Terapia do Amor escrita por Diinda


Capítulo 4
A Descoberta


Notas iniciais do capítulo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/63052/chapter/4

... Não sei quase nada de você ...


Capitulo III – A descoberta.


Rin pensou que ia ter um ataque... De fúria.

 

Irritante.

 

Era essa a definição dele. O homem mais irritante e arrogante que Rin já conhecera. Tinha vontade de deixá-lo com fome, mas fazia algumas horas que ele não comia e com certeza ia passar mal, visto que estava com febre. ' Baka' pensou. Serviu o jantar aos demais e depois de certificasse que estava tudo bem, despediu-se da tia Kaede e foi levar-lhe a refeição.


- Senhor. – chamou Rin à porta do quarto. – O seu jantar.


- Pode entrar. – respondeu ele.


- Aqui está, bom apetite. – disse secamente preparando-se para sair. As luzes estavam apagadas.


- Rin. – havia algo diferente em sua voz. – Você ainda está ai?


- Sim. – respondeu.


- Pode ficar comigo um pouco?

 

Rin arregalou os olhos. Carência?

 

- O que disse senhor? Sente-se bem? – ela perguntou pondo a mão em sua testa estava muito quente. – Oh, sua febre está aumentando. Volto já.


- Não vá Rin.


- Eu volto, eu prometo. – Rin desceu as escadas correndo atravessou o gramado e entrou em casa, onde estava mesmo o termômetro? No quarto de Lily, retornou a casa grande, apanhou o termômetro, voltou ao quarto de Sesshoumaru e acendeu as luzes.

 

Conferiu sua temperatura, 38°.


- Coma um pouco senhor... – ela parou e franziu a testa – Como se chama mesmo?


Ele franziu a testa. Ela deu de ombros.


- Certo, então pelo menos coma para que eu possa lhe dar um analgésico.


- Não estou com fome.

 

Rin levantou a tampa do prato e o cheiro da comida espalhou-se pelo quarto.

 

- Talvez, eu esteja um pouco faminto. – ele começou a comer calmamente, fechou os olhos.

 

Longos minutos se passaram, Rin apenas olhava pela janela, não tinha vontade de falar. Não com ele.

 

- Não beba tudo ainda, tome esse analgésico. – disse ela enquanto ele bebia o suco.

 

Sesshoumaru parou, observou-a por um tempo e então obedeceu. Tomou o remédio e recostou-se novamente fechando os olhos.

 

- Posso lhe fazer somente mais uma pergunta? – perguntou Rin temerosa.


- Certo, só uma e eu não garanto te responder.


- Por que tanto dorme? – perguntou ela.

 

Ele abriu os olhos dourados olhando nos dela, seu cabelo negro, sua pele clara, seu corpo delicado, os olhos castanhos.


- Diga-me Rin, quantos anos têm? – perguntou.


- Vinte e dois. – respondeu ela.

 

Ele continuou a pensar. ' Parece que tem 18 '. Rin apanhou a bandeja e deixou a maçã no criado-mudo perto da cama.

 

- Boa noite senhor. – encaminhou-se para porta.


- Durmo por causa dos remédios, são fortes demais. – ele apenas respondeu. – Rin?


- Sim? – disse ainda a porta.


- Tashio, Sesshoumaru Tashio.

 

Ela acenou com a cabeça e saiu, no momento em que a mãe chegava do hospital.

 

- O que estava fazendo ai dentro? – perguntou a mãe.


- O senhor Tashio estava com febre pediu-me que servisse sua comida no quarto.


- Ele está melhor?


- Pelo menos se alimentou, dei-lhe um analgésico. Como está a Lily? – perguntou na cozinha enquanto serviam-se do jantar.


- Melhorando, os médicos disseram que poderá ter alta em dois ou três dias. Onde está Sango?


- Foi dormir na casa da tia Kaede.


- Vai se arrepender. – riu gostosamente Maeda. – Sua tia vai acordá-la tão cedo que vai dormir a tarde toda amanhã.

 

Conversaram mais alguns momentos e foram dormir.

 

Na manhã seguinte Rin acordou sem pressa, não tinha que ajudar Sango essa manhã. Acordou mais tarde, tomou um banho demorado e vestiu um vestido azul simples, prendendo o cabelo num rabo de cavalo alto, soltando a franja. Então voltou a sua rotina.

 

- Bom dia mãe.


- Demorou hoje hein...


- É que hoje não tinha que arrumar a Sango, nem levá-la a escola. Precisa de ajuda?


- Sim, veja aqueles pães no forno. Pode levá-los para mesa?

 

Rin arrumou a mesa do café da manhã, com as primeiras flores do seu jardim. Também fez pequenos ramalhetes, um para cada quarto de hóspede. Logo depois do café, no qual sentiu a falta de Sesshoumaru, estava na hora de percorrer cada quarto. Era dia de trocar os lençóis e toalhas.

 

- Bom dia Rin.


- Bom dia Kohaku, que bom que chegou. Hoje é seu dia de voluntário não é?


- É sim, já esqueceu. O que posso fazer para ajudar?


- Veja com mamãe na cozinha, eu vou trocar os lençóis, ela deve estar precisando de ajuda com o almoço. – ela começou a subir as escadas.


- Espera Rin, eu estava pensando. Quer sair hoje comigo? Você passa tanto tempo aqui que quase nem se diverte, vamos ao cinema hoje.

Rin hesitou, não tinha vontade de ir.


- Vamos Rin, vai ser legal.


- Certo. – disse por fim.


- Então pego você as 19:00 hr.

 

Ela subiu e começou a trocar as roupas de cama e banho, deixou o quarto de Sesshoumaru por último, no caso dele ainda não ter acordado. Bateu na porta, mais uma vez ele não respondeu, bateu outra vez, nada. E como da outra vez abriu uma pequena parte e entrou, estava vazio. Onde será que ele havia ido? Retirou os lençóis usados, impregnados do seu perfume, as tolhas e arrumou tudo novamente. Abriu as janelas e cortinas para que o sol entrasse. Depositou o pequeno ramalhete num jarro. Apanhou o travesseiro trocou as fronhas e sem mais se conter apertou contra o rosto. Absorvendo aquele cheiro tão bom e colocou-o no lugar.

 

- O que faz no meu quarto? – perguntou ele de repente, Rin deixou os lençóis cair no chão.


- Podia tentar não me assustar? Vim trocar sua roupa de cama, fazemos isso a casa três dias. – respondeu. – Está melhor?


- Sim, obrigado. – respondeu ele.


- Está com fome?


- Já lhe disse que faz perguntas demais? – perguntou ele parecendo cansado e sentando-se a cama. – Sua mãe acabou de me servir o café. – remexeu o pescoço, esticou os braços, deitou-se. – Há algum parque nessa cidade onde eu possa fazer caminhada?


- Sim, o parque municipal.


- Pode me levar até lá?


- Sim, quando o senhor quiser.


- Errado. – disse ele – Quando eu acordar. – virou-se, bocejou e parecia dormir.

 

Rin deixou silenciosamente o quarto, voltou a suas atividades. O almoço foi servido e pela primeira vez Sesshoumaru estava presente, sentou-se na ponta mais distante da mesa e comeu sem participar das conversas. Voltou ao quarto.

 

' Vai dormir' Supôs Rin. Mas a tarde seguiu-se indo buscar Sango, fazendo as atividades, correndo no jardim sob o sol. Rin promoveu uma tarde de pintura com cavaletes no jardim, propôs que todos pintassem o que quisessem. As 16:30 hr Sesshoumaru chamou-a.

 

- Sim senhor Tashio. – respondeu ela gritando para ele na janela do quarto do andar de cima. Estava um pouco suja e desalinhada, uma das alças do vestido deslizava do seu braço.


- Podemos ir agora? – perguntou ele observando-a por completo.


- Sim, eu vou tomar um banho pode me esperar na sala?- ela perguntou, ele acenou positivamente.

 

- Aonde vai com o homem de gelo Rin? – perguntou-lhe Sango enquanto iam para casa.


- Vou levá-lo até o Parque Municipal.


- Vocês têm um encontro?


- De onde você tirou isso mocinha? – Rin estava sem graça.


- A irmã da Takashi lá da sala sempre tem encontros.


- Não vou a encontro nenhum. Vou apenas lhe fazer um favor.


- De quem estão falando? – perguntou Maeda entrando na casa.


- A Rin vai sair com o homem de gelo. – respondeu Sango.


- Não é nada disso mãe. Ele apenas me perguntou onde poderia fazer caminhadas e me pediu que o acompanhasse até o Parque Municipal.


- Sei... Sango onde se sujou assim? Rin, você também.


- Estávamos molhando o jardim, ou nos molhando. – sorriu Rin – Eu vou me arrumar, acho que já perceberam que ele não tem um bom humor.

 

- Rin, eu posso ir também? – perguntou Sango.


- Não senhora, não vai sair e ficar pela rua. Vai fazer a lição e dormir cedo. – disse Maeda.


- Não é justo, a Rin vai.


- Mas você não é a Rin. E Vá tomar banho logo com ela.

 

As duas subiram e Rin demorou mais do que previra. Arrumou Sango e depois, demorou a pentear-se, a vestir-se, estava repentinamente nervosa. Vestiu uma bermuda jeans, uma camiseta rosa, calçou sandálias rasteiras e deixou o cabelo solto.

 

- Rin, são 18:15 hr o senhor Tashio já está impaciente. – chamou Maeda.

Rin lembrou-se da cara de descontentamento dele e saiu em disparada rumo à mansão.


- Prontinho. Desculpe-me a demora, tive que ajudar minha irmã no banho. – ele estava no estacionamento, olhou-a durante dez segundos como se estivesse avaliando.


- Entre no carro. – disse por fim abrindo a porta.


- Pensei que fossemos andando, que o senhor queria aproveitar a caminhada.


- Não, é longe e não posso me cansar.


- Ah deixa disso senhor Tashio, não é tão longe.

 

Sesshoumaru olhou a cidade, cerca de quinze minutos de caminhada não lhe faria mal.

 

- Certo. Então, vamos.

 

Começaram a caminhar em silêncio, ele trajava uma calça jeans escura e uma camisa social listrada azul, como se fosse tratar de negócios. Rin olhava-o de soslaio, não tinha coragem de encará-lo.

 

- Eu não mordo senhorita Higurashi. – disse ele parecendo incomodado.


- Desculpe-me senhor, mas também não é aberto a conversas.


- Sobre o que quer falar?


- Por que não quer falar sobre sua doença? Entendo que seja difícil sua situação, mas para ajudá-lo precisamos conhecê-lo. Por exemplo: a Lily tem um irmão mais velho que vem visitá-la ocasionalmente, ela sofre de anorexia e precisou ser internada para tratar-se. O senhor Hiroshi tinha um câncer no intestino, mas já foi retirado e ele se recupera bem, vive sozinho, seu único parente é uma filha que ele nunca viu. A sua situação não é única, todos tem problemas e nós estamos aqui para ajudá-los.

 

Sesshoumaru permaneceu em silêncio e Rin suspirou baixinho.

 

- Tenho leucemia aguda. – disse ele num sussurro. – Sou advogado e trabalho muito, não deveria acontecer comigo.


- As pessoas não escolhem as doenças, elas simplesmente acontecem e o senhor é forte vai vencê-la. Há quanto tempo trata-se?


- Não faço tratamentos.


Rin ficou paralisada em algum lugar enquanto Sesshoumaru continuou caminhando no mesmo passo. Estava escurecendo.

 

- Vai acabar ficando para trás. – gritou por cima do ombro. – Vai ter que correr pra me acompanhar.

 

Alguns segundo depois ela pulou em suas costas. Era leve.

 

- Ficou louco também? – perguntou exasperada.


- Louca deve estar você, desce daí. – disse ele pondo-a no chão.


- Você precisa se tratar, doenças como essas tiram a vida em pouco tempo e são muito dolorosas.


- E o que importa? Não me importo mais, só quero viver. Aproveitar o que me resta, eu deixei tudo para trás...


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oiee...
Gostaria de agradecer a todos que tem acompanhado essa fic
E agora? O que fará a Rin para ajudar o Sesshy?
Continuem acompanhando e mais uma vez...
Deixem reviews (grita a louca da escritora em voz de súplica)!
Preciso saber suas opiniões.
Até mais!
~*
Diinda Neko
 



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Terapia do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.