Quando vi Vitor não acreditei
Não podia ser o mesmo garoto o qual eu tinha ficado fascinada
O ogro de quem a Roberta tinha me falado, não podia ser a mesma pessoa
Mais acho que Era, pelo jeito que ele me olhou surpreso
Era ele, mais ainda não conseguia acreditar
Não queria acreditar
Aquilo parecia um sonho que tinha virado um grande pesadelo
– Eu acho que esqueci algo no carro, já volto - menti
O que precisava era sair dali e de perto dele
Passei por ele de cabeça baixa
Entrei no carro e sentei desesperada
Estava com raiva, raiva do destino e de mim mesma
De ter gostado daquele garoto, aquele príncipe que agora virou um ogro
Não podia gostar de um garoto como aquele
– Ai Melissa - chamou alguém e vi que era o Vitor
– O que foi ? - perguntei de cabeça baixa
– Minha mãe pediu pra eu te mostrar a casa e talvez te ajudar com.... - disse ele mais interrompi
– Não precisa - disse saindo do carro e pequei uma mala minha que tava meio pesada
E entrei na casa de novo para ir pro quarto de hóspedes
– É não é por aí - disse ele
– Okay, me mostre até o quarto - falei séria e tentando puxar a mala que estava super pesada
– Tem certeza mano que você não quer ajuda ? - Ele perguntou, por que estava engraçado estava me retorcendo toda pra puxar aquela mala e o pior não tinha rodas
– Tenho - menti - E não me chame de mano
– Foi mal aí veio - disse ele e olhei pra ele mais sem olhar nos olhos dele - Foi mal é o costume
Estava me fazendo de durona, o que eu não era, o que na verdade a vida tinha me deixado e agora o destino colocou mais um idiotia no meu caminho
E não vou fazer igual das outras vezes, não vou me machucar
Não precisava da ajudar dele pra carregar as malas, na verdade eu não queria, não queria a ajuda dele pra nada
Preferia ficar morrendo ao pedir ajuda pra ele
Por algum motivo já estava odiando ele, que ainda vou descobri por que eu estou odiando sendo que ele não fez nada
Até que subindo as escadas quase cai com a mala pesada
Mais ele me puxou e segurou a mala e ficamos um pouco perto um do outro

Sua respiração cheirava a água de côco
E acabei olhando pra suas lindas esmeraldas que estavam esculpidas em seus olhos
Com Aqueles olhos, OLHOS! Uma coisa tão simples que todo ser humano tem podia me fascinar tanto
Eles me sugavam como um buraco negro suga uma estrela
Me sentia assim uma estrela, e meu coração uma estrela também que estava sendo sugado por ele e seus olhos
Até que eu acordei e meio que empurrei ele pra ele me soltar
– Eu ainda te perguntei, tu podia ter se machucado - Ele falou fingindo estar preocupado
– Já que você faz tanta questão de levar, então leve - falei falando séria
Fiz ao contrário queria que ele fosse meio que um " escravo "
Não ia ficar dolorida, ele que fique no meu lugar
– Chegamos, esse é seu quarto e da sua mãe - disse ele abrindo a porta
– Pode colocar a mala perto do armário - mandei
– Agora, fui - e lá se foi ele
– Ai que droga! - falei nervosa - Ele tinha que me segurar e fazer acontecer aquele clima, podia ter me deixado cair seria bem melhor
Odeio isso, quando os dois ficam com o rosto bem perto
– Oi filha - disse minha mãe ao entrar, mais eu acho que ela não escutou
– Oi - falei seria
– O que achou do Vitor ? - perguntou minha mãe curiosa
– Por que Ta me perguntando isso ? - perguntei também
– Só pra saber - disse minha mãe dando os ombros
– Não achei nada, é só pra você saber nem achei ele bonito, ele não faz meu tipo - falei um pouco nervosa mais tentando disfarçar
– Nossa filha, achei ele tão bonita, certo que ele pode ser aquele surfista que a Roberta falou, mais ele é bonito sim - disse minha mãe mais no liguei
– Vou tomar uma duxa, preciso relaxar - disse pra minha mãe ao pegar a toalha e sai
– Tia aonde fica o banheiro ? - perguntei ao ver Roberta
– Virando a esquerda amore - disse Roberta e dei um sorriso
Entrei no banheiro, e ele normal
Só que no chuveiro tinha tipo uma toalha que cobria ao invés de um vidro
E quando fui abri a cortina pra ver se o sabonete estava lá...
– AHHHHHHHH - gritou Vitor junto comigo
Ele estava lá dentro, nem tinha acreditado
Que estava vendo Vitor pelado
– O que Ta fazendo aqui ?! - perguntou ele assustado e virei de costas
– Vim tomar um banho - gritei
– Você não me viu aqui não ?! - ele perguntou nervoso
– Não! A cortina não deixou eu ver! E você não me ouviu entrando ?! - perguntei também nervosa
– Não, meu ouvindo Ta meio entupido de água - ele explicou
– Quando sair me procura - pedi e sai correndo de lá
Nem tinha acredita que tinha acabado de ter visto ele nu
Como podia acontecer tanta coisa em um dia só
Sentei no sofá, queria esquecer aquela horrível visão que eu tive e recebi uma mensagem de uma amiga minha:
" Oi miga, como Ta ai ? " ela perguntou
" Horrível, eu acabei de ver o filho da dona da casa pelado " Disse
" COMO ASSIM ? " ela perguntou desesperada
E contei toda a história do chuveiro
" Peraí então você viu ele todo, ele tinha tanquinho ? " ela perguntou e se ela estivesse aqui daria um tapa na cabeça dela
" Eu acabei de ver o menino pelado e você ta perguntando se ele é gostoso ?! " disse
" Sim ué, não custa perguntar, e aí é magricelo ou bem definido ? " ela perguntou e senti mais vontade de bater na cabeça daquela doida
" JuH menos né " falei berrando
" Agora uma pergunta, você viu até o.... Você sabe o que " disse juh na mensagem
" NÃO! Ele tava meio de costas vi só a bunda dele e a parte de cima " falei e enviei uma figura de alívio
" Ata, e a bunda dela era bonita ? " ela perguntou
" JUH! " falei de novo
" Ai só queria saber, por que você não tirou uma foto eu queria ver " ela falou na maior cara de pau
" JUH, SUA CARA DE PAU, EU NÃO IA FAZER ISSO NÉ - falei meio nervosa
" Ta Okay, vou indo, tenho que lavar a louça, ninguém merece " disse juh
" é como diz a piada, ai você entra de férias e vira escravo da sua mãe em casa " falei mais ela já tinha saído
E deixei uma mensagem pra ela contando cada detalhe de quando eu vi o Vitor mais cedo
– Pronto já sai - disse alguém e era Vitor - Sério, você estava tão desesperada ao ponto de invadir o banho dos outros ?
– Olha, eu não invadir, nem sabia que você estava lá - falei meio nervosa
– Mais devia procurar saber, falar algo ou perguntar - disse ele cruzando os braços
– E por que você não trancou a porta ? - perguntei
– Por que essa é minha casa e tenho o direito de trancar a porta ou não a hora que eu quiser - Disse se achando
– Ta bom rebeldisinho, mais agora você tem visita você gostando ou não - falei meio nervosa
– Da próxima vez pergunte - disse ele
– Da próxima tranque a porta, quer saber eu vou tomar um banho preciso relaxar - falei subindo as escadas - E nem pense em entrar no banheiro enquanto estiver lá de vingança
Entrei no banho, naquela hora não queria pensar
Só queria relaxar
Não queira saber se eu gostava de Vitor por causa do negócio na lojinha ou se foi só aquele amor de 2 segundos na rua
E nem em seus olhos
E muito menos em seu corpo
A água quente batendo em minhas costas, fazia uma boa massagem
E estava levando embora o fardo que estava carregando
Ou pelo menos achava que estava levando
Assim que sai do banho tomei cuidado pra Vitor não pegar, ele podia ser o único homem da casa mais já contava muito
Homem não, ogro
Vesti uma regata preta com frase é uma calça jeans e desci pra sala tinha deixado meu celular lá
– Precisamos conversar - disse Vítor assim que entrei na sala
– Não fale como se fôssemos um casal - falei séria - E sobre o que quer conversar ?
– Sobre hoje mais cedo - disse ele mais levantei uma sobrancelha pra dizer que não estava entendendo - Na lojinha, quando agente se viu sabe
Aquele tirei todas as minhas duvidas era ele
O que ele ia falar a respeito daquilo
Seja o que for vou lutar contra esse amor ou paixonite, seja lá o que seja até o fim
Não quero amar ele

Continua...