Balthazar Diemok encarava a neve que caia nas ruas do quartel, os pensamentos invadiam-lhe a cabeça mais do que o normal. Haviam linhas de preocupação por todo o seu rosto. Eles conseguiram atingir o objetivo. Ele estava feliz com isso, mas parece que seu chefe não estava satisfeito com tamanha descoberta. Ele queria mais.
Balthazar suspirou, com os ombros tensos. E ouviu a porta se abrir atrás de si.
-Você vai fazê-lo? - perguntou Tenente Hilinod, a raiva aparente em sua voz.
-E-eu não sei. - Balthazar respondeu, sem olhar para trás. - Ele irá me matar se não, mas não posso deixar essas crianças entrarem em perigo.
-Isso é loucura! - ela exclamou - Ele não pode fazer isso!
-Ele é louco. - respondeu.
-O que vamos fazer? - a voz da Tenente suavizou, e não passou de um sussurro.
Então a porta do recinto abriu fortemente, e olhou para trás. Dois homens com uniformes diferentes dos usuais dos soldados entraram na sala, com armas nas mãos.
No mesmo momento, a Tenente colocou a arma dela em suas costas e sussurrou em seu ouvido.
-Eles vieram te pegar, fique quieto e deixe que eu resolvo as coisas.
-Balthazar Diemok. Temos ordens para matá-lo. - disse um dos soldados.
-Eu tenho ordens para levá-lo para a prisão. - rebateu a Tenente.
-Tenente, suas palavras não valem para nós, saia de perto do homem. - disse o outro.
A Tenente suavizou a arma nas costas de Balthazar.
-De quem são suas ordens? - ela gritou.
O primeiro soldado levantou a arma que segurava.
-Informação negada.
Então ele atirou, e a Tenente suspirou de alívio por um momento. Até que ela olhou para o lado.
Balthazar estava despencando no chão, sangue saindo de seu peito.
Houve um outro disparo, e a Tenente sentiu uma picada em sua perna. Era um dardo tranquilizante.
Ela encarou os soldados, e no segundo seguinte, ela caiu no chão, desmaiada,
Os soldados endireitaram a coluna e dirigiram-se até a porta, abrindo-a. E um homem entrou.
- Senhor. -cumprimentou um dos soldados, enquanto o homem observava os corpos no chão.
-Liguem os computadores, selecionem os nomes, mandem as cartas. - disse o homem.
-Sim, senhor. - Os soldados disseram em unissom, e saíram.
O homem encarou o corpo de Balthazar.
-Me desculpe, meu amigo. - disse- Mas o jogo deve acontecer, com ou sem você.