Contos de Fadas escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 1
Giane e Fabinho em A Bela e a Fera




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Era mais um dia comum na Casa Verde. Giane acabava de chegar à casa do pai bufando, jogando a bolsa no sofá e marchando para o seu quarto. Não importava que já estivesse praticamente instalada na casa nova do namorado, se recusava a desmontar seu quarto exatamente para essas situações: para que quando brigassem e quisesse arrancar a cabeça dele fora, tivesse um lugar para onde correr e se esconder.

Silvério deveria estar no Cantaí na companhia de Margot, os dois curtindo o romance que os filhos também mereciam, mas que não teriam por outra briga estúpida. O motivo? Nem ela mais sabia dizer, as brigas deles começavam do nada. Ok que ela apreciava (e muito) as reconciliações, mas podia conseguir saber pelo menos o motivo da discussão.

Ligou sua televisão (presente de Fabinho para poderem assistir TV no quarto enquanto se agarravam, longe das vistas do pai da moça) e começou a rodar os canais. Não sabia o porquê de pagarem TV a cabo quando a programação era uma porcaria em todos os canais. Desistindo, parou na Disney, que exibia o clássico A Bela e a Fera. Nunca havia sido adepta de contos de fadas e frescuras de menininha, mas não podia negar que sempre havia sido atraída por aquele filme.

Começou a assistir quando Bela troca de lugar com seu pai, sorrindo ao constatar a semelhança física que ela e seu pai teriam com Bela e Maurice, caso ela deixasse o cabelo longo. Diria isso ao pai depois, ele ficaria feliz com a constatação.

Não tardou a cair no sono, cansada pelo dia de trabalho e pela discussão. Não era muito de sonhar, nunca havia sido, mas naquela noite em especial, seu sono foi pontuado por imagens diferentes das raras e usuais.

Começando pelo fato de que estava sentada em uma mesa mais longa que a da mansão de Plínio, enfeitada por uma infinidade de comidas e com um candelabro falante pulando por ela.

“Que porcaria é essa?”

“Seja nossa convidada, mademoiselle.” Cantarolou o dito lustre, com um sotaque francês adorável.

“O amo vai ficar muito zangado.” Um relógio apareceu resmungando.

“Lumiere, Horloge.” Ela reconheceu, seu sorriso se iluminando. “Então isso quer dizer que eu sou...”

“Belle.” Zip veio saltitando em sua direção e ela o pegou na mão. Sempre havia adorado aquela xícara adorável.

“Ah, é... Em inglês é Belle, Bela é no Brasil.” Murmurou a jovem, sorrindo para o jovem amiguinho.

“O amo a está esperando senhorita, vamos logo.” Horloge começou a apressá-la. “Onde está madame Samovar? Ela precisa se aprontar!”

“Me esperando para o quê?” Ela franziu o cenho, enquanto o relógio a puxava pela mão, fazendo-a se levantar.

“Sem tempo para conversas.”

Ela foi empurrada pelas pernas em direção a uma porta e, ao abri-la, deu em um grande salão de baile. A boca se escancarou de surpresa ao constatar que trajava um magnifico vestido amarelo.

“Olha, tem que ser sonho mesmo para isso acontecer!”

“Realmente... Só em sonho para um moleque de rua usar um vestido tão lindo.”

“Ah não, até quando eu to sonhando vem me perseguir.” Ela virou pronta para brigar, mas parou admirada ao vê-lo em um traje de festa azul, com lapela amarela, igualzinho ao do filme. “Você está lindo. Só precisa fazer essa barba.”

“Se eu estivesse sem barba não seria a Fera, seria o príncipe estranho e de rabinho do final do filme. Agora cala essa matraca e vem me deixar meu pé com suas marcas de ferradura.”

“Será que nem no sonho romântico você pode ser delicado?”

“E você é?”

Claro que ela quis responder, mas ele tomou a iniciativa de puxá-la para seus braços e acabar com a conversa. Colocou uma mão em sua cintura e deixou que ela segurasse em seu ombro. Tocaram as mãos em um gesto delicado, atípico, enquanto os olhos sorriam entre si.

“Madame Samovar, por favor.” Pediu o rapaz.

https://www.youtube.com/watch?v=ljvfi8qgs4s

Começaram a rodopiar pelo salão ao som da voz do gentil bule. O silêncio não era incômodo, os olhos falavam mais do que palavras.

“Eu vou te girar.” Ele anunciou, soltando a cintura dela e fazendo girar por baixo de seus braços, ida e volta. “Olha só... Até que você dança bem.”

“Você é bem engraçadinho, né ferinha.”

“Pode me deixar assim o quanto quiser, minha belinha.”

“Tá querendo apanhar?”

“To querendo que você me beije logo, moleque.”

“Eu to brava com você ainda.” Provocou a marrentinha.

“Isso é um sonho, Giane, só me beija logo.”

E foi o que ela fez, sem hesitar. Seus lábios se tocaram e ela sorriu, sentindo flutuar. Os braços dele a apertaram mais forte e ela se abraçou a ela, sentindo o cheiro inconfundível de seu perfume. Demorou alguns segundos até perceber que o cheiro não era parte do sonho, assim como o abraço.

“Fabinho?” Resmungou coçando os olhos.

“Eu mesmo, moleque. Olha, não sabia que você gostava de filmes de princesinha, achei que só assistia jogo do Corinthians.”

“A gente briga, eu saio de casa, você vem atrás de mim e já começa a me sacanear? Você tem problema?”

“Uma série deles, começando por gostar de você. Mas eu nunca assisti esse filme... Ele é legal? A Bela fica com a Fera no final, né? O Gaston morre?”

“Assiste para saber, seu babaca.” Ela rosnou, se aninhando mais nele. “Eu gosto dessa cena em que eles dançam.”

“Quer dançar?”

“Com você? Vou ficar com o pé cheio de ferradura.”

“Essa frase é minha.” Ela reclamou enquanto ele se levantava e pegava o controle da TV. “Vai fazer o que?”

“Melhor parte de TV digital: poder voltar no programa. Levanta, vamos dançar a música da Bela e a Fera, já que minha maloqueira gosta dessas coisinhas fofas.”

“Eu devia era te dar um chute no meio das pernas.” Apesar das reclamações ela se levantou, se aproximando dele.

“Bom, como é essa dança deles?” Ele perguntou, ansioso.

Giane riu, segurando uma das mãos deles e levando a outra até a sua cintura, deixando que sua própria mão repousasse no ombro dele. Fabinho sorriu, começando a girar com ela no lugar, os dois envoltos pela música.

“Me gira.”

“Com prazer.”

Ele a rodou por baixo do braço, ida e volta, e a puxou para o seu peito, a abraçando com força.

“Não é assim que termina.”

“Eu sei, mas gosto de ter liberdade poética.” Ele sussurrou antes de colar seu lábios, os dois sorrindo.

E o resto... Bom, é sempre outra história.


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Notas finais do capítulo

Olááááá´Eis que surjo com mais uma loucura da minha mente delirante. Amo a Disney e amo meus shipps, então vamos colocar tudo junto e fazer uma salada mista, porque a vida tem dessas.Gostaram? No próximo capítulo, Pedro e Karina como Aurora e Felipe, de A Bela Adormecida. Ansiosos?Então comentem e me deem inspiração HAHAHAHASee you soon ;*http://www.facebook.com/fanficswaalpomps



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