Quem sabe então assim ? escrita por DCAlexanderRizzles


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ... hoje só vou agradecer mais uma vez a quem chegou até aqui.Não sei se tá tão difícil pra vocês esperarem como está para mim escrever novos capítulos ,de verdade , estou morrendo de medo de desapontá-los , mas juro , estou me esforçando ao máximo para que isso não aconteça . Enfim , desejem -me criatividade para criar sobre um fim já estabelecido há tanto tempo , quando não existiam vocês ,meus queridos leitores .



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Maura deveria ter recebido os documentos que aguardava há cerca de duas horas atrás, mas só agora o oficial os trouxera. Havia acontecido um acidente o que dificultara o tráfego consideravelmente. Maura vai até a porta e se espanta ao ver que o oficial que lhe entregaria tais documentos era Frankie.

Hey, Frankie, o que faz aqui ?

–Me encarregaram de entregar-lhes esses documentos em suas mãos, e mais, que você assine esses protocolos para que o oficial que os trouxe até mim, o entreguem diretamente ao governador. O que tem de tão importante nesses envelopes? -Pergunta Frankie não contendo a curiosidade.

–Meu possível futuro! –Responde ela parecendo aflita com o que acabara de dizer.

–Como assim?

–Não tem muito o que dizer Frankie, meu futuro está aqui, mas será oficialmente entregue à quem vai decidi-lo pelas próximas horas.

–Deixa, vou saciar minha curiosidade com a Jane, ela saberá me explicar o que você quer dizer com essas paráb...-Mas é interrompido por Maura.

–Não Frankie, Jane não pode saber desse envelope. Me dá sua palavra que não vai contar?

–Tudo bem, se você diz, assim será, pode ficar tranquila, não direi uma palavra.A propósito, aonde está aquela maluca, Frost e Korsack falaram que ela saiu ainda pela manhã, do departamento e até agora não voltou.

–Eu falei com ela por texto, ela estava na estrada, disse que estava com problemas, mas eu disse que precisava ter uma conversa com ela e combinamos de ela vir jantar comigo, logo mais, às 20 horas.

–Então tudo bem, seu futuro está entregue, protocolos assinados, logo estarão em mãos do governador.

–Obrigada Frankie. Agora se você me der licença, vou começar a adiantar o jantar, logo , logo serão 20 horas , e tudo que eu mais quero é que esse dia acabe , melhor , que acabe bem e eu não tenha que apelar para o meu possível futuro no envelope .

Maura segue para a cozinha onde prepara uma massa, e em sua adega escolhe o vinho que mais combina com ela cerifica-se de que na geladeira tem também a cerveja de Jane.

Se assusta ao notar que já são quase 19 horas, e se apressa para o banho.

Maura está tensa e para relaxar, tomará um banho de banheira, com alguns sais. Ela escolhe uma play list em seu ipod, e conecta –o ao seu doc station, que fica num aparador, ao lado da banheira.

A música escolhida para a ocasião, era uma tipicamente brasileira. A intérprete, cantava com tanto sentimento, que ela podia jurar que a música era um registro de sua dor, apesar de não conhecer a língua portuguesa tão bem quanto conhecia o latim, ela sabia o que dizia a letra e gostava do que ouvia, às vezes, até arriscava algumas notas ....

... Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz...

Maura, sai do banho revigorada, sabe que a conversa com Jane é inadiável, e incerta do que virá a seguir, ela sai e após aplicar cremes hidratantes por toda a extensão de seu corpo , ela coloca a roupa que escolhera para a noite, um vestido vermelho , de bandagens , tomara que caia, acompanhado de uma jaqueta de couro preta ,com pouco cumprimento, descobrindo seu quadril muito bem marcado pela peça justa ao seu corpo .A peça parecia apropriada para a ocasião , mesclava entre o sexy e o casual, ela senta-se em sua cama e calça sandálias pretas , com saltos finos e delicados, que dava o ar de sofisticação ao figurino. Após uma maquiagem básica, ainda tentando esconder os efeitos da noite anterior e uma quantidade moderada de seu perfume preferido, Maura dirige-se à sala, onde espera por Jane que deveria chegar nos próximos minutos, faltavam pouco mais de cinco minutos para às 20 horas. E ansiedade ao passo que via a hora se aproximar, aumentava a cada instante, assim como a vontade de pôr fim à aquele tormento.

Mas o tormento ainda se estendera por mais de 2 horas, já passavam da 22:30 pm, quando Maura enfim se conformou que Jane não iria ao seu encontro.

Maura decide tirar à mesa. E pegando apenas a garrafa de vinho e uma taça enfim volta para a sala, onde senta-se no carpete felpudo onde por muitas vezes, deitara com Jane enquanto viam algo na tevê.

Maura divaga em pensamentos e perde as contas de quantas taças tomara. A tristeza que a abate é visível, ela busca forças, e tenta se levantar, mas ao fazer isso bate com sua coxa esquerda no sofá, fazendo-a entornar sobre ela o restante de vinho que ali estava.

Ao ver sua roupa encharcada de vinho, é impossível não se lembrar da última vez que tomara um banho de vinho.

Maura tenta espantar os pensamentos que é quase certo, que só a fariam sofrer ainda mais.

Maura decide tomar um banho, para tirar o cheiro de vinho.

Já na banheira, agora sem música, Maura não hesita em tocar seu corpo de maneira sensual, ao lembrar das sensações que a respiração de Jane contra seu baixo ventre lhe despertara. Maura atinge o clímax, ao lembrar com precisão, de uma gota de suor solitária, que percorria sem pudor o colo bronzeado de Jane. Suor esse, que ela sabia ter sido a responsável por sua produção, e que até hoje, ela sente o cheiro dessas gotas de suor que estão impregnadas no tecido de algodão que Jane usara para se enxugar, abandonando-a em seguida sobre sua mesa de centro, e que fora sua companhia desde então.

Ainda devastada por mais uma vez ter sido deixada a ver navios por Jane, e por saber que essa, será mais uma noite difícil para ela.

Como faz em todas as noites, Maura aplica seus cremes hidratantes pelo corpo e após alguns minutos, retira o robe que usara ao sair do banheiro e deita-se, sem roupa nenhuma, como sempre fazia, exceto nas noites que Jane dormia em sua casa, dispensando o quarto de hóspedes e dormindo quase sempre ao lado dela.

Acomodando-se sob os edredons, ajusta a temperatura do ar refrigerado.

As lembranças lhe causavam um misto de sensações.

Passando pela dor da rejeição até excitação.

Maura lembrava de como vivia antes, e como sua vida fazia mais sentido depois de Jane nela.

Ela chorava, pois a cada segundo ela tinha ainda mais certeza que a amizade de Jane não lhe bastava mais.

Ela não poderia conviver com a ideia de Jane nos braços de outro homem, aliás, de ninguém que não fosse ela.

Maura verifica o celular.

–Droga! Nem ao menos uma mensagem com uma desculpa qualquer, ela foi capaz de me enviar.

Maura se vira na cama, e abraçando a camiseta, que junto do suor e do cheiro de Jane, já haviam sido acrescentadas suas lágrimas, agarra-a, cravando suas unhas nelas, levando –a para junto de seu rosto.

Maura desata a chorar mais uma vez. Chorava copiosamente, quando não tinha lembranças de já ter chorado assim antes, por nada, e tão pouco por alguém. Nem mesmo quando Ian a abandonou, e seguiu viajando pelo mundo, para viver em condições deploráveis, em prol de outros, deixando-a entregue à solidão, ela chorou assim, ela sofreu assim.

Maura chorava, chorava, e chorava, nem ao menos vira a hora passar.

E como passaram, o relógio marcava então pouco além das duas da manhã.

Ela chorou por quase 3 horas, estava exausta. Estava esgotada, estava decidida a pôr um fim em tudo isso.

Motivada pela dor da rejeição, e pela incerteza,que Jane lhe causara essa noite ,Maura toma uma difícil decisão....


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Notas finais do capítulo

Que decisão terá sido essa ? Será que no próximo vocês saberão , ou eu manterei o padrão intercalando as cenas ? Hã ? Te vejo no próximo ? Espero que sim , mas se não , quero que saiba que foi agradável para mim tê-lo aqui .Bjos :*