Diário escrita por Sr Byron


Capítulo 2
1918


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...  Comentarios pessoal...  se alguem gostar  deixa um coments.



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Edward M. Cullen, 17 anos, (1918)


 


 


            Edward,
que belo nome, a escrita no diário era elegante, as letras bem
desenhadas e legíveis. A primeira pagina que li me deixou mais curiosa
para ler o restante.


 


 


Tenho
17 anos e acabei de nascer em um terrível inverno, não que eu possa
sentir.   Meus pais estão mortos pela gripe espanhola, eu sobrevivi
graças a Carlisle Cullen, o Médico que me salvou, se é que isso pode
ser chamado de salvação, estou perdido com tanta novidade, novidades
essas que não gostaria de  ter, não consigo nem olhar-me no espelho,
minha face me causa calafrios, um temor como nunca senti, não por ser
feio, mas ainda sim, olhar no espelho me assustava. Olho para o espelho
para ver se sou eu mesmo, eu não queria que fosse, mas era inevitável,
o espelho falava a verdade. Era eu. Eu retornava o olhar com aqueles
olhos assassinos, que causavam medo em mim, olhos vermelhos, olhos que
Carlisle dizia que com o tempo não seriam mais dessa cor. Mas não podia
negar, eram meus aqueles olhos monstruosos.


 


 


            Olhos
vermelhos? Achei aquilo muito estranho, mas me convenci que devia ser
por causa da doença, da tal gripe espanhola. Mas o que me incomodou
mesmo, foi o fato dele não ter gostado de ser salvo, será que ele
queria ter morrido junto com a família. Resolvi continuar lendo, e fiz
uma nova descoberta.


 


 


Carlisle
continua me ensinando muitas coisas, me ensinou muito sobre nossa
história e me ensinou a caçar, adorei a sensação que a caça despertava,
eu me sentia vivo, se isso era possível, mas algo em mim dizia que algo
faltava. Carlisle falou que era normal minha sensação que nunca
estaríamos completamente satisfeitos porque fugíamos a nossa verdadeira
natureza. Afinal vampiros se alimentam de sangue humano e não de animal
como fazíamos. Sangue humano, só de pensar minha boca salivava meu
veneno.


 


            Eu estava
atônita, que baboseira é essa de vampiro, beber sangue humano e de
animal. Eu resolvi ler, a curiosidade era mortificante.


 


 


Carlisle
falou que em breve teríamos que nos mudar, como não envelhecemos
tínhamos que nos mudar pois Carlisle já estava nesta cidade fazia
muitos anos. Ele deixou eu escolher para onde iríamos, eu sempre quis
ir a Paris, então escolhi Paris, queria poder sentar as margens do rio
Sena nas longas noites e escrever ou quem sabe compor alguma musica.


 


 


Ufa...
suspirei aliviada, ele não era louco nem tinha algum transtorno
esquizofrênico, ele era um escritor, devia usar seu diário como um
livro de rascunho. Esse tal Edward Cullen devia ser um rapaz
interessante, hoje que sabe se estivesse vivo estaria com mais de 100
anos.  Continuei ledo seu diário durante algumas horas até que o sono
me alcançou. Seu diário tornou-se minha leitura noturna.


 


 


Ser
um vampiro, definitivamente não era de todo ruim, tinha algumas
vantagens muito interessantes, eu não podia dormir  que me dava tempo
de sobra para ler ou tocar meu piano, eu era forte, muito forte, eu era
rápido, mais rápido que a maioria dos vampiros segundo Carlisle.


 


            Aquele
diário me deixava nervosa, esse tal de Edward Cullen parecia acreditar
mesmo no que escrevia, ele parecia pensar mesmo ser um vampiro, o que
dava a sua história uma veracidade incrível, eu me decidi que aquilo só
podia ser uma criação de seu talento de escritor. Me convenci disso,
afinal vampiros são somente  lendas.


 


 


Carlisle
era médico, eu não entendia como ele suportava o aroma do sangue
humano, eu até hoje nunca senti o sabor do sangue humano, mas o cheiro
era maravilhoso, me fascinava. Uma única vez estive perto de humanos,
com seus preciosos sangues com seus perfumes exalando uma fragrância
tão atraente ao meu olfato e paladar, só não matei a todos pois
Carlisle segurava meu ombro e me lembrava constantemente que eram
apenas pessoas inocentes.


 


 


            Eu queria
ter conhecido esse Edward, ele era interessante era intrigante. Tinha algo
nele que me fascinava, seus contos diários relatavam seus dias com o
Dr. Carlisle. Eu lia todas as  noites aquela mistura de diário com contos de fadas ou contos de vampiros melhor dizendo. Muitos dias eram só passagens de como Edward se sentia mas o dia 23
de novembro trouxe surpresas surpreendentes (com o perdão de ser redundante).


 


 


Algo
de errado está acontecendo comigo, tenho medo de  falar com Carlisle,
tenho medo de haver algo errado comigo e ele me deixar, eu o via como
um pai, mas nunca falei isso para ele, se ele me deixasse seria como
perder novamente um pai. Mas hoje estou com medo, algo está acontecendo
e não sei dizer se é bom ou ruim, eu podia ouvir o que Carlisle estava
pensando, isso já acontece a algum tempo, mas antes era só algum
pensamento e outro, no entanto agora são todos, eu consigo "ver" tudo o
que ele pensa. Ele parece desconfiado, posso ver em alguns de seus
pensamentos, algumas perguntas não feitas foram respondidas por mim,
ele desconfiava eu sabia, estou com medo da reação da única pessoa que
pode me responder. O que devo fazer?


 


 


            - Peça
ajuda Edward, Carlisle vai te ajudar.
 Certo, estou ficando loca, eu estou
falando com um diário? Mas, esse diário parecia tão real, ele passa a
impressão que Edward está realmente aqui me contando toda sua história.
No dia 25 de dezembro Edward ganhou seu presente, e eu fiquei feliz por
isso.


 


 


Hoje
Carlisle descobriu o que eu tentava esconder, ele já vinha
desconfiando, até que ele me pegou fazendo constantes perguntas em sua
mente me instigando a responder, segundo ele é possível em alguns
vampiros o surgimento de certos dons singulares. E eu, posso ler a
mente das pessoas. Eu tinha conversas incríveis com Carlisle por
pensamentos, seu amor pela medicina me fez ter interesse também por tal
pratica. Percebi também que meu medo da reação de Carlisle era
infundado, estou feliz. Tive um belo presente de natal.


 


 


            Edward
estava feliz, e isso estranhamente também me deixava. Fato, eu
realmente devia estar ficando louca, eu estava feliz por um diário ou
talvez porque aquela pessoa que hoje estaria com mais de 100 anos, um
dia esteve feliz. É eu devia estar ficando louca.


 


 


Esse
ano não podia ter terminada melhor, meus olhos estavam dourados, não
eram mais vermelhos, eu podia novamente me olhar no espelho e não mais
ver  aqueles olhos assassinos me fitando, meus cabelos tinham um
estranho tom acobreado em um constante desaprumado penteado, minha pele
alva com uma face esculpida em mármore desumanamente irresistível,
minha voz era suave capaz de agradar o mais exigente dos ouvidos
humanos,  minha estranha humanidade tinha um designer perfeito para a
ultima atração que alguém sentiria, um designer feito para matar.


 


 


           
Definitivamente, eu gostaria de ter esse Edward aqui, alguém assim
poderia existir realmente. Não. Tanta beleza é humanamente
impossível, alguém assim não deve existir.


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Notas finais do capítulo

Epero que gostem desse cap... espero muit mesmo... Se alguem gostar deixa um coments... Beijos
 
E leiam minha outra fic tbm... Tenho certeza que iram gostar...
 
Sr Byron



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