Terapia do Amor escrita por Diinda
Notas iniciais do capítulo
... Não sei quase nada de você ...
Capitulo III – A descoberta.
Rin pensou que ia ter um ataque... De fúria.
Irritante.
Era essa a definição dele. O homem mais irritante e arrogante que Rin já conhecera. Tinha vontade de deixá-lo com fome, mas fazia algumas horas que ele não comia e com certeza ia passar mal, visto que estava com febre. ' Baka' pensou. Serviu o jantar aos demais e depois de certificasse que estava tudo bem, despediu-se da tia Kaede e foi levar-lhe a refeição.
- Senhor. – chamou Rin à porta do quarto. – O seu jantar.
- Pode entrar. – respondeu ele.
- Aqui está, bom apetite. – disse secamente preparando-se para sair. As luzes estavam apagadas.
- Rin. – havia algo diferente em sua voz. – Você ainda está ai?
- Sim. – respondeu.
- Pode ficar comigo um pouco?
Rin arregalou os olhos. Carência?
- O que disse senhor? Sente-se bem? – ela perguntou pondo a mão em sua testa estava muito quente. – Oh, sua febre está aumentando. Volto já.
- Não vá Rin.
- Eu volto, eu prometo. – Rin desceu as escadas correndo atravessou o gramado e entrou em casa, onde estava mesmo o termômetro? No quarto de Lily, retornou a casa grande, apanhou o termômetro, voltou ao quarto de Sesshoumaru e acendeu as luzes.
Conferiu sua temperatura, 38°.
- Coma um pouco senhor... – ela parou e franziu a testa – Como se chama mesmo?
Ele franziu a testa. Ela deu de ombros.
- Certo, então pelo menos coma para que eu possa lhe dar um analgésico.
- Não estou com fome.
Rin levantou a tampa do prato e o cheiro da comida espalhou-se pelo quarto.
- Talvez, eu esteja um pouco faminto. – ele começou a comer calmamente, fechou os olhos.
Longos minutos se passaram, Rin apenas olhava pela janela, não tinha vontade de falar. Não com ele.
- Não beba tudo ainda, tome esse analgésico. – disse ela enquanto ele bebia o suco.
Sesshoumaru parou, observou-a por um tempo e então obedeceu. Tomou o remédio e recostou-se novamente fechando os olhos.
- Posso lhe fazer somente mais uma pergunta? – perguntou Rin temerosa.
- Certo, só uma e eu não garanto te responder.
- Por que tanto dorme? – perguntou ela.
Ele abriu os olhos dourados olhando nos dela, seu cabelo negro, sua pele clara, seu corpo delicado, os olhos castanhos.
- Diga-me Rin, quantos anos têm? – perguntou.
- Vinte e dois. – respondeu ela.
Ele continuou a pensar. ' Parece que tem 18 '. Rin apanhou a bandeja e deixou a maçã no criado-mudo perto da cama.
- Boa noite senhor. – encaminhou-se para porta.
- Durmo por causa dos remédios, são fortes demais. – ele apenas respondeu. – Rin?
- Sim? – disse ainda a porta.
- Tashio, Sesshoumaru Tashio.
Ela acenou com a cabeça e saiu, no momento em que a mãe chegava do hospital.
- O que estava fazendo ai dentro? – perguntou a mãe.
- O senhor Tashio estava com febre pediu-me que servisse sua comida no quarto.
- Ele está melhor?
- Pelo menos se alimentou, dei-lhe um analgésico. Como está a Lily? – perguntou na cozinha enquanto serviam-se do jantar.
- Melhorando, os médicos disseram que poderá ter alta em dois ou três dias. Onde está Sango?
- Foi dormir na casa da tia Kaede.
- Vai se arrepender. – riu gostosamente Maeda. – Sua tia vai acordá-la tão cedo que vai dormir a tarde toda amanhã.
Conversaram mais alguns momentos e foram dormir.
Na manhã seguinte Rin acordou sem pressa, não tinha que ajudar Sango essa manhã. Acordou mais tarde, tomou um banho demorado e vestiu um vestido azul simples, prendendo o cabelo num rabo de cavalo alto, soltando a franja. Então voltou a sua rotina.
- Bom dia mãe.
- Demorou hoje hein...
- É que hoje não tinha que arrumar a Sango, nem levá-la a escola. Precisa de ajuda?
- Sim, veja aqueles pães no forno. Pode levá-los para mesa?
Rin arrumou a mesa do café da manhã, com as primeiras flores do seu jardim. Também fez pequenos ramalhetes, um para cada quarto de hóspede. Logo depois do café, no qual sentiu a falta de Sesshoumaru, estava na hora de percorrer cada quarto. Era dia de trocar os lençóis e toalhas.
- Bom dia Rin.
- Bom dia Kohaku, que bom que chegou. Hoje é seu dia de voluntário não é?
- É sim, já esqueceu. O que posso fazer para ajudar?
- Veja com mamãe na cozinha, eu vou trocar os lençóis, ela deve estar precisando de ajuda com o almoço. – ela começou a subir as escadas.
- Espera Rin, eu estava pensando. Quer sair hoje comigo? Você passa tanto tempo aqui que quase nem se diverte, vamos ao cinema hoje.
Rin hesitou, não tinha vontade de ir.
- Vamos Rin, vai ser legal.
- Certo. – disse por fim.
- Então pego você as 19:00 hr.
Ela subiu e começou a trocar as roupas de cama e banho, deixou o quarto de Sesshoumaru por último, no caso dele ainda não ter acordado. Bateu na porta, mais uma vez ele não respondeu, bateu outra vez, nada. E como da outra vez abriu uma pequena parte e entrou, estava vazio. Onde será que ele havia ido? Retirou os lençóis usados, impregnados do seu perfume, as tolhas e arrumou tudo novamente. Abriu as janelas e cortinas para que o sol entrasse. Depositou o pequeno ramalhete num jarro. Apanhou o travesseiro trocou as fronhas e sem mais se conter apertou contra o rosto. Absorvendo aquele cheiro tão bom e colocou-o no lugar.
- O que faz no meu quarto? – perguntou ele de repente, Rin deixou os lençóis cair no chão.
- Podia tentar não me assustar? Vim trocar sua roupa de cama, fazemos isso a casa três dias. – respondeu. – Está melhor?
- Sim, obrigado. – respondeu ele.
- Está com fome?
- Já lhe disse que faz perguntas demais? – perguntou ele parecendo cansado e sentando-se a cama. – Sua mãe acabou de me servir o café. – remexeu o pescoço, esticou os braços, deitou-se. – Há algum parque nessa cidade onde eu possa fazer caminhada?
- Sim, o parque municipal.
- Pode me levar até lá?
- Sim, quando o senhor quiser.
- Errado. – disse ele – Quando eu acordar. – virou-se, bocejou e parecia dormir.
Rin deixou silenciosamente o quarto, voltou a suas atividades. O almoço foi servido e pela primeira vez Sesshoumaru estava presente, sentou-se na ponta mais distante da mesa e comeu sem participar das conversas. Voltou ao quarto.
' Vai dormir' Supôs Rin. Mas a tarde seguiu-se indo buscar Sango, fazendo as atividades, correndo no jardim sob o sol. Rin promoveu uma tarde de pintura com cavaletes no jardim, propôs que todos pintassem o que quisessem. As 16:30 hr Sesshoumaru chamou-a.
- Sim senhor Tashio. – respondeu ela gritando para ele na janela do quarto do andar de cima. Estava um pouco suja e desalinhada, uma das alças do vestido deslizava do seu braço.
- Podemos ir agora? – perguntou ele observando-a por completo.
- Sim, eu vou tomar um banho pode me esperar na sala?- ela perguntou, ele acenou positivamente.
- Aonde vai com o homem de gelo Rin? – perguntou-lhe Sango enquanto iam para casa.
- Vou levá-lo até o Parque Municipal.
- Vocês têm um encontro?
- De onde você tirou isso mocinha? – Rin estava sem graça.
- A irmã da Takashi lá da sala sempre tem encontros.
- Não vou a encontro nenhum. Vou apenas lhe fazer um favor.
- De quem estão falando? – perguntou Maeda entrando na casa.
- A Rin vai sair com o homem de gelo. – respondeu Sango.
- Não é nada disso mãe. Ele apenas me perguntou onde poderia fazer caminhadas e me pediu que o acompanhasse até o Parque Municipal.
- Sei... Sango onde se sujou assim? Rin, você também.
- Estávamos molhando o jardim, ou nos molhando. – sorriu Rin – Eu vou me arrumar, acho que já perceberam que ele não tem um bom humor.
- Rin, eu posso ir também? – perguntou Sango.
- Não senhora, não vai sair e ficar pela rua. Vai fazer a lição e dormir cedo. – disse Maeda.
- Não é justo, a Rin vai.
- Mas você não é a Rin. E Vá tomar banho logo com ela.
As duas subiram e Rin demorou mais do que previra. Arrumou Sango e depois, demorou a pentear-se, a vestir-se, estava repentinamente nervosa. Vestiu uma bermuda jeans, uma camiseta rosa, calçou sandálias rasteiras e deixou o cabelo solto.
- Rin, são 18:15 hr o senhor Tashio já está impaciente. – chamou Maeda.
Rin lembrou-se da cara de descontentamento dele e saiu em disparada rumo à mansão.
- Prontinho. Desculpe-me a demora, tive que ajudar minha irmã no banho. – ele estava no estacionamento, olhou-a durante dez segundos como se estivesse avaliando.
- Entre no carro. – disse por fim abrindo a porta.
- Pensei que fossemos andando, que o senhor queria aproveitar a caminhada.
- Não, é longe e não posso me cansar.
- Ah deixa disso senhor Tashio, não é tão longe.
Sesshoumaru olhou a cidade, cerca de quinze minutos de caminhada não lhe faria mal.
- Certo. Então, vamos.
Começaram a caminhar em silêncio, ele trajava uma calça jeans escura e uma camisa social listrada azul, como se fosse tratar de negócios. Rin olhava-o de soslaio, não tinha coragem de encará-lo.
- Eu não mordo senhorita Higurashi. – disse ele parecendo incomodado.
- Desculpe-me senhor, mas também não é aberto a conversas.
- Sobre o que quer falar?
- Por que não quer falar sobre sua doença? Entendo que seja difícil sua situação, mas para ajudá-lo precisamos conhecê-lo. Por exemplo: a Lily tem um irmão mais velho que vem visitá-la ocasionalmente, ela sofre de anorexia e precisou ser internada para tratar-se. O senhor Hiroshi tinha um câncer no intestino, mas já foi retirado e ele se recupera bem, vive sozinho, seu único parente é uma filha que ele nunca viu. A sua situação não é única, todos tem problemas e nós estamos aqui para ajudá-los.
Sesshoumaru permaneceu em silêncio e Rin suspirou baixinho.
- Tenho leucemia aguda. – disse ele num sussurro. – Sou advogado e trabalho muito, não deveria acontecer comigo.
- As pessoas não escolhem as doenças, elas simplesmente acontecem e o senhor é forte vai vencê-la. Há quanto tempo trata-se?
- Não faço tratamentos.
Rin ficou paralisada em algum lugar enquanto Sesshoumaru continuou caminhando no mesmo passo. Estava escurecendo.
- Vai acabar ficando para trás. – gritou por cima do ombro. – Vai ter que correr pra me acompanhar.
Alguns segundo depois ela pulou em suas costas. Era leve.
- Ficou louco também? – perguntou exasperada.
- Louca deve estar você, desce daí. – disse ele pondo-a no chão.
- Você precisa se tratar, doenças como essas tiram a vida em pouco tempo e são muito dolorosas.
- E o que importa? Não me importo mais, só quero viver. Aproveitar o que me resta, eu deixei tudo para trás...
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Oiee...
Gostaria de agradecer a todos que tem acompanhado essa fic
E agora? O que fará a Rin para ajudar o Sesshy?
Continuem acompanhando e mais uma vez...
Deixem reviews (grita a louca da escritora em voz de súplica)!
Preciso saber suas opiniões.
Até mais!
~*
Diinda Neko