Lady Grinning Soul escrita por Lady Stardust


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

inspiração: https://www.youtube.com/watch?v=6fHoMw8tCzo



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A gravadora comorava: três artistas haviam finalizado seus discos na tarde anterior, discos bons o suficiente para fazê-los sentir o gosto e a textura de lucro, muito lucro. Ás 22h, o salão já estava lotado: pessoas dançando, pessoas bebendo, pessoas fumando e cheirando, injetando e se apalpando mutuamente pelos cantos. Aquela gente já não precisava de pretexto nenhum pra farrear.

Estirado num sofá, David alternava-se entre a festa e a visão daquela menina. Luz colorida derramava-se sobre as peles, sobre as bebidas. Belos traseiros insinuavam-se para ninguém em especial.

Ava era envolvida pelo jazz, de olhos fechados. Seu cabelo curto e platinado criava um halo ao redor de sua cabeça. Um cigarro pendurado entre os lábios, que esboçavam um sorriso; e numa dança sensual tão particular, que parecia para si mesma. Ele ouviu a si mesmo soltar um ‘hmmm’ ronronado, enquanto ela se movia.

Levantou-se e andou até ela. A cocaína se esvaía por dentro, e os corpos entravam em foco novamente, valsando num frenesi estranho. Pousou uma mão na cintura dela, e com a outra tomou gentilmente seu cigarro.

Olá, querida. Quer discutir sobre o universo, ou algo parecido?

Ava riu, vendo-se mergulhada naqueles olhos, enquanto ele tragava devagar, sem piscar.

O rosto tão simétrico, perfeito, como que esculpido em pedra. O ruivo incomum do seu cabelo brincava na luz do lugar. Deu-lhe a mão e se deixou guiar, submersa naquele azul.

...

Um banheiro minúsculo, onde Ava se sentia oprimida pela proximidade.

Maldição, ele a fodia só com os malditos olhos. Sentiu-o arrancando sua roupa com a mente. Seus movimentos eram lentos, os beijos calculados, as mãos gentis; mas os olhos, ah, eram janelas para o inferno.

David inalava o perfume dela como se fosse a mais sublime droga. Deixou um suspiro escapar, enquanto abaixava as alças do vestido dela, que caiu leve pelo corpo até o chão. Observou aquela pele cor de avelã se arrepiar por inteira. Era uma ninfa negra, risonha, macia ao toque. Acariciou os mamilos escuros, antes de envolvê-los com a boca, mordiscando levemente, fazendo-a arfar.

Úmida ao toque. Sentiu-se enrijecer. Sorriu um pouco, e ergueu uma sobrancelha, metendo dois longos dedos de pianista na menina, um único movimento. Ela arqueou as costas.

D-david... — ele levava a mão á boca. Lambeu-os lentamente, e depois os lábios.

Ava abriu sua braguilha, libertando seu membro ereto. Pegou-a no colo, ela envolvendo o corpo dele com as pernas, e fodeu-a, fodeu-a rápida e sofregamente, mordendo sua orelha, pescoço; penetrando-a sem parar, rugindo em seu ouvido. Ava gemia, a mão em seus quadris, guiando-o.

O banheiro rodava, os olhos dele a aprisionavam, enquanto o som seco do corpo dela contra a porta ficava mais e mais alto. A menina interrompeu-o no momento do clímax, ele desnorteado até senti-la deslizando pela parede e abocanhar seu pênis.

Ava... Ah, isso... — ela foi rápida, observando aquele homem finalmente se render, fechar os olhos, gemer por ela. Derramou-se na boca dela, um tanto agressivo, guiando a cabeça dela com as duas mãos, murmurando palavrões.

Bateram na porta. Três vezes.

Eu quero usar essa merda de banheiro, VÃO PRA UM MOTEL!

David deslizou até o chão também, Ava se dobrando de rir.

Mas você ri de tudo... — Ela já vestia novamente as roupas.

Tudo bem, eu vou primeiro. Acho melhor você esperar alguns minutos antes de sair. — e saiu, os sapatos na mão, sorrindo aquela boca carnuda e quase o deixando duro novamente.

Aquela menina. Dama de alma sorridente.


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