The value escrita por Vetalla


Capítulo 4
Sangel




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Mangá Zone é uma loja que foi construída especialmente para os amantes de mangás, apesar de morarmos em Detroit a cidade do rock, a um bom público que curte quadrinhos japonês, ultimamente – Na verdade desde do dia que me deram a Daiki – Não tenho funcionários para me ajudar.

– Parece que o anúncio que coloquei não chamou muita atenção. Disse depressivo. Mesmo não tendo muita ajuda, gosto de trabalhar na mangá zone, por sinal eu também sou amante de mangás.

Assim que terminei de atender um cliente olhei para o meu relógio de pulso e nem percebi que já eram 17h.

– Daiki vai me matar – Falei bufando. Arrumei a loja o mais rápido que pude e comecei a abaixar a grade de fora da loja quando alguém esbarrou em mim e me fez derrubar as chaves.

– Sinto muito – Disse ofegante.

– Olha por onde anda – Respondi estressado – Eu to muito atra... – Continuei mais minhas palavras sumiram quando eu a olhei. Era a mulher mais bonita que já tinha visto.

– Eu sinto muito mesmo, eu estava do outro lado da esquina quando eu vi o seu anuncio – Ela pega minhas chaves, se levanta e continua – Mas eu cheguei atrasada demais, não é? Já esta fechando a loja.

– Ah... – Tentei falar sem gaguejar – Tudo bem, não se preocupe com isso, você ficou interessada no meu anuncio? – Não imagina – minha mente respondeu por ela.

– Sim, por favor me deixe trabalhar aqui? – ela segura minhas mãos e olha fixamente para mim. Fiquei sem jeito, seus olhos azuis brilhavam cada vez mais, me fazia lembrar minha filha.

– Minha filha – olhei meu relógio – 17h43? Ela com certeza vai me matar – Disse quase chorando.

– Pode vir comigo? Preciso pegar minha filha agora, a gente vai conversando no caminho, tudo bem? Ela faz um sinal de sim com a cabeça e dá um sorriso esperançoso – Como ela é linda – Tentei não olhar para não ficar ruborizado e abri a porta para ela e fomos até Delavega.

– Como se chama? – Perguntei curioso

– Sangel e o seu é Koji né? – Respondeu dando um risadinha

– Como sabe meu nome? – Disse impressionado

– Você esqueceu de tirar seu crachá – E ela soltou um sorriso irresistível

– Ah... – Não deu para esconder minha vergonha. Ela riu e conversamos durante o caminho, quando peguei a Dai na faculdade deu para ver sua carinha de raiva, mas assim que ela viu que estava com alguém – uma mulher muito linda – Ela mudou sua expressão de raiva para um sorriso malicioso – pelo menos não estava com zangada – Suspirei de alivio. Passamos por uma esquina perto de nossa casa quando Sangel se desencostou do banco.

– Pode parar aqui? É perto da minha casa, dá para ir andando – me deu um sorriso confiante.

– Ta bom, mas tem certeza?, posso leva-la até sua casa. – lhe responde com insegurança.

– Tudo bem, sou durona, mesmo que não pareça, até amanhã... chefe – Ela sai, fecha a porta e manda um “tchauzinho” para a Dai e ela o corresponde de volta – até amanha, não me atrasarei – continuou.

– Até – Lhe responde esperançoso e me escapou um sorriso. Há caminho de casa Daiki ficou me chateando falando varias vezes “ta namorando!” como uma criancinha, mas não me deixou emburrado.

– Essa é minha punição por me atrasar? – Disse Sorrindo

– Sim. Mas não estou chateada com você, to feliz que encontrou uma funcionária, ela com certeza vai te trazer mais clientes e também... nunca vi você tão feliz assim. Por um lado, ela tinha razão estava me sentindo bem, como se um peso sobre mim sumisse.

– Amanhã não irei me atrasar de novo.

– Ta bom pai, agora vamos logo to morrendo de fome!

Voltamos para casa aos risos e pela primeira vez ao dormir eu tive um sonho bom.


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