Vassoura escrita por Bianca Ramos


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas.
Voltei a escrever sobre Harry Potter, ô glória.

Bom espero que gostem e boa leitura.



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Capítulo Único

James Potter sempre foi exibido, disso todos em Hogwarts sabiam. Desde o primeiro momento que ele pisou naquela escola e “acidentalmente” empurrou Severus para quase cair no lago todos sabiam que o tipo dele era o típico garoto que ama atenção.

O que ninguém sabia é que em cima de uma vassoura essa “exibição” iria piorar. E como.

Mas também com certo grau de razão, afinal Potter voava bem. E mesmo aos 11 anos de idade ele ficava bem em cima de uma vassoura.

Lembro-me muito bem da primeira aula de voo que tivemos, era junto com o pessoal da Corvinal. A professora, Madame Hooch, nos mandou ficar ao lado esquerdo da vassoura e a mandar subir. Pela primeira vez, alguém conseguiu ser bem mais esperto que os corvinos. James Potter mal fechou a boca e a vassoura já estava em sua mão.

Isso piorou com o passar do tempo. Ele sempre era visto no campo, olhando o time de Quadribol treinando, e quando este acabava, subia em sua vassoura e ficava horas e mais horas voando.

Eu, é claro, aos onze anos de idade, achava aquilo desprezível. O fã clube dele, no entanto, achava um charme vê-lo em cima de uma vassoura.

No segundo ano Potter fez teste para artilheiro, mas o capitão do time não achou o perfil dele bom para isso. Potter, a partir daquele momento, era um apanhador. E o ego dele, é claro, foi as alturas.

Ninguém, exceto os marotos, aguentava o ego daquele garoto. Isso até o primeiro jogo.

Potter não jogou somente para ele, como todos pensavam – e avisaram ao capitão. Ele entrou naquele campo com a expressão mais séria que eu já vi e não só capturou o pomo em tempo recorde, como também pensou no time. Em menos de 30 minutos a partida teria terminado e a Grifinória tinha ganhado da Lufa Lufa.

Eu não era uma fanática por quadribol. Como boa nascida trouxa eu sabia o que era futebol – e até gostava, já que papai era maluco com isso – e quando vi um jogo pela primeira vez de quadribol, soube que aquilo era mil vezes melhor do que assistir o jogo do Manchester na final da Liga. A partir daquele dia, eu disse a mim mesma – e para Lene também – que assistiria a todos os jogos.

Quando Potter conseguiu sua primeira vitória, e calou a boca de muita gente inclusive a minha, o time da Grifinória deslanchou. Estávamos invictos, até Potter ser pego aprontando com seus amigos e ter ganhado uma detenção no dia do jogo. Perdemos feio e consequentemente perdemos a oportunidade de ganhar o campeonato.

De menino louvável, Potter foi para menino odiado em apenas um dia.

No terceiro ano as coisas começaram bem, mas não tão bem para James Potter. Visto que o capitão não confiava mais em seu apanhador, colocou o garoto prodígio do quadribol para ser apanhador reserva. Ninguém ficou surpreso quando Frank Longbottom, o apanhador do quinto ano, foi para a enfermaria no dia do jogo. Potter jogou. E a grifinória ganhou.

Esse foi o primeiro dia em que vi o que ele realmente faria pelo quadribol.

Naquele dia, não foi só Longbottom que foi para a enfermaria. Potter levou um balaço na lateral do corpo e fraturou duas costelas, trincou três, mas só desmontou da vassoura quando o Pomo de Ouro estava entre seus dedos.

Durante o terceiro ano não houve mais detenções durante os dias de jogo, mas foi naquele ano que ele começou a me importunar. Eram cerca de cinco pedidos para ir com ele à Hogsmeade por dia. Se ele tivesse inspirado, era o dobro. Isso fez com que ele se tornasse o apanhador Potter, para o chato do apanhador da Grifinória que não tem senso na minha visão.

Também não foi naquele ano que ganhamos o campeonato. Não, Potter não ganhou uma detenção nos dias de jogos, ele sempre tomou cuidado quanto a isso, mas o goleiro foi atingido. Caiu desmaiado e bem... Caiu em cima do Potter. Resultado: Ou James segurava o colega ou apanhava o pomo. E sim, ele decidiu segurar o companheiro.

No quarto ano Sirius Black entrou para o time junto com Lene. Batedores.

Os dois faziam a festa naquele campo em dia de jogos. Era na única coisa que eles realmente combinavam. Parecia uma coisa de outro mundo a sincronia deles. Foi a partir disso que os marotos e eu nos aproximamos. Sirius sempre queria discutir uma estratégia com Lene e bem... Onde um maroto estava todos estavam.

Foi também a partir da estranha amizade entre Sirius Black e Marlene MacKinnon que Potter começou a ser azarado mais vezes por mim.

No quinto ano, as coisas ficaram mais complicadas. Potter foi nomeado capitão do time, então ele tinha que fazer lago realmente bom. E estava fazendo. Mas a idiotice dele continuava a mesma.

Sempre azarando os outros, sempre com aquele tique estupido de passar as mãos no cabelo para parecer que tinha acabado de sair de uma vassoura e sempre com aquele pomo de ouro idiota. E claro, com os incessáveis pedidos para sair.

Naquele ano Snape e eu rompemos nossa amizade. Ele havia chegado à conclusão de que eu era Sangue Ruim e não queria que eu estivesse ao seu lado.

No sexto ano Potter chegou à escola ainda exibido, mas com um foco: ganhar o campeonato. Eu sempre ia aos treinos, já que Lene me obrigava e ele, só para me importunar, ficava fazendo malabarismos naquela vassoura, quase se matando. Sempre também no final havia pedidos e mais pedidos para sair. E eu, é claro, negava todos.

A final daquele ano, a tão esperada final, chegou. Era Grifinória contra lufa-lufa. Diggory vs Potter. Ambos pareciam que queriam se matar quando apertaram as mãos.

O placar estava a favor para a nossa casa, precisávamos abrir vantagem para só então pegar o pomo. James estava impaciente, rondando o céu e esperando o maldito placar. Todos na arquibancada estavam malucos. Eis que a tragédia aconteceu...

O batedor, que mais parecia um trasgo, do sétimo ano da Lufa Lufa jogou o balaço contra James e nem Sirius, muito menos Marlene, estavam perto para rebater. Potter novamente foi atingido na costela e caiu da vassoura. Uma queda e tanto.

No entanto, dois minutos depois, enquanto Madame Pomfrey estava indo de encontro a ele, Potter simplesmente se levantou. Ele se levantou mesmo após uma queda, apanhou sua vassoura e simplesmente dispensou a ajuda da enfermeira. Montou em sua vassoura e alçou voo novamente atrás do pomo de ouro.

Naquele momento eu tive que concordar que ele foi um herói. E não só por ter pegado o pomo e ter ganhado o campeonato tão sonhado, mas também por ter caído de uma vassoura, trincado algumas costelas e mesmo assim voltado ao campo. Nesse dia Potter chorou enquanto arrancava a camisa no meio de todos – e deixava a todos um pouco chocado com sua beleza e com os hematomas que estavam na lateral do seu corpo – e erguia a taça com a mão esquerda.

Infelizmente, ele não participou da comemoração, mas eu soube alguns anos mais tarde que ele ficou feliz do mesmo modo.

Marlene, junto aos marotos, me obrigou a ir com eles visitar Potter, que já estava há três dias na enfermaria sobre cuidados rígidos de Madame Pomfrey. Soube, pelo Black mesmo, que ele estava praticamente revoltado porque não pôde comemorar e que agora não podia sair da cama.

Isso me convenceu a ir visita-lo.

Isso e a vontade de ver se realmente estava tudo bem.

Mas claro que eu não admitiria isso para mim naquela época.

Foi ali no sexto ano que eu vi que James Potter não era tão babaca assim.

Lene e Remus praticamente me carregaram até a enfermaria e Sirius os ajudou a me carregarem quando chegamos à porta. Eu não queria de verdade entrar, mas me obrigaram.

Quando entramos, vimos que todas as camas estavam vazias, exceto uma, onde James Potter se encontrava deitado mexendo num pomo. Típico dele. Ao ouvir o barulho de passos ele se virou para nos ver e pude ver seus olhos se arregalarem a me ver.

— Evans? Não é possível. – ele perguntou após uns dois minutos me encarando.

— O que eu disse Lene? Ele ia notar só ela. Todos os amigos dele aqui e o que ele vê? “Evans”. – Sirius reclamou e Potter rolou os olhos.

— Olá pra você também Sirius. Não, eu não estou bem. Obrigado por perguntar. – Potter resmungou enquanto todos rodeavam sua cama. Eu fiquei perto da cabeceira da cama.

— Madame Pomfrey ainda não quer te deixar sair Pontas? – Remus perguntou rindo, James só deu de ombros e tentou se sentar. Alguns gemidos de dor escaparam de seus lábios.

— Eu disse a ela que estou me sentindo perfeitamente bem, mas ela ainda insiste que eu tenho que ficar aqui. Segundo ela é para eu “aprender que não devo jogar machucado”. – ele comentou com uma cara emburrada. Potter estava sem camisa, com o tórax todo enfaixado e uma cara de sono danada. Suas respirações eram curtas e eu estava me perguntando se ele estava realmente bem mesmo.

— Só de ver a dificuldade que você teve para sentar eu duvido muito que esteja bem. – Lene comentou se sentando aos seus pés e ele deu de ombros.

— Está doendo, mas tenho certeza que ela está deixando doer de propósito. Quer dizer, na última vez que eu vim parar da enfermaria eu estava com 2 costelas quebradas e ela me liberou em dois dias sem essa dor chata. Agora ela insiste em me manter preso aqui e ainda se recusa a me dar uma poção para acabar com essa dor.

— Vai ver ela está querendo seu corpo nu. – Sirius comentou rindo e Potter começou a rir, mas não conseguiu ir muito longe.

— Cala a boca almofadinhas, não posso ficar rindo. Dói. – Potter comentou e depois me olhou, sorrindo de lado. – E a sua presença, Evans? Vai ficar só calada nos olhando? – ele questionou e eu dei de ombros.

— Obrigaram-me a vir. Lene, Sirius e Remus. Fui, literalmente, arrastada.

— Bom saber da sua espontaneidade em vir me ver Lily. Que bom que veio, obrigado pela visita. E não, ninguém me obrigou a dizer isso, não se preocupe. – ele brincou e eu sorri de lado. O sorriso de Potter triplicou de tamanho depois dessa.

— Nós não te arrastamos Lily... Nós só queríamos sua companhia... – Lene começou.

— E também sabíamos que você animaria o Pontas. – Sirius completou e eu rolei os olhos.

— Que gracinha, desde quando começaram a completar frases um do outro? – Potter zoou os amigos, que abaram por começar a brigar ali mesmo.

Não tardou madame Pomfrey nos expulsar da enfermaria, mas antes que eu saísse Potter segurou minha mão e disse:

— Obrigado de verdade por ter vindo. Foi melhor receber uma visita sua do que farrear no salão comunal. – e então eu saí de lá.

Potter e eu não nos falamos mais naquele ano. E Madame Pomfrey o deixou duas semanas na enfermaria. E não, não era pelo corpo nu dele.

Potter teve sangramentos internos durante o jogo, por conta das costelas. Claro que eu só fui saber disso algum tempo depois.

No sétimo ano, uma surpresa: além de capitão do time de quadribol James Potter era Monitor-Chefe. Claro que nesse momento Hogwarts inteira se perguntou sobre a sanidade de Dumbledore, não tendo dúvida alguma que ele não estava normal. Ninguém acreditou quando viu o distintivo pregado no peito de Potter – com muito desgosto na cara dele. Sirius até mesmo foi tirar satisfações com o diretor, que disse que confiava plenamente em James e sabia que ele faria um excelente trabalho.

E o que todos pensaram nesse momento: ele vai acobertar os marotos.

Mas não aconteceu. James dava detenções a seus amigos. Mas os ajudava nelas.

Ele não fazia mais brincadeiras idiotas. Mas dava ideias para elas.

E ele não azarava mais ninguém. Pelo contrário, punia que azarava. Mas às vezes fazia isso de forma um pouco... Dura demais. Snape, por exemplo, foi detido muitas vezes.

Mais do que eu e todos julgávamos necessário.

E então a temporada começou. Potter fazia relatórios, reuniões, ajudava nas rondas, estudava e ainda estava dando duro nos treinos. Ninguém achou que ele fosse aguentar por muito tempo essa rotina e então parecia obvio para todos que Potter simplesmente ia abandonar o time.

Perguntei isso a ele quando estávamos fazendo um relatório – sem brigas – e ele somente riu, dizendo que tudo isso eram fofocas idiotas. Que no dia que ele abandonasse o time, era para ver se ele estava realmente doente.

O primeiro jogo da temporada foi contra a Corvinal e ganhamos lindamente. James arrancou a camisa e também suspiros. Até meus! Eu não poderia negar que aquela exibição toda era no mínimo boa. Ele havia crescido bastante, seu corpo estava mais definido, seus ombros mais largos e musculosos. Era uma visão e tanto James Potter aos 17 anos sem camisa.

Estava saindo do campo, cansada de esperar por Marlene, quando Potter me gritou. E eu sabia que era ele porque bem... Eu reconhecia o grito dele dos treinos.

— EI LILY. – ele gritou mais uma vez e eu me virei só para vê-lo correr até mim, agora com camisa, um desperdício em minha opinião.

— Oi James. – eu falei quando ele se aproximou. Suas mãos foram diretamente para os seus cabelos, os bagunçando. Ele havia me explicado que não fazia isso de propósito, mas que era um tique que ele tinha desde pequeno. Não era para parecer que acabou de sair de uma vassoura, era só... Incontrolável. – Parabéns pela vitória. – eu emendei quando vi que ele ficou em silêncio.

— Ah obrigado. E eles ainda disseram que nós não íamos conseguir né? – ele brincou e eu ri. – Vai para o castelo?

— Estava indo. Lene está demorando muito, aliás, sabe se ela em vem? – eu perguntei e ele novamente levou a mão aos cabelos.

— Eu acho que está um pouco ocupada com o Sirius, discutindo... Hm... Estratégias. – sabia! Para ela demorar tanto assim, só podia estar com o Black.

— É então eu acho melhor a gente ir mesmo para o castelo. – comentei com Potter. Seguimos por uns dez minutos em silêncio, até que James o cortou.

— Lily eu queria te perguntar uma coisa. – ele disse e o olhei. Suas bochechas estavam rubras e a parte insana do meu cérebro achou aquilo fofo.

— Pode falar James.

— É que bem... Vai ser a última vez que eu vou perguntar isso, tudo bem? Eu só queria saber se... Você... Quer ir comigo no próximo passeio em Hogsmead. Tipo, um encontro. – ele falou passando a mão pelos cabelos e sua blusa subiu um pouco, mostrando um pouco da pele de seu abdômen.

— Um encontro? – eu questionei e ele assentiu. – Pode ser. – eu respondi sorrindo e ele parou, com a boca ligeiramente aberta.

— Tá falando sério?

— Estou. Vamos sair Potter. – eu falei e ele sorriu.

Foi o sorriso mais lindo que eu já vi James dar. Seus olhos brilhavam de uma forma que eu nunca vi antes e timidamente, ele pegou em minha mão para irmos para o castelo.

O nosso encontro foi maravilhoso. O segundo também foi ótimo. E quando eu percebi... Estava namorando James Potter.

E agora eu ajudava ele na monitoria para termos mais tempo para ficarmos juntos, eu ajudava ele nos deveres para podermos sair mais e o acompanhava aos treinos para poder ver aquilo tudo em cima de uma vassoura e dizer: Potter é meu.

Aquele pedaço de mau caminho em cima de uma vassoura é simplesmente meu.

E então a final chegou.

A última vez que James Potter subiria em uma vassoura pelo time da Grifinória. A última vez que ele seria o capitão do time.

O placar estava apertado. Sonserina estava simplesmente atacando demais. E a chuva que caia piorava ainda mais.

James estava louco atrás do pomo. Dessa vez a Grifinória estava numa ótima campanha. Se ele pegasse o pomo, o jogo acabava e seriamos campeões mesmo com o placar apertado.

Os balaços estavam simplesmente tentando matar ele. Marlene e Sirius estavam tentando o máximo, mas a inquietude do capitão estava atrapalhando demais. Só era possível ver os borrões das roupas dos jogadores, tamanha era a tempestade que estávamos enfrentando.

Percebi que James estava indo para cima com as mãos esticadas. O apanhador da Sonserina estava longe dele e parecia nem ter visto nada, mas mesmo assim ele continuou acelerando e acelerando.

Silêncio.

A torcida da Grifinória parecia ter prendido a respiração ao ver James subir como um louco.

E então Sirius gritou, indicando que algo havia acontecido.

Um clarão no céu e então um corpo caindo da vassoura. Era James.

Era o meu James caindo.

Dumbledore ergueu a varinha e agiu rápido, diminuindo a queda, forçando-a a ser em câmera lenta.

O corpo dele caiu no chão do campo, e eu já estava empurrando as pessoas ao meu lado, querendo passar de qualquer modo. Eu não vi como nem em quanto tempo, mas eu consegui chegar lá em baixo. Minha roupa estava encharcada, mas eu estava pouco me lixando para isso. James havia caído de mais de 30 metros de altura e mesmo com a queda amortecida, parecia ser grave.

Acotovelei Sirius e gritei para ele sair da minha frente. Demorou um pouco para o moreno reagir, mas ele em fim deu passagem para mim.

James estava lá, jogado no chão. A vassoura caíra num lado qualquer e a mão direita estava fechada sobre o pomo do outro. O que eu estava pensando não havia, aparentemente, acontecido. Ele não havia sido atingido pelo maldito raio.

Ajoelhei-me ao seu lado e coloquei as mãos em seu rosto.

— Potter. Fala comigo. Agora. – eu falei e olhei ao redor, procurando por Madame Pomfrey. Nada ainda. A multidão ao redor de James só aumentava e nada dele esboçar nenhuma reação.

— Não seria melhor levarmos ele para a enfermaria? – Lene questionou em algum lugar. Tentei achar ela na multidão, mas não consegui. As lágrimas junto a chuva estavam dificultando a minha visão.

— Tudo, menos enfermaria com aquela mulher louca. – uma voz rouca disse e eu me deparei com James Potter tentando abrir os olhos. Dumbledore chegou até nós de guarda chuva, parou perto de James evitando que a água caísse em seu rosto.

— Você está vivo! – eu comemorei e ele riu.

— Escorreguei da vassoura, mas peguei o pomo. – ele disse levantando a mão e a multidão atrás de nós comemorou. O capitão estava vivo e havíamos ganhado. O segundo ano consecutivo como campeões.

— Você me assustou Potter, queria me matar é? Achei que tinha morrido ou que o raio tivesse pegado em você. Achei que o jantar ia ser churrasco de James. – eu falei e ele riu.

— Ainda não. O raio me assustou, eu estava com uma mão só na vassoura, escorreguei e então caí. Não consegui me equilibrar bem eu acho e bem... Eu estava pensando em outra coisa, não ajudou muito. – ele comentou e eu sorri de lado.

— Ainda bem que não morreu, Potter. – disse mexendo em seus cabelos. Ele sorriu e fechou os olhos.

— Eu não poderia morrer sem fazer algo.

— O quê? – eu perguntei e ele sorriu. Levantou o braço com o pomo e o estendeu para mim.

— Casa comigo, Lily? – James perguntou e minha boca, junto das pessoas que estavam perto foram ao chão. Sua mão ainda estava ali, estendida para mim. Ele me olhou como quem diz para pegar o pomo de ouro e então eu o fiz. Quando meus dedos tocaram a pequena bola, ela se abriu mostrando um anel lá dentro. – Então, aceita se tornar a Sra. Potter?

— Você tem certeza disso James? – eu perguntei e ele rolou os olhos.

— Nunca tive tanta certeza na minha vida.

— Então eu aceito. – eu falei o beijando. Atrás de nós todos gritavam comemorando o novo casal. Quando nos separamos vi Dumbledore piscar para James, eles tinham tramado alguma coisa.

Alguns dias se passaram e dessa vez James saiu rápido da enfermaria. Cinco dias pregado numa cama e ele já estava de volta. A comemoração aconteceu quando ele saiu de lá, o salão parecia que tinha ganhado vida. Os marotos contrabandearam cerveja amanteigada, uísque de fogo e bastante comida da cozinha. Estava uma zona.

E no meio dessa zona, estávamos eu e James. Abraçados num canto olhando para as pessoas se divertirem ao nosso redor.

— Como colocou o anel no pomo de ouro se não sabia se iria ganhar? – eu questionei e ele riu me olhando.

— E quem disse que eu não sabia se iria ganhar? Eu sou James Potter, Lily. Eu simplesmente sei que vou ganhar. E, aliás, eu confio na minha vassoura. – ele brincou piscando e me beijou.

Naquele dia eu tive que admitir duas coisas: uma é que James Potter era o ser mais convencido e confiante que eu havia conhecido. Outra é que eu o amava apesar de tudo.

E além do mais, como não amar alguém que fica tão sexy em cima de uma vassoura?

É o que eu estava me perguntando quando ele me arrastava aos beijos para o dormitório masculino e trancava a porta.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Espero que sim.

Uma informação: eu sei que nos livros James é descrito como artilheiro, mas eu não gosto disso! Não vejo o por quê de um artilheiro brincar com um pomo de ouro. Para mim ele sempre será apanhador.

Bom, espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é super importante.

Beijos e até a próxima.