Trouble. escrita por FantasyJuli
Notas iniciais do capítulo
estou demorando de postar por causa das aulas, desculpem-me pela demora
Acordei com o sol na brilhando sobre a tela transparente da cabana, senti algo pesando na minha cintura abaixei o olhar e gelei ao encontrar o braço coberto por algumas tatuagens me envolvendo.
Tirei seu braço cuidadosamente de cima cintura e ele soltou um murmúrio pensei que fosse acordar, mas só se virou para o lado contrário e voltou a dormir. Peguei o meu cobertor, coloquei sobre os ombros e peguei a minha bolsa antes de sair da barraca.
Ao sair me deparei com uma das vistas mais lindas que já havia visto, o sol estava fraco atrás de algumas nuvens que mostravam-se em um tom de laranja e dourado. O mar exibia um azul fascinante e as ondas quebravam mais perto que ontem, algumas gaivotas voavam fazendo aquele som próprio que eu particularmente adoro.
Sentei-me na areia e me cobri com o cobertor, faziam frio pela manhã. Coloquei meus fones de ouvido e escolhi uma música que combinava com o momento e “youth- daughter” combinava perfeitamente. Abracei os joelhos, apoiei o queixo e fiquei a observar a cena que se passava.
As barracas ao meu redor estavam incrivelmente silenciosas e ninguém mais havia acordado a não ser eu. Olhei no celular e eram sete horas da manhã, porque acordei tão cedo? Não havia sinal algum de ressaca em mim, o que significava que eu não tinha bebido de mais. Ouvi um barulho do meu lado e tirei o fone.
–que susto. –sussurrei.
–desculpe, -o Cam sentou do meu lado. –você me acordou, como pode?
–é que –lembrei do seu braço me envolvendo e pensei em boa forma de dizer que ele me abraçava enquanto dormia. –seu braço estava em cima de mim.
–acontece. –ele riu e esticou as mangas do casaco cinza que usava. –sobre isso, foi sem querer.
–não tem problema. –soltei um riso abafado ainda com o rosto nos joelhos.
–o que está ouvindo? –ele puxou meu fones e colocou nos ouvidos. –que música chata. Vem, vamos fazer alguma coisa.
–não é chata, é calma. O que vamos fazer? –ele esticou a mão com longos dedos cheios de anéis e me ajudou a levantar.
–vamos andar pela areia.
–não estou muito afim de andar, desculpe.
–vamos andar de carro. –ele sorriu e apontou para o seu jip. –acha mesmo que eu quero andar?
–tudo bem. –sorri e o segui até o seu carro. O carro era muito alto por causa das enormes rodas e eu acabei tendo um pouco de dificuldade para entrar.
–com emoção ou sem? –ele riu e o motor roncou.
–o que? Como assim?
–vai ser com, coloque o cinto de segurança Lady, por favor.
Antes que eu pudesse prender o cinto o carro acelerou de forma brusca, o vento invadiu o carro pela janela jogando meus cabelos para todos os lados. O Cameron ria do meu lado e não parava de acelerar.
–já fez cavalo de pau? –ele perguntou e eu percebi que aquela não era uma pergunta que deveria ser respondida.
–não faz isso, por favor Cam! –eu gritei, mas o som foi abafado pelo som dos pneus sendo parados bruscamente. Um pouco de areia entrou pela janela e meu corpo foi projetado pra frente, se não fosse pelo cinto de segurança eu teria morrido. –você é louco!
–relaxe, Lady. Isso é só para começar o dia de uma forma diferente. –eu ria inconscientemente talvez fosse por causa da adrenalina que estava fazendo o meu coração bater forte contra o meu peito.
–eu vou matar você. –falei no meio da risada.
–não vai, agora vamos voltar.
Ele fez a volta, mas dessa vez sem muita velocidade. O vento batia contra os meus cabelos e junto com aquele cheiro salgado proporcionava um sentimento tão bom dentro de mim, me sentia me livre. Coloquei o braço para fora do carro cortando o vendo com as mãos, aquilo era tão bom. Quando chegamos todos estavam fechando suas barracas e se preparando para irem em bora.
–parece que o nosso tempo a sós acabou, Lady. –ele disse me ajudando a descer do carro. –que pena.
–onde vocês estavam, acordaram todo mundo com o som do carro. –o Chris disse visivelmente chateado.
–desculpe, mas a culpa é só do Cam, ele me obrigou a ir com ele. –disse rindo me lembrando da minha quase morte. A Maia me olhava apoiada na caminhonete.
–seu imbecil. –o Chris fingiu dar um murro no braço do Cameron.
O Ash e as outras meninas já tinham ido embora, a Maia estava me esperando para que fossemos logo e o Cam foi junto com o Chris. A Maia estava em silencio durante toda a viagem e eu nem me importava, tinha tido os melhores dia desde que estive aqui. Se ela quis estragar o problema é dela.
Quando chegamos em casa fomos recebidas com um bom almoço e a minha cama linda. Estava toda quebrada que ter dormido no chão, mas por outro lado foi bom, não seria mentira se eu dissesse que gostei de ter acordado com o Cam do meu lado. Ele parecia um anjo enquanto dormia, um anjo tatuado, mas ainda uma anjo.
Peguei o meu celular e mandei uma mensagem para a Cassie. “fogueira na praia, cachaça e conheci um carinha...depois eu te explico tudo. Agora vou dormir”. Joguei a minha sacola no chão e me joguei na cama, a Maia foi direto para o quarto assim como eu o que me fez pensar que algo a mais aconteceu com ela.
Depois eu até poderia conversar com ela, mas agora só o que eu queria era dormir e lembrar do dia e da noite incrível que tive, não seria tão bom se ela tivesse levado a nossa barraca, mas isso nem importa mais.
Cai no sono rapidamente, mas acordei quando ouvi alguns barulhos no banheiro que ficava do lado do meu quarto. A porta foi aberta umas cinquenta vezes em menos de três minutos e logo depois ouvi um bater na porta.
–Tridy, eu posso conversar com você. – a Maia apareceu na minha porta.
–claro. –ela se sentou na cama e fez um sinal para que eu fizesse o mesmo. –pode falar.
–é que...-ela fez uma grande pausa e continuou. –eu acho que estou grávida.
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