POV Bella

Porque eu estava me sentindo tão estranha em relação a Edward?

O que aconteceu nesse tempo em que eu não falei com ele? Remorso?

Toda vez que eu o via meu coração saltava do lugar, parece que estava numa maratona e queria o 1° lugar.

Toda vez que o encarava nos olhos, eu via alem do que estava na minha frente.

Lembrava dos momentos que passamos quando eras mais novos.

E seu eu estiver apaixonada por ele?

Será que ainda da tempo de concertar meu erro?

Ouvi alguém abrindo a porta.

-Posso entrar? – Era minha irmã. Alice

-Pode – Eu disse.

-Está chorando? – Ela perguntou. Passei a mão imediatamente pelo meu rosto e pude ver que estava molhado.

-Eu acho que sim – Eu disse tentando sorrir.

-É por causa dele? – Ela me perguntou.

-Dele quem? – Perguntei novamente, vai que não estávamos falando da mesma pessoa.

-Edward, é claro – Ela disse fazendo cara de obvio.

Eu olhei para baixo e assenti com a cabeça.

-Sabia, o que foi dessa vez? – Ela disse sentado junto a mim na cama.

-Eu to tão confusa – Eu disse deitando em seu colo, e ela começou a passar a mão em minha cabeça.

-Ok vou tentar te ajudar – Resumindo vai me confundir mais ainda.

Afirmei com a cabeça.

-Quando você está com ele o que você sente? – Droga, o que eu sinto?

-Não sei, eu me sinto confusa e ao mesmo tempo feliz – Eu balancei minha cabeça para ver se eu tinha mais alguma coisa que eu sentisse. Mas nada alem disso.

-É o começo – Ela murmurou mais para si mesma.

-Ah Alice, eu tenho raiva quando eu vejo ele com aquela...Vaca – Quase gritei na ultima palavra.

-Como eu disse é o começo- Ela batia palminhas.

-Lice, eu quero dormir – Eu disse bocejando, afinal o cansaço havia me vencido por hoje.

Ela se retirou do quarto e me deixou pensando, não demorei muito para adormecer.

[...]

No outro dia, levantei 30 minutos atrasada.

Sai correndo para poder chegar a tempo para a segunda Aula.

Entrei na sala e a primeira coisa que eu vi foi Edward com a cabeça abaixada, como se tivesse infeliz, ou incomodado com algo.

Mas assim que nossos olhares se encontraram sua expressão pareceu bem mais feliz, como se seu problema tivesse se resolvido como em um conto de fadas.

Ela não tinha vindo por minha causa?

Justo hoje que eu iria falar com ela.

Quando olhei para frente à solução dos meus problemas estava me olhando com um sorriso nos rosto, um sorriso curioso.

Sorri com a ideia de eu ser o motivo desse sorriso.

Ela se sentou no mesmo lugar de sempre, ao meu lado.

Rapidamente o professor começou a Aula explicando um assunto que pouco interesse tinha.

Eu queria falar com Bella, precisava saber o motivo dela ter se aproximado de mim repentinamente.

Eu a conhecia bem, e eu sabia que para ela voltar dessa maneira, tinha que estar muito  arrependida. Sorri com essa ideia.

Arranquei uma folha do meu caderno, e comecei  escrever com minha caligrafia não muito ilegível por causa da minha ansiedade.

Preciso falar com você depois

Joguei o bilhete para ela, ela abriu lentamente lendo cuidadosamente as palavras.

Ela rapidamente catou o lápis e escreveu e logo me passou o bilhete.

Eu também, mas o que exatamente você quer me falar?

Li aquele bilhete atentamente.

É que eu queria......Não sei exatamente.

Reli o que tinha escrito, eu não sabia exatamente o que queria conversar.

Passei o papel para ela. Ela passou os olhos por ele e respondeu.

Tudo bem então, nos encontramos mais tarde na clareira.

Quando li aquelas palavras, meu coração saltou e deu batidas frenéticas.

A clareira! Um lugar que encontramos quando éramos crianças. Costumávamos brincar todos os finais de semana lá. Eu, Bella, Alice, Emmett, Rosalie e Jasper.   

Nos quatros sempre fomos muitos amigos, mas depois que começamos a misturar a amizade com namoro, tudo ficou diferente. Alice e Jasper começaram a namorar, depois Rosalie e Emmett. Sobrou apenas eu e Bella.

Acho que foi ai que nos tornamos tão amigos.

Catei o bilhete que ainda estava em minhas mãos e o rasguei para que ninguém mais pudesse lê-lo.

Eu estava contando os minutos para acabar as aulas.

Quando finalmente o sinal tocou. Dei uma ultima olhada para ela e sai em frente.

Catei meu carro e fui em direção a Clareira.

O sol batia bem no centro, foi onde me sentei para esperá-la.

Qual seria o motivo dela ter aceitado esse convite de tão boa vontade?

Escutei o barulho do motor do seu carro. Podia ouvir seus passos desajeitados entre as folhas caídas no chão.

Finalmente eu tinha visão dela chegando. Quando nossos olhares se encontraram ela rapidamente olhou para seus pés. Provavelmente tentando não cair.

Ela parou em minha frente, estava ofegando.

-Olá – Ela disse corando.

-Oi – Eu disse a olhando. Eu tinha necessidade de encará-la.

Ela sentou-se na minha frente.

O silencio estava se tornando constrangedor, podia se ouvir o som da brisa.

Tinha certeza que ela não ia quebrar o silencio. Então tiver que quebrar:

-Dei um tempo com Tânia – Falei baixinho, mas tive certeza que ela ouviu.

Ela levantou o olhar até mim, se eu não estiver ficando louca pude perceber a animação no tom de voz dela:

-Fico feliz..Er....que pena – Ela disse tentando esconder a alegria que sentia.

-Eu fiz isso por você – Essa vez eu não tive coragem de encará-la nos olhos. Abaixei minha cabeça e fiquei olhando para uma borboleta que voava distante de nos.

Mas senti seu olhar em mim.

-Por mim? – Ela ergueu uma sombracelha.

-Olha Bella vou ser direto – Dessa vez me enchi de coragem e a olhei nos olhos. –Porque essa mudança repentina? – Sua expressão estava indecifrável.  

-Mudança? – Ela franziu a testa.

-Sim, do nada voltar a falar comigo – Ela me olhou nos olhos e pude perceber que ela estava corando.

-É que é que – Ela começou a gaguejar.

-É que... – A incentivei a continuar.

-É que eu estou confusa – Ela disse de uma só vez.

-Confusa? – Eu disse, mas foi para mim mesmo.

-É que – Ela deu uma pausa só para me olhar, mas logo abaixou seu olhar e continuou –Eu acho que estou gostando de você – Ela disse corando muito.

Isso era tudo que eu precisava escutar. Meu coração saltava, acho que podia competir em uma maratona.

-Você...? – Disse com um sorriso bobo, e ela sorriu em resposta.

-Sim – Ela disse olhando para baixo.

Aproximei um pouco mais meu rosto do dela. Ela ergueu a cabeça me encarando.

-Quando você descobriu? – Isso era só um pretexto para poder chegar mais perto dela.

-Não sei, acho que quando vi vocÊ com aquela... – Eu coloquei meu dedo indicador nos lábios dela, para que ela parasse de falar.

Nos encaramos por um segundo, catei uma mecha do seu cabelo e o coloquei atrás da orelha, me dando visão do rosto completo dela.

Aproximei mais o meu rosto, até que encostei meus lábios nos dela. Começamos a nos beijar calmamente, um beijo suave. Sua boca deu espaço para minha língua entrar, nossas línguas dançavam em ritmo sincronizado. Como se fossemos feito um para o outro.

Paramos o beijo calmamente, e nos encaramos. Devíamos estar nos perguntando a mesma coisa: O que acabou de acontecer.

Ela desviou o olhar e sorriu.

-Eu...Eu – Fiquei repetindo a mesma coisa, tentando encontrar palavras certas para dizer.

-Foi incrível – Ela disse meia que dopada? Concerteza essa não era a melhor definição. Acho que encantada era melhor.

-Sim – Respondi sorrindo.

-Acho que isso não pode se repetir – Ela disse com lagrimas nos olhos.

-Porque? – Definitivamente eu queria que isso acontecesse muitas vezes.

-Você tem namorada.....e isso não pode se repetir – Ela balançou a cabeça.

-Ok – Eu disse passando o dedo em uma lágrima que ela acabara de deixar escorrer.

-Acho que não temos mais nada para conversar não é? – Ela perguntou me encarando.

Balancei a cabeça. Na verdade eu queria dizer muitas coisas a ela. Mas acho melhor deixar isso oculto. Por enquanto.

Ela se despediu e se afastou.

Fiquei fitando o nada com o sorriso mais bobo que uma pessoa podia ter.

Era incrível como essa garota me deixava.

Sabia que eu já estava conquistando seu coração. Logo ela seria minha.