Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 8
Promessa


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Assassinos e Assassinas! Como prometido daremos uma pausa na historia de Elsa e Anna e iremos voltar a Valência para junto de Serge. Espero que gostem desse capitulo, um dos meus favoritos! E vamos ao capitulo de hoje!



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Eram 12:00hs da tarde em Valência, hora em que as pessoas paravam seus afazeres para o almoço. Todos iam para suas casas, outros para restaurantes, e alguns comiam marmitas trazidas de casa. A praça central ficará vazia, menos por duas pessoas que estão sentadas em dois bancos feitos de jornais. O homem estava vestido com um manto azul com detalhes em branco e um menino. Estavam conversando há horas, porém a ultima parte da historia deixou o menino inquieto e um tanto quanto com medo. Estava tentando digerir a ultima parte que seu amigo tinha contado. Esta por sinal o deixou extremamente preocupado e com o que esperava Elsa e Anna.

– Serge... A história tá ficando bem seria! Tipo, do nada aparecem esses caras, a “Mesa dos Cincos” e a Elsa e Anna prestes a lutarem... QUE BAITA CONFUSÃO VAI ROLAR NESSE REINO, HEIM?! – Serge ouve o comentário de seu amigo, cruza os braços e simplesmente responde:

– Bom Oliver, mudanças não acontecem se ficarmos parados, né?

– Eu sei, mas...

– Mas o que Oliver?

– Isso me lembra um pouco o que estava acontecendo aqui em Valência.

– Sério? Por que você diz isso? – Pergunta Serge de maneira inocente, mas com cautela.

– É! Tipo... O Governador Pedro estava nos oprimindo. Ele fazia muitas coisas ruins.

– Sim isso é fato. Por isso essa história é tão importante Oliver.

– Por quê? – Pergunta o menino.

– Por que nos ensina que não importa as adversidades e perigos que cruzem o nosso caminho, nunca devemos abandonar nossos sonhos meu amigo e nem nos curvar perante a opressor nenhum. Por isso temos que lutar Oliver. Não apenas por nós, mas também por aqueles que não podem se defender. Para que um dia eles possam olhar para esse grande e imenso céu. – Ele suspira olhando para o céu ensolarado, fechando seus olhos. – É por isso que pessoas como eu existem.

Esta ultima frase de Serge, fez os olhos do menino, brilharem. Nunca tinha ouvido algo tão belo e refletivo como as palavras ditas por seu amigo. E num misto de pura inocência e sabedoria ele pergunta:

– Isso seria... Liberdade? Não é?

Serge se vira e apenas meneia a cabeça em afirmação.

– A liberdade é o bem mais preciso que temos, por isso nunca podemos deixar que a tomem de nós, nunca! Você entendeu?

E com um grande aceno de cabeça Oliver confirma que sim. Entendeu bem as palavras de seu amigo, muito sabias por sinal. Ele sorri, pois nunca achou que em sua vida, tão nova e já cheia de tribulações, encontraria alguém como Serge. Ele era muito parecido com os personagens da história que ele estava contando... Os homens de manto. Então de repente uma luz se acende em sua mente. Algo que ele não tinha percebido e que era extremamente OBVIO! Ele agora observa Serge e percebe que suas vestes são muito parecidas com a dos personagens da historia...

“Manto cobrindo todo o corpo...” – Ele observa bem o manto azulado e branco de Serge. – “Gorro que esconde a o rosto” – Olha para as botas e depois para as braçadeiras que ele usava. – “E equipamentos, muito similares!” – Foi ai que a ficha caiu, não tinha como ter engano, a roupa, os modos e como ele voltou sem nenhum arranhão do encontro com os soldados que o agrediram e o roubaram. Serge era um...

– Oliver o que foi?

– AH?! – O menino aprece ter acordado de um sonho.

– Você tá me olhando com uma cara estranha... Tá me assustando, cê ta bem? – Pergunta Serge preocupado.

– AH?! Não, nada to bem! Xí olha a hora!

– O que?

– Eu tenho que levar o dinheiro das vendas pra prensa se não, não recebo meu pagamento! – Diz o menino se levantando e olhando a hora, no relógio da praça. – Nem reparei na hora!

– Puxa Oliver, me desculpe não sabia que você tinha um compromisso! – Serge se levanta preocupado, não queria prejudicar o emprego do menino.

– Não Serge a culpa foi minha! Eu devia ter dito que precisava passar na prensa. Escuta, eu vou levar o dinheiro das vendas e despois vou em casa almoçar, to morrendo de fome! – Diz o menino coçando a barriga.

– Olha bem lembrado, eu também to faminto. – Responde Serge massageado o estomago.

–Você pode me encontrar aqui lá pelas 14:30 hs? Quero ouvir o resto da história, nos mínimos detalhes! Se é que você me entende?

Serge sorri para seu amiguinho, se aproxima e faz um afago na em sua cabeça.

– Claro que sim! Mas vou ter um compromisso ao anoitecer, por isso talvez eu não consiga te contar tudo hoje ainda. Algum problema nisso?

– NENHUM!!! – Quanto maior a história melhor. Alias quero saber o que seus irmãos vão fazer contra a “Mesa do Cinco”. – Diz o pequenino sorrindo. – Tchau, Serge! Até logo! – Assim ele parte pelas ruas a toda velocidade, deixando o jovem sozinho e acenando.

– E bom ser criança. – Diz Serge sorrindo. – Bom, hora de experimentar as iguarias espanholas! – Exclama ele batendo palmas e lambeado os beiços, foi quando deu um passo que algo lhe chamou a atenção. As últimas palavras de Oliver ressoavam por sua mente.

“O que seus irmãos vão fazer contra a “Mesa dos Cinco”?” Eu não lembro de ter dito que eles eram meus irmãos, de onde ele tirou isso? – Dizia para si mesmo. – Ah! É melhor eu comer primeiro, não da pra pensar de estomago vazio. Vamos encher o bucho!!! – Assim o jovem Assassino parte da praça central, para um dos vários restaurantes que haviam em Valência, sem sequer ter ideia que seu amigo já descobriu que ele é um Assassino.

14:00hs da tarde em Valência.

Serge estava tirando uma pestana no campanário de um mosteiro da cidade, havia dormido pouco na noite passada devido há festa e das bebidas que Luiz o forçou a tomar. Os Assassinos eram treinados para se esconderem em diversos lugares, desde carroças de feno, poços, em becos, mas o melhor de todos sem duvida eram os lugares altos. Lá podiam espiar a cidade toda, observa a movimentação da população, se esconder de perseguidores e pegar seus alvos sem que eles os percebessem. Serge estava no Mosteiro de São Jose, era um dos mais pobres da cidade, seus monges sempre se opuseram a ditadura terrível de Pedro, resultando em muitas perseguições, torturas e morte para os monges do mosteiro. Por isso os Assassinos decidiram ajuda-los.

Há algumas semanas atrás antes de Serge chegar a Valência, alguns monges foram presos pelo exercito de mercenários do Governador. Eles haviam sido incriminados com o falso testemunho de que estavam pregando injurias contra o governo, sendo assim instigando o povo a um levante... Uma grande mentira é claro, estavam apenas pregando nas ruas sua fé e palavras de conforto para aqueles que mais precisavam, mas nem isso os fez escapar de interrogatórios e tortura. Vários morreram, sendo que os últimos foram salvos por Luiz e outros Assassinos espanhóis, que invadiram uma das prisões e os libertaram, junto com vários outros presos injustamente pelo regime de intolerância do Governador. Desde então como gesto de agradecimento, os monges cederam seu mosteiro como esconderijo para os Assassinos, caso esses estivessem precisando de um lugar para se esconder, ou até mesmo descansar.

Serge dormia tranquilamente, estava em paz, quando começou a ter um sonho.

Estava de pé enfrente ao que parecia ser uma imensa construção feita de cristal toda em ruinas. Ele pisca e esfrega seus olhos para ter certeza do que estava vendo.

– Onde estou? Que lugar é esse?

Silencio, não havia barulho algum a sua volta, então de repente ouvisse um ranger de portas. Seguindo seus extintos ele olha para cima e vê que duas imensas portas se formam e se abrem a sua frente.

– Esta me convidando para entrar?

Sentido que uma força o instigava a prosseguir, ele adentra pela construção destruída e o que ele vê o surpreende. Um imenso salão feito do mais puro cristal o recebeu. Podia ver seu reflexo em todos eles, nunca vira um lugar tão belo, mesmo em ruinas o lugar não parece que não perdeu seu ar de nobreza. Isso o deixou encantado. Caminhou mais um pouco e pode ver que o teto já não existia mais. O que ele via era uma imensa lua branca no alto céu que lançava sua luz sobre as ruinas. Ele a contemplou até que sentiu a presença de alguém. Ao abaixar seu rosto viu alguém a sua frente.

– O que?

Estava de costas para ele.

– Quem é?

Era uma garota.

– Quem é você?

Usava um vestido peculiar, mas muito familiar. Vestia uma blusa longa azul que ia até seus pulsos, um colete preto com desenhos de flores, uma longa saia azulada com detalhes em rosas vermelhas em suas bordas e botas de couro preto. Mas o que mais chamou sua atenção foram os cabelos da jovem, estava dividido em duas longas tranças e eram brancos como a neve.

– Eu conheço você!

Ela se vira lentamente.

– Mas onde?

E ela se vira totalmente para ele. Tinha pele branca, lábios vermelhos como rosa e seus olhos estavam fechados.

– Não pode ser?

A jovem abre seus olhos revelando um par de belos olhos azuis.

– Não posso acredita!?

­­Ela sorri para ele. Um sorriso terno e acolhedor.

– Você é...

­- Eu estava te esperando. ­– Diz a jovem, com uma voz suave.

– P-Princesa Anna?! Mas como?! – Pergunta o jovem Assassino confuso com o que ele estava presenciando. Estava frente a frente com a princesa que ele sempre admirou, por sua bravura e coragem. Aquilo seria um sonho ou um truque de sua mente? – Isso não é possível?! Como posso estar te vendo e falando com você?

– Do mesmo jeito que eu posso te ver e falar com você. – Reponde a princesa sorrindo.

Serge estava mudo, estava mesmo falando com ela e o estava respondendo.

­– Não quis dizer isso é que... Bom, como posso dizer? Ai caramba, eu devo ter bebido demais, minha mente ta me pregando peças. Só pode! ­– Diz o jovem todo atrapalhado. A princesa ao velo se comportar apena ri e diz:

– Você é uma pessoa muito engraçada, sabia? Mas também portador de um grande coração.

– Ah?! – Essas últimas palavras deixaram Serge atônito.

– Você não se importa com o passado dos outros, e ajuda aqueles a sua volta, sem esperar nada em troca, são atitudes muito nobres. Atitudes que te fazem ser único, e insubstituível... Serge.

Ela sabia seu nome.

– Você sabe até meu nome?

– Sim, eu sei quem você é. Um dos guardiões da nossa história.

– Ah?! Guardião... Eu?

– Sim. Ao contar nossa história, consequentemente você já faz parte dela e tem nosso mais absoluto agradecimento por isso. Você mantem nossa lenda viva!

Serge repara que ela começa a chorar. Então ele decide se aproxima mais dela.

– Isso seria um sonho? Porque se for? Eu não quero acordar, não agora.

Ele se aproximava dela.

– Sonhos servem para nos manter unidos... Eles superam barreiras e distancias, como as que estamos superando agora.

­Ele estava mais próximo.

– Sim, meu mestre me contou. Que nos sonhos podemos falar com aqueles que mais amamos e com outras pessoas que tem o mesmo desejo. Ele disse que isso se chamava... Sincronia da Alma.

A cada passo mais próximo.

– Seu mestre é alguém muito sábio Serge, ele lhe ensinou bem.

Estava bem diante dela.

– Sim me ensinou.

Anna abaixa seu rosto, derramava lágrimas cristalinas que foram aparadas pela mão de Serge que segura gentilmente sua face. Estava olhando diretamente para ela.

– Você ira contar a ele o restante da história, não vai? Sobre min, minha irmã e seus irmãos? Não vai?

Ele sorri.

– Eu prometo... Eu vou contar a ele sua lenda Anna e depois vou cumprir a missão que foi me dada. Eu juro.

Ele fez a promessa... Não ele já tinha feito a ela há muito tempo. E com carinho e amor ele abraça a princesa, que retribui o abraço e diz entre lagrimas e soluços.

– Eu queria ter te conhecido antes...

– Você vai! Isto é só um prologo. Logo poderemos conversar o quanto nós quisermos. Você me contara suas aventuras e eu as minhas.

Ao dizer essas palavras, uma intensa aura branca irrompe do chão envolvendo a ambos. O jovem Assassino levanta seu rosto e pensar ter ouvido sons de sinos badalando e ao olha para Anna novamente percebe que aura branca a estava envolvendo, tão forte e brilhante que faz com que ele se afaste cobrindo os olhos e quando a luz começa a perde força, ele abaixa seu braço e tem a visão mais maravilhosa de sua vida.

Anna estava diante dele, mais diferente, seus cabelos estavam soltos e um par de asas feitas do que pareciam ser cristal haviam brotado de suas costas. Asas essas que se abrem e começa a erguê-la. Serge ao ver que ela estava subindo corre e agarra sua mão e tem o ultimo vislumbre dos olhos da princesa. Olhos esses que ganharam uma cor esverdeada, seu sorriso fez o coração do jovem se emocionar e seus olhos não conseguiram conter as lagrimas de felicidade e de tristeza, por ela estar indo embora. Então ele segura sua mão com mais força e brada:

– Eu vou te achar! Não importa quanto tempo dure, EU VOU TE ACHAR ANNA!!! ISSO É UMA PROMESSA!!!

A princesa ao ouvir as palavras de Serge, abre um enorme sorriso e diz com sua voz ecoando pelo salão.

– Eu sei que você vai... Lobo Branco!

E desaparece em uma intensa luz deixando Serge sozinho e com varias penas caídas ao seu redor. Então como se nada mais lhe surpreendesse ele vê algo caindo do céu, rapidamente ele agarra o objeto que revelou ser um pingente, com uma corrente de dourada com um cristal em forma de pena rosado no centro.

– Isto é?

­Ele pode ver algo pulsando dentro do cristal, uma pequena chama que batia como um coração. Podia sentir vida nele.

– Um coração?

­Olha para o céu estrelado e percebe uma estrela cadente cruzar os céus.

­– Este é o seu coração... Anna?

Então um forte som de sinos ressoa por todo o salão, ele rapidamente tapa os ouvidos. O barulho é tão alto que o lugar começa a rachar e a desmoronar. O chão que ele estava se despedaça o fazendo cair e uma longa e completa escuridão. Seus olhos se fecham e ao abri-los novamente esta de volta ao campanário com os sinos do mosteiro tocando. Ele se levanta no susto, estava suando, seu coração batia acelerado, olhava em volta, estava sozinho no campanário. Os monges não precisavam subir até lá em cima, havia uma corda que levava até o primeiro andar no qual eles podiam tocar o sino sem ter subir até o topo, assim ninguém suspeitaria dos Assassinos se escondendo lá.

– Isso foi mesmo um sonho? – Pergunta para sí mesmo. Estava tão compenetrado em seus pensamentos que mal notara o sino badalando. – Não, foi muito real. – Então ele sente algo em sua mão, algo pequeno. Com cautela ele ergue seu punho e o abre.

O que ele sentiu era difícil de dizer, alegria, euforia, fé, coragem, vitória, um sonho realizado e uma busca para começar e ela tinha um nome.

– Acho que isso é começo de uma grande aventura, não é? Anna?! – Diz o jovem Assassino comtemplando o pingente rosado em forma de pena com algo pulsando dentro de sí. – O Oliver não vai acreditar! – Diz o jovem rindo como um bobo. – Perai? Oliver?! Minha nossa, esqueci dele! – Brada o jovem Assassino que sem pestanejar cobre sua cabeça com seu gorro e corre até a beira do campanário e num ato de fé ele abre seus braços como uma águia e salta do alto do campanário, seu momento de liberdade e de esperança, momentos que só um Assassino podia sentir e caindo em segurança em uma carroça de feno, rapidamente sai dela correndo indo em direção à praça central para contar a Oliver o restante da história e seu encontro com Anna!

Uma nova jornada esperava pelo Assassino.


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Notas finais do capítulo

E assim a promessa foi feita! Não percam o próximo capitulo pessoal! Até!



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