completos desconhecidos.

– Estou indo para o trabalho.

O homem anuncia, terminando de tomar seu café. Trish coloca sua xícara sobre a mesa e o observa atentamente por alguns instantes. A mulher se levanta e caminha até a bancada da cozinha americana e entrega a pasta, que continha diversos documentos dentro, ao marido. Com um falso sorriso gentil, Trish ergue o corpo e o beija.

As línguas se acariciavam, mas não havia romance, desejo, prazer. Jace amava a mulher, mas sabia que o sentimento não era reciproco. Aos olhos de qualquer outra pessoa, Trish era a esposa perfeita. Bonita, inteligente, elegante, excelente profissional e uma ótima companheira de cama, no entanto, o que ninguém imaginava era que Trish vivia uma relação extraconjugal.

– Tenha um bom dia.

Deseja Trish, acariciando o rosto do marido, assim que chega a porta de entrada da casa. Jace sorri e beija a testa da mulher, saindo em direção ao seu carro em seguida. A esposa observa por longos minutos o cenário, até que o carro do marido desaparece de seu campo de visão.

Trish entra e fecha a porta, encostando-se na mesma, enquanto desliza, calmamente, indo de encontro ao chão. Estava sendo difícil manter o teatro. Jace sabia, no entanto, continuava a atuar como a latina, parecendo esperar para ver até onde a farsa chegaria.

O telefone começa a tocar. Trish se levanta e anda até o aparelho. E sem emoção alguma, a mulher atende à ligação.

Trish.

A latina não consegue evita a surpresa ao ouvir a voz grossa e marcante de seu amante. Seu corpo se aquece apenas ao ouvir as palavras que mais pareciam melodias ao seu ouvido. O sorriso é inevitável, assim como o suspiro discreto de alívio.

– Dez.

Eu estava com saudades.

– Por que não me ligou antes?

O questionamento repleto de preocupação faz o ruivo suspirar cansado. Trish o conhecia bem para saber que algo havia acontecido. Sabendo que a conversa poderia demorar mais do que gostaria, a mulher se senta em seu confortável sofá e espera pacientemente pela resposta de seu amante.

Carrie está desconfiada. Descobri que ela colocou um detetive particular atrás de mim. Eu precisei permanecer distante. Sinto muito.

A mulher fecha os olhos e suspira. Ela odiava ficar longe do ruivo por tanto tempo. Dez encosta as costas na parede do telefone público e fecha os olhos, sentindo seu peito clamar pela mulher do outro lado da linha.

– O que iremos fazer?

A pergunta de Trish permanece no ar por alguns instantes. O que poderiam fazer? Não poderiam se separar de seus respectivos cônjuges, no entanto, jamais terminariam o romance irracional que viviam. Suas almas e corpos se completavam. Ficar longe um do outro era quase um sacrilégio.

Eu não posso ficar mais um dia sem você.

A declaração do amante faz o coração de Trish se aquecer. Ela entendia o desespero em sua voz. Entendia a dor que tais palavras carregavam. As cinco semanas que passaram separados fora como uma eternidade.

– Sabe onde me encontrar.

Dez sorri e desliga o telefone. Tentando manter a descrição, o homem deixa a cabine telefônica e caminha sem preocupação em direção ao seu carro, ciente que o carrapato contratado pela esposa continuava a segui-lo. Com a ansiedade e a saudade parecendo querer saltar de seu peito, o homem liga o carro, dirigindo com destino a escola de música de seus melhores amigos.

Trish sobe as escadas de sua casa às pressas. Sentindo-se como uma adolescente, a mulher abre seu closet à procura de sua melhor roupa. Indecisa, a latina joga-se sobre a cama, repleta de peças de roupa e encara o teto, sorrindo bobamente. Finalmente, ela mataria a saudade que suportou pelas últimas cinco semanas.

O celular da mulher começa a vibrar sobre a penteadeira. Com esforço, Trish se levanta e se espreguiça, sentindo seu corpo relaxar. A imagem e o nome de sua melhor amiga brilhavam na tela do celular.

– O que houve, Ally?

Por favor, me diga que não irá se encontrar com Dez.

Trish ri e volta a se jogar sobre sua cama. Sua melhor amiga, juntamente, com o marido, que também é o melhor amigo de seu amante, era uma das poucas pessoas que sabiam de seu caso com o ruivo.

– Qual o problema de eu me encontrar com ele?

Trish!

A repreensão da melhor amiga só faz Trish ri ainda mais. Ally sempre fora o tipo de mulher que condenava traição e mentiras. No entanto, mesmo sabendo do caso de seus melhores amigos que ia contra todos os seus princípios, a morena nunca interferiu no assunto.

– Você me ligou somente para me pedir para não me encontrar com ele?

Carrie me procurou agora a pouco, Trish.

– E daí? Ela é esposa do seu melhor amigo. Vocês sempre se encontram para conversar.

– Não sobre a desconfiança dela do marido estar tendo um caso com a minha melhor amiga. Tem noção do quanto eu me senti mal por ter que mentir para ela?

– Dez me contou sobre a desconfiança dela.

E você não está nenhum pouco preocupada?

Trish suspira, voltando a procurar pela roupa ideal. Entendia a preocupação de sua melhor amiga. Era loucura se envolver com o marido de uma das modelos mais requisitadas do mundo, mas o que fazer quando essa insanidade só tornava a relação ainda mais atraente.

– Eu o amo, Ally.

Eu sei. E isso me preocupa.

– Eu não vou desistir dele.

Allycia sabia que era inútil tentar abrir os olhos da melhor amiga. Trish não desistiria do romance com seu melhor amigo e vice-versa. Ambos estavam convencidos a continuar com essa loucura até o fim. A mulher suspira, tendo que concordar com as palavras de seu marido. Se a culpa de Dez e Trish por trair seus cônjuges não foi capaz de fazê-los mudar de ideia, por que Austin e Ally conseguiriam?

Tudo bem. Eu não vou dizer mais nada. Apenas me prometa tomar cuidado, Trish. Se Carrie tiver alguma prova de que você e Dez estão juntos, ela não será como Jace que aceita tudo calado e finge que não vê. Ela vai tentar destruir você e nós duas sabemos que ela tem poder suficiente para isso.

– Não se preocupe, Ally. Dez e eu ficaremos bem.

A ligação é encerrada. Trish encara o aparelho por alguns instantes, pensando nas palavras de Ally. A latina suspira e balança a cabeça, tentando espantar todos os pensamentos negativos que passavam por sua mente. Voltando a se concentrar em sua escolha.

Após tomar um demorado banho, arrumar os longos cabelos cacheados que Dez tanta ama, Trish coloca um vestido social preto e branco que vai até um pouco abaixo do joelho e um scarpin preto, além dos brincos, colar e pulseiras discretos. Simples, mas sexy. Era assim que a latina definia seu visual.

Saindo de casa, sabendo que estava atrasada para o trabalho, Trish coloca seus óculos de sol e segue em direção a escola de música na qual é sócia de sua melhor amiga e de Austin, marido de Ally e seu melhor amigo. Quando finalmente chega ao lugar, não demora a notar o Camaro vermelho de seu amante.

– Bom dia, sra. Devon. – Cumprimenta o porteiro da escola, com um sorriso simpático.

– Bom dia, Jonas. – A mulher lança o seu melhor sorriso e entra na grandiosa escola.

Trish cumprimenta alguns alunos e segue com ansiedade para o elevador que a levaria ao seu escritório. Seu coração batia descompassado. A cada minuto que se passava, era como se fosse mil anos. Ela mal conseguia esconder seu desejo de entrar na sala de seu melhor amigo e poder sentir o forte perfume masculino típico do cineasta.

O elevador finalmente chega ao último andar. Trish sorri para a secretária e segue para a sala de Austin, ansiosa para encontrar Dez. Desejava ter os lábios do amante sobre o seu. Queria sentir suas habilidosas mãos acariciando seu corpo sem pudor.

– Austin?

Ouvir a voz de Trish faz Dez abrir um sorriso imediatamente e ignorar o olhar repreendedor do melhor amigo. Ally observava a cena calada, desistindo de manifestar sua opinião.

– Entre, Trish. A porta está aberta.

Avisa Austin, caminhando em direção a esposa e sentando-se ao seu lado no pequeno sofá da sala. O loiro torcia muito pela felicidade dos amigos, mas assim como a esposa, sabia o quanto o envolvimento dos dois era arriscado. Não concordava com a infidelidade de ambos, no entanto, preferia não se meter.

Trish abre a porta da sala e retira os óculos de sol de seu rosto, guardando-os dentro de sua bolsa. Seus olhos brilham ao encontrar os olhos do amante sobre si. A mulher inspira, profundamente, controlando sua vontade de se jogar sobre o homem e o beijá-lo com luxúria. Devagar, ela se aproxima do homem e o abraça, sentindo seu coração se aquecer com aquele singelo toque.

– Você está linda. – Sussurra o homem, ao ouvido da latina.

Trish sorri agradecida e se afasta, encontrando os olhos inexpressivos de sua melhor amiga. Ao notar a preocupação da amiga, Ally abre um pequeno sorriso e se acomoda melhor nos braços do marido.

– Acho que já vou indo.

O anuncio do ruivo não surpreende nenhum dos três amigos. Todos sabiam que aquela frase era apenas uma fachada. Dez não iria a lugar nenhum. Não sem antes matar a saudade que sentia de sua amada.

Ele anda até o melhor amigo e o abraça em despedida. Ally se levanta e abraça o ruivo. Ela o solta e olha nos olhos azuis do melhor amigo, como se lesse sua alma. Dez espera paciente pela bronca da amiga, mas nada ocorreu nos instantes seguintes.

– Cuidado na volta.

A fala de Ally pega a todos desprevenido. A garota apenas sorri e volta a se sentar, lançando uma piscadela e, em seguida, um olhar desafiador a Trish, que ri e suspira, aliviada.

Dez sorri para Trish e a abraça novamente, antes de deixar a sala. Trish se senta no sofá a frente dos amigos e os encara por tempo indeterminado. Por fim, a latina suspira e sorri, sentindo-se mal por envolvê-los em sua insanidade.

– Eu sinto muito.

O sussurro da morena por pouco não é ouvido pelo casal a sua frente. Austin ergue uma das sobrancelhas, sem entender o motivo da desculpa. Ally suspira e balança a cabeça, negando. O arrependimento de Trish não mudaria a situação. Mesmo sabendo que as palavras de sua amiga eram sinceras, naquele momento, elas só passavam de palavras jogadas ao vento. Nada além disso.

– Já se passaram dez minutos.

Fala Ally, com seriedade. Prolongar um assunto que não teria fim não estavam em seus planos naquele dia. A recente gravidez havia afetado sua personalidade de maneiras extremas. A invejável paciência já não existia mais em Allycia Moon naquele momento. Tudo o que desejava era paz e tranquilidade.

Trish encara a amiga por alguns instantes e se levanta, sorrindo tristemente para o casal. Sem dizer mais nada e nem olhar para trás, a latina deixa a sala. Os corredores da escola de música se encontravam repleto de alunos, que sempre que viam a empresária, abriam largos sorrisos e a cumprimentavam.

Conhecida pela descoberta de inúmeros talentos mundiais, Trish sabia bem que a simpatia dos alunos consigo era somente uma maneira de acariciar seu ego, na tentativa de conquistar a atenção da mulher ao ponto de ser sua mais nova descoberta.

Ignorando a atenção que era recebida, Trish segue em direção a biblioteca principal da escola, no entanto, enquanto caminhava desatenta a tudo ao seu redor, a mulher é puxada para dentro de uma sala e sua boca é tampada. Assustada, a latina começa a se debater, tentando se soltar de quem quer que a estivesse segurando.

– Trish, fique quieta.

O sussurro carregado de divertimento faz a mulher se acalmar. Ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Ainda mais irritada pelo susto, a latina começa a bater em seu amante, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

– Qual é o seu problema? Você me assustou, seu idiota. Sabe o quanto eu odeio isso e...

Antes que Trish continuasse seu discurso, Dez puxa a morena pela nuca e a beija com paixão. A saudade os dominava. Foram cinco semanas de puro tormento. Precisavam se tocar e sentir que seus corpos ainda se pertenciam.

Eles não se importavam por estar na sala de documentos da escola. Não estavam preocupados com a possiblidade de alguém encontrá-los naquele lugar. Tudo o que realmente ocupava suas mentes era o desejo de matar a saudade e deixar-se consumir pelo prazer.

Sedento por mais contato corporal, Dez contornava as curvas da mulher em seus braços com suas ágeis mãos. Trish sentia seu corpo em chamas, enquanto o prazer a invadir cada vez mais. Entre tropeços e batida nas prateleiras, o casal de amantes anda pela sala até irem de encontro a uma parede.

– Dez...

O murmúrio de Trish ao sentir os lábios do amante sobre seu pescoço enlouquece ainda mais o ruivo. As hábeis mãos de Dez dividiam-se entre acariciar as áreas mais sensíveis do corpo da mulher e tentar abaixar o zíper do vestido, enquanto a latina desabotoava com pressa os botões da camisa social do cineasta.

Ao se verem livre das peças que os incomodavam e dos sapatos, o casal volta a se beijar, sôfregos. Trish era pressionada contra a superfície gélida da parede pelo corpo quente de Dez, causando um delicioso choque térmico.

– Trish...eu...senti tanto a sua falta.

Sussurra Dez, ao ouvido da mulher, mordiscando o lóbulo da orelha da latina e a fazendo suspirar em êxtase. O homem traçava um caminho perigoso de beijos desde os lábios aos seios. Trish puxava o cabelo ruivo do amante, comandando suas ações, sussurrando e suspirando cada vez mais.

E quando seus corpos se conectam de forma lascívia, o resto da razão existente em ambos desaparece por completo, sando lugar somente ao erotismo e a concupiscência. A insanidade os controlavam e se misturava a paixão e ao desejo que sentiam.

Suas ações eram meramente instintivas. Como animais guiados somente pelo prazer e pela satisfação carnal. Suas almas estavam ligadas de maneira única. A cada toque, beijo, suspiro e declaração enalteciam ainda mais o amor que ambos sentiam.

– Eu te amo.

As palavras de Trish, após chegar ao seu ápice, daquela vez, eram verdadeiras. Dez sorri e olha com carinho para a mulher em seus braços. Ele não conseguia medir o tamanho de seu amor por Trish, tanto que era capaz de ir contra seus princípios sobre traição somente para a ter, nem mesmo que fosse, por algumas horas.

O casal não disse mais nada, mas ambos sabiam o que se passava na mente um do outro. O sentimento de culpa, por mais que quisessem ignorar, ainda os assombravam. Não tanto por Carrie, a esposa manipuladora e psicopata, mas sim por Jace. Trish não conseguia parar de pensar no sofrimento que estava causando ao homem, que não merecia de maneira alguma as suas ações.

Ela sabia. Trish sabia muito bem que não tinha direito algum de criticar Carrie. Não importasse de que ângulo observasse a situação, ela era a vadia da história. A mulher podre que traia o marido e levava o homem que amava a trair sua esposa.

O celular da mulher passa a tocar dentro de sua bolsa, que estava em jogada em um canto qualquer daquela sala. Separando-se dos aconchegantes braços de seu amante, Trish começa a vestir suas roupas, sendo observada com atenção pelo belo homem à sua frente.

– Não vai atender?

Pergunta Dez, vestindo sua calça, incomodado pelo extravagante toque de celular. Trish olha para o ruivo, sem demonstrar qualquer sentimento e volta a se concentrar em vestir seu vestido e arrumar seus longos cabelos. Sentindo o olhar questionador do amante a incomodar, a mulher suspira e volta a encará-lo.

– Jace é quem está me ligando.

– Como você sabe?

Trish para o que estava fazendo e pega sua bolsa que estava próxima de si. Ela abre a peça e pega seu celular que tocava escandalosamente. Suspirando, cansada, ela estende o aparelho e mostra para o homem o visor do celular, que brilhava intensamente, exibindo o nome Jace.

– Oi querido.

A mulher pega o aparelho e atende à ligação. Ela ouve o marido suspirar do outro lado da linha, sabendo bem de quem a esposa estava acompanhada. Jace não precisava estar por perto para saber. Ele sentia através da frieza presente na voz da mulher, que ela não estava sozinha.

– Os Thompson irão realizar um jantar beneficente hoje à noite. Eles nos convidaram e não aceitaram um não como resposta. Você tem algum compromisso...

– Podemos ir.

Trish interrompe o marido, sorrindo discretamente. Jace fecha os olhos e encosta seu corpo por completo na cadeira de seu escritório. Ele sabia que Trish aceitara o convite somente por um motivo: a culpa.

Em menos de uma semana completariam onze anos de casados e mais de um ano que a esposa vem se envolvendo com o amigo de infância da latina. Ter ciência do fato matava Jace por dentro cada vez mais. Como poderia continuar com essa loucura, sabendo que estava perdendo uma parte de si gradativamente?

Do outro lado da cidade, Trish terminava de se arrumar, ouvindo a respiração pesada do marido. Muito mais que infiel, Trish se considerava uma assassina. O homem, no qual compartilhava a mesma cama a quase onze anos, não se parecia nada com o rapaz alegre e brincalhão de anos atrás. E desde então tudo mudou tanto em Trish quanto em Jace e Dez. Três pessoas ligadas por uma história infeliz e suja.

– Tudo bem. Que horas você irá sair da escola hoje?

Diz o homem, após um outro suspiro. Trish encosta-se em uma das prateleiras lotada de documentos de alunos e papeladas sobre a escola, sendo observada por um olhar questionador de seu amante. Dez calçava seus sapatos, imaginando o que Jace estava dizendo a esposa para que a mesma contivesse a expressão pesarosa.

– Por volta das seis.

Responde Trish, com a mente perdida em lembranças não tão distantes. Dez se aproxima da amanta e a envolve em um caloroso abraço. Ele sentia que ela precisava disso mais do que nunca.

– Ótimo. O jantar começa as sete e meia. Estarei em casa por volta das seis e quarenta.

– Certo. Estarei o esperando.

E sem aviso prévio, Jace desliga o celular, sentindo um gosto amargo em sua boca. Era difícil aceitar a situação e tudo se tornava ainda pior quando estava ciente da presença do ruivo ao lado da esposa. As mentiras e os sorrisos falsos de Trish o incomodava. A esposa não conseguia ser verdadeira consigo.

Trish observa seu celular por alguns instantes e abraça o amante em busca de consolo e um pouco mais do calor contido naqueles braços que tanto amava. Dez aperta a latina com ainda mais força contra si.

– Eu preciso voltar ao trabalho.

Sussurra Trish, fechando os olhos com força. Queria passar o dia ao lado do homem, mas sabia que isso não seria possível. Sua agenda repleta de compromissos para o dia a esperava. Dez beija a testa da amante e se afasta.

– Eu também preciso ir. Tenho um projeto para entregar a um dos meus patrocinadores e me livrar de um maldito detetive que está me seguido desde cedo.

Trish ri e balança a cabeça concordando. Apesar de entender a situação complicada que estava e que a esposa o mataria se tivesse provas da traição, Dez agia como se ter um detetive particular o seguindo fosse apenas algo incomodo, completamente diferente da reação de outros homens que traem suas esposas e descobrem sobre sua desconfiança.

– Nos vemos amanhã?

Pergunta a mulher, o olhando com carinho. Dez sorri e concorda, balançando a cabeça. Ele se aproxima da amante e beija seus lábios com amor e quase adoração. Havia sido maravilhoso matar a saudade que sentia da latina e era até difícil dizer adeus, mesmo sabendo que se encontrariam no dia seguinte.

– Eu te amo, Trish.

– Eu também te amo, Dez.

Após trocarem mais um beijo apaixonado, o casal se separa e, tomando cuidado para não serem vistos por ninguém, ambos deixam a sala, cada um seguindo seu caminho e agindo como se nada tivesse acontecido. Qualquer um que os observasse jamais notaria que por detrás da face gentil e sorriso simpático, havia dois seres, completamente, infiéis.

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Notas finais do capítulo

Unfaithful: https://www.youtube.com/watch?v=mqu2CFOHcGYVestido social: http://i1378.photobucket.com/albums/ah115/fernada31/image.jpg1_zpswyhtyj37.jpgScarpin: http://i1127.photobucket.com/albums/l630/larissa3010/scarpin_zpsrqal82wc.jpgoOoO que acharam, pessoal? Críticas? Elogios? Estou bem curiosa quanto a reação de vocês. Eu realmente espero que tenham gostado e estou esperando ansiosa pelos comentários, meus amores. #DeixemAAutoraFeliz kk!! Até mais, Cupcakes ♥



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