Lonely Star escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 18
Luta covarde


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo!

Olá! Espero que gostem do capitulo! Estou de muito bom humor hoje!



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N: Julia

O café de Pierre era uma das coisas que eu mais queria naquele momento de dúvidas e tudo mais. Jones marcou comigo de nos encontrarmos lá o quanto antes. Geralmente é assim que funciona com os heróis: sem essa de horário, só... vai o quanto antes. E quando se aprende isso no meio de uma luta e ouvindo da boca do Capitão América, a gente nunca mais esquece. Ah, aquela vez foi a maior doideira! A gente...

Ah, eu desviei o assunto. Foi mal.

Pois bem, eu estava chegando no café quando vi um monte de policiais e os vidros quebrados. Estacionei minha BMW e corri até lá. Os vidros do estabelecimento estavam quebrados, o lugar estava cheio de fitas amarelas e pretas, impedindo a passagem de algumas pessoas. Aquilo estava estranho. Muito estranho. Então, olhei para o lado e dei de cara com Zack. O que ele fazia ali? Ele também ficou surpreso ao me ver. Eu mesma não acreditei.

– Julia? - ele perguntou.

– Zack, tá fazendo o que aqui?

– Não esperava te ver tão sedo!

– Muito menos eu. - afirmei.

– Você está bem? - perguntou segurando minhas mãos.

– Relaxe. Vou ficar bem. Não se preocupe. O que aconteceu aqui?

– Também não sei. Quero saber. Os policiais não querem contra. Não a qualquer um.

– Ah, eles vão contar pra mim. Com certeza.

Soltei as mãos dele e segui na direção de um dos policiais. Eu estava com medo do que poderia ouvir dele, mas era muito importante que eu fosse até o fim.

– Com licença, frequento esse estabelecido há anos. O que houve aqui?

– Sinto muito, garota. Esse lugar foi atacado. Estamos tentando fazer contato com os Vingadores, mas...

– Sou uma Vingadora. Estrela Solitária. Julia Stark. O que é tão sério a ponto de precisar de nós?

– Um assassinato... por dois jovens muito poderosos.

– Garota com chicote elétrico e garoto que pega fogo?

– Conhece?

– Estão se autodeclarando meus arqui-inimigos. Só querendo uma vingança ilógica.

– É bom ter alguém como você aqui.

– Quem foi a vítima?

– O dono do estabelecimento. - o encarei surpresa – Os responsáveis fugiram. Não sabemos onde está.

– Ele era um amigo meu.

– Provavelmente eles sabiam.

Como? Como saberiam de uma coisa tão boba? Não é o tipo de coisa que o mundo inteiro sabia, só não era segredo. Teria que ser alguém próximo a mim. Me lembro novamente do Stane. Aliás, como estaria o filho dele depois de tantos anos? Bom, não era importante na hora. Caminhei para dentro e olhei o lugar. Mesas reviradas e paredes marcadas. Haviam muitos clientes naquela manhã, pelo visto. Era o horário em que mais gente aparecia por lá.

O corpo ainda estava no balcão e um legista estava para pôr ele em um saco preto. Agora a ficha caiu. Eles mataram um amigo. Me aproximei ainda em choque e olhei para o idoso. As queimaduras estavam em todo o corpo, mas suponho que a que rodeava seu pescoço tenha causado a morte do mesmo. Enxuguei uma lágrima. Engoli o choro. Já chorei demais e era hora de parar.

– Ju! - gritou Zack.

– O que foi. - perguntei.

– Olha isso. - ele me estendeu um bilhete.

Peguei e o abri. Letras garrafais e quase incompreensíveis. Com um pouco de esforço, consegui ler.

– "Você vai perder tudo o que tem". Esses dois estão trabalhando juntos, com certeza. Preciso enfrenta-los.

– Não sozinha. - ele afirmou.

– Talvez sim, eu precise dos Vingadores, mas o assunto é meu.

– Os Vingadores não têm nada a ver com isso. Você tem. Mas eu posso ajudar. Eu sei lutar. Sei me defender.

– Não. - afirmei.

– Eu só não quero perder você. - segurou no meu braço. Vai começar... - É, eu sei que acabei de te conhecer, mas eu não paro de pensar em você.

Aquilo me assustava. Todos os garotos que eu gostei foram meus amigos antes. Zack não. Eu havia acabado de o conhecer. Me lembro de Jones com ciúmes de mim. Será que ele gostava? Será que Collin Pyn Jones é apaixonado por mim? Se for, não seria correspondido. Ou seria? Sempre fico confusa quando me apaixono, por puro medo disso me mudar ou me segar, mas dessa vez é um pouco diferente. É como se eu pudesse ver todo o meu futuro ao lado dele e ainda sim amigos. Namorados e amigos, noivos e amigos, casados e amigos... É isso! Eu estou apaixonada por ele também! É a conclusão mais lógica! 1 + 1 = 2! Simples! Como pude ignorar isso por tanto tempo? Eu... eu o amo.

– Zack, eu se quer o conheço.

– Então fique viva. - falou se aproximando do meu rosto – E assim podemos nos conhecer melhor.

Quando iria me beijar, cobri sua boca com meus dedos. Ele me olhou surpreso. Eu não queria ele. Eu queria o Jones! Eu amava o Jones! Só foi preciso quase beijar outro para perceber isso.

– Eu amo outro. - falei olhando em seus olhos.

– Quem? Seu amigo Connor?

– É Collin, tá bem? E você não precisa saber.

– Mas Julia, eu a amo!

– Você não me ama. - falei afastando os braços dele dos meus – Você está mentindo. É mais um interesseiro querendo ficar com uma Stark. Eu sou bem mais do que isso.

– Hey! Julia! - outra voz do lado de fora.

Depois de assumir minha paixão por ele, o ver aparecer era algo que acelerava meu coração. Estranho. Ignorei Zack e corri, pulando nos braços de Jones e agarrando seu pescoço, tirando meus pés do chão a tempo dele segurar minha cintura. Jones me apertou forte, eu escondi o rosto em seu pescoço e ele acariciou meu cabelo, pouco abaixo da touca que eu usava. Depois me deixou no chão e perguntou:

– Quem fez isso com Pierre?

– Chicote Negro e um tal de Kevin Edwards. Eles têm alguma coisa contra mim. Particularmente falando.

– Não acredito. Esses covardes.

Então, uma gritaria no lado de fora. Policiais tomando rajadas de lava e sendo sugados por um chicote elétrico.

– Ah, não. - resmunguei, olhei para Jones e pedi – Se esconde.

Jones assentiu e correu para a cozinha. Procurei Zack. Não estava mais lá e eu não fazia a menor ideia de onde ele poderia estar. A garota de batom roxo escuro, quase preto, top marrom, chort preto e chicotes elétricos, enquanto o garoto estava com roupas normais.

– Olá, Julieth Stark. - falou Kara Vanko, a Miss Sotaque Carregado (o da Wanda é bem mais bonitinho).

– Dois super vilões contra uma adolescente desarmada? O que é isso? Que tipo de injustiça é essa?

– Achamos que demoraria a chegar. - falou Kevin – Mas tudo bem. Não vamos mata-la. Não agora. Seria fácil demais. Além disso, há mais alguém que quer vingança.

– O que eu fiz a vocês? Especificamente eu a especificamente vocês. Não vale o meu pai à alguém próximo de vocês. - afirmei.

– Eu e Edwards estamos nessa quase por causa do seu pai. Mas tem mais alguém que tem algo totalmente contra você.

– Julia! - grita a voz de Jones.

Olhei para trás e vi com meus próprios olhos:

– Zack?!

– Me surpreende você não reconhecer meu rosto depois de tantos anos! É mesmo tão inteligente quanto você me fez crer? Quando éramos apenas duas crianças?

Ah, não! Mas ele era moreno e Zack loiro... bom, deve ter pintado. Mas ele usava óculos... bom, isso explicaria os olhos azuis, ele tinha os olhos castanhos.

– Ezequiel Stane?

– O que você acha, Julieth Stark?

Ele estava com um facão de cozinha no pescoço de Jones. Respiro fundo. Não posso entrar em pânico.

– Solte agora o meu amigo. É a mim que você quer.

– É, você está certa. - riu sarcástico - Mas você tem que pagar.

– O que eu fiz?

– Não se lembra da feira de ciências?

– Uma feira de ciências? Só isso? Uma bobagem como essa?! E meu pai diz que eu sou melodramática!

– Era muito mais que uma feira de ciências.

– Sim, eu me lembro. Ela era um duelo.

– Meu pai contava com a minha vitória. Disse que eu tinha que ser melhor que você ou qualquer Stark. Quando fui derrotado, ele me mandou para um internato. Nunca mais o vi. Você me separou do meu pai.

– Passei muito tempo sem a presença do meu pai.

– Em um castelo! Vivendo como uma princesa! Você não sabe o quanto eu sofri. Eu cheguei a passar fome. A ser torturado.

– Seu pai poderia ter deito algo melhor.

– Acha mesmo que foi sem querer?

– Então culpe a ele, não a mim!

– Não foi ele quem me venceu na feira de ciências. Pode ter sido algo simples para você, mas causou minha ruína. Eles dois odeiam o Homem de Ferro, cada um por uma razão, mas eu odeio você, Estrela Solitária. Eu a odeio com todas as minhas forças.

– Sabe, eu li em algum lugar que a soma de todas as forças é igual a zero, então foi uma péssima expressão. - declarei - Aliás, o ódio é um caminho para o Lado Sombrio.

– Recitando Star Wars para ele? - perguntou Jones confuso.

– Quetinho, Jones. - pedi.

– Que seja! Eu já estou lá mesmo! Dês de que seja para minha vingança.

– A ironia é que eu sou a vingadora. - ri.

– Igual ao seu pai. Esconde seu medo atrás de piadinhas.

Jones fez o inimaginável: deu um chute na canela do Zack e, tendo a chance, pegou o facão de cozinha de sua mão.

– Não é uma espada samurai, mais serve.

– Você e sua fixação por samurais. - revirei os olhos enquanto ativava Pulsar de Vela (minha adaga canivete).

– Quando se aprende a lutar dês de criança...

– Jura?! Achei que estava brincando! - afirmei.

Será que quase todos os meus amigos civis são lutadores ou mutantes disfarçados? Como assim, gente? Eu não tinha muito o que fazer contra a Chicote Negro além de desviar de seus golpes, o que era complicado. Já o Jones não se saiu mal contra o Edwards. Só eu e a Pulsar de Vela é complicado, que bom que sou... bom, não vou falar essa frase de novo, mas é bom o fato de eu ter prática em desviar das coisas.

– Eles estão vindo! - gritou Zack, que acertou alguma coisa no Jones que o fez desmaiar.

– JONEEEES! - gritei desesperada e fui acertada pelas costas.

Chicote me apagou e eles fugiram com o Jones.

Maravilha...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

P.S.: Ezequiel Stane não me pertence. Tirei de um anime do Homem de Ferro.



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