Uivos ao luar escrita por Lailla
Notas iniciais do capítulo
Vocês tem que me amar muito! Gente, dois capítulos num dia! Um pedaço do meu cérebro foi embora! 'kkkkkkkkkk
Yukino não acreditava. Seus pais eram contra seu casamento. Ela os olhava, paralisada.
– Ele é um Uchiha, Yukino. – Seu pai disse – É de outro clã.
– Mas... Qual o problema? – Ela deixava uma risada escapar por não entender.
– Você quem deveria mais saber sobre isso sendo da família principal. – Ele disse seriamente – Ele possui um doujutsu diferente e não faz parte do nosso clã, ele não conhece as regras do clã. E seus olhos estarão mais seguros aqui.
– Mas somos da mesma vila, todos nós! Somos iguais! – Ela protestava.
– Yukino! – Seu pai bateu o punho na mesa, recriminando-a.
Ela se assustou, seus olhos marejaram.
– *Toosan...
– Está decidido. – Ele cruzou os braços – Você não vai se casar com ele. Você é uma Hyuuga, forte e da família principal. Deve se comportar como tal e se casar com um Hyuuga da família principal. Outro qualquer não será admitido.
Ela abaixou a cabeça, chorando.
– Isso não é justo... – Rangeu os dentes – Eu amo Arisha...
– O clã é mais importante que isso. – Seu pai disse.
Ela arregalou os olhos, ainda de cabeça baixa.
– Nande...
Seus pais a olharam.
– Por que estão fazendo isso?! – Ela exclamou encarando-os.
– Yukino...!
– “Yukino” nada! – Ela exclamou quase gritando – Eu pensei que ser da família secundária era viver engaiolado por causa daquilo, mas nós também ficamos engaiolados por essas malditas regras do clã! Eu quero ficar com ele! Qual o problema disso?! Você não ama minha mãe então?! Só se casou com ela por ser uma Hyuuga?!
Ele a olhou, franzindo o cenho e bateu em seu rosto. Ela exclamou pondo a mão na bochecha e sua mãe olhou para ele, surpresa. Yukino começou a chorar e saiu correndo, passando pela porta de casa. Chovia e ela logo ficou molhada.
...
Arisha estava no quintal, sentado na varanda e olhando para o céu.
– Nii-san.
– Hum? – Arisha o olhou e sorriu – Yo.
Seu irmão se aproximou e sentou ao seu lado.
– O que houve? – Arisha riu por ele estar sério.
– Hum. – Ele suspirou – Você estava namorando aquela Hyuuga, ne?
– Hum, hai.
Seu irmão olhava para frente, sério.
– Por favor, não se case com ela.
– Hum? – Ele não entendeu – *Ottoto...
– Eu a vi com um colar... E eu vi você fazendo um colar igual aquele outro dia. – Ele disse – Ela não serve pra você, nii-san. Ela não é como nós.
– Oe, Yukino é incrível. – Arisha dizia surpreso com seu irmão.
– Eu sei que você gosta dela, mas Toosan e Okaasan não vão deixar.
– Como sabe? Ainda nem falei com eles.
– Eu só sei. Ela não se encaixa aqui.
Arisha bufou pelo que ele disse e foi até seus pais. Os reuniu na mesa junto com o irmão e anunciou a notícia sem rodeios. Ele teve a esperança de que o irmão estivesse errado sobre seu julgamento, mas...
– Uma Hyuuga? – Seu pai disse – Está louco?!
Ele o olhou, surpreso.
– A linhagem do Sharingan precisa ser passada para os mesmos membros do clã. Não pode se casar com ela, vai corromper a linhagem! – Seu pai disse.
– “Corromper”?! – Ele exclamou indignado – Yukino é tão forte quanto nós! E eu a amo!
– Não! – Seu pai proibiu.
– Arisha, – Sua mãe disse gentilmente – ela deve ser adorável, mas com o Byakugan isso pode gerar algo...
– “Algo”? – Ele disse sem expressão – O que está dizendo... Exatamente? – Ele disse com raiva.
– Não queremos uma criança mestiça que faz parte da linhagem Uchiha. – Seu pai disse seriamente.
– Yukino vai receber meu nome e quando tivermos uma criança, ela também vai ter o nome Uchiha. – Arisha disse claramente, protestando.
– Vocês não vão ter uma criança porque não vão se casar! – Seu pai exclamou – Esqueça isso! Escolha qualquer outra do clã, mas ela não!
– BAKAYAROU! – Arisha gritou, batendo na mesa e levantando.
– Arisha! – Seu pai o chamou, imponente.
Ele não olhou pra atrás, apenas saiu porta a fora. Sua mãe estava cabisbaixa assim como o irmão dele. Arisha começou a andar sem rumo debaixo da chuva, que o deixou completamente molhado. As ruas estavam vazias e ele estava com a cabeça baixa, mas ao levantá-la viu Yukino correr na rua à frente, passando e desaparecendo.
– Yukino...! – Ele disse, surpreso por ela estar correndo na chuva.
Ele correu e pulou nos telhados para alcançá-la. Aterrissou na frente dela, pegando em seus ombros e fazendo-a parar.
– Oe... – Ele disse vendo que ela chorava – O que houve?
Ela balançou a cabeça chorando e encostou o rosto no peito dele. Se tremia por chorar. Ele a abraçou.
...
Arisha a levou para uma caverna que havia depois do bosque próximo da vila. Pegou alguns galhos e fez uma fogueira. Ela tirou seu roupão tradicional do clã e o pôs próximo ao fogo, para secá-lo. Ficou apenas com um short e uma blusa. Arisha tirou a blusa e fez o mesmo. Ela contou a ele o que houve em casa, assim como ele.
– Gomen... – Ele disse – Não é que eles não gostem de você, mas...
– Eu sei. – Ela disse suave – Gomen...
Ele pôs o braço em volta dela e a abraçou. Ela ficou de lado e o abraçou, começando a chorar.
– Não iria... – Ela dizia com a voz embargada – Não iria ser mestiça... Iria ser apenas uma criança... Ne?
Ele acalmou o olhar, cabisbaixo.
– Eu sei... Gomen... – Os olhos dele ficaram marejados – Eu quero você... Só você...
– Hum... – Ela assentiu com o rosto lavado de lágrimas – Arisha...
Ele a olhou. Yukino o olhava com os olhos marejados. Ela se inclinou e o beijou, deixando as lágrimas caírem. Cessou e encaixou a cabeça no pescoço dele.
– Me deixa ser só sua. – Ela sussurrou.
Ele arregalou os olhos.
– Yukino...
– Onegai. – Ela disse o beijando de novo – Eu amo você. – Ela o olhou.
Arisha a olhava. Acalmou o olhar e suspirou, beijando-a. Ele a deitou, puxando sua blusa para ela se deitar. Se beijavam enquanto tiravam as roupas. Yukino respirava ofegante enquanto faziam amor e Arisha passava a mão pela cintura dela, acariciando-a. Ele beijou o pescoço dela e em seguida sua boca, ao terminarem ofegantes. Por fim, ele a abraçava por trás e ela deitava em seu braço enquanto os dois viam o fogo dançando na fogueira. Yukino sorria e Arashi acariciava seu braço.
– E agora? – Ela perguntou suave.
– Não faço ideia. – Ele suspirou encostando os lábios na parte de trás do pescoço dela – Acho que agora eles não têm escolha. – Ele deixou um sorriso escapar.
– Espero que sim. – Ela disse e se virou para ele – Eu só quero casar com você.
Ele sorriu beijando-a.
...
Dois meses depois, os pais deles ainda não permitiam o casamento. Arisha tentou pedir ajuda a Minato, mas como se tratava de assuntos de clãs ele não pôde fazer nada. Arisha e Yukino ainda não haviam contado o que houve na caverna, Yukino tentava falar com seu pai, mas ele não queria falar com ela sobre o Uchiha.
– Yukino! – Ele a recriminou – Pode falar sobre qualquer coisa, mas não sobre esse casamento!
– Mas nós...
– Chega!
Ela franziu a testa. Saiu andando e se trancou no quarto. Olhou pela janela e sentiu algo, um enjoo, pondo a mão na frente da boca. Ao melhorar, pôs a mão na altura do estômago, sem entender. Respirava nervosa já imaginando o que poderia ser. Os dois não tinham coragem de contar aos pais que haviam dormido juntos, mas queriam ficar juntos e ainda se encontravam na mesma caverna.
Yukino e Arisha estavam debaixo do roupão dela, deitados e com ele a abraçando. Ela pensava em como contaria, havia feito as contas e descobrira algo.
– Acho que devemos contar. – Ela disse.
– Uh?
– Sobre nós. Com certeza não vão mais nos impedir.
– Hum. – Ele assentiu – O que falta é casar. – Ele deixou escapar um sorriso.
– Com certeza.
– Uh? – Ele não entendeu.
Ela se sentou, cobrindo os seios com o roupão. Ele a olhou surpreso e se sentou ao vê-la com os olhos marejados.
– Nani? – Perguntou preocupado.
– Arisha... Vamos... Ser pais. – Ela disse com a voz embargada.
Ele arregalou os olhos.
– Sério? – Disse sem acreditar.
Ela balançou a cabeça, confirmando. Ele abriu um sorriso e a abraçou.
– Uhm... Nani? – Ela perguntou sem entender.
– Eu só estou feliz. – Ele sorriu.
– Mas... O que eles vão fazer?
Ele a beijou e a olhou.
– Eu vou fazer de tudo pra ficar com você.
Os olhos dela marejaram, sorrindo.
...
– BAKAYAROU! – O pai de Arisha gritou depois de socar seu rosto.
Arisha caiu no chão o encarando com o cenho franzido.
– Não podem fazer nada agora! – Ele exclamou – Eu vou casar com ela!
O pai dele franziu o cenho e pegou em sua camisa com ele ainda no chão.
– Não vai. – Rangeu os dentes – Ninguém sabe, ninguém vai saber. Essa criança não tem pai! – Ele exclamou.
Arisha tirou as mãos dele de sua camisa e levantou com raiva.
– Você não se atreva a fazer isso! Eu vou me casar com ela! Eu vou ser o pai daquela criança e vocês não vão impedir!
– Se você disser que é o pai... Eu vou matá-la. – Seu pai rangeu os dentes.
Arisha suou frio.
– Não se atreva. Você não vai conseguir, ela que vai te matar se tentar.
– Isso se eu fosse idiota de tentar agora. – Ele deu um sorriso malicioso.
Arisha arregalou os olhos.
– Se você disser que é o pai e ainda tentar se casar com ela... – Ele ameaçava calmamente – Vou atrás dela e matá-la quando essa criança nascer.
– Não faria... – Arisha rangeu os dentes.
– Experimente. – Seu pai concluiu, saindo do cômodo em seguida.
Arisha rangeu os dentes, socando a parede. As lágrimas caíram, sua franja tampava seus olhos.
– Nande... – Rangeu os dentes.
...
Yukino não sabia como contar, mas precisava ser logo. Seus pais estavam na mesa, lendo.
– Posso falar com vocês? – Ela perguntou sem expressão.
Eles a olharam. Ela sentou e os olhou, quase chorava.
– Yukino? – Sua mãe a fitou em dúvida.
– Nani? – Seu pai disse sério já desconfiando que era sobre o casamento.
– Por favor... – Yukino dizia – Me deixem casar com Arisha.
– Yukino eu já disse... – Seu pai dizia irritado.
– Otoosan, eu estou grávida! – Ela exclamou, apertando os olhos.
O pai dela ficou boquiaberto e sua mãe paralisada.
– Yukino! – Sua mãe pôs as mãos na boca, sem acreditar.
– Como você pôde fazer isso?! – Seu pai gritou agarrando em seu cabelo.
– Toosan! – Ela exclamou apavorada.
– Onegai! – Sua mãe exclamou tentando deter o marido.
Ele largou Yukino, jogando-a longe. Apontou para ela.
– Saia da minha casa! – Ele gritou – Você não é mais minha filha!
– Querido...
– Cala a boca! – Ele gritou – Você nem se atreva a protegê-la!
Yukino o olhava do chão, as lágrimas caíam.
– Sai! – Ele gritou pra ela.
Ela levantou chorando e saiu correndo. Sua mãe chorava, tampando a boca com as mãos. Yukino não sabia para onde ir, não tinha nem lugar para ir! Hiashi chegava em casa.
– Uh? Yukino! – Ele a viu andando de cabeça baixa.
Ela o fitou, seus olhos estavam marejados e o rosto molhado. Ele arregalou os olhos, surpreso. Ela contou que o pai a expulsara de casa e como eles eram amigos desde crianças, e ele sendo o líder do clã, a acolheu. Estavam num cômodo e a esposa de Hiashi acabara de trazer algo para ela beber e se acalmar.
– É do Arisha, ne? – Ele perguntou desconfiado.
Ela apertou o copo em suas mãos e balançou a cabeça, confirmando.
– Yukino... – Ela suspirou – Por que fez isso?
– Eu o amo e eles não querem que a gente se case.
– Você sabe por quê. – Ele disse – Mas agora não podemos fazer nada. – Ele suspirou.
Ela abaixou o olhar.
– Querido... – Sua esposa disse – Podemos ajudá-la, certo?
Ele a olhou, pensando.
– Hum. – Assentiu – Yukino.
Ela o olhou.
– Pode ficar conosco, mas... Você vai contar quem é o pai, certo?
– O que?
– Se não contar que é o Arisha, todos vão comentar. – Ele disse.
Ela abaixou o olhar, não respondeu. Alguém bateu forte na porta e logo uma das empregadas chegou no cômodo.
– Hiashi-sama, há alguém querendo falar com Yukino-san.
Eles ficaram surpresos. Hiashi pediu para sua esposa se retirar por um momento e logo a pessoa chegou no cômodo.
– Arisha! – Yukino levantou e correu, abraçando-o.
– O que houve? – Ele perguntou preocupado – Fui falar com seus pais e seu pai disse que não tinha mais filha.
– Ele me expulsou de casa quando contei. – Ela abaixou o olhar.
Ele arregalou os olhos, surpreso. Sentaram em volta de uma mesa baixa e começaram a conversar. Arisha contou o que seu pai disse.
– Yukino pode ficar conosco, mas ainda não sei o que farei quando a criança nascer. E nem mesmo quando a barriga dela começar a crescer... – Hiashi suspirava – Arisha, podemos protegê-la na hora do parto.
– Hum, arigatou. – Ele disse – Yukino, eu vou protegê-la. Não vou deixá-lo fazer nada com vocês. – Ele sorriu.
Ela sorriu, mas abaixou o olhar, cabisbaixa.
– Não...
– Uh? – Ele disse surpreso.
– Yukino! – Hiashi exclamou.
Ela olhou para Arisha, sorrindo.
– Não posso fazer isso com você.
– Hã?
– Eu também quero te proteger, ele vai acabar fazendo algo com você. – Ela disse.
– Mas...
– Onegai... – Ela pegou sua mão – Eu amo você e a gente vai ficar junto um dia, mas... – Ela pôs a mão na barriga – Estaremos em perigo até nosso bebê nascer.
Hiashi abaixou o olhar, sabia que ela tinha razão. Arisha encostou a testa no ombro dela.
– Yukino... – Ele suspirou – Nande...
Ela sorriu.
– Porque eu quero proteger vocês.
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*Otoosan/toosan - pai (formal), ou papai" (forma mais íntima. Uma forma mais íntima ainda é "papa", mas somente as crianças a usam)
*Otooto/otootosan - irmão (mais jovem)