Dividida escrita por Garota Fantasma


Capítulo 4
3- Eu Pude vê-la no Espelho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3 espero que gostem
PS: desculpa a demora para postar >.<'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628313/chapter/4

.. Tudo foi ficando nublado novamente, como na noite passada, eu estava com medo, afinal , oque diabos estava acontecendo comigo? Porque a imagem de Elsa apareceu ao invés de minha imagem no espelho?; tudo estava muito confuso, algo estava errado, e muito errado. Meu corpo estava tremulo e formigando, não podia sentir meus braços e principalmente a mão que se encontrou com a de "Elsa" no espelho; ela estava fria e pálida como neve.

–Anna! - Kristoff gritava batendo na porta. - Abra essa porta agora, deixe -me te ajudar!

Antes de poder pensar em uma resposta, já era tarde de mais, tudo estava escuro, como se eu tivesse pegado no sono. Sentia meu coração pulsando rápido, acelerado; meu sangue corria rápido por minhas veias, lembro também de ter tido um estranho sonho, algumas cenas , meio falhas , como se eu estivesse no que parecia ser uma boate. Havia bebidas, música alta, as luzes piscavam sem parar e senti uma estranha sensação de estar sendo tocada. Eu dançava levemente sobre a pista, no meio da multidão, havia um homem em minha frente mas não pude ver seu rosto, pois ele estava completamente embaçado; mas pude perceber que ele usava uma camisa social azul marinha e era bem alto e forte.

Depois disso, o sonho pulou para uma cena mais estranha, eu caminhava em uma rua deserta e parecia ser tarde da noite, mas eu não estava tão só, havia algo ali comigo, oque quer que fosse me seguia pelas sombras dos prédios, sem chamar atenção; mas eu sabia que estava sendo seguida, eu temia por isso; pensei em correr, em gritar, mas de que adiantaria? Eu estava só naquela estranha e assustadora rua. A coisa foi chegando mais perto, e mais perto... Pude sentir um vento gélido em minha nuca, o suor corria frio de minha testa, o coração, mais acelerado do que nunca, não pude deixar de correr o mais rápido possível.

Eu corri rápido pela rua, sem olhar para trás uma vez sequer, estava apavorada, queria ajuda, queria ir para casa, mais como? Que lugar era aquele? Oque eu estava fazendo ali?. Lembro de implorar para Deus me tirar daquele lugar terrível, me levar de volta para casa, para minha família, para o Kris.... De repente, tudo escureceu, uma vasta escuridão cobriu minha mente, só restava um estranho silêncio que era quase sufocante. Logo comecei a ouvir sirenes, minha visão já estava retornando, pude ver um rosto familiar ao meu lado, logo descobri que era o rosto de Kristoff.

–...Kris..Onde...- Falei fanha, parando ao perceber que estava em uma maca.

–Calma Anna, vai dar tudo certo. - Ele afirmou, segurando firme minha mão que agora, já estava morna novamente.

****

Acordei na sala de um hospital , meus pais estavam conversando com os médicos, pareciam exaustos e procurando respostas. Kris não pode entrar pois ainda não permitiam visitas, apesar de eu querer ele lá comigo; A única coisa que soube é que no banheiro do motel eu acabei entrando em um sonambulismo e fugido pela janela; depois de horas me procurando, Kris e os policiais me acharam em um beco escuro, caída sobre o chão, minhas roupas (que eram de Kris) estavam rasgadas e eu havia levado vários socos e pontapés, oque me deixou repleta de hematomas.

–Os médicos estão tentando ver oque você tem querida. - Minha mãe concluiu, vindo até minha cama.

– Eu vi a Elsa mãe... - Falei com dificuldade.

–Oque? - Ela disse, curiosa. - Como assim querida?

–..Eu vi a Elsa no espelho, ela era eu...

Meus pais se entreolharam assustados, provavelmente pensando que sua filha havia enlouquecido de vez, tudo era muito novo para eles; eu me sentia muito culpada por tudo isso, só de pensar o quanto eles já sofreram, de lembrar as noites em que minha mãe se afogava em lágrimas pela morte de Elsa, de meu pai começar a beber para afastar as lembranças tristes de sua falecida filha da cabeça. Eu não queria faze-los sofrer novamente, queria que tudo ficasse bem, que o sol aquecesse nossos corações ao invés de congelarem nessa fria neve.

–.. Desculpa mamãe, desculpa papai, eu amo vocês..Não queria que estivéssemos aqui agora..-Falei, derramando uma delicada lágrima.

–Meu amor, não se preocupe! - Minha mãe falou.

–Nós também te amamos muito - Meu pai disse, em seguida, os dois me abraçaram delicadamente, aquele simples gesto me fez sentir segura novamente, o calor de um abraço é uma das coisas mais importantes que já pude sentir. Passara algumas horas quando já liberaram a entrada de visitas, Kris foi até o quarto, me abraçou forte e, ao meu lado, contou oque houve na noite de ontem, claro, apenas oque ele sabia; mais oque realmente havia acontecido? Será que o sonho fora realidade? Será que aquelas estranhas visões realmente aconteceram? Ninguém sabe ao certo, nem mesmo eu , que estranhamente não me lembrava de nada, nem de ter fugido, nem de estar caída em um beco; mas, algo me parece familiar, parece que eu vi sim alguma coisa, pelo que me lembro era uma menina; aparentemente da minha idade, não vi seu rosto, apenas que continha cabelos brancos escondidos em uma capa preta.

Apesar de não demonstrar muito, eu estava com medo, com medo do que pudesse acontecer naquela noite, de eu perder minha consciência novamente e acabar me metendo em alguma furada, ou pior, acabar cometendo minha própria morte. Isso seria terrível , eu precisava impedir isso, mas como?....Precisava bolar um plano...

Continua....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dividida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.