Walking of the dark escrita por Gaby Mendes


Capítulo 1
Darkness


Notas iniciais do capítulo

Baseado na musica set fire on the rain da adele, indico por que aparece na historia



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20 de Julho de 2010.

Era um dia tão feliz aquela manhã. Lembro-me que acordei com uma disposição que nunca tinha tido antes. O dia estava vazio, frio e cinza. Mas meus olhos estavam brilhantes de animação.

Eu não morava sozinha, mas já tinha planos de me mudar para um pequeno apartamento em São Paulo. Talvez se eu tivesse o feito, seguido uma vez, o que minha consciência alertava nada disso teria acontecido.

Eu vivia feliz na pequena cidade, tinha uma casinha beira-mar. Minha casa tinha até jardim com flores coloridas e bem cuidadas. Também tínhamos uma gata, branquinha e saltitante, mas ela morreu.

- E o que mais você se lembra desse dia, Katniss?

- Eu não sei, é tudo confuso ainda.

- Eu sei que é difícil pensar em coisas boas em um dia como esse. – Todos sempre vinham com esse papo - Mas é importante para o seu tratamento e recuperação.

Eu vesti um vestido azul e arrumei meu cabelo, lembro-me que coloquei até uma presilha. Bem na verdade não era eu, foi minha mãe que me obrigou a vestir, mas eu estava tão feliz que não recusei.

Então eu peguei minha bolsa, me despedi da minha mãe e sai de casa.

- Alguma coisa lhe chamou a atenção? Pode ser uma coisa pequena. – Ele escrevia tudo em sua prancheta.

Olhei com desdém para suas anotações, afinal, já estava escrevendo as minhas, cada palavra que eu lembrava ia para o papel. – Isso é mesmo importante?

- Por que não seria?

Minha bolsa não fechava o zíper, já estava acontecendo isso há alguns dias, entretanto, sempre me esquecia de arrumar.

Ainda na porta, escutei ela gritar meu nome. Pela última vez, mas eu nem imaginava isso, se imaginasse a teria dito mil vezes que a amava.

Voltando, ela gritou meu nome e eu disse que já estava atrasada. Eu tinha uma videoconferência agendada para aquele dia, era com uma grande empresa. Eu tinha certeza que eles iriam oferecer o emprego que eu tanto queria em São Paulo. Mas não deu certo, nem a essa conferencia eu fui eu estava ocupada...

- Katniss, por favor, tente não se lembrar disso agora.

- Já sei, já sei. Revise apenas o que aconteceu antes e depois, e não o que poderia ter acontecido.

- Pense que está vendo de fora. – Eles sempre falavam isso. Ele sempre falava isso.

Tá. Eu esperei por ela, ela sempre acordava atrasada, nunca se preocupava com horários, diferente de mim que sempre tive um tique, mania, fobia (chame como quiser) sobre chegar atrasada.

- Mas uma vez atrasada, Patinha?- Puxei sua orelha.

Ela sorriu e revirou os olhos. – Eu curto a vida, minha querida Kat. Não me chame da Patinha, sabe que não sou mais bebê.

Não, ela não era já era uma mulher, cheia de vontades, sonhos e brilho no olhar. Tinha muito mais coragem que eu para tudo, e não ligava para os outros. Diferente de mim que sempre fui um espelho das expectativas alheias.

Como disse, eu tinha um compromisso. E ela também.

Ela iria para a faculdade. Veterinária, essa seria a profissão da minha irmã. Minha mãe sempre dizia que Prim seria medica como ela, e sim no começo Prim seria médica.

Mas com o passar dos anos, minha irmã se desencantou em cuidar de pessoas. Ela dizia que as pessoas eram muito egoístas e não tinham amor no coração. Que a humanidade já estava corrompida, e que ela não queria cuidar de cidadãos que quando melhorassem, não iriam aprender nada com a possibilidade de ter morrido.

Foi então que ela se apaixonou pelos animais. No fundo, no fundo, ela ainda queria cuidar de alguém e encontrou nos animais a possibilidade de salvar alguém sem que tivesse que se auto corromper. Ela amava tudo quanto era animal. Pra ela eles eram puros de coração, inocentes e inteligentes por que sempre aprendiam uma lição.

- É muito bom ver, que ainda guarda no coração coisas boas de sua irmã, e que ainda não se esqueceu dos sonhos dela.

- Que escolha eu tenho a não ser lembrar-me dela, todos os dias? – Dei de ombros.

Entramos no carro, não era lá grande coisa. Dias atrás minha mãe havia dito que iria levar o carro na oficina para ver os freios, por que segundo ela, estavam “emperrando”. Eu não dei muita atenção.

Coloquei o cinto de segurança e pedi para que Prim também colocasse.

- Naah, eu já vou descer, minha faculdade nem é tão longe.

Nós nem sempre conversávamos enquanto eu diria, e naquele dia não foi diferente. Uma música tocava ao fundo.

I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me

My hands, they're strong, but my knees were far too weak
To stand in your arms without falling to your feet

Havia lágrimas em meus olhos
But there's a side to you that I never knew, never knew
All the things you'd say, they were never true, never true
And the games you'd play, you would always win, always win

Mesmo assim continuei cantando.
But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name

When I lay with you I could stay there
Close my eyes, feel you here forever
You and me together, nothing is better

'Cause there's a side to you that I never knew, never knew
All the things you'd say, they were never true, never true
And the games you'd play, you would always win, always win

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name
I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Well, I felt something died
'Cause I knew that that was the last time, the last time

Sometimes I wake up by the door
The heart you caught, must be waiting for you
Even now when we're already over
I can't help myself from looking for you

I set fire to the rain
Watched it pour as I touch your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name
I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Well, I felt something died
'Cause I knew that that was the last time, the last time, oh
Oh, no
Let it burn, oh
Let it burn
Let it burn

E cantei a música ate o fim.

- Começou a chover, e eu não consegui enxergar quase nada. Então quando fui ultrapassar um carro, vinha um caminhão na outra direção. – Minha voz estava embargada. – Nem eu nem ele tínhamos como desviar. Nós batemos de frente, o nosso carro capotou uma, duas, três vezes.

Eu já estava soluçando, o psicólogo pegou um copo de água para mim.

- Eu ainda estava viva, mas Prim estava desacordada. Tudo cheirava a gasolina e em alguns lugares já pegava fogo. Carros que passavam na rodovia pararam para ajudar, mas já não tinha o que fazer.

O doutor agora pegava em minhas mãos já frias e suadas.

- Então só lembro-me de flashes. Eles me tirando das ferragens, dizendo para eu me manter acordada, mas eu apenas olhava para a minha irmã, com seus olhos fechados, machucada. Ninguém parecia se importar com ela. – Minha voz estava fraca. – Eu não conseguia gritar para que a salvassem. Explosão, fogo, e eu não conseguia gritar. Então eu chorei em silêncio por que naquele momento eu sabia, era a última vez, a última vez.

Depois que me acalmei um pouco e já podia falar com uma estabilidade na voz, disse:

- Será que eu posso ir agora? Eu estou cansada.

Ele assentiu, parecia um pouco afetado. – Oh sim, pode ir.

Eu me levantei e segui até a porta, não era o primeiro psicólogo/psiquiatra que já havia procurado. Na verdade já era o 11º. – Obrigado Dr. Mellark.

- Pelo que exatamente?

- Por fazer mais que seu trabalho. Por mais que diga que não, você diferente de todos os outros 10 que já procurei, realmente sentiu o que eu senti.

- Eu... – Ele não sabia o que falar.

- Sei que vocês tem que ter uma imparcialidade. – Abri a porta. – Eu volto para a próxima consulta, semana que vem.

Quando já estava para fora, ele me chamou. – Sim?
- Me chame de Peeta. – Parecia indeciso, incerto. – Seria bom pro seu tratamento que você me visse como um amigo, alguém em quem confiasse.

- Certo, Peeta. – Eu sorri. – Meu amigo.

Algum tempo depois...

- Pode entrar.

- Espero não estar incomodando. – Entrei no consultório, depois daquela consulta decidi não mais procurar os serviços de Peeta. Não por o achar despreparado ou algo assim, mas por que, para mim tudo foi estranho.

- Oh, Katniss. Achei que nunca mais me procuraria.

- Esse era o plano, mas como vê, não deu certo.

Ele sorriu e acenou para que me sentasse. – Eu confesso que acharia uma pena, por que seu caso me chamou bastante atenção. E você estava evoluindo, em três consultas, você conseguiu ter um progresso.

- Foi isso que me assustou. Eu já havia tido outros psicólogos, mas, nenhum tinha conseguido extrair mais que o dinheiro da consulta de mim.

- Então digamos que consegui alguma coisa fora o seu dinheiro?

- Acho que sim. – Eu sorri.

- Então do que você quer falar?

- De você.

- Mas eu não sou o paciente, e bem temos a questão de profissionalismo.

Eu revirei os olhos. – No outro dia você disse que queria que tivéssemos uma amizade que eu te visse como alguém que eu confiasse.

-Sim, mas...

- Como vou confiar se não sei nada sobre você?

Ele suspirou. – Eu não deveria fazer isso.

- Mas você vai, não vai?

- Sim. Espero não me arrepender. – Eu sorri. – Meu nome é Peeta Mellark, tenho 26 anos, sou casado e não tenho filhos. Formei-me como psicólogo e amo minha profissão e agora estou falando de mim enquanto você está mexendo no meu troféu de jogador de jóquei.

- Desculpa. – Sorri - Mas eu estava escutando tudinho. E não você não é casado.

- É claro que sou. – Disse indignado.

- Se é sua mulher não lhe faz feliz, por que você não usa aliança e logo em seguida completou falando de não ter filhos.

- E o que isso tem haver? – Parecia confuso.

- Tem haver que de duas, uma. Ou você quer ter um filho e sua esposa não quer ou você precisa ter um filho para continuar casado com ela.

- Isso não faz sentido.

- O que? Eu saber sobre o que você sente em relação a sua querida esposa Glimmer? Ou você continuar casado?

- Ei! Eu sou o psicólogo aqui!

- E eu sou a paciente.

Sorrimos da confusão.

- Como você sabe da Glimmer?

- Perguntei para a secretaria o nome da sua esposa, o resto eu descobri sozinha, com meu talento dedutivo.

Hoje

Com o tempo eu e Peeta nos tornamos amigos de verdade, eu, digamos que continuava na mesma, mas por que não queria melhorar, essa era minha penitencia, eu teria que viver com isso.

Eu continuava caminhando na escuridão, mas gostava da companhia de Peeta, por isso não queria ‘acabar’ com o tratamento, também por que eu acabava ouvindo sobre seus problemas. Nos últimos dias, ele e Glimmer haviam tido uma briga horrível. Disseram coisas não eram para ser ditas por ninguém. De paciente eu passei a psicóloga dele, e sim às vezes eu sentia que havia algo entre nós, algo que não queríamos compartilhar.

Mas hoje acho que não há o que fazer, tomei em fim minha decisão.

A escuridão sempre esteve comigo, caminhando de mãos dadas comigo e hoje tive a confirmação do que já era para ter acontecido.

Agora caminhando nessa praia, com areia aos meus pés e o mar como conselheiro. Decidi que preciso partir, por que senão nunca tomarei a decisão certa.

Talvez lá atrás quando contei sobre Prim a Peeta, já devia ter seguido meu caminho. Eu deixei que ele se tornasse importante para mim, e que ele me tornasse importante.

Vou ter que carregar essa culpa comigo, culpa de deixar meu ultimo amigo sozinho.

Eu já havia percebido o quanto Peeta era sensível, e por egoísmo não consegui deixar que ele me esquecesse, agora ele vai se lembrar de mim, e talvez até ficar culpado.

Entretanto, isso já era para ter acontecido.

Pelo menos isso vai acabar.

Horas antes...

Fui até a casa de Peeta. Pela última vez, para me despedir.

Da porta já escutei os gritos de Glimmer, provavelmente estavam brigando.

Toquei a campainha.

- Ah, é você? – Glimmer atendeu com desdém.

- Sim, Peeta está?

Antes que ela pudesse responder, ele saiu pela porta, me pegou pelo braço e disse:

- Vamos Katniss, eu preciso dar uma volta! – Glimmer bateu a porta com força, ela achava que eu era algum tipo de amante dele. Mas não podia deixar.

Me soltei por um instante e abri a porta da casa dele. Sim, eu estava sendo invasiva, mas e daí? Ela precisava escutar.

- Sabe Glimmer, eu sinto pena de você. Pena, por não conseguir ver o homem maravilhoso com quem se casou. Sim, você pode achar que eu e ele temos alguma coisa, e sim nós temos. Mas não é um caso, como pinta essa sua cabecinha consumista. Nós somos amigos e temos uma compreensão que você nem que evolua mil anos, conseguirá ter.

- Mas...- Ela tentou me interromper mas não deixei. Emendei em seguida:

- Eu sei que você não está feliz Glimmer. Sei que você algum dia já amou Peeta o tanto que ele merece, mesmo assim, seu amor já acabou e você tem medo do que pode acontecer com você, caso se separem. No fundo você se sente culpada por ver que não consegue ser forte o bastante para lutar.

- Você é só uma maluca, das quais, Peeta cuida! – Gritou.

Eu sorri, vendo que tinha atingido o que sempre queria.

– Sim, eu sou. Mas acabei de praticamente, enumerar, o que você sente. Vamos embora, por favor Peeta.

Ele me levou até o consultório.

No caminho, sem ele perceber peguei a chave reserva do consultório, sabia que ele tentaria me impedir.

Quanto ao que disse a Glimmer, não esperava que ela se separasse dele. No fim, só queria que ela seguisse seu caminho adiante, e não vivesse presa a uma coisa que ambos sabiam que não estava mais dando certo. Ela poderia me intitular do que quisesse, mas eu sei que atingi ao que ela sempre teve medo. E dando certo ou não, agora ela estaria com o problema escancarado com letras de Neon na sua cara.

- Desculpe-me por lá em casa. Bem como viu, eu e Glimmer estávamos brigando. Mas o que deu em você pra me procurar esta noite? Algum problema?

- Eu vim me despedir, digamos que eu vou fazer um tipo de viagem. – Sorri tristemente.

- Aonde você vai? – Perguntou ele com olhar preocupado.

- Pra um lugar onde eu tenha paz.

- E você sabe onde fica? Pode me dar uma carona? – Sorri.

- Eu tenho que fazer isso sozinha, não posso te levar.

Como estávamos em seu consultório, ele pegou sua prancheta parecia verificar alguma coisa. Mas logo se sentou perto da janela com vista panorâmica da cidade. – Pode ser bom pra você.

- E vai ser. – Suspirei, me sentando ao seu lado. – Finalmente terei algo que sempre quis.

- Um lugar aonde você tem paz. Nem sei se isso é possível, um lugar aonde a paz reine nos dias de hoje. – Disse mais para si mesmo.

- Ninguém sabe onde o paraíso fica, mesmo assim, ninguém dúvida de sua existência. – Fechei os olhos, desta vez não iria chorar.

- Então, você irá para o paraíso? – Ele largou a prancheta de anotações, visivelmente atônito. – E se você não tiver sucesso? Quer dizer, você vai se matar?

Abri um dos meus olhos. – Então irei parar num dos portões do inferno. – Me levantei, tirei alguns dólares da bolsa colocando-os em cima da mesa.

- Você não tem medo disso? De ir para um lugar pior do que esse? – Ele tentava me convencer de uma coisa da qual não tinha medo.

Eu sorri, tristemente. – Eu já estou na escuridão, Doutor. Já não tenho para onde ir. Se for mesmo para o tão abominado inferno, ficarei feliz.

Ele pareceu estagnado com minhas palavras. Então completei:

- Enfim, terei uma casa. Uma casa nas sombras, mas, uma casa.

- Katniss, eu não vou deixar você ir!

- Obrigado por seus serviços, Dr. Mellark. – Sai e tranquei a porta. Com lágrimas nos olhos, deixei-o gritando.


Hoje...

Está uma noite tão bonita, provavelmente Prim gostaria da noite de hoje. Ela adorava essa praia. “Bay of Dolphins”, ela dizia que se pudesse levaria todos eles para morar com ela, ou ela se mudaria para cá.

É minha irmã, eu realizarei seu sonho. Morarei com os golfinhos eternamente.

Lentamente fui entrando no mar, sentia o nível aumentar. Aos poucos o mar foi me abraçando, ao longe vi os golfinhos pulando, ela gostaria de ver isso. Então quando já não tinha como voltar me entreguei ao mar. A última coisa que escutei foi alguém me chamando, mas devia ser apenas o mar entrando pelos meus ouvidos, me convidando para morar junto a ele.

(...)

Escutei alguém me chamando e aos poucos a voz foi ficando mais nítida, ainda não conseguia abrir meus olhos, mas consegui discernir, a voz era de Peeta.

- Oi, Katniss. Eu não sei se você está me ouvindo, ou se eu apenas quero acreditar que sim. Mas eu preciso te dizer que nos últimos meses, você foi a melhor coisa que me aconteceu. – Ele fungou – Apesar de no começo eu apenas queria que você voltasse por achar o seu caso interessante, no fundo eu já sabia que você era especial. Eu já sabia que você era especial, quando entrou no meu consultório pela primeira vez. Meu coração acelerou de uma forma que nunca tinha acontecido antes.

Aos poucos fui me recuperando, ele pegou em minha mão.

– Quando você contou sobre tudo que aconteceu, eu mal pude acreditar. Por que você foi e ainda é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Confesso que não fui nem um pouco profissional. Quando você cantou em meio as suas lagrimas, eu apenas queria te abraçar e dizer que tudo ia ficar bem. Sim, você caminha na escuridão. E é isso que te faz brilhar ainda mais, é isso que te faz magnifica.

Eu sentia vontade de chorar, mesmo com olhos fechados.

- Por favor Katniss, não vá. Por que se você me pedir eu posso ficar com você para sempre e até depois do fim. Eu te amo.

Algo dentro de mim que havia morrido junto com Prim se acendeu novamente, senti que poderia recomeçar novamente. Senti que poderia sair finalmente da escuridão, e essa era ultima vez. Antes de abrir os olhos vi uns flashes que nunca havia me lembrado. Prim tinha 3 anos, depois 7, depois 10 e por fim 17, a idade com que partiu. Em todas elas, ela dizia: VÁ.

Enfim entendi, Prim não queria que eu me lamentasse indefinamente por sua morte, ela queria que eu fosse feliz. Essa era sua vontade, esse era meu presente. Prim havia me dado um motivo para continuar.

E a luz no fim do Túnel, era Peeta Mellark, meu psicólogo.


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Notas finais do capítulo

Se acompanharam ate aqui eu agradeço comentem..