Stay with me escrita por leeh


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ooi amores!
Essa fic eu postei a muito tempo para um concurso no social spirit.
Então finalmente resolvi postar ela aqui!
Espero que gostem e me desculpem qualquer erro!



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Eu amo o Natal, para mim sempre foi uma época mágica, cheia de encantos. E junto com o Natal vem o inverno, minha estação preferida, principalmente pela neve que cobre toda a cidade, desde casas, ruas e carros. Eu amo a sensação dos pequenos flocos de neve tocando em meu rosto, fazendo cócegas.

Eu e Usui estamos voltando da escola, ele sempre fazia questão de me levar em casa.

-No que você está pensando, Ayuzawa?

- Em nada, Usui.

Ele parou de repente e olhou para mim.

- Se eu te fizer uma pergunta você responde sinceramente?

- Claro. O que foi?

- Qual o seu sonho?

- Por que você está me perguntando isso?

- Apenas responda, Misa-chan.

- Eu não sei. Talvez ter dinheiro suficiente para melhorar a qualidade de vida da minha mãe da minha irmã?

- Não, Ayuzawa. Qual o seu sonho? Um sonho que não envolva outra pessoa além de você.

- E-eu não sei, Usui.

- Tudo bem, você tem até amanhã à noite, véspera de Natal, para me responder.

E dizendo isso ele foi embora sem falar mais nada, me deixando sozinha. Que espécie de pergunta foi essa? Dessa vez o Usui havia me pegado desprevenida, era muito difícil pensar em mim, minha família sempre vinha em primeiro lugar. Eu sei responder qualquer pergunta de Matemática, Física ou História, mas quando era em relação a mim ou meus sentimentos eu não fazia ideia da resposta, e isso mostra o quão pouco eu sei sobre mim mesma.

Depois eu pensarei sobre isso, por hora tenho que me preocupar com meu trabalho. O Maid Latte fica sempre cheio no inverno, as pessoas vêm se abrigar do frio e tomar uma xícara de chá ou café para esquentar depois de enfrentar a neve do lado de fora.

- Seja bem-vindo, mestre!

- Olá, Ayuzawa. – Era Usui.

Ele nunca mais tinha vindo como cliente. O que será que ele vai aprontar agora?

- Me acompanhe até sua mesa, mestre. – Falei indiferente.

- Vou querer um chá bem quentinho, Misa-chan. – Ele falou dando aquele sorriso de alien pervertido.

- Claro, mestre.

Peguei o chá e o servi e quando já ia embora ele falou:

- Você está pensando, Ayuzawa?

- Não sei do que você está falando, mestre – E fui atender outra mesa.

Nem vi o Usui indo embora e felizmente ele não atrapalhou durante meu expediente.

- Bom trabalho pessoal! – Falei antes de sair pela porta dos fundos.

Já imaginava que ele estaria me esperando. Usui estava encostado na parede de cabeça baixa, quando sai ele levantou a cabeça para me olhar.

- Podemos ir. – Falei

Ele veio em minha direção e com um movimento brusco me prendeu contra a parede.

- U-Usui?

Ele colocou seu rosto bem próximo ao meu, achei que ele fosse me beijar, mas ele apenas falou:

- Ayuzawa, eu não estou brincando. Tenho várias maneiras de lhe torturar até você me contar.

Ele sorriu, como se essa fosse uma frase comum em uma situação comum. Eu realmente não consigo entender o Usui.

- Agora podemos ir, Ayuzawa.

Passei o dia pensando no que falar para ele, e ainda me pergunto por que é tão importante para o Usui saber o meu sonho. Não faço ideia do que falar, mas daqui uma hora ele vai chegar e eu já tenho que ter inventado alguma coisa.

- Onee-chan?

- Oi, Suzuna.

- Eu acabei de ganhar esse cachecol de um dos meu sorteios, estava pensando se você não quer usar para sair com o Usui.

- O-O que? Quem falou que eu vou sair com o Usui?!

- É meio óbvio, Onee-chan.

Ela jogou o cachecol para mim e saiu. Coloquei uma calça jeans, uma blusa de manga comprida e o cachecol da Suzuna.

Assim que eu terminei ouvi alguém batendo na porta, desci correndo antes que outra pessoa atendesse. Minha mãe e minha irmã sempre ficavam com aquele sorriso bobo quando me viam saindo com o Usui. E ficavam me encarando só pra me ver corar.

Estávamos andando pelas ruas da cidade e eu olhava as vitrines tentando decidir qual seria meu sonho de Natal, mas nada ali me chamava atenção. Usui estava segurando minha mão, no início isso me deixava desconfortável, mas agora já me acostumei e até gosto. Paramos para esperar o sinal abrir.

- E então Ayuzawa, já pensou no seu sonho de Natal? Sei que você não vai me desapontar.

- E-eu...

O sinal abriu e começamos a atravessar a rua.

- Quero...

Usui parou e olhou para mim.

- Um...

Então tudo começou a acontecer muito rápido, Usui me com força, cai no chão e tudo o que ouvi foi uma freada de carro e um baque, e então silêncio. E de repente eu estava cercada por uma multidão de pessoas que eu queria que sumissem não me importava com nenhuma delas, agora eu só me importava com o Usui. Levantei-me pouco me preocupando com o machucado no meu braço, comecei a caminhar em direção ao centro do tumulto, eu empurrava qualquer pessoa que entrava na minha frente, sem me preocupar com a educação, só queria chegar até o Usui.

Quando empurrei a última pessoa que estava no meu caminho, eu quase desmaiei com a cena a minha frente, havia sangue para todo lado tingindo de vermelho a neve branca, eu queria que fosse um sonho, nada disso podia ser real. Joguei-me em cima dele, com as lágrimas presas em minha garganta.

-Usui! Usui! Acorda! – Eu gritava enquanto balançava seu corpo.

E quando percebi que ele não ia acordar, as lágrimas começaram a cair sobre o meu rosto, deixando minha visão turva, me agarrei ao corpo dele como se fosse a minha vida enquanto soluçava profundamente.

-Usui, você não pode me deixar! Usui!

A ambulância chegou nos levando para o hospital, agora parecia que estava tudo tão lento, eu queria gritar para eles irem mais rápido, mas minha voz não saia.

Quando chegamos ao hospital levaram ele direto para sala de cirurgia tentei entrar, mas não deixaram. Fiquei andando de um lado para o outro no corredor tentando me controlar, controlar meus pensamentos. Sentei-me numa cadeira na sala de espera enquanto uma enfermeira cuidava do ferimento no meu braço e todas as lembranças do tempo que eu passei com o Usui invadiram minha mente. Lembrei do nosso primeiro beijo no terraço do colégio, das vezes que ele me irritava, da sua cara de alien pervertido, da noite em que aceitei que gostava dele, um ano atrás. Lembrei de tudo, de cada segundo que passei com ele. E antes que eu me desesperasse mais o médico me tirou dos meus devaneios.

– Oi, sou o doutor Mitsuo, ele está no quarto, mas seu estado ainda é crítico, ele ainda está sedado.

– Posso vê-lo? – Perguntei já ficando de pé.

– Sim, me acompanhe.

Assim que chegamos ao quarto onde ele estava me senti sem chão, aquele corpo não parecia do Usui, ele era sempre tão forte, e agora estava pálido, frágil, cheio de arranhões, com a perna enfaixada, totalmente debilitado.
Sentei-me ao seu lado na maca, segurei sua mão e fechei os olhos, os últimos momentos dessa noite invadiram minha mente, eu pensando no que falar, ele parando no meio da pista, olhando para trás de mim assustado e me empurrando, o barulho da freada e então a batida.

– U-Usui, e eu nem cheguei a dizer o meu sonho – Agora esse problema parecia tão pequeninho – E eu mudei de ideia Usui. Meu sonho... meu sonho de Natal é você. – E as lágrimas começaram a cair – E-eu te amo Usui.

– Sabia que você não ia me desapontar, Ayuzawa.

Eu estava ouvindo coisas? Esse era mesmo o Usui? Continuei com os olhos fechados, temia que quando os abrisse fosse só um sonho.

– Ayuzawa, você está apertando muito forte.

Olhei para nossas mãos e afrouxei o aperto, olhei para seu rosto e ele estava me olhando com aqueles encantadores olhos verdes. Minha primeira reação foi bater nele.

– Usui, por que você fez isso?! – Falei batendo no seu peito, enterrando meu rosto nas mãos, tomada pelas lágrimas novamente.

Ele tirou minhas mãos do meu rosto e falou:

– Porque eu não conseguiria viver sem você.

– E você acha que eu conseguiria? – Falei nem me importando se estava corando.

Encostei minha cabeça em seu peito e falei:

– O-obrigada Usui, seu idiota. – Eu não conseguiria dizer isso olhando em seus olhos.

– Eu sei como você pode me agradecer Ayuzawa. Repetindo aquelas três palavras que você falou antes.

Levantei minha cabeça para olhar diretamente para os olhos dele, eu não tinha mais medo de esconder meus sentimentos, eu quase enlouqueci quando pensei que podia perdê-lo, eu estava perto demais dele, mas não me importava, eu amava aquele alien pervertido idiota.

– Eu te amo, Usui!


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram?
Muito obrigada a todos que leram ♥
Kisses e até a próxima ;)