Unknown Love escrita por Katherine Henderson


Capítulo 43
Estranho


Notas iniciais do capítulo

Quem quer mais uma pecinha do nosso quebra cabeça misterioso que é a nossa história, quem vai querer??? [/modo autora vendedora de peixe (eu disse "peixe" e não "Peche", atenção!!!) ON

Até esqueci. É episódio especial, primeiro POV do Alex na história, comemora e chacoalha os pompons!!! [/modo autora cheerleader ON



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Isa estranhou o silêncio de Alex a viagem inteira até a casa dela. Isso com certeza estava torturando ela. Ela sabia muito bem que Alex nunca foi daquele jeito tão caladão. Logo Isa decidiu quebrar o silêncio de vez.

-Ok, abre o jogo, Alex, por que isso tudo agora?
-Isso o quê?
-Isso! Esse silêncio todo desde que a gente saiu do seu apartamento, o jeito que você tá falando comigo. Tem alguma coisa errada...
-Me desculpa Isa, é que... Ás vezes eu fico estranho mesmo, é que... Quando você desmaiou me veio uma coisa muito esquisita na minha cabeça...

----Momento Flashback POV Alex----

Antes da Isa desmaiar eu ainda estava animado, teríamos muita coisa pra fazer o dia inteiro: ensaio da banda pro show de talentos, aula chata de matemática (por culpa da professora), aula chata de música (por culpa da Cristina). Eu ficaria até cansado de tanta coisa se não fosse por um detalhe: em qualquer coisa que eu faria, ela estaria lá.
Meu anjo particular, a garota que eu mais amava.
Isabella.
Por falar nela, lá está ela gemendo... Gemendo?! Calma aí, tem alguma coisa errada. Corri de dentro do banheiro e vi Isa desmaiada, imóvel no chão e logo lembrei do meu pesadelo de hoje. Tudo igual ao de sempre. Fogo, gritos e tudo mais, mas tinha algo muito pior. (n/a: Alex não contou do pesadelo para Isa (ok, ele só contou a versão de cinema do pesadelo pra ela), mas como o POV é dele, ele pode contar o pesadelo dele sem contar pra Isa... [/Modo autora explicativa ON) Ao fundo daquele incêndio, estava Isa. Eu corria contra as chamas, sem sentir nenhuma queimadura, tentando alcançar ela, foi quando eu cheguei lá é que eu me desesperei. Ela estava caída, com uma coisa meio indistinta desenhando o lado esquerdo do peito dela. Quando eu me aproximei, vi que era um buraco sangrento, atingindo o coração dela. Me ajoelhei chorando, sem saber o que fazer, sem ação. Ver minha amada morta não era algo que eu queria ver de verdade. Mas o pior foi o que aconteceu depois, quando eu percebi que tinha algo nas minhas mãos, algo que não tinha notado antes. Minha mão estava molhada, apesar do fogo que invadia o lugar e que poderia secar tudo. Foi quando vi que tinha uma adaga na minha mão, uma adaga ensanguentada. Fiquei horrorizado quando me dei conta do que estava acontecendo.
Minhas mãos seguravam a arma que tinha matado a minha Isa.
Eu matei a minha Isa.
Não, isso não poderia acontecer. Não teria sentido viver em um mundo onde Isa não existisse. Eu morreria se algo ruim acontecesse a ela... E agora, aquele desmaio me lembrou daquele pesadelo terrível. Não pensei duas vezes antes de correr pra socorrer ela.

-Isa!!! Isabella... Isa, acorda, meu amor...

Não sei de onde tirei velocidade, mas quando voltei a mim novamente, estava segurando Isa perto da cozinha, com um dos meus calções (como foi que eu coloquei, não me perguntem...), com Micky me perguntando se ela estava bem.

-E aí, Alex, tá tudo... O que aconteceu?
-Ela desmaiou, mas ela tá bem... Só me ajuda aqui com a Isa, por favor, Justa? -Linda não estava acordada pelo jeito, minha segunda opção pra cuidar de Isa era Justa. Assim ela estaria bem enquanto eu arrumava as coisas pra levá-la pra casa da tia dela.
-Tá, tudo bem, mas por quê isso tudo?
-Falta de açúcar. Quando a Isa veio passar a noite aqui depois do meu encontro com ela na semana passada, -Tentei poupar as partes mais íntimas, contando só o que eles deveriam saber- ela acordou de manhã e alguns minutos depois ela desmaiou do nada. Claro que fiquei em pânico, não sabia o que fazer até ela acordar do desmaio e me explicar...

Justa me acompanhou até a sala, onde deixei Isa com Justa, que de repente, tomava uma atitude totalmente diferente da repetida que nós conhecíamos. Ela parecia preocupada, protetora. Uma amiga de verdade.

-Se ela não tiver nada contra pêssego, vou dar um pouquinho do meu suco pra ela. Quem sabe essa palidez dela não some...
-Boa ideia. Cuida dela por mim, tá gente? Eu vou lá em cima e já volto... -Subi as escadas apressado.
-Pode deixar Alex...

Entrei no meu quarto e logo tentei arrumar tudo pra levar Isa de volta pra casa. Peguei a primeira roupa que vi no guarda roupa e me vesti megarápido. Fui pegando as roupas da Isa e colocando tudo na mochila dela. Queria ficar ocupado mais tempo, assim não teria que pensar no pesadelo outra vez.
Logo depois de arrumar tudo, desci as escadas, bem devagar. Queria me certificar que Isa estava bem. Logo ouvi a voz dela, no começo fraquinha, chamando o meu nome.

-Ah, Alex... Cadê você, eu... Ai, minha cabeça...
-Isa, você tá bem, graças a deus... Tá bem mesmo, tem certeza, não é?
-É, tô bem sim, Justa, mas... Cadê o Alex?
-Ele tá lá em cima. Garota, devia ver o quanto ele ficou desesperado quando desceu na escada com você nos braços dele. Você tem muita sorte de ter o Alex por perto...

Minha nossa, ela percebeu mesmo que eu estava tão desesperado assim? Acho que tive um péssimo dia pra ter um pesadelo. Ou será que a Isa teve um péssimo dia pra desmaiar? Queria pensar mais no assunto, mas o riso de Isa me levou de volta a realidade. Uma realidade muito melhor que os meus sonhos. Pelo menos na minha realidade Isa estava viva.

-Não me diz que meu açúcar caiu de novo...
-Tá com fome?
-Muita, apesar que... Eu acho que tô atrasada. Prometi pra minha tia que eu voltaria cedo pra casa pra me arrumar pro colégio...

Ok, essa é a minha senha pra aparecer. Claro que isso era um lembrete pra mim, apesar que nem precisava lembrar. Eu sabia que teria que voltar mais cedo pra casa dela. Desci as escadas rápido, direto pra sala. Direto pra Isa.

-E aí Justa, a Isa acordou? -Não, imagina. Ela ainda tá desmaiada, cabeção, não viu?
-Acabou de acordar e tá com fome, vou pegar umas torradas com o Micky e pegar mais um copo de suco pra ela.
-Muito obrigado, repetida, tô te devendo uma... -Não importava quantas vezes Justa aprontava com a gente, ela sempre fazia algo pra que nós ficássemos devendo a ela.
-De nada... -Justa foi embora pegar o café me deixou com Isa.
-Então, você tá bem, meu amor?
-Tô sim, já tô pronta pra outra... E, bom, Alex...
-Sim? -Olhei meio curioso. Ela me olhava com aquele olhar doce que eu amava tanto...
-Obrigada pela preocupação...

Eu a beijei um tanto preocupado. Aquele pesadelo que eu tive era um sinal. De algum jeito nós seríamos separados, não que nossa separação fosse necessariamente por causa de uma morte, minha ou dela. Tinha algo mais poderoso que uma simples morte que pudesse nos separar, eu só não queria pensar nisso agora.

-Gente, eu já trouxe as torradas e... Acho que interrompi vocês... De novo... -Quer saber? Não importa quantas vezes a Justa faça alguma ação nobre em nome dos amigos, ela não deixa de ser uma repetida enxerida...
-Não, tá tudo bem, Justa. Escuta, adoraria ficar e comer as torradas em paz, mas eu prometi que estaria na minha casa cedinho...
-E eu vou levar ela. Por isso peguei a mochila dela... -Mostrei a mochila da Isa para Justa ver que logo nós sairíamos.
-Ah, tá. Tudo bem, então... Eu acho... -Justa foi direto pra cozinha, sem dizer mais nada. Estranho...

Isa começou a acelerar. Pegou a sandália e começou a colocar no pé enquanto pegava a mochila da minha mão e pegava as torradas. Ela estava bem engraçada, admito, e eu bem que poderia rir, mas não estava com cabeça pra isso. Passei por coisas demais pra um dia só. Fui a cozinha e peguei as chaves do meu carro.

-Já tá pronta? Peguei as chaves do carro...
-Já tô pronta sim Alex, espera eu terminar de comer a torrada, sim? -Ela tentava arrumar a bagunça que fiz na mochila dela, mas tinha que levar ela pra tia dela e logo. Peguei ela pelo braço e saímos do apartamento enquanto ela ainda terminava de comer as torradas do Micky.
-A gente come tudo lá no carro. Sua tia vai ficar preocupada...
-Tá ok, pra que essa pressa? Tchau gente, vejo vocês na escola. Obrigada pela torrada Micky. Justa, diz pra Linda que eu vejo ela na aula de história... -Puxei mais uma vez Isa pra fora do apartamento, dando um jeito de terminar a conversa dela com a galera.

----Fim do Momento Flashback POV Alex----

-Ah, meu lindo bobinho... -Isa deu um beijo no rosto de Alex, que agora parecia mais relaxado.
-Então, me desculpa?
-Claro que sim, não tem problema. Você é com certeza o garoto mais doce e protetor de todo o mundo. A Justa tem razão...
-Sobre o quê? -Alex "inocentemente" perguntou (por que a gente sabe que ele ouviu a conversa de Justa e Isa).
-Tenho muita sorte de ter você comigo...
-Não. Eu é que tenho muita sorte de ter você, Isa... -Alex aproveitou o sinal fechado pra dar um beijo em Isa, mas não pôde ficar muito tempo. Logo o sinal abriu e ele teve que prestar atenção no trânsito outra vez.


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