A filha de Esme e Carlisle escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é narrada por Esme a menos que eu diga que é outro PDV, o PDV é sempre dela.



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1920

Os meses se passaram e Edward começou a demonstrar desagrado com a forma de vida de Carlisle, o fato de sermos ‘vegetarianos’ e reprimir a natureza assassina dos vampiros. Isso deve ser realmente muito difícil ter de resistir à tentação. Sim, porque eu já considero-me parte da família, mesmo que eu ainda não seja uma vampira de fato, com certeza vou me manter afastada das pessoas, pois não quero jamais ferir alguém quando for uma vampira. E, com certeza, como esposa de um vampiro, eu irei me tornar uma, mas não sei quando Carlisle terá coragem ou sei lá o quê ele espera, para finalmente me transformar em uma imortal. Eu já sou dois anos mais velha do que ele, de certa forma. Porque se for contar desde que ele nasceu na Inglaterra do século XVII, eu jamais seria mais velha do que ele, já que ele tem quase 280 anos.

Edward contou para mim e para Carlisle durante um dos raros momentos em que estávamos os três sentados na sala, assistindo televisão:

— Mãe, pai.

Eu e Carlisle imediatamente olhamos para ele.

— Sim Edward – diz Carlisle.

— Fale, filho - digo.

— Eu estive pensando... quero dizer, e se nós apenas matássemos os humanos que tem pensamentos ruins?

— Não, filho, toda vida humana é preciosa, toda vida humana tem um valor inestimável – responde Carlisle, compreendendo o que Edward quis dizer. – Quem somos nós para decidir matar uma pessoa? Não podemos julgar, para não sermos julgados da mesma forma.

— Mas, Carlisle...

— Sem mas, filho. Não. Nós não vamos matar seres humanos para nos alimentar.

Edward abaixa a cabeça. Parecendo acatar o que o pai disse.

— Esme, você está bem? – Carlisle olha para mim, temendo que seja demais para eu suportar.

Vivendo com vampiros eu me sinto à vontade com essas discussões. Eu sei que eles deveriam se alimentar de sangue humano. Como muitos vampiros fazem, eles são a exceção, não a regra. Os outros vampiros não respeitam nem valorizam a vida humana como Carlisle. Ele e Edward são dois apenas, os dois únicos vampiros que sobrevivem bebendo apenas sangue de animais. Eu tenho muita sorte em tê-los conhecido. Na verdade, tenho sorte em ter conhecido Carlisle. Ele é muito religioso, por isso não se tornou um mostro quando se transformou em um vampiro. Isso tem muito a ver com a forma com que ele foi criado.

— Sim, querido, eu estou bem.

Ele olha para o relógio de parede da sala:

— Preciso ir para o hospital.

— Boa noite querido – me levanto para beijá-lo.

Ele vem até mim e trocamos um beijo profundo e delicado.

— Eu te amo Esme – ele toca meu queixo.

— Eu também te amo Carlisle.

Ele sai de casa e eu subo para o nosso quarto  para dormir. Ainda preciso dormir e fico pensando no que eu perco dormindo. Quanta coisa pode acontecer em 8 horas! Mas, por outro lado, eu ainda sou humana e preciso descansar o corpo para me manter saudável. Por enquanto.

Eu sonho em ser vampira. Fico imaginando o dia em que acordarei transformada. Não penso na dor que Carlisle me disse que é tão intensa que nos faz querer morrer.

Eu sei o que eu quero.

Eu quero ser uma vampira, para ficar para sempre ao lado de meu marido. Se a dor é  o meio para alcançar esse objetivo. Ok. Eu pago o preço. "Toda magia tem seu preço." como vi em algum lugar. Não lembro onde, mas é verdade isso, concordo.

...XXX...

 

Na manhã seguinte, eu estava tomando um achocolatado na cozinha e comendo um sanduíche que preparei quando Carlisle chegou e percebeu que Edward não estava em casa. Ele entrou na cozinha:

— Esme, bom dia, onde está Edward? Não sinto a presença dele em nenhum lugar.

— Edward! – levanto tão rápido que eu cairia se Carlisle não tivesse me segurado.

— Ele não está em casa? - pergunta Carlisle.

— A última vez que o vi foi depois da discussão entre vocês dois – olho para ele, não o acusando, mas dizendo que talvez foi esse o motivo de sua fuga.

— Esme, eu sinto muito.

— Não foi culpa sua, querido – afago os cabelos dele. Para isso preciso ficar na ponta dos pés, porque não estou com meus sapatos altos ainda, que eu costumo usar sempre para compensar nossa diferença de altura. Ele me ajuda abaixando a cabeça ao encontro de minha mão.

— E agora? Eu me sinto responsável pelo que ele pode fazer...

— Ele vai matar pessoas...? – minha voz vacila.

— Sim, provavelmente. Ele sabe que eu jamais permitiria que ele fizesse isso sob minha supervisão. É claro que esse foi apenas o estopim, há muito tempo ele vinha pensando em nos deixar. Edward não compreendia totalmente meu modo de viver. Eu não posso culpá-lo. Ele quer experimentar outra forma antes de decidir, fazer sua própria escolha. Precisamos aceitar e deixar ele seguir seu caminho. Mas eu sou responsável por ele, espero que os Volturi não o descubram. Se descobrirem ele vai acabar me prejudicando o que ele não quer.

Eu estou com o rosto banhado em lágrimas. Considero Edward meu filho:

— Será que nosso filho vai voltar, Carlisle? – digo com a voz embargada, não passando de um sussurro, mas meu marido entende perfeitamente.

— Não sei, espero que sim.

— Ele vai matar pessoas – recomeço a chorar.

Como se eu já estivesse vendo ele matar as pessoas e chorasse pelos mortos que ele fará. Como se isso minimizasse o estrago. Sei que não, mas me sinto um pouco culpada pelas mortes que ele fará.

— Esme, meu amor, não chore – meu marido afaga meu cabelos e me aperta contra o peito rijo. Meu porto seguro. Meu lar.

Após alguns instantes consigo falar:

— Fico triste por ele, mas também pelas pessoas que nosso filho vai matar. É como se eu também tivesse falhado como mãe. Eu não nasci para ser mãe.

— Claro que nasceu, Esme. Todas as mulheres tem esse dom inato.

— Nem todas temos, Carlisle. Acho que eu sou uma delas.

— Meu amor, você foi uma ótima mãe para Edward.

— Será mesmo?

— Eu acho.

— Obrigada, meu amor – lhe dou um beijo na bochecha.

Mas, ele procura minha boca e assim que nossos lábios se encontram não há mais nada no mundo. Esqueço todos os problemas e preocupações. Facilmente ele me pega no colo e me leva ao nosso quarto. Subimos as escadas mais rápido do que eu imaginava.

Quando percebi já estava deitada novamente em nossa cama. Carlisle por cima de mim, mas guardando uma distância para não me machucar. Rolamos e agora ele me deixa por cima e fica por baixo. Assim ele não precisa se segurar para não cair em cima de mim. Se eu cair não sou tão pesada quanto ele.

Me deito sobre o peito dele. Não me lembro de como tiramos as roupas, mas no momento seguinte estamos nus e fazendo amor. Ele sempre é tão delicado comigo, nosso amor é algo mágico. Nos conectamos num nível em que nossas mentes chegam a se encontrar. Nossos corpos e nossas mentes ficam em sintonia.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

~~amor matinal ;)