Aluga-se um Homem escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 5
Entre doces abraços e beijos gentis




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Após fugir do fofo, corro para o trabalho rezando para que pudesse pensar em alguma saída. Não posso usar alguém assim, mesmo que ele queira. Devo me encontrar com ele hoje e dizer que não posso aceitar a sua ajuda. Esse é o melhor a ser feito.

Pela primeira vez vou para o trabalho sem animo. Apenas em pensar no Clint sorrindo e me parabenizando por estar com o fofo do Bruce, me deixa mal comigo mesma. Eu quero me vingar dele, mas não assim, certo?

Não faço ideia.

Caminho pelo edifício Stark fazendo a minha ronda com o semblante mais fechado possível. Não estou com bom humor hoje. Não mesmo.

Mas existe a lei de Murphy, não é mesmo? E por isso sei que sempre pode piorar. E piora no instante em que vejo Clint me encarando.

Droga!

–Natasha – a voz grossa de Clint preenche meus ouvidos. A voz dele nunca foi tão atrativa. – Está ótima e parabéns pelo namoro – ele esta me parabenizando? É um verdadeiro canalha.

―O que quer Clint? – tento fazer minha voz soar desinteressada o máximo possível. Mal consigo olhar para ele. Sinto o meu estomago embrulhar. Como pude me apaixonar por alguém assim? – Estou trabalhando.

―Sei que está indo atrás do namorado, Natasha – ele sorri afetado. – Ele trabalha no próximo andar de sua ronda, não é?

―Está me vigiando?

―De modo algum.

―Então o que quer? Não temos sobre o que conversar.

―Na verdade temos – o olhar dele percorre o meu corpo. Semanas atrás eu me sentiria ótima ao ver o seu olhar de desejo – Preciso saber se vai ao casamento.

―Somente isso?

―Isso é muito importante, mas duvido que saiba disso. Nunca organizou um casamento, não é? – a sua voz de escarnio me deixa com raiva. Respiro fundo para me controlar. Não posso bater na cara dele no trabalho. Infelizmente.

Cretino. Não sei nada sobre isso porque você me largou.

―Eu vou – assegurou com firmeza. Primeira loucura do dia. Ótimo Natasha.

―Vai levar o Banner? – o seu olhar me acusa de mentirosa. Eu sei disso. Eu sinto isso. Não posso ficar parada quando ele me olha dessa forma.

―É claro, afinal estamos juntos. – falo e somente depois percebo o que eu disse. Droga! Preciso me lembrar de falar com Banner. – Apenas isso Clint?

O olhar dele mantem-se fixo e firme em mim. Sempre odiei quando ele fazia isso. Seu olhar de quando acha estar certo, me irrita.

―Está cometendo um erro – ele fala sério. Como se eu me importasse. – Ele não é quem pensa. Natasha, todos que ficam perto do Banner se machucam.

Gargalho diante de seu comentário. Como alguém consegue ser tão idiota e narcisista?

―Não consigo acreditar que me acha indefesa, Clint. Sei me cuidar e Bruce é um tipo de homem que você jamais será, então pare. Pare de falar mal dele e tentar nos separar. Não foi o suficiente me enganar? Estou bem com ele.

O olhar de raiva de Clint me faz sorrir. Ele é tão previsível.

―Quando descobrir a verdade não poderei apoiá-la.

―E quando você fez isso por mim? – indago impaciente. Conversar com Clint acabou com o restante das minhas forças. Dou as costas e fico estática no segundo seguinte. O fofo está parado atrás de mim. Seus olhos me encaram com surpresa e posso perceber que ele aparenta estar assustado.

Maravilha.

―Bruce pensei que estivesse trabalhando – falo tentando parecer normal, mas admito que estou preocupada. O encaro e quando estou prestes a tocar em seu braço, ele sorri.

―Tive que ir na recepção, Nat, e parece que cheguei em uma ótima hora. Como vai Barton? – ele pergunta sorridente.

O que está acontecendo aqui?

Nat?

No minuto seguinte, Bruce envolve a minha cintura com seus braços fortes e deposita um beijo rápido em minha testa. Sinto o calor de seu beijo por mais alguns segundos. Continuou inebriada pelo seu aroma mesmo após ele se afastar.

―Vim falar com a Natasha sobre o casamento – ouço a voz de Clint ao longe. Por um momento desejei que ele não estivesse ali. Qualquer pessoa desejaria o mesmo se estivesse com um homem fofo ao seu lado.

―E o que aconteceu? – a voz de Bruce soa agradável aos meus ouvidos ate perceber o que estou fazendo. Estou fantasiando pior que um adolescente.

―Ela confirmou a presença de vocês no casamento.

―Se for apenas isso que queira falar com ela, preciso roubá-la por alguns instantes – sinto a mão dele segurar em meu braço e me levar para longe de Clint. Não posso agir como uma mulher indefesa, afinal eu não sou assim. Mas naquele momento me deixo ser guiada por ele ate a área comum aos empregados. Um jardim artificial criado no mesmo andar.

―Aconteceu algo, Banner? – pergunto logo que ele me solta. Permanece de costas para mim, e por algum motivo sinto vontade de abraça-lo.

―Natasha, sei que ainda gosta dele, mas não deveria agir assim – ele fala ainda de costas para mim.

―Do que está falando?

―Seu olhar. Sua postura. Não deveria demonstrar seus sentimentos para alguém como ele.

Não consigo evitar e sorrio largamente. Toco em seu ombro, e o vejo se virar lentamente. Ele não está sorrindo de forma fofa.

―A única coisa que quero é me vingar dele. – o asseguro sem nem saber ao certo o motivo. – Não sinto mais nada por ele.

Banner me encara envergonhado.

―Não sinto mais nada sobre ele, pode ficar tranquilo, Banner, e devo lhe pedir desculpas.

―Pelo que?

―Por ter lhe colocado nisso. Deveria ter contado a verdade ao Clint hoje, mas não consegui. Desculpe.

Começo a minha rotina de me desculpar. Nunca conheci alguém que me fizesse sentir dessa forma.

―Eu me ofereci, Natasha. Está tudo bem. – o seu sorriso fofo se expande em seu rosto. – Mas, não deveria ficar tão próxima do Barton.

―Eu sei – sorrio discreta. – Não precisa se preocupar tanto, Banner. Sei me defender, não sou tão indefesa quanto acha que sou – afirmo.

―Sei que não é, Natasha, mas gosto de pensar que posso cuidar de você.

Sinto meu rosto avermelhar-se. O homem mais fofo que já conheci deseja me proteger. Isso soa agradável. O único defeito disso é que não sou o tipo de pessoa que é protegida. Sou agressiva, sei lutar e posso matar. Não sou o tipo de mulher que o Banner pensa.

―Sabe que sou a chefe de segurança, não é? – falo encarando-o – eu sei me defender, garotão.

―Sei, mas antes disso é uma mulher. Todas as mulheres precisam ser protegidas de homens como Barton.

Meus olhos encaram a face de Bruce, e fico parada. Sem saber o que fazer. Ok! Isso definitivamente me deixou sem ar.

―Como conseguiu ficar sozinho falando tão bem? - me vejo perguntando ainda o encarando – Seu sorriso é doce, seus gestos são acolhedores e acima de tudo é gentil. Eu realmente não entendo – confesso sem constrangimento. Natasha Romanoff não fica constrangida por algo assim.

―Não sou tão bom quanto pensa – ele fala com a cabeça baixa. Esqueço tudo quando me aproximo dele, e o abraço.

―E nem eu sou tão ingênua como imagina – falo doce ao sentir o corpo dele tão próximo do meu.

―Acho que não – escuto a sua voz próxima ao meu ouvido.

Isso vai acabar mal.

Vai acabar muito mal.

Sinto a mão de Bruce firme em minhas costas. Sua respiração em meu pescoço e sem perceber o que faço, acomodo meu rosto em seu corpo.

O que estou fazendo afinal?

―És uma pessoa única, Romanoff – a voz dele soa sensual. Sinto que ele irá me beijar quando escuto palmas atrás de mim. Me afasto dele, e ao me virar, vejo o olhar divertido do meu chefe. Mais uma vez.

―Senhor Stark, peço desculpas por isso – falo séria. É o que me resta a fazer naquela situação.

―Não precisa se preocupar – o senhor Stark diz sorrindo largamente ao me olhar – Fico feliz que o monstrengo tenha conseguido uma garota. Não precisam parar por mim, continuem.

―Tony – o fofo diz antes de segurar em minha cintura. Ele é mesmo possessivo – Estávamos conversando.

―Também converso assim, mas prefiro sem roupas – ele pisca em minha direção. – Precisamos falar depois grandão, Romanoff, sempre é um prazer vê-la – ele fala antes de se afastar, me deixando em uma situação estranha.

―Vou voltar ao trabalho – falo a primeira coisa que possa me salvar. Retiro a mão dele de minha cintura e o encaro – Obrigada, Banner.

Sorrio ao dar as costas ao fofo antes de seguir em frente. A tentação de me virar é enorme, mas tento ignorar. Ignoro o máximo que consigo, mas em vão. Assim que dou trinta passos, me viro e o vejo. Ele ainda está olhando para mim.

O que eu devo fazer?

Sorrir?

Acenar?

Nunca passei por uma situação assim.

Ergo a minha mão, mas antes de acenar para ele, o vejo sorrir. Um sorriso extremamente fofo. E enfim, ele acena.

―Você é uma perdição, Senhor Banner – falo a mim mesma antes de acenar de volta e seguir para o elevador.


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