Amor intemporal escrita por Any the Fox


Capítulo 4
Trabalho acabado... Um grande amanhã nos espera!


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Bem, eu sei que demorei bastante para trazer isto... Mas estava num bloqueio, ok? TnT
Bem, este capítulo é o final de uma etapa da história, oh! E não estranhem o Calem ainda não ter falado! Há uma razão!
Espero que estejam gostando.
Até mais!



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– Ruby, Sapphire? Como estão os planos? – Cheren perguntou ao passar pelos dois que desenhavam imensos cálculos e traços numa folha de papel enquanto trabalhavam no chão.

– Cheren, onde colocamos as caixas? – Crystal perguntou com uma caixa por baixo do braço, seguida de Silver e Gold que estavam extremamente carregados.

O Sol havia nascido fazia uns vinte minutos e naquele apartamento já todos os “cientistas” trabalhavam afincadamente, caixas e caixinhas repletas de peças e outras coisas mais estavam a ser colocadas ao monte por todo o apartamento e, numa mesa meio afastada, Platinum e Blue falavam tomando o seu café da manhã.

– Eu acho Sinnoh uma região fascinante, é mesmo verdade que lá habitam os Pokémon do espaço e tempo? – Blue perguntou levando a sua xicara de chá à boca e bebendo um gole.

– É. O meu instituto também se dedica a estudá-los, sabia? – Platinum sorriu para a garota após colocar açúcar na sua caneca.

– É mesmo? – Blue esboçou uma face de interesse.

– É, sabe o que é estranho? Foi detetado uma espécie de distúrbio no tempo! Nada de grave, mas segundo os relatórios e estudos sobre o Dialga, parece que há um viajante do tempo nos dias de hoje! – Platinum disse entusiasmada, mas mantendo a sua postura, direita e fria.

– É mesmo? E que tipo de viajante no tempo? – Blue ficou ainda mais curiosa.

– Ainda bem que pergunta – Pearl disse ao passar por ali ouvindo a conversa – Estamos a falar de um viajante do futuro, não sabemos ainda a razão porque ele veio ao nosso tempo, nem o mal que isso pode causar, mas uma coisa é certa, prova que as viagens no tempo serão descobertas!

Como sabem, Pearl é um especialista em viajantes no tempo, ele não resistiu em explicar a situação.

– É mesmo. A ideia de termos um viajante do futuro entre nós é bem excitante! Isso significa que realmente podemos quebrar a Flecha do tempo. – Platinum disse mandando um aceno de agradecimento ao seu assistente.

– A Flecha do tempo é algo realmente complicado, né? – Blue disse pousando a sua xicara pensativa.

– Sim, e você arranjou uma ótima maneira de contornar isso, acho que nunca me iria lembrar dos buracos de minhoca. – Platinum passou o seu espanto para a colega.

– Ora essa, eu apenas fiz umas pequenas pesquisas, mais nada. – Blue agradeceu dando o maior sorriso que tinha.

Assim estes três ficaram em volta da mesa a conversar, com isso, Bianca, que passava ali com uns materiais, acabou ouvindo a conversa, ficando bastante intrigada… O que seria a flecha do tempo de que Platinum falava? Ela quis parar e perguntar para ela, mas ela meio que tinha medo da Platinum… A azulada não gostava de se dar com pessoas como… Bem, como ela e Gold, e provavelmente só se daria com Pearl porque ele tem uma especialidade… Então passou do lado de Cheren, ele preparava as coisas para o seu café da manhã e estava prestes a colocar o café no leite.

– Cheren. – Bianca chamou o azulado um pouco nervosa, mas a curiosidade era superior à sua timidez.

– Hum? Oh, oi Bianca. Veio comer também? – Cheren perguntou quando se virou para a loira.

– O que é a Flecha do tempo? – Bianca foi direta, não queria atrapalhar o mais velho.

– A Flecha do tempo? Porque quer saber isso agora? – Cheren estranhou, aquilo era algo em que Bianca nunca prestou atenção.

– Eu ouvi Platinum dizendo isso, e fiquei curiosa… - Bianca ficou um pouco envergonhada por não saber o que é.

– E porque não perguntou logo para ela? – Cheren disse tirando o açúcar do móvel, por vezes ele se sentia um adulto tratando de Bianca, ela era realmente infantil.

– Bem… Eu meio que tenho medo de Platinum… - Bianca admitiu, mas não esperava grandes compreensões de Cheren.

– Como assim medo? Estás parva ou quê?! - Cheren achou um absurdo a outra ter medo da única pessoa de cabelo azul além dele que este conhecia.

Bianca estremeceu com a raiva do azulado, talvez ela não devesse falar mal de Platinum…

– Desculpe… Mas podia dizer-me o que é? – Bianca preferiu esquecer o assunto azul.

Cheren se encostou na bancada, como ele iria explicar para a sua amiga algo tão delicado? Então olhou para o seu café da manhã, faltava juntar o café com o leite… E teve uma ideia brilhante!

– Ok, quer saber o que é, certo? Então chegue aqui. – Cheren chamou virando-se para a bancada.

Bianca assim o fez, se colocando do lado dele e observando o que ele fazia.

– A Flecha do Tempo e nada mais nada menos que o movimento do tempo, ou seja, do passado para o futuro e nunca do futuro para o passado, ou seja, nós nunca podemos inverter a flecha do tempo, é uma lei, tal e qual a lei da física que diz: “Tudo vai da ordem para a desordem”. – Cheren disse pegando no café.

– Vá dizer isso para minha mãe! Ela quer que meu quarto vá da desordem para a ordem! – Gold disse passando ali coçando o braço com uma cara de sono tremenda.

Cheren ficou um pouco desorientado com a inoportunidade do dourado, mas logo voltou à sua explicação.

– O melhor modo de exemplificar isso na prática, é quando juntamos café no leite, está vendo? – Cheren disse colocando o café no leite e mexendo.

Bianca olhava os movimentos do outro muito interessada, acenando que sim.

– E mesmo que eu mexa para o outro lado, o café e o leite não se vão separar, não podem voltar a ser como eram, pois a Flecha do tempo atuou. – Cheren disse exemplificando tudo.

Bianca estava faxinada com o modo de explicar do Cheren, ele conseguia explicar tudo muito bem e fazer cada pormenor interessante… E, de certa forma, achou o exemplo do leite e do café romântico… Eles não poderiam voltar a separar-se… Nesse momento Cheren olhava para ela, talvez feliz pelo seu interesse pela sua explicação, ele sorria.

– Gostava que fosse como o café e o leite… - Bianca deixou escapar.

– Hum? Que está dizendo? – Cheren ficou confuso, do que raio ela estaria falando?

– Hum? Nada! Tenho de ir ajudar Ruby com as peças! – Bianca disse atrapalhada quando percebeu que tinha dito aquilo em voz alta.

Bianca se afastou do azulado rapidamente, se dirigindo para um monte de caixas e as levando para junto de Ruby, Cheren ficou confuso, o que ela quereria dizer? Naquela cabeça genial, aquelas palavras não faziam sentido…

……

Algumas horas haviam passado, e os mecânicos já haviam passado da teoria para a prática, começando a construir a base da máquina, mas a determinado tempo pararam.

– Porque estão parados? Não estamos com tempo para preguiçar, sabia? Temos um prazo de entrega! – Cheren disse quando que reparou que os três mecânicos faziam nada mais nada menos que… Nada.

– Calma, chefinho, nós não podemos fazer nada agora. – Ruby disse enquanto dormitava encostado a umas caixas.

– É mesmo, não temos o desein certo para a máquina. – Sapphire disse descontraída enquanto ajeitava os seus calões.

– Chamámos uns estilistas de Kalos para ajudar. – Ruby disse ao olhar para o azulado.

E antes mesmo de Cheren poder perguntar quando é que estes chegavam, a campainha tocou.

– Devem ser eles. – Sapphire riu.

Então Bianca fez o seu principal papel naquele grupo, dirigiu-se à porta e abriu-a, logo que a puxou para si, uma imensa força empurrou a porta e duas figuras excêntricas entraram.

Bonjour! – Uma garota loira e jovem, com um vestido até aos pés cor-de-rosa cheio de folhos entrou na sala vistosamente, na sua cabeça usava um chapéu da mesma côr, em forma de bolinho.

E do lado dessa garota, um garoto igualmente vistoso, o seu cabelo era negro e caia-lhe pela franja, os seus olhos da mesma cor, usava um smoking e na sua cabeça um gorro de Pangoro.

Je sui Calem e Serena! – A garota presentou-se, tinha um sotaque francês bem carregado, acentuando todos os “r” de um modo… Sei lá! De um modo “francês”!

– Quem são estes palhaços? – Platinum disse chocada com o que via, as duas criaturas pareciam deslocadas.

– Palhaços? Oh! No, no, no, no! Nós somos estilistas! – Serena explicou com um ar superior, como se a azulada fosse uma espécie estranha de comum mortal que não percebia nada de arte.

– Estilistas com pouco sucesso, de certeza. – Gold voltou a ser inoportuno, mas já ninguém lhe ligava.

– Oh! Querido Wally! Que saudades que eu tinha de você e suas bochechas fofas! – Serena disse indo ter com o esverdeado.

– Socorro… - Wally pediu enquanto suas bochechas eram apertadas.

E após um choque inicial e de uma espécie de má aceitação dos cientistas, lá construíram a máquina, não demorou mais de umas oito horas a construir-se uma máquina do tempo, não era nada mais nada menos que um comando. Um comando de igual tamanho a um de televisão, três espaços digitais, um para o dia, outro para o mês e um último para o ano. Possuía um botão vermelho enorme por baixo desses números e três rodas por baixo dos espaços digitais, como também um despropositado enorme laçarote rosa do lado da antena.

Perfecto! – Serena mencionou após acabar de ajeitar o laço.

– Era mesmo necessário este laçarote despropositadamente grande? – Cheren estava um pouco indignado com aquilo.

– Claro que sim! É glamour! Estilo! Alguma vez se viu uma máquina do tempo que não tivesse um laçarote gigante!? – Serena parecia indignada com a incompreensão dos outros.

– Acho que devia perguntar qual tem um laçarote gigante. – Gold disse como um pensamento, já que ninguém o ouvia.

– Como isso funciona, Ruby? – Platinum perguntou ignorando tanto a artista como o “desinformado”.

– Oh, isso é muito simples! Fui seguindo os planos de Blue que estavam espantosamente corretos, nem parecia que estava a desenhá-los por primeira vez, então funciona mais ou menos como está nos planos – Ruby explicou – Aqui é onde marcamos o dia e o ano para que queremos viajar, tanto para o passado ou para o futuro, escolhemos os números rodando estas rodas aqui, a hora será a mesma do momento em que acionámos a máquina, ou seja, se a acionarmos ao meio dia do dia de hoje, viajaremos para o meio-dia do dia que escolhemos.

A máquina parecia funcionar de um modo simples, era apenas um simples comando, mas como funcionaria?

– Sim, mas se é um comando, como fazemos para viajar no tempo? – Crystal interrogou.

Simplex! Temos apenas de carregar neste botão vermelho, a máquina faz os cálculos e abre um buraco de minhoca, para fechar o portal é carregar outra vez. O portal pode manter-se aberto. – Ruby voltou a explicar.

– Mas só uma pessoa pode viajar de cada vez? – Silver duvidou da capacidade do comando.

– Não. Pode viajar até seis pessoas, desde que cinco estejam a tocar na pessoa que tenha o comando. – Ruby disse o método de viajem.

– Então… Quer dizer que, neste momento… Nós podemos viajar no tempo. – Bianca perguntou engolindo em seco.

Toda a equipa ficou em silêncio, ainda não tinham pensado nisso… Mas logo Cheren interrompeu entusiasmado.

– A pergunta não é se podemos! A pergunta é para onde o vamos fazer! – Cheren disse emocionado erguendo uma mão ao peito.

– Eu proponho Kanto! No futuro! – Red sugeriu.

– Nem pensar! – Blue pareceu ter entrado em pânico.

– Uê, qual é o problema de irmos para Kanto? – Platinum estranhou imenso a reação da outra.

– Bem, eu acho que deveríamos ir a Unova primeiro, afinal, o criador é de lá, né? – Blue sugeriu, com uma voz nervosa.

– Você tem certa razão… Que diz, Cheren? Vamos para Unova? – Platinum perguntou olhando para o rapaz de cabelo azul.

– Pode ser, não vejo porque não. Quer dizer, se o mecânico disser que é possível, claro. – Cheren olhou para Ruby que segurava aquilo na mão.

– Claro! Qualquer destino é possível desde que controlado por um computador. – Ruby sorriu simpático, como costumava fazer.

– Sendo assim, iremos hoje já! – Green disse entusiasmado.

– Tenha calma, senhor Green. – Crystal pediu – A máquina acabou de ser criada, temos de distribuir tarefas e ambientarmo-nos à possibilidade de viajar pelo espaço-tempo. Sugiro que partamos só de manhã.

Ouve uma troca de olhares entre os presentes, mas todos assentiram que sim.

– Sendo assim, eu, Silver e Gold vamos andando. – Crystal disse levantando-se do sofá onde estava, sendo seguida por Gold e Silver até à porta, despediu-se dos presentes e saíram do apartamento.

– Acho que é uma boa ideia irmos andando para nossas casas também. – Platinum sugeriu.

– É mesmo, amanhã será um longo e importante dia… - Green disse se levantando também.

E assim, grupo por grupo, região por região, foram todos saindo, ficando apenas Cheren e Bianca naquela divisão. Estando sozinhos, Bianca manteve-se na cadeira onde estava, ela costumava ficar ali, apenas observando, mas Cheren pareceu senta-se no sofá de um modo desleixado, algo não muito comum.

– Cheren? – Bianca achou estranho o modo de se sentar do maior.

– É amanhã… Eu não acredito que é amanhã… - Cheren estava risonho.

Bianca não disse nada, apenas ficou olhando para o outro e ouvindo.

– Eu vou viajar no tempo, toda a minha dedicação, a minha vontade… Finalmente vou conseguir… Estou a realizar um sonho… - O sorriso do azulado era meio e se dirigia para o teto, para o vazio.

– Parece que você está bastante feliz. – Bianca sorriu entusiasmada.

– Sabe, depois de fazer isto, com certeza a professora Junifer vai notar em mim. – O rapaz dos óculos se sentou mais direito olhando desejoso para os seus joelhos, mas para o vazio.

– Você quer que ela note você? – Bianca olhou para ele intrigada.

– Sim. Desde há muito tempo que admiro o que ela faz. Eu sei que ela estuda Pokémon e eu Física-Quântica, mas, no futuro, eu gostava de ser um cientista dedicado como ela é… Ela é reconhecida em todo o Universo Pokémon e, melhor de tudo, é bem-sucedida no que faz. Gostava de apreender mais com ela, sabe? – Cheren confessou para a loira.

Bianca sorriu, Cheren estava se abrindo para ela.

– Oh, mas porque estou contando isto para você? Não lhe interessa mesmo… - Cheren se virou um pouco embaraçado por falar assim com a colega.

– Ora essa, Cheren! Claro que me interessa! Nós somos amigos! – Bianca disse levantando-se da cadeira onde estava, sua voz estava um pouco irritada.

– Amigos? – Cheren se virou calmamente para ela, estranhando a expressão que ela usara para definir a relação dos dois.

– Sim, Cheren, amigos! Eu me preocupo com você, sabia? Eu quero muito que você realize seus sonhos… E quero ajudar você a fazer isso também… Pode falar comigo do que quiser, Cheren… - Bianca disse avermelhando um pouco.

– Bianca… Mas… Eu sempre te deixei para lá… - Cheren estranhou o que a outra dizia.

– Eu sei, mas eu sempre entendi você. Você estava focado no seu trabalho, então não ligava para mim, mas nós nos conhecemos há muito tempo, não é? Eu sabia que você era uma pessoa doce. – Bianca sorriu se sentando do lado do rapaz no sofá.

– Eu… Não sabia que você se preocupava assim comigo… - Cheren olhou o chão.

– Preocupo, Cheren. – Bianca disse olhando o amigo, sentindo uma enorme satisfação em seu peito.

Cheren continuou encarando o chão, a sua face estava ligeiramente rubra e Bianca ainda o encarava, mas inconscientemente virou sua face para a frente, sentia-se feliz por ter dito aquilo ao amigo e por ele ter confiado nela, então quando menos esperou, dois braços fortes a pegaram em torno dos ombros e sentiu um peso sobre sua cabeça.

– Desculpe, Bianca… Eu nunca pensei que você se considerasse minha amiga… Desculpe eu ser tão rude com você… - Cheren a abraçava apoiando o seu queixo nos cabelos loiros da amiga, ele parecia um pouco arrependido.

– Não se preocupe, Cheren, eu já disse que não tem mal… - A loira agarrou carinhosamente um dos fortes e magros braços que a abraçavam.

Mais um pequeno momento de reflexão entre os dois, mantendo-se ambos na mesma posição.

– Cheren. – Bianca chamou.

– Sim? – O outro a encarou.

– Eu tenho a certeza de que você vai ser um grande cientista. – Bianca disse encarando os olhos brilhantes do azulado.

– Assim o espero, Bianca… É o que eu mais quero neste mundo… - Cheren sorriu.

E ficaram ali os dois sentados, sem pronunciar nem mais uma palavra, apenas olhando o teto e as paredes, pensando no futuro, um futuro que me breve visitariam, isso os intrigava, será que eles iriam ser aquilo que tento queriam? Eles naquele momento não pensavam nisso, estavam demasiado iludidos com os seus sonhos e esperanças… Mas isso não iria durar…

Entretanto, na casa de Blue…

– É mesmo, é amanhã… A minha viagem vai finalmente valer a pena…

Continua


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Bem, talvez vocês já estejam chegando no que vai acontecer... Aceitam-se opiniões^^ Deixa aí o que achou :p
Até mais!



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