A garota do Capuz escrita por Kampaki


Capítulo 2
Aquela que não sabe o Quanto sabe.


Notas iniciais do capítulo

Neste segundo capitulo, vamos dar um salto no tempo, e começar a acompanhar a nossa personagem principal. Espero que gostem.
(Re-escrito)



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Bem, isto foi a algum tempo. Hoje já tenho 15 anos e ainda não entendi direito tudo o que ocorreu naquele dia.

Talvez algum Lycan tenha me salvado. Eu duvido. Fui capaz de descobrir algumas coisas sobre esse mundo desde o começo de meu treinamento.

Aqui neste mundo existe magia, mas são poucos os relatos de humanos que possam usa-la, e a maioria apenas em lendas.

Existem outras raças evoluídas, por assim dizer. Dentre todas as raças a mais evoluída são os “Teoc”. Dizem que eles são descendentes dos angi.

Nós, os humanos, somos os mais fracos e os mais adaptáveis daqui, e os únicos que nos superam em inteligência são os Teoc, e estamos no mesmo patamar dos Magi, uma raça de magos eruditos.

As outras raças, na sua maioria nos caçam para se alimentar. São carnívoros ou onívoros, assim como nós. Alex me disse que existem as seguintes raças pensantes por aqui:

*Draco – Criaturas Colossais, com um poder imenso, alguns dizem que são mais inteligentes que os Teoc, outros dizem que são mais burros que os Orc’s.

*Teoc, Os inventores – Eles são pequenos e ágeis, muito inteligentes, provavelmente a raça mais inteligente daqui.

*Magi, Os Sábios – Eles têm o conhecimento máximo neste mundo, são eruditos e só fazem estudar o dia inteiro.

*Lycan’s, Os Devoradores – Eles são as criaturas mais velozes que aqui existem, são como os lobisomens de nossas lendas, mas controlam suas transformações e continuam conscientes depois de se transformarem.

*Vampi, Os Rompedores – São a raça mais forte, e a segunda mais rápida, eles seriam tão, ou mais, inteligentes que os humanos, se deixassem o Orgulho de lado. Seriam os donos do mundo, se pudessem sair a luz do sol ou entrar na agua.

Quando perguntei a Alex o porquê de eles serem chamados de “Rompedores” ela respondeu: “Torça para continuar com tanta sorte. ”. Não entendi direito, mas tudo bem.

*Orc’s, Os Bestiais – Como nas lendas, eles têm o corpo de um homem, a resistência de uma baleia, e o cérebro de um macaco.

*Elfos, Os eremitas – Elfos são criaturas da floresta, Eruditos estudiosos, bons com magia, ágeis e belos, eu vi um uma vez, tem olhos finos como os de um felino, e orelhas pontudas.

*Demônios, Os Inomináveis – Essa raça é indescritível, não se vê um há muitos séculos, são mais inteligentes que os Teoc e mais poderosos que os Draco, são pacíficos e amam a paz, isto é bom, mas se você irritar um deles a ponto de fazê-lo perder seu autocontrole, espere destruição.

Alex já me disse várias vezes para deixar de lado o caso do Lycan que me salvou, que talvez o Lycan tenha me achado bonita e por isso me salvou. Mas se ele realmente me achou bonita porquê me salvar e me deixar ser encontrada por uma caçadora?

Tem algo que ela não sabe, ou não quer me contar.

–Onde estamos indo Alex? – Choramingo enquanto tento me equilibrar na sela nova. – Desde que entramos nesta floresta não paramos mais de cavalgar. Minha bunda já está doendo.

– Você não consegue reconhecer esta floresta? – Ela fala como se estivesse se divertindo.

Olho bem ao meu redor e paro meu cavalo.- Por que estamos aqui? – Sinto o sangue correr mais rápido. Começo a entrar em pânico, mas ela me acalma e continuamos a cavalgada.

– Talvez encontremos algumas respostas por aqui. Sempre vinha aqui porque coisas estranhas costumam aparecer, são itens valiosos geral mente, você consegue um bom preço por eles, mas não pude vir aqui depois daquele dia. Pode ser que tenha algo diferent... AOU!! – Ela para de repente no topo da colina.

– O que houve?

Paro ao lado dela no topo da colina e vejo, bem no meio do vale que se estende ao pé da colina.

O que está lá é aquilo que me assustou no Vale do Oeste, parece ter diminuído, mas a sensação e exatamente a mesma...

O medo e o pânico enchem meu coração, minha visão começa a ficar embaçada, escorrego da sela, algo parou minha queda, mas não é duro, não pode ser o chão, Alex?

Ela não conseguiria desmontar e me pegar a tempo, então só pode ter sido “Ele”. Abro os olhos ele me põe devagar no chão e se afasta enquanto a Alex desmonta rapidamente.

Ela assume uma posição de defesa na minha frente com a sua adaga. Nenhum dos dois se move, eu me levanto, algo me atrai na criatura, parece um Lycan, mas não passa a mesma impressão.

Sinto uma que aquilo é algo mais próximo, quase.... Quase paternal. Eu me aproximo, a Alex tenta me parar. Não me deixo segurar. Estou de pé em frente da criatura.

–Você é capaz de me entender? – Ele apenas acena a cabeça concordando.

–É Capaz de falar – Ele não responde.

Levanto minha mão e acaricio seu focinho. Sinto dor, como se tivesse sido atingida por um raio, meu corpo está paralisado.

Minha mão começa a doer, é uma dor insuportável, eu grito. Ouço a distância a voz da Alex, ela parece estar gritando, mas eu não entendo, a dor para.

Tem uma cicatriz nas costas da minha mão, um desenho que eu nunca vi. Ao meu redor está tudo branco, tem apenas a minha frente o Lycan que estava na campina.

– Muito Prazer Mariane, esperei muito tempo por alguém como você. Meu nome é Ouroboros. – Diz em tom cortês.

– O que é você? – Pergunto assustada.

– Eu sou Ouroboros, e você agora também o é. Mas não se preocupe, logo entenderá. – Ouroboros.

–Porque você me trouxe para este mundo? Eu me lembro de você, aquele dia no Vale do Oeste.

– Vale do Oeste? Oh sim, claro. O nome verdadeiro é Vale do Fim, é o fim do seu mundo, e o começo deste. – Ele fala como se isto fosse normal.

– Isso não me importa. Porque você me trouxe para cá? – Falo com voz alterada pela ira.

– Eu não te trouxe para cá. Você veio sozinha, o que é um grande feito.- Ouroboros.

– Sozinha? Você me lançou na direção daquelas sombras estranhas e elas me trouxeram para cá. – Mariane.

– Sombras?! A situação está pior do que eu imaginava. – Diz ele pensativo.

–Como assim pior do que imaginava? – Fico curiosa.

Ele parece pensar em algo, está centrado em algum devaneio distante.

–Desculpe, tenho que ir. Se precisar me chame, te ajudarei novamente quando precisar, mas espero que você não tenha mais problema em enfrentar alguns apodrecidos sozinha. – Dito isto ele se vira e corre.

Ele corria mais rápido do que qualquer coisa que eu já tivesse visto. O lugar branco começou a se desfazer, e eu voltei para a colina, estava só, o sol começava a nascer e eu adormeci ali mesmo.


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