A Nossa Historia escrita por Lilly Belmount


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem estrelinhas!



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O relógio tocava sem parar. Amy se sentia acabada, sem animo algum para ir para a escola de artes. Sua cabeça doía o suficiente. Não conseguira dormir apenas tentando encontrar um jeito de sair da enrascada que sua mãe lhe colocara. Decidiu ficar mais alguns minutos deitada debaixo das cobertas quentinhas. A manhã era sempre tranquila, pois nunca tinha de lidar com a sua mãe ou sequer com Bernard. Ambos acordavam antes das oito e iam realizar os seus afazeres na rua. Não se sentia pressionada a fazer o que queriam naquele horário. A campainha da casa começou a tocar desesperadamente. Só poderia ser brincadeira. A jovem fez um muxoxo e lutou contra a vontade de permanecer na cama. Pouco se importava com o estado em que se encontrava. Não pedira para receber visitas naquele horário.

— Espero que seja importante, pois se foi uma daquelas crianças que tocam a campainha e saem correndo, garanto que um dia elas terão uma surpresa. — Resmungava ela para si mesma.

Por poucos segundos a campainha parou de ser tocada. Um alivio momentâneo para Amy. Detestava tanto barulho logo cedo.

— Bom dia! — Exclamava uma voz estupidamente alegre.

Amy fechou a cara, mas no fundo desejava rir da brincadeira. Demetria estava acompanhada de Marcus e juntos os dois falavam com a voz afetada.

— Que porra é essa? Eu nem acordei direito.

— Bom dia, flor do dia! — Exclamou Marcus dando um beijo no rosto da jovem.

Amy corou instantaneamente.

— Por que essa alegria toda? Juro que estou sem entender.

Demetria levantara as mãos se entregando.

— Foi ideia dele. O Marcus achou que poderia ser divertido te acordar. E temos carona até a escola.

— Desculpa, querida! Só pensei que seria bom estarmos todos juntos. Agora vá tomar um banho. Nós esperamos você se aprontar.

Amy se sentia estranha por ter uma visita tão cedo. Tinha os amigos mais loucos da face da terra, mas eram eles que a faziam se sentir bem e mais leve. Amizades faziam uma grande diferença na vida, sejam elas as que estão perto, virtual ou as que já deixaram de existir no mundo terrestre. Não demorou para que logo ela estivesse devidamente pronta. Estava cansada demais para se produzir um pouco mais do que estava acostumada.

Logo ela apareceu na sala completamente arrumada.

— Nossa! Que encantadora você está! — Elogiava Marcus.

Amy revirou os olhos.

— Vocês não estão bem hoje. — Brincou ela — Só podem estar querendo fazer alguma pegadinha comigo.

— Claro que não amiga. Agora pega as suas coisas e vamos para aula. Não quero chegar atrasada.

— Não vejo problema algum em estar de bom humor logo cedo, Amy! Você deveria tentar mais vezes. — Murmurou Marcus.

Seria fácil acordar de bom humor, mas a vida daquelas pessoas não era igual a de Amy. Jamais passariam pelos mesmos problemas que ela. Ao menos ela estava tentando ser simpática com aquelas pessoas. Olhou em seu celular a hora e ainda lhes restavam alguns minutos livres.

— Querem alguma coisa? — Ofereceu ela.

— Não precisa se incomodar. Já comi, acho que a Demetria também.

Demetria concordara. Já que estavam todos alimentados, Amy não hesitou em preparar uma pequena salada de frutas para manter-se até o almoço.

— Estão ansiosos para a aula de hoje? — Perguntou Demetria quebrando o silêncio.

Marcus a olhara estranhamente.

— Algo de especial vai acontecer hoje?

Ela sorriu marota.

— Não! Só queria testar a paciência de vocês mesmo. Hoje será mais aula teórica. Um pouco cansativa, mas de alguma forma sempre é produtiva. Hoje a Margareth deve estar de bom humor. Gosto quando ela nos explica cada vez mais sobre a história da arte.

— A dramática você já domina. — Brincou Amy.

— Eu não sou a única.

— Moças, podemos ir?

— Podemos! — Responderam as moças em uníssono.

Marcus direcionou as garotas até o seu carro.

O inicio do trajeto até a escola estava calmo demais. Pelo retrovisor, ele via o quanto as garotas estavam no tédio. Olhavam para o lado de fora do carro sem parar. Já estava acostumado a vê-las sempre conversando e fazendo brincadeiras. Até pareciam outras pessoas de tão sérias.

— Que desanimo é esse, meninas?

— Desanimo? Onde? — Começou Demetria — Só estamos sem assunto, meu bem.

— Querem ouvir alguma coisa? É Só dizerem. Não quero que se sintam entediadas com a minha presença.

Amy pensou em falar, mas preferiu guardar para si mesma.

— Coloca qualquer música. Algo que seja agradável aos nossos ouvidos sensíveis. — Insistia Demetria nas brincadeiras.

Marcus erguera as sobrancelhas. Gostava do jeito brincalhão de Demetria logo cedo. Amy parecia estar preocupada com algo. Preferiu ignorar todo o silêncio e ligou o rádio do carro. O último cd que escutara ainda estava lá. Era da banda “Paramore”. Ele sorriu divertidamente ao ouvir a introdução daquela música. Era tão óbvia. Tamborilava os dedos de acordo com as batidas. Demetria já se empolgava e cantava sem se importar com altura de sua voz.

Amy apenas os olhava curiosa. Marcus se preparou para cantar o refrão. Ora olhava para a estrada e para Amy, mas ela estava tão perdida em pensamentos que não parecera interessada na breve atuação do seu amigo.

“I should be over all the butterflies

But I’m into you (I’m into you)

And baby even on our worst nights

I’m into you (I’m into you)

Let ‘em Wonder how get this far

Cause I don’t really need to wonder at all

Yeah, after all this time

I’m still into you “

Demetria captara toda a mensagem passada através daquela atuação leve. Desde o primeiro dia de aula notara o quão diferente Marcus se direcionava à Amy. Fazia questão de sempre ter atenção de sua amiga. Numa determinada oportunidade iria ter a oportunidade de esclarecer todas as suas suspeitas, e esperava que estivesse certa. Já não sentia mais vontade de cantar como antes. Fixou o seu olhar além do horizonte. Ficava animada diante das ruas encantadoras que ficavam para trás. Um caminho bem diferente de quando iam de ônibus. Sonhava com o dia em que deixaria de morar no bairro mais simples, mas sempre se lembraria de suas raízes, das amizades que ali conquistara ao longo dos anos. Estava disposta a ir cada vez mais longe para realizar o seu sonho.

Faltava pouco para que chegassem à escola de artes. Marcus não conseguia deixar de encarar Amy. Lhe oferecera um sorriso acolhedor e a jovem retribuiu do mesmo modo. Não queria parecer chata ou muito menos irritante, mas ainda devia uma resposta para sua mãe. Como é que ela encarar Donnie depois de ser chantageada, mesmo que soubesse atuar tão bem, não queria forçar a barra.

— Não pensa demais, não! Vai acabar ficando de cabelos brancos. — Brincou ele.

— Não é tão fácil como faz parecer, Marcus. Só estou me preparando mentalmente para a aula de hoje. Infelizmente não dormi muito bem. — Explicou ela simplesmente.

— Essa aula não será um problema. — Ele estacionava o carro — Chegamos, minhas queridas.

Demetria saíra empolgada do carro já indo diretamente para a entrada do prédio.

— Está tudo bem, Amy? Estou te achando quieta demais. — Reparava o jovem.

— Estou bem, mas só um pouco pensativa. Preciso tomar algumas decisões importantes no momento.

— Espero que seja apenas isso.

Ao longe Leonardo, Gregory, Patrick e Bruno se aproximavam deles. Estavam em meio a uma conversa muito animada. Um pouco mais animada do que o necessário para o conhecimento de Amy e Marcus. Ficaram ali olhando o grupo animado, mesmo que a vontade de Amy fosse ser apenas uma partícula de pó.

— Olá meus amigos! — Exclamou Leonardo passando a mão pelo cabelo.

— Oi — Respondeu ela simplesmente.

Marcus ficou curioso ao ver Patrick se aproximar cada vez mais de Amy. A puxou para um abraço caloroso e demorado. Suas mãos grandes espalamavam em toda as costas da jovem.

— Por que não entramos? Não será nada legal entrarmos depois que a aula começar. — Murmurou Marcus com desdém.

— Algum problema, Mark? — Quis saber Gregory.

“Todo o problema do mundo. Avise ao Patrick para tirar as mãos de cima da minha garota”. Marcus apenas pensara. Não teria coragem de dizer a verdade. Quando é que teria?

— Nenhum. Acho que todos estão nos esperando.

Dito isso ele saiu apressadamente para o prédio. A recepcionista da escola sorriu para os alunos que estavam entrando. Todos foram simpáticos com a moça, até mesmo Patrick que não conseguia desviar a atenção de Amy. Receber toda aquela atenção era desnecessária para Amy. Não era daquele jeito que ela gostava de ser tratada pelas pessoas.

— Oi Margareth! — Exclamou Amy ao avistar a mulher organizando a mesa — Nossa! Cada dia que te vejo está ainda mais produzida. Alguém especial tem feito a sua vida mais colorida?

Margareth riu leve.

— Não, meu amor! Estou apenas me valorizando cada vez mais. Estou aprendendo a aproveitar as oportunidades que a vida me oferece.

— Está certa! Tem que aproveitar mesmo.

Todos os alunos já haviam ocupado as carteiras vazias, exceto Amy que ainda estava de pé conversando com Margareth. Quase não tinham esse tempo livre, mas elas tinham conhecimento de que a aula logo teria de ser iniciada, de uma forma ou de outra. Assumindo o seu posto, Amy foi para o seu lugar habitual. Ficara sem jeito quando Patrick lhe deu uma piscada. O mundo só poderia ter acordado ao avesso. Para não deixá-lo desconcertada apenas acenou com um pender de cabeça.

Margareth havia pegado as folhas impressas com as informações da aula do dia. Olhou para a turma que tanto amava lhe passar todos os ensinamentos mais importantes do mundo artístico. Eram eles os seus grandes motivadores a sempre querer o melhor para aquela escola.

A aula se dera inicio com uma revisão sobre os primórdios do teatro grego. Todos prestavam bastante atenção a cada palavra que saía da boca de Margareth. Anotavam fervorosamente enquanto a mulher explicava que o teatro havia surgido devido a necessidade de educar o povo de forma integral (corpo, mente, espírito = politicamente, psicologicamente, espiritualmente) ←→ Ideais de igualdade.

Após ter ganhado várias batalhas, os gregos traziam escravos para serviços gerais. Com um número grande de escravos sobrava muito tempo livre. Os gregos foram os responsáveis pela criação da matemática e da arte dramática.

Margareth tinha o dom de explicar sobre o mundo das artes. Sempre conseguia prender a atenção de todos os seus alunos, mesmo daqueles que fingiam não estarem interessados em sua aula. O silêncio era garantido. A magia reinava em suas aulas. Imaginações férteis eram cada vez mais exploradas. Trazia a magia para dentro da sala e não permitia que ela saísse até que a aula se encerrasse. Todos pareciam estar hipnotizados diante de tamanha explicação.

Enquanto a aula se seguia de forma tranquila e harmoniosa, uma vaga lembrança começou a tomar conta de Amy. Lutava para não deixar que aquela lembrança se apoderasse dela e a fizesse perder a concentração na explicação de Margareth. Aos poucos foi deixando se levar pela nostalgia. Seu olhar fixou num ponto atrás de Margareth, assim dava impressão de que ela estava prestando atenção a tudo o que era comentado durante a aula.

As lembranças eram nítidas aos olhos de Amy. Lembrava-se exatamente de como era a sua primeira sala na escola de artes. Depois de conseguir a bolsa por mérito informaram a todos os alunos que a escola estaria sendo reformada, melhorada para que melhor pudessem atender as necessidades de cada aluno que por ali chegavam. Suas aulas iniciais foram marcadas para terça e quinta feira. Era o dia da semana onde os que possuíam habilidades cursavam. Os que sempre conseguiam entender as matérias com mais facilidades, Amy absorvia tudo o que ouvia e via. Tudo começou numa sala pequena, mas que aos olhos de qualquer outra pessoa ela se tornava grande.

Os cartazes de todos os espetáculos já produzidos ficavam expostos em todas as paredes como se fossem quadros. Quadros estes que se eternizavam a cada turma que ali se formava. Observar atentamente cada um desses cartazes trazia a esperança de que ela um dia pudesse chegar até o fim. Pastas com impressos de divulgações, jornais e fotos ficavam disponíveis a qualquer um que quisesse conhecer cada vez mais o histórico e o potencial da escola. A sala possuía um clima acolhedor demais. A magia de fato ali morava. As araras repletas de figurinos maravilhosamente confeccionados. Um deleite para os seus olhos. Um vestido lhe chamara a atenção. Aproximou-se cautelosamente e se pôs a observar. Era um vestido branco como de uma noiva, com pedraria bordadas uma a uma. Lembrava o vestido usado por Christine em “O Fantasma Ópera”. Um dos seus espetáculos preferidos realizados por atores da Broadway.

Objetos cênicos ficavam mais longe, pois a maioria se tornaram raros. Todo um cuidado especial era necessário. Quanto mais observava mais encantada ficava. Naquela sala existia uma vida, uma força maior e ela não via a hora de começar a sentir e vivê-la com intensidade.

— Amy? — Chamava Margareth — Meu amor, a aula já acabou! Dormiu no tempo?

Amy sorriu fraco.

— Me desculpa, Margareth. Só estava lembrando dos meus primeiros meses de aula, da primeira vez em que entrei na sala de interpretação. Tive a oportunidade de conhecer a melhor fase da escola. De me encantar pela simplicidade que me era oferecida.

— Me sinto honrada por lhe proporcionar bons momentos, minha flor.

— Peço desculpas se em algum momento parecia estar longe.

— Relaxa, meu amor! Eu sei que deve estar passando por problemas em casa, mas não deixe de estudar as anotações e as folhas que lhe foram entregue.

— Pode deixar! Nos vemos amanhã.

Demetria e Marcus esperavam Amy do lado de fora. Ela só não esperava ter de lidar com uma visita inesperada. Não gostou nada do que vira. Já começava a ser pressionada.

— Oi gata! — Cumprimentou Donnie tentando dar-lhe um beijo na boca.

Ela esquivara-se rapidamente.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou ela ríspida.

— Não sentiu saudades de mim? Pensei que iria gostar da minha visita.

— Não esperava, mas também não agradou em nada. Se você não percebeu eu tenho que resolver assuntos da escola com os meus amigos.

Donnie sorria maquiavélico.

— Eles não vão se importar se eu os acompanhar. — Insistia o rapaz.

— Mas eu vou.

Amy foi para perto de Demetria e Marcus. Não iria se estressar com as loucuras de Donnie.

— Amiga, está tudo bem? — Quis saber Demetria.

— Na mais perfeita ordem!

Donnie não desistia tão facilmente de Amy. Aproximou-se do grupo e a puxou fortemente pelo braço.

— Você vem comigo! — Ele a puxava consigo.

Marcus detestava ver esse tipo de relacionamento abusivo. O único que ele aceitava era o do Coringa com a Arlequina.

— Solta ela agora! — Esbravejava Marcus em direção à Donnie que arrastava a garota.

— Esquece playboy, essa garota já é minha.

— Me solta Donnie. — Resmungava a garota.

Marcus notou que Donnie não ia parar de forma alguma. Só queria garantir que Amy não iria se machucar. Correu em direção a eles, obrigando-o parar.

— Sua mãe não te ensinou a tratar as garotas com carinho? Não precisa de brutalidade. Se ela não quer a sua companhia, não a obrigue. — Amenizava Marcus.

— Desculpa, mas não falo com burgueses chatos. Essa garota é minha namorada. Preciso dela ao meu lado e não com os amiguinhos de merda daquela escola de esnobes.

— Vou contar até três para que você possa tirar essas suas mãos imundas de cima da Amy antes que eu te dê uma boa surra.

Donnie sentiu o gosto do desafio saltar até seus ouvidos. Como ele adorava ser desafiado! Marcus tocara no seu ponto fraco e dessa vez era pra valer.

— Demi entre no carro, por favor! — Pediu Marcus educadamente.

 A garota logo atendeu ao pedido.

— Quer pegar a amiguinha dela também? Meu irmão, isso não se faz.

A paciência de Marcus já estava se esgotando desde o momento em que vira Donnie parado esperando pela garota. Puxou-a para si e tentou beijá-la a força, mas ela tentava se esquivar em vão. Apenas sentiu um vento forte passar por ela. Seus olhos não acreditavam no que viam, Marcus havia derrubado Donnie no chão e lhe dava socos.

— Marcus, pare, por favor! Vamos embora.

Ele obedeceu à aquela voz suave que soava preocupada. Levantou-se a ajeitou os poucos cabelos que ficaram desalinhados. Seus olhos azuis brilhavam com intensidade ao ver que sua “amada” estava bem. Pousou suas mãos uma em cada lado do rosto da jovem forçando o contato visual.

— Enquanto eu estiver por perto ninguém irá te causar nenhum mal. Essa é uma promessa que eu te faço, Amy.

Uma de suas mãos deslizou até encontrar a dela. Segurou firmemente sentindo o calor e a tremedeira que os uniam.

— Vamos, eu quero que esqueça o que aconteceu.

Dito isso, ela se recusou a olhar para trás. Ainda não conseguia compreender o que estava acontecendo com Marcus. Ele havia se tornado outra pessoa, um adulto preocupado, talvez um personagem de seus livros favoritos que salvava as donzelas em perigo. Só poderia estar louca. Marcus não era um herói, mas ele a havia ajudado e em meios termos aquilo soava como um ato heróico.

Ao assumirem os lugares no carro, Demetria ainda os olhava incrédulos. A sua vontade era a de fazer várias perguntas, mas o silêncio era melhor. Notara o quanto ele estava tenso ao volante. Não houve conversa entre eles. Marcus fizera questão de deixar cada uma das garotas em suas devidas casas. Demetria prometera que depois ligaria para Amy. Precisava saber o que estava acontecendo, pois ela não compreendia nada.

Depois de dirigir cerca de dez minutos da casa de Demetria até a casa de Amy, foi que o jovem pareceu relaxar um pouco mais. Estacionou o carro e dele saiu e se pôs a olhar a entrada da casa de Amy. Ficou em silêncio como quem estivesse encantado.

— Obrigado por me ajudar... com ...com o Donnie.

— Não foi nada. Só peço que tome cuidado ao sair sozinha. Não sei do que ele é capaz de fazer. — O corpo dele tremia ao imaginar as atrocidades e loucuras vindas de Donnie.

— Olha para mim. Só pra mim, Marcus — Seu olhar fixara-se no dela — Eu vou tomar cuidado, sim. Não se preocupa, mas você também tem que tomar cuidado. Eu gosto de você, mas não quero te ver machucado por minha causa. O que seus pais podem pensar de mim?

— Tudo bem, nós tomaremos cuidado.

Um sorriso quente e acolhedor iluminou o rosto de Amy. Lhe dera um abraço apertado carregado de carinho. Marcus respirava profundamente o perfume dela. Como quem desejasse nunca esquecer o doce aroma de seu perfume.

— Fica bem guria! Você é muito importante para as pessoas.

— Você também.

Despediram-se e logo o carro de Marcus já havia desaparecido por completo. A sensação de paz e tranqüilidade ainda permaneceriam por algumas com Amy. Não havia Bernard, muito menos Ingrid para lhe falar asneiras. Tomou um banho relaxante e ficou deitada na sua cama olhando o teto. Tantos pensamentos se apoderavam de sua mente confusa, fizera tantas especulações ao longo do dia, mas agora que estava sozinha continuar tentado descobrir a verdade parecia tão arriscado. Nunca se sentira daquele jeito por ninguém. Só queria que Marcus estivesse bem, essa era uma de suas preocupações. Seria apenas a preocupação ou haveria mais algum sentimento escondido?

Não! Amy Jones não tinha tempo para pensar nessas coisas. Ignorou tudo o que estava acontecendo ao seu redor e deixou que o sono se aproximasse. Logo na manhã seguinte se sentiria renovada.


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